Cientistas encontraram a melhor evidência até agora para a presença
de água embaixo da superfície da gelada lua de Júpiter, a Europa.
Análises da superfície lunar sugerem finas camadas de água morna por
baixo do gelo.
O estudo prevê que lagos pequenos existem a apenas três quilômetros
da superfície. Qualquer água líquida pode significar um habitat
potencial para vida.
De análises anteriores, cientistas já suspeitavam que um oceano
gigante, de 160 quilômetros de profundidade, estava entre 10 e 30
quilômetros para dentro da crosta de gelo.
Muitos biólogos espaciais sonharam em seguir os passos do personagem
ficcional David Bowman, do livro Odisseia Dois de Athur C. Clarke, que
descobre formas de vida aquáticas no oceano da lua Europa.
Mas cavar buracos no gelo espesso sempre pareceu insustentável.
Agora, a descoberta de água líquida torna uma missão espacial para
coleta muito mais plausível.
A presença de lagos rasos também significa que há mistura entre as
porções superiores e as inferiores. O gelo moído poderia transferir
nutrientes para as partes mais profundas do oceano.
“Isso pode tornar Europa e seu oceano mais habitáveis”, afirma a
líder do estudo, da Universidade do Texas, Britney Schmidt. Ela analisou
as imagens coletadas pela nave Galileo, lançada em 1989.
Especialistas em gelo têm estudado a superfície da lua por muitos
anos tentando entender o que causou sua superfície completamente
quebrada e arranhada.
“Se comparada com a Antártica, onde vemos características similares,
podemos determinar algo sobre o processo que acontece na Europa”, afirma
o especialista da Universidade de Edimburgo, Martin Siegert.
Ele explica que o novo estudo aponta como a água morna que sobe causa o derretimento do gelo superficial, formando rachaduras.
“Quando essa água entra nas ranhuras, ela congela, formando novo
gelo. A parte inferior então congela novamente, causando o soerguimento
da superfície”, afirma.
Os Estados Unidos e a Europa estão trabalhando em missões para essa e
outras luas de Júpiter. Eles esperam lançá-las no fim dessa década ou
no começo da próxima.
Fonte: http://hypescience.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário