Claro, nenhum pai quer ouvir que seu filho é gordo. Mas se essa
informação vier de um médico, é mais do que um simples desagrado: é
pertinente para a saúde da criança, o que é sem dúvida mais importante
que sua aparência.
No entanto, um novo estudo americano descobriu que médicos e outros
profissionais de saúde podem ser reticentes em avisar os pais que seus
filhos estão acima do peso.
Na pesquisa, menos de um quarto dos pais de crianças com sobrepeso se
lembram de alguma vez ter ouvido que seu filho tinha um problema de
peso.
Nos EUA, essa constatação é preocupante, especialmente nesta época em
que aproximadamente 17% (ou 12,5 milhões) das crianças e adolescentes
são obesos, segundo dados do Centro para Controle e Prevenção de Doenças
americano. E a tendência se alastra em outros países.
Mesmo para os pais de crianças que são claramente obesas, apenas
cerca de metade recordam de um médico ter mencionado uma preocupação de
peso.
E porque isso acontece? Sendo os pesquisadores, pode ser que os
médicos hesitam em discutir o assunto devido ao estigma da obesidade.
Também, alguns profissionais de saúde podem não estar familiarizados com
o índice de massa corporal, gráficos e definições relacionadas com
sobrepeso e obesidade. Ou, alguns médicos podem não ser diligentes o
suficiente para tornar a mensagem clara, particularmente para os pais
que não a querem ouvir.
Porém, essa mensagem é crucial por três motivos básicos: vários
estudos têm mostrado que os pais subestimam a gravidade do peso de seus
filhos; os pais seriam mais propensos a acreditar que seu filho está
muito gordo e melhorar sua dieta se um médico lhe dissesse isso, e
manter um peso saudável quando criança é mais fácil do que mais tarde na
vida, especialmente se o adulto tem um histórico de estar acima do
peso.
A boa notícia do estudo, no entanto, é que as populações de maior
risco para a obesidade infantil – crianças afro-americanas, hispânicas e
as mais pobres no seguro de saúde público – tinham maior probabilidade
de serem avisadas sobre o excesso de peso ou obesidade.
Fonte: http://hypescience.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário