segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Astrônomos estão mais perto de obter foto inédita de buraco negro

                   Editoria de Arte/Folhapress           


Um projeto que está agrupando imagens do centro da Via Láctea obtidas por mais de 70 telescópios ao redor do mundo estima que em 2015 terá capacidade para atingir um feito sem precedentes: observar um buraco negro.

Batizado de Event Horizon Telescope, o plano começou a ser posto em prática em 2007 ainda sem perspectiva de quando --e se-- essa meta poderia ser atingida. Foi num encontro no Arizona, na semana passada, que astrônomos se deram conta de que o objetivo não está longe.

A meta dos cientistas é fotografar o buraco negro gigante que físicos acreditam existir no centro da nossa galáxia.

O movimento da matéria superaquecida nessa região leva a crer que ela abriga um objeto desses, com uma massa de 4 milhões de vezes a do Sol. Essa matéria tumultuada no centro da galáxia, porém, é difícil de ver.

A única maneira prática para se observar o núcleo da Via Láctea, na verdade, é com telescópios que detectam ondas de rádio, em vez de luz comum.

Como elas possuem uma frequência muito menor, atravessam concentrações de matéria com mais facilidade e chegam até a periferia da galáxia, onde fica a Terra.

Um único radiotelescópio, porém, não conseguiria ver tão distante. "Seria como tentar observar uma laranja na superfície da Lua", diz Dan Marrone, da Universidade do Arizona, um dos coordenadores do projeto.

A ideia, então, é agrupar dados de 11 arranjos diferentes de radiotelescópios no Chile, na Califórnia, no Havaí, na Espanha, no México, na França e no Arizona.

Juntos, eles conseguirão ter sensibilidade suficiente para enxergar a sombra do "horizonte de eventos" do buraco negro, a região onde ele começa a engolir a luz.

"Os primeiros dados, com parte dos telescópios, sugerem que há no centro da galáxia uma estrutura menor do que pensávamos. Ainda assim, é grande o suficiente para que o projeto consiga vê-la no futuro", diz Marrone.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Telescópio no Chile capta imagem de nebulosa Ômega

                 ESO/France Presse

O poder de alcance do Very Large Telescope é atestado pela imagem divulgada nesta quarta-feira pelo ESO (Observatório Europeu do Sul), que fica em solo chileno, no deserto de Atacama.

A foto mostra a nebulosa Ômega, também conhecida como Messier 17, onde proliferam poeira estelar que circunda estrelas em formação. 

O gás colorido e a poeira escura da nebulosa servem de matéria-prima na criação da próxima geração de estrelas. 

Nesta região particular, as estrelas mais jovens --brilhando de forma ofuscante em tons branco-azulados-- iluminam todo o conjunto. 

As zonas de poeira da nebulosa, semelhantes a brumas, contrastam visivelmente com o gás brilhante. 

As cores vermelhas dominantes têm origem no hidrogênio, que brilha sob a influência da intensa radiação ultravioleta emitida pelas estrelas quentes jovens. 

A Ômega tem muitos nomes, dependentes de quem a observou, quando e do que julgou ter visto. 

Entre eles, inclui-se: nebulosa do Cisne, Cabeça de Cavalo e ainda Lagosta. O objeto foi também catalogado como Messier 17 (M17) e NGC 6618. 

A nebulosa situa-se entre 5000 e 6000 anos-luz de distância na direção da constelação de Sagitário. 

Um alvo bastante popular entre os astrônomos, este campo de poeira e gás brilhante é uma das mais jovens e mais ativas maternidades estelares na Via Láctea, onde nascem estrelas de grande massa. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/