A cerca de 40 anos-luz da Terra, está em andamento um fenômeno
espacial muito pouco estudado. Um planeta, quatro vezes maior do que
Júpiter, modifica completamente o seu eixo de rotação ao longo de
milhões de anos, dando uma “cambalhota” em torno de si mesmo. E a força
desse distúrbio leva outros quatro planetas a fazer o mesmo em suas
órbitas.
Isso acontece na constelação de Câncer, na qual se encontra uma
estrela chamada de “55 Cancri A”. Em torno dessa estrela, que tem
tamanho e massa muito semelhantes às do nosso sol, orbitam cinco
planetas, ordenados da letra “b” à letra “f”. O maior desses planetas,
que orbita a uma maior distância da estrela, é o “55 Cancri d”.
Através de observações telescópicas e mais de 450 simulações feitas
por computador, astrônomos mapearam o passado de milhões de anos do
sistema solar da estrela “55 Cancri A”. Conforme apuraram nas
observações, não houve mudanças significativas na órbita dos planetas ao
longo desse período, mas sim no eixo deles.
Uma estrela “vizinha” da “55 Cancri A” está localizada a cerca de
1.100 vezes a distância entre a Terra e o sol, e mesmo assim um sistema
afeta no campo gravitacional do outro. Os cientistas acreditam que seja
essa influência que leva o maior planeta, o “55 Cancri d”, a rolar sobre
si mesmo, mudando o próprio eixo, com o passar do tempo.
Os planetas que orbitam em diâmetros inferiores, mais próximos da
estrela central, sofrem impacto direto dessa mudança de eixo. O
movimento da “55 Cancri d” é executado com tamanha força que arrasta os
demais planetas ao mesmo movimento de dar cambalhotas sobre seus
próprios eixos. É um caso incomum de sistema no qual as órbitas são
regulares, mas os eixos de rotação mudam constantemente.
Fonte: http://hypescience.com/
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