quarta-feira, 10 de abril de 2013

A alma é um computador quântico conectado ao universo?

Em uma tentativa de inserir na ciência os conceitos de “alma” e “consciência”, os cientistas Stuart Hameroff (diretor do Centro de Estudos da Consciência na Universidade do Arizona, EUA) e Sir Roger Penrose (físico matemático da Universidade de Oxford, Inglaterra) criaram a teoria quântica da consciência, segundo a qual a alma estaria contida em pequenas estruturas (microtúbulos) no interior das células cerebrais.

Eles argumentam que nossa “consciência” não seria fruto da simples interação entre neurônios, mas sim resultado de efeitos quânticos gravitacionais sobre esses microtúbulos – teoria da “redução objetiva orquestrada”. Indo mais longe: a alma seria “parte do universo” e a morte, um “retorno” a ele (conceitos similares aos do Budismo e do Hinduísmo).

De acordo com Hameroff, experiências de quase morte estariam relacionadas com essa natureza da alma e da consciência: quando o coração para de bater e o sangue deixa de circular, os microtúbulos perdem seu estado quântico. “A informação quântica contida neles não é destruída, não pode ser; apenas se distribui e se dissipa pelo universo”.

Se o paciente é trazido da beira da morte, essa informação volta aos microtúbulos. “Se o paciente morre, é possível que a informação quântica possa existir fora do corpo, talvez de modo indefinido, como uma alma”, acrescenta.

Embora a teoria ainda seja considerada bastante controversa na comunidade científica, Hameroff acredita que os avanços no estudo da física quântica estão começando a validá-la: tem sido demonstrado que efeitos quânticos interferem em fenômenos biológicos, como a fotossíntese e a navegação de pássaros.

Vale ressaltar que Hameroff e Penrose desenvolveram sua teoria com base no método científico de experimentação e em estudos feitos por outros cientistas, ao contrário do que ocorrem em casos de “pseudociência” em que simplesmente se acrescenta a física quântica como “ingrediente legitimador” de teorias sem fundo científico. Basta aguardar para ver se outros experimentos e estudos validam as descobertas da dupla.

Confira um vídeo sobre a pesquisa de Hameroff e Penrose (conteúdo em inglês): 


Fonte: http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/

Buraco negro gigantesco cria bolha de partículas


Quando se fala em “buraco negro”, normalmente imaginamos uma espécie de “aspirador de matéria”, do qual nem mesmo a luz escapa. Contudo, alguns não apenas absorvem partículas, mas as expelem – e os feixes chegam perto de atingir a velocidade da luz. Quando desaceleram, criam uma espécie de “bolha” que, apesar do tamanho, é invisível para telescópios convencionais.

Assim, usando um equipamento capaz de capturar imagens a partir de ondas de rádio de baixa frequência, o Telescópio Internacional LOFAR, uma equipe de astrônomos de vários países conseguiu registrar o fenômeno. “O resultado é de grande importância”, destaca Francesco de Gasperin, um dos autores do estudo. “Ele mostra o enorme potencial do LOFAR e traz fortes evidências do vínculo entre buracos negros, galáxias e seus arredores”.

Durante o teste do LOFAR, os astrônomos observaram o centro da galáxia Messier 87 (que é 2 mil vezes mais massiva do que a nossa), onde está um dos maiores buracos negros já descobertos, cuja massa é 6 bilhões de vezes maior que a do sol. Em poucos minutos, o buraco absorve uma quantidade de matéria equivalente à da Terra, converte parte dela em radiação e expele grande parte em altíssima velocidade – emitindo ondas de rádio.

Em comparação com o resto do universo, a bolha é especialmente “nova”: tem “apenas” 40 milhões de anos. Além disso, o que vemos com a ajuda do LOFAR não é apenas um registro de uma atividade que ocorreu há muito tempo, pois a bolha recebe constantemente novas partículas expelidas pelo buraco negro.

“O que é mais fascinante é que esse resultado dá pistas sobre a violenta conversão matéria-energia que ocorre muito perto do buraco negro”, destaca a pesquisadora Andrea Merloni. “Nesse caso, o buraco negro é particularmente eficiente em acelerar o jato [de matéria], e muito menos efetivo em produzir emissões visíveis”.

Fonte: http://www.sciencedaily.com/

O retorno do planeta de Sauron




Fomalhaut, a estrela mais brilhante da constelação Piscis Australis, ou Peixe do Sul (e por isto conhecida também como α PsA), também é conhecida como “olho de Sauron”, pelo formato da nebulosa que parece ter saído de um filme de Peter Jackson. Ela se encontra a cerca de 25 anos-luz do sol, e é a 18ª estrela mais brilhante no céu noturno.

Em 2008, foi anunciada a descoberta de um planeta orbitando Fomalhaut, o primeiro exoplaneta a ser observado diretamente, e não por causa de um eclipse da estrela principal ou de um balanço gravitacional. Ele foi identificado pela primeira vez na foto acima, feita pelo telescópio espacial Hubble.

Como a estrela é chamada Fomalhaut, o nome do planeta é “Fomalhaut b”. Para fazer esta foto, o Hubble usou uma barra de ocultação, uma pecinha de metal que bloqueia a parte mais brilhante da imagem da estrela. A parte escurecida no centro da imagem é a posição da estrela.


O planeta foi confirmado em duas outras fotos, uma de 2004 e uma de 2006. A partir de então, algumas de suas características foram deduzidas. 

Primeiro, a presença da mesma mancha luminosa, mas com posição ligeiramente diferente confirmava o seu status de planeta.

Segundo, Fomalhaut é uma estrela que tem um anel de poeira, e este anel tem a beirada bem definida no lado de dentro, o mesmo lado que o planeta orbita, o que é esperado que aconteça por causa da “faxina” promovida pelo planeta no anel de poeira.

E, finalmente, pelo brilho observado, o planeta deveria ter algumas vezes a massa de Júpiter, mas menos massa que o necessário para ser uma estrela, então definitivamente era um planeta.

No início de 2012, entretanto, vieram as más notícias. Um planeta maior que Júpiter deveria ser visível na faixa do infravermelho, principalmente considerando a pouca idade (algumas centenas de milhões de anos, segundo estimativa dos astrofísicos), mas Fomalhaut b não era: ele não aparecia nas imagens de infravermelho.

E as más notícias não terminaram aí. Pelo cálculo da sua órbita, ela deveria cruzar o anel da estrela. Com a idade de Formalhaut, um planeta maior que Júpiter deveria ter destruído o anel de poeira depois de alguns milhões de anos. Mas o anel estava lá, então Fomalhaut b não poderia ser um planeta.

A explicação mais plausível foi que se tratava de uma nuvem de poeira orbitando a estrela. Uma nuvem de poeira poderia explicar os dados, mas não um planeta como o que eles achavam ter visto.

Uma equipe de astrônomos resolveu então rever os dados originais do telescópio Hubble. Os dados foram reprocessados e reanalisados, e a conclusão desta vez foi que realmente havia alguma coisa lá. 

Os cientistas usaram então as imagens feitas com um filtro azul para novamente confirmar a presença da mancha. Examinaram então a mesma estrela usando o gigantesco telescópio Subaru, de 8,2 metros, no Havaí (EUA), na faixa do infravermelho, e novamente a mancha não estava lá. Seja lá o que for, era alguma coisa que não brilhava no infravermelho.

Para tornar as coisas mais interessantes, eles determinaram que o objeto não poderia ser uma nuvem de poeira. As forças gravitacionais teriam a destruído em pouco tempo.

Era hora de fazer mais alguns cálculos. Usando o que sabiam sobre planetas, os pesquisadores fizeram modelos computacionais e calcularam como ele deveria se parecer quando observado pelo telescópio.

Experimentando com vários números de massa, idade e outras características, eles chegaram à conclusão de que um planeta menor que Júpiter, com cerca de metade da massa, poderia explicar as observações.

Sendo menor que Júpiter, o planeta não brilharia em infravermelho, mas ainda seria grande o suficiente para aparecer nas imagens feitas com o filtro azul. E as simulações se encaixam melhor ainda com as observações se considerarmos um planeta pequeno, mas rodeado por uma nuvem de poeira. A gravidade do planeta iria manter a nuvem de poeira unida.

Restava o problema da órbita cruzando o anel. Uma análise do movimento do objeto, usando técnicas mais precisas, determinou que ele não cruza o anel, mas sua órbita seria bastante semelhante à forma do anel, o que também explicaria o anel com borda interna bem definida.

Para comemorar o Halloween, a Nasa preparou um vídeo sobre Fomalhaut b, que você pode conferir abaixo. Todos estes estudos e resultados não são uma prova de que o objeto em torno de Fomalhaut seja realmente um planeta, mas mostram que não dá para descartar esta hipótese. Novas imagens, novas observações e novas análises serão feitas para determinar qual a natureza deste objeto.

De qualquer forma, se a hipótese do planeta circundado por poeira for confirmada, Fomalhaut b perderá a honra de ser o primeiro planeta observado diretamente, por que, pela nova hipótese, o que vimos primeiramente não foi o planeta em si, mas a nuvem de poeira que o cerca.


Fonte: http://blogs.discovermagazine.com/badastronomy/

Espinossauro, o maior dinossauro carnívoro



O maior dinossauro carnívoro de todos os dinossauros carnívoros com certeza foi o espinossauro. Tendo vivido durante o meio do Período Cretáceo, entre 112 e 97 milhões de anos atrás, nos pântanos da África do Norte, ele era maior que o tiranossauro e o giganotossauro.

Até hoje, duas espécies de espinossauros foram encontradas, e receberam o nome da região que foram descobertas: o Spinosaurus aegyptiacus (lagarto espinha egípcio) e o Spinosaurus maroccanus (lagarto espinha marroquino).

O nome espinossauro significa “lagarto espinha”, um nome bastante apropriado para este lagarto que tinha espinhas compridas crescendo nas suas costas, formando uma estrutura que às vezes é chamada de “vela”. As espinhas tinham mais de 10 vezes o diâmetro das estruturas vertebrais das quais se projetavam, e eram um pouco mais compridas na base que no topo.


As espinhas tinham cerca de 1,65 metros de comprimento e provavelmente eram conectadas por uma pele, em uma estrutura que estava provavelmente mais para uma protuberância que para uma vela.

O espinossauro tinha um peso estimado entre 6,35 a 20,87 toneladas, 450 kg mais pesado que o giganotossauro, e 900 kg mais que o tiranossauro. Seu tamanho variava de 12,6 a 18 metros.

Acredita-se que ele caminhava usando suas pernas musculosas a maior parte do tempo, embora talvez pudesse andar de quatro, por causa do comprimento de seus braços, e de sugestões a partir de trilhas fósseis encontradas. Ele era relativamente rápido para seu tamanho, alcançando entre 19 km/h e 24 km/h.

O focinho dele era grande e estreito, com seis a sete dentes finos de cada lado na frente do focinho, seguidos de mais uns vinte dentes após estes. 

Sua mandíbula era poderosa. Já que nenhum de seus dentes era serrilhado, ele provavelmente vivia de peixes e carcaças, embora a única prova de sua dieta seja alguns achados no estômago de um espécime jovem, com escamas e ossos de peixes.

Acredita-se que existam muitos fósseis de espinossauro no Saara, mas o ambiente torna difícil de desenterrar os mesmos. Desde a descoberta do primeiro deles em 1912, por Richard Markgraf, na Formação Bahariya, no oeste do Egito, não foi encontrado nenhum fóssil completo.

Os fósseis originais foram destruídos durante o bombardeio de Munique, Alemanha, na Segunda Guerra Mundial, e os conhecimentos obtidos com as amostras foram preservados em notas meticulosas, inclusive com desenhos, de Ernst Stromer, que em 1915 havia descrito e batizado os fósseis.

A descoberta em 2011 de uma vértebra do pescoço de um dinossauro com um focinho parecendo com o de um crocodilo na Austrália mostrou que o espinossauro vivia em uma região muito maior que os cientistas acreditavam possível.

Fonte: http://www.livescience.com/

Fusão de galáxias é capturada pelo Hubble


A foto acima mostra a galáxia NGC 2623, que é n0a verdade um par de galáxias em processo de formar uma só.

O telescópio Hubble fotografou a fase final dessa titânica fusão de galáxias. Elas estão a cerca de 300 milhões de anos-luz de nós, na constelação de Câncer. 

E por que acontecem fusões de galáxias? No espaço, as galáxias não ficam igualmente espaçadas: elas se reúnem em grupos ou pequenos aglomerados, unidos pela atração gravitacional (e governadas por ela).

Nessa dança gravitacional, é comum que duas galáxias sejam mutuamente atraídas e acabem passando por um processo de fusão. Essa colisão e fusão demoram milhões ou até bilhões de anos.

No caso da NGC 2623, o encontro violento entre as galáxias gigantes tem produzido uma região de formação de estrelas perto de um amplo núcleo luminoso, ao longo das “caudas” vistas na imagem. 

As caudas opostas cheias de gás, poeira e jovens aglomerados de estrelas azuis se estendem por mais de 50.000 anos-luz a partir do núcleo já mesclado das galáxias. 

Provavelmente provocado pela fusão, um buraco negro supermassivo comanda a atividade na região nuclear. A formação de estrelas e seu núcleo galáctico ativo fazem da NGC 2623 brilhante em todo o seu espectro. 

A imagem também mostra galáxias de fundo ainda mais distantes, espalhadas pelo campo de visão do Hubble.

Veja também a foto da NGC 6240, uma colisão entre duas galáxias ricas em gás que se fundiram a 330 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Ofiúco. O fenômeno nos permite ter uma ideia de como a fusão de nossa galáxia com a galáxia Andrômeda vai parecer para um observador em outro ponto do universo.

Fonte: http://apod.nasa.gov/

Nanotecnologia: nova descoberta pode revolucionar chips

Largamente usado na produção de chips de computador, o silício pode estar com seus dias de “favorito” contados: pesquisadores estão cada vez mais próximos de criar grandes avanços na eletrônica usando outros materiais – algo essencial, já que a evolução propiciada pelo silício está atingindo seu limite.

Para entender a importância de novos materiais nessa indústria, é preciso lembrar que a capacidade de um chip (que é um dos componentes vitais dos computadores) depende do número de transistores que ele tem; quanto menores eles forem, mais deles caberão no chip. 

Há décadas, o silício tem permitido a produção de transistores cada vez menores, mas há um limite chegando; logo, o silício terá de ser substituído para evitar que a evolução dos eletrônicos fique “empacada”.

Recentemente, cientistas da IBM conseguiram produzir um chip “híbrido”, usando silício e nanotubos de carbono. Este material, segundo os pesquisadores, é duplamente promissor, uma vez que poderá permitir não somente a produção de chips com mais transistores, mas também de equipamentos com velocidade de processamento maior.

“Estes dispositivos [transistores de nanotubos de carbono] superam os feitos de qualquer outro material”, destaca Supratik Guha, do Centro de Pesquisa T. J. Watson da IBM (EUA). “Vimos um desempenho cinco ou mais vezes melhor do que o de dispositivos de silício convencionais”.

Usando um processo conhecido como auto-arranjo químico, os cientistas fizeram com que os nanotubos de carbono se organizassem seguindo um padrão específico – a precisão é fundamental para que os chips funcionem. Para aperfeiçoar o procedimento, será necessário usar amostras mais puras de carbono, já que as formas menos puras não conduzem eletricidade tão bem – o que prejudicaria o desempenho dos chips.

Além dos nanotubos de carbono, o grafeno (folha de grafite com um átomo de espessura) também está sendo explorado como possível sucessor do silício. Pesquisadores também buscam aprimorar os chamados transistores de efeito de campo para substituir os convencionais.

Em 1965, um dos cofundadores da Intel, Gordon Moore, previu que a evolução da indústria de eletrônicos seguiria um ritmo específico: a cada 18 meses, seria possível dobrar o número de transistores em chips, tornando computadores e outros eletrônicos cada vez mais poderosos. Desde então, empresas do ramo seguem a chamada Lei de Moore – contudo, acredita-se que sem um substituto para o silício, só será possível manter esse ritmo até 2015.

Fonte: http://bits.blogs.nytimes.com/

Vórtice maior que a Terra é avistado em Saturno


No fim de 2010, astrônomos amadores detectaram uma enorme tempestade no hemisfério norte de Saturno, que ficou conhecida como “Grande Mancha Branca”. A tempestade cresceu rapidamente e logo atingiu um tamanho inacreditável, muito maior do que nosso planeta.

Com os ventos, a tempestade se esticou, atingindo o colossal comprimento de 300 mil quilômetros. Quanto é isso? Simplesmente 3/4 da distância da Terra até a lua!

No ano passado, a tempestade havia quase desaparecido. Mas ainda havia uma grande surpresa escondida nela. Observações feitas a partir da sonda Cassini, da Nasa, mostrou que a tempestade era muito mais forte do que se esperava e formou um vórtice (uma tempestade dentro de uma tempestade) maior do que nosso planeta.

Confira abaixo um vídeo sobre o fenômeno:


A temperatura máxima no vórtice foi de -150°C, enquanto o habitual em Saturno é cerca de -220°C. Esse aumento de temperatura nunca tinha sido observado e foi inesperado, pois a atmosfera do planeta é geralmente muito estável. 

Cientistas também se intrigaram com uma enorme liberação de gás etileno do vórtice. No momento da tempestade, o nível de etileno aumentou 100 vezes do que se pensava que era possível em Saturno. A origem do gás ainda é um mistério. 

Fontes: http://blogs.discovermagazine.com/badastronomy/
             http://www.livescience.com/

De onde vem a ordem no movimento aleatório das partículas do universo

Um dos mistérios da ciência moderna é como estruturas altamente organizadas se formam em meios com partículas se movendo de forma aleatória. Exemplos de ordem emergindo do caos podem ser encontrados tanto em objetos astrofísicos que se estendem por milhões de anos-luz, quanto na origem da vida na Terra.

Recentemente, um trabalho com jatos de plasmas fez a descoberta surpreendente de campos eletromagnéticos auto-organizados em fluxos opostos de plasma. 

Estes campos eletromagnéticos acabam por dar forma ao jato de plasma, criando as estruturas complexas no gás ionizado. Com esta informação, os cientistas têm uma nova ferramenta para explorar como a ordem emerge do caos no cosmos.

A montagem do experimento pode ser vista abaixo: dois discos de CH4 são atingidos por raios laser, gerando fluxos opostos de plasma. Ao mesmo tempo, um fluxo de prótons é gerado nas placas de ouro (Au), criando as imagens das estruturas no plasma.


Abaixo pode-se ver uma sequência de imagens de prótons mostrando a evolução das estruturas de campos eletromagnéticos auto-organizados.


Segundo Nathan Kugland, um dos coautores do trabalho que fez a descoberta, eles criaram um modelo para explorar como os campos magnéticos ajudam a organizar o plasma em configurações astrofísicas, como nos fluxos de plasma que emergem de jovens estrelas.

No estudo inicial, a observação de estruturas organizadas foi completamente inesperada. “Os jatos de plasma se moviam rapidamente e deveriam simplesmente passar um pelo outro livremente”, apontou Hye-Sook Park, chefe de equipe no Grupo de Ciência de Densidade de Alta Energia, no Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL). Segundo ele, os experimentos feitos com plasma gerado por laser podem estudar a microfísica da interação de plasma e a formação de estruturas em condições controladas.

Fontes: http://www.sciencedaily.com/
            https://www.llnl.gov/

O que tem dentro dos planetas?

Raramente as pessoas pensam sobre isso, mas o fato é que vivemos apenas na superfície da Terra, um planeta muito grande composto de vários elementos.

Muitos devem se lembrar das aulas de ciência dos primeiros anos escolares, em que aprendíamos que a Terra tem camadas, como a crosta, o manto e o núcleo. Então é isso que todos os planetas têm? O que há dentro dos planetas?

O nosso sistema solar, por exemplo, possui um diversificado leque de ingredientes. Planetas terrestres ou rochosos, gasosos, planetas anões, satélites, cometas… Todos formados por variados componentes e distribuídos numa extensa região de quase vinte bilhões de quilômetros.

Os nossos planetas diferem entre em si em alguns quesitos, mas também possuem uma série de elementos em comum. Nesse artigo, vamos falar um pouco sobre os mundos terrestres, e sobre o que há dentro deles (pelo menos que temos conhecimento).

Os planetas são corpos celestes cuja massa não é suficiente para gerar energia como as estrelas. Eles estão orbitam ao redor de uma. Os planetas do nosso sistema orbitam o sol, uma estrela anã amarela.

Os planetas telúricos, interiores ou terrestres são os que apresentam massa pequena, grande densidade, pequena distância do sol, poucos ou nenhum satélite e são compostos de elementos pesados.
  • Mercúrio: Mercúrio tem uma densidade média de 5.430 kg por metro cúbico, tornando-o o segundo mais denso do sistema solar depois da Terra. Estima-se que Mercúrio, como a Terra, tenha um núcleo ferroso, o que significa que é feito de ferro, com um tamanho equivalente a dois terços a três quartos do raio global do planeta. Esse núcleo é provavelmente composto por uma liga de ferro-níquel coberta por um manto e uma crosta superficial.
  • Vênus: Acredita-se que a composição do planeta Vênus é semelhante à da Terra. Sua crosta se estende a cerca de 10 a 30 km abaixo da superfície, e o manto atinge uma profundidade de cerca de 3.000 km. O núcleo planeta é feito de uma liga de ferro-níquel líquido. Sua densidade média é de 5.240 kg por metro cúbico.
  • Terra: Nosso planeta é composto por três camadas separadas – uma crosta, um manto e um núcleo (em ordem decrescente a partir da superfície). A média da espessura da crosta varia de 30 km na terra a 5 km no fundo do mar. O manto estende-se logo abaixo da crosta para cerca de 2.900 km de profundidade. O núcleo abaixo da manta começa a uma profundidade de cerca de 5.100 km, e compreende um núcleo exterior (liga de níquel-ferro líquido) e um núcleo interior (liga de níquel-ferro sólido). A crosta é composta principalmente de granito, no caso da terra, e basalto, no caso dos fundos marinhos. O manto é composto principalmente por peridotito e sais minerais de alta pressão. A densidade média da Terra é de 5.520 kg por metro cúbico.
  • Marte: Marte tem cerca de metade do diâmetro da Terra. Devido ao seu pequeno tamanho, acredita-se que o centro marciano tenha esfriado. Sua estrutura geológica é principalmente de rocha e metal. O manto abaixo da crosta é constituído de óxido de ferro-silicato. O núcleo é feito de uma liga de níquel-ferro e sulfureto de ferro. A densidade média do planeta é de 3.930 kg por metro cúbico.
Ok, o Plutão é o diferente dessa lista porque foi “rebaixado” a planeta anão, e porque fica bem mais longe do sol. Mais intrigante ainda é o fato de que a estrutura de Plutão não é muito bem compreendida.

Sua superfície é coberta com metano congelado, que tem uma coloração brilhante. No entanto, com exceção das calotas polares, a superfície de metano congelado fica vermelha escura quando eclipsada pela lua Charon. A densidade média de Plutão é de 2.060 kg por metro cúbico. Essa densidade média baixa sugere que o planeta seja uma mistura de gelo e rocha.

Fonte: http://hypescience.com/

Cientistas bloqueiam o “suicídio” de células

As células têm um mecanismo de suicídio programado, ou autodestruição, chamado apoptose, que é disparado por agentes internos ou externos. Por exemplo, quando estamos em formação no útero, nossa mão tem uma membrana que une nossos dedos. Para que eles se separem, é preciso que as células desta membrana morram, e é o que elas fazem, através da apoptose.

As células também cometem suicídio quando se tornam prejudiciais ou indesejáveis ao corpo. Isso ocorre às vezes “sem querer”, como depois de ataques cardíacos ou derrames (o que aumenta o dano causado pelos mesmos). Por isso, cientistas estão estudando formas de impedir o suicídio em massa de células saudáveis no caso de doenças como infarto.

A apoptose é causada por proteínas, as proteases, que normalmente ficam bem guardadas na célula. Quando as proteases são liberadas, a célula encolhe, se separa de seus vizinhos, sua membrana enruga e começa a se desfazer, seu DNA condensa até seu núcleo entrar em colapso e, por fim, a célula segue o colapso do núcleo.

Mas será que uma célula pode “voltar”? Será que dá para interromper a apoptose? Será que podemos reverter a apoptose? A resposta é sim.

Cientistas descobriram que células que começaram o processo de apoptose podem “voltar” se o gatilho que disparou o processo for removido. A membrana volta a ser lisinha, o DNA que foi fragmentado volta a se ligar, e a célula “volta à vida”.

Cientistas da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins (EUA) usaram uma toxina que induz a apoptose, o etanol, em células de fígado de rato. Em poucas horas, elas manifestaram sinais de morte iminente. Em seguida, os pesquisadores removeram o álcool, e as células se recuperaram.

O fenômeno, que eles chamaram de anastasis (palavra grega que significa algo como “voltando à vida”) foi observado também em células cardíacas e cerebrais de ratos.

As mudanças durante a anastasis iam além da aparência da célula: os padrões de atividade dos genes eram recuperados, e o próprio DNA que havia se partido durante a apoptose era “colado” novamente. Ocasionalmente aconteciam alguns erros, e uma pequena porcentagem das células crescia anormalmente e desenvolvia sinais de câncer.

Como a anastasis tem o potencial de prevenir ou tratar condições nas quais a sobrevivência das células ou o excesso de morte de células é perigoso, os cientistas vão continuar pesquisando para compreender seus mecanismos.

Fonte: http://www.livescience.com/

Galáxia monstruosa possui o maior núcleo já visto, grande demais até para ela

Usando dados do telescópio Hubble, cientistas da NASA descobriram uma galáxia 10 vezes maior que a Via Láctea que possui o maior núcleo já visto (inclusive, três vezes maior do que o esperado para uma galáxia de tal tamanho).

A galáxia elíptica A2261-BCG tem 1 milhão de anos-luz de largura e fica a 3 bilhões de anos-luz da Terra. 

Seu núcleo estranhamente inchado tem cerca de 10.000 anos-luz, o que é três vezes maior do que os centros de outras galáxias extremamente luminosas de mesmo tamanho.

Os astrônomos especulam que esse núcleo inesperadamente enorme tenha sido resultado da fusão de dois buracos negros.

Porém, esse grande núcleo é também estranhamente difuso: não tem um pico de luz concentrado em torno de um buraco negro central óbvio. Na verdade, os cientistas não conseguiram encontrar seu buraco negro, o que é muito intrigante, já que acredita-se que buracos negros supermassivos se escondem no centro da maioria, se não de todas, as galáxias.

“A expectativa de encontrar um buraco negro em cada galáxia é como a expectativa de encontrar um caroço dentro de um pêssego”, explica o coautor do estudo Tod Lauer, do Observatório de Astronomia Óptica Nacional, em Tucson, Arizona (EUA).

“Com esta observação do Hubble, nós cortamos o pêssego e não podemos encontrar o caroço. Nós não sabemos com certeza que o buraco negro não existe, mas o Hubble mostra que não há concentração de estrelas no núcleo”.

Os astrônomos sugerem que uma fusão de buraco negro, envolvendo objetos que contêm vários bilhões de vezes a massa do nosso sol, pode ter inchado o núcleo dessa galáxia. 

Há dois cenários possíveis para essa situação. Em um deles, a fusão gravitacionalmente agitou e espalhou as estrelas, deixando o núcleo difuso. Os buracos negros perderam dinamismo e “caíram” um no outro, formando um buraco negro supermassivo que reside no coração da A2261-BCG.

No outro cenário, a fusão dos buracos negros criaram ondas gravitacionais, que são ondulações no espaço-tempo. Essas ondas radiaram mais fortemente em uma direção, “chutando” o buraco negro resultante da fusão para fora da galáxia.

“O buraco negro é a âncora para as estrelas”, afirmou Lauer. “Se você tirá-lo de lá, de repente, você tem muito menos massa. As estrelas não são mantidas juntas e se movem para fora, ampliando o núcleo ainda mais”.

A galáxia, portanto, pode ser o resultado de vários infortúnios que a deixou com um núcleo gigante e difuso e talvez sem um buraco negro. O próximo passo da pesquisa é procurar por provas de buraco negro ativo em A2261-BCG, se ele existir. 

Como fazer isso? Se houver um buraco negro na galáxia, os astrônomos esperam que o material caindo nele gere ondas de rádio. Para detectá-las, eles estão sondando a galáxia com o radiotelescópio Very Large Array (VLA), no Novo México (EUA).

Fonte: http://hypescience.com/

Por que há mais luz no universo do que deveria?

 
O Universo é cheio de mistérios, e um deles pode estar prestes a ser revelado. 

Quando você olha para o céu, à noite, o fundo do céu parece ser escuro. Mas se você olhar para o mesmo céu com um telescópio capaz de enxergar a radiação infravermelha, vai descobrir que todo o cosmos apresenta um brilho de luz infravermelha – e não estamos falando da radiação cósmica de fundo.

Primeiro, os cientistas tentaram explicar esta luz infravermelha usando as galáxias. No entanto, a quantidade de estrelas e de galáxias é insuficiente para explicar tal luz.

As duas outras melhores hipóteses para explicar o que o professor de física e astronomia Edward L. (Ned) Wright chama de “flutuações” eram as galáxias não tão distantes e fracas, ou então galáxias distantes. Porém, como o próprio Ned explica, a primeira hipótese está errada por um fator de 10, e a segunda por um fator de 1.000.

Agora, uma nova hipótese apresentada na revista Nature, elaborada por Asantha Cooray, um professor de física e astronomia da Universidade da Califórnia, Irvine (EUA), parece ser a chave para solucionar este mistério.

Segundo o professor Asantha e sua equipe, o halo de matéria escura que cerca as galáxias poderia abrigar estrelas órfãs ou estrelas roubadas da galáxia que está no meio do halo.

Durante eventos de colisões ou fusões de galáxias, um pequeno número de estrelas pode ser expulso para a borda das galáxias, dentro do halo, e se tornar a origem deste brilho misterioso em infravermelho. Bastaria que algo como 0,1% das estrelas da galáxia fossem expulsas para o halo para explicar tal brilho de infravermelho.

Os pesquisadores usaram imagens de 250 horas de observação do telescópio Spitzer na constelação Boötes ou Boieiro para testar sua hipótese, mas esperam mais observações para confirmá-la. Da próxima vez, eles querem usar o James Webb Space Telescope (JWST) para isto.

Programado para ser lançado em 2018, com um espelho de 6,5 metros e um escudo protetor do tamanho de uma quadra de tênis, o JWST vai substituir o Hubble para observar o universo na faixa do infravermelho, capturando imagens das mais distantes galáxias e estrelas que se formaram logo após o Big Bang. O telescópio é promessa para finalmente expor o mistério dos objetos que criam a luz infravermelha de fundo.

Fonte:  http://hypescience.com/

A nebulosa Medusa


A nebulosa Medusa, vista aqui em uma foto feita por Ken Crawford, do Observatório Rancho del Sol, é uma nebulosa planetária com filamentos trançados de gás brilhante que deram a ela seu nome.

Também conhecida como Abell 21, a nebulosa tem aproximadamente 4 anos-luz de diâmetro e está a cerca de 1.500 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação Gêmeos.

Como toda nebulosa planetária, ela representa a fase final da evolução de estrelas de pouca massa, como o nosso sol, à medida que elas se transformam de gigantes vermelhas para anãs brancas. A nebulosa é formada pelas camadas externas da estrela, expulsas por um forte vento estelar.

O brilho da nebulosa é gerado pela reação de seu gás a luz ultra-violeta emitida pela estrela, que está perto do centro da imagem de “lua crescente” brilhante. Nesta outra imagem, os filamentos podem ser vistos se espalhando claramente abaixo e à esquerda da região do crescente brilhante.

Fonte: http://apod.nasa.gov/