Emissões Lyman-alfa já tinham sido percebidas, mas não em nossa galáxia. Lançada pela Nasa em 1977, Voyager ainda funciona.
Pela primeira vez, cientistas conseguiram detectar emissões Lyman-alfa
da Via Láctea. Essa radiação ultravioleta é uma luz brilhante, gerada
pela interação entre átomos de hidrogênio, o elemento mais abundante do
Universo.
Fora da nossa galáxia, essa de radiação já tinha sido detectada. Em
locais distantes, é considerada um indicador de estrelas em formação.
Na nossa própria galáxia, porém, nunca tínhamos conseguido perceber
essas emissões, justamente porque elas não podem ser captadas na Terra.
Nossa “proximidade” do Sol (pouco menos de 150 milhões de quilômetros)
faz com que a luz emitida por ele impeça a chegada dos raios Lyman-alfa.
A descoberta foi feita com dados obtidos pelas sondas Voyager, lançadas
em 1977, que já atingiram os limites do Sistema Solar. Com eles, uma
equipe de cientistas liderada pela francesa Rosine Lallement, da
Universidade de Paris, escreveu um estudo publicado na edição desta
quinta-feira (1º) da revista “Science”.
No artigo, os cientistas sustentam que a emissão tem origem em regiões
de formação de estrelas, e acreditam que a detecção desses raios na
nossa própria galáxia vai fornecer dados mais precisos para estudos
futuros.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude
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