Um novo estudo afirma que homens que tomam remédios regularmente têm mais chance de desenvolver problemas sexuais.
Na pesquisa, quanto mais medicação o homem tomou, maior foi o risco
de disfunção erétil. Participantes que tomavam dez ou mais remédios
tinham 1,6 vezes mais chances de desenvolver o problema quando
comparados com os que tomavam menos de dois.
Os resultados se confirmaram mesmo depois de fatores como idade, massa corporal, diabetes e fumo serem levados em conta.
“Alguns pacientes tomam muito mais remédios do que o necessário. Como
médicos ou pacientes, podemos sempre cortar o número a cada visita”,
afirma a pesquisadora do estudo e urologista, Diana C. Londoño. “Tomar
consciência disso ajudaria pacientes com disfunção”. Ela também comenta
que reduzir o número de medicamentos ajuda a saúde geral do corpo.
O estudo, realizado em 2002 e 2003, envolveu mais de 37.700 homens da
Califórnia do Sul, com idades entre 46 e 69 anos. Eles foram
questionados sobre a quantidade de vezes em que conseguiram sustentar
uma ereção suficiente para o sexo, e seu uso de remédios.
Vinte e nove dos participantes foram classificados com disfunção erétil moderada à severa, baseado em sua funcionalidade sexual.
Os remédios mais associados com o problema foram os direcionados à
pressão sanguínea alta, depressão, ansiedade e outros que interferem nos
níveis de testosterona.
Algo em torno de 60% dos avaliados tomavam mais de três medicações, e 25% pelo menos 10.
Entre os que tinham disfunção moderada, cerca de 30% tomavam mais de
dez, enquanto 15% tomava dois ou menos. Os dados foram comprovados
independente do tipo de remédio.
O uso de medicações múltiplas também ficou associado com aumento da
disfunção. Cerca de 30% dos homens que tomavam dez ou mais remédios
tinham problemas de ereção severos, em comparação com apenas 6,9% dos
que tomavam dois ou menos.
Os pesquisadores não estão certos porquê o uso de múltiplas
medicações aumenta o risco de disfunção erétil, mas é possível que as
interações entre os remédios sejam a causa. “Pode ser que eles tenham
pequenos efeitos na disfunção, mesmo que esses efeitos não estejam na
bula”, afirma o urologista Andrew Kramer, que não participou do estudo.
Os pesquisadores afirmam que os médicos deveriam considerar o uso de
medicações como um fator envolvido na disfunção erétil, quando outras
causas já foram avaliadas.
Fonte: http://hypescience.com/
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