domingo, 16 de dezembro de 2012

Sopa de partículas é a coisa mais quente já feita pelo homem


Ao longo dos últimos anos, pesquisadores criaram uma sopa dentro dos dois maiores aceleradores de partículas do mundo, o Grande Colisor de Hádrons (LHC), na Suíça, e o Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC), nos EUA, que é a substância mais quente já criada na Terra: tem entre 4 e 6 trilhões de graus Celsius, cerca de 100.000 vezes mais quente que o centro do sol.

“Criamos uma matéria em um estado único, composta por quarks e glúons que foram liberados do interior de prótons e nêutrons”, disse Steven Vigdor, físico do RHIC.

Os cientistas acreditam que este estado da matéria é semelhante à forma de matéria existente no universo apenas algumas frações de segundo após o Big Bang, 13,7 bilhões de anos atrás. Portanto, essa “sopa ultraquente” de partículas elementares pode ser a chave para entender como o universo era logo após sua formação.

Os aceleradores de partículas fazem o que seus nomes sugerem: esmagam partículas entre si a velocidades super-rápidas.

Quando duas partículas colidem, elas explodem pura energia, poderosa o suficiente para derreter átomos e quebrar prótons e nêutrons (os blocos de construção dos núcleos atômicos) em seus quarks e glúons – que são as partículas que os constituem.

Prótons e nêutrons contêm três quarks cada, e os glúons são a “cola” que mantém os quarks juntos.


O resultado de sua “destruição”, então, é um plasma que os cientistas chamam de “líquido quase perfeito”, com quase zero de atrito, o “plasma quark-glúon”.

Os cientistas acreditam que, logo após o Big Bang, quarks e glúons se combinaram para formar prótons e nêutrons, que foram agrupados com os elétrons mais tarde para formar átomos. Estes eventualmente construíram as galáxias, estrelas e planetas que conhecemos hoje.

Para entender melhor como isso aconteceu, os cientistas pretendem estudar as propriedades dessa sopa primordial, como a sua viscosidade, que é uma medida de sua fricção interna, ou resistência ao fluxo. Comparado com os líquidos do cotidiano, tais como o mel ou a água, o plasma quark-glúon tem muito pouca viscosidade.

Este plasma é também extremamente denso, com partículas “mais apertadas” do que estrelas de nêutrons, que são praticamente bolas de matéria comprimida que resultam da explosão de uma estrela (supernova).

“Nós temos agora as ferramentas para descobrir exatamente o que essa sopa é e por que tem essas propriedades extraordinárias”, disse Jurgen Schukraft, físico do LHC.

Uma das maneiras que os cientistas podem experimentar sobre este estado da matéria é disparando outras partículas através dele. Existem tipos diferentes de quark que formam prótons e nêutrons. Quando os físicos do LHC injetaram partículas contendo quarks do tipo “charm” no plasma quark-glúon, eles descobriram que o fluxo de plasma era tão forte que arrastava as partículas junto com ele, retardando a sua passagem.

Ter recriado esse estado extremo já foi um passo importante. Nos resta aguardar as próximas descobertas dos físicos, e quem sabe entender mais sobre como surgimos.

Fonte: http://hypescience.com/

Cristal extraterrestre chegou na Terra há 15 mil anos



Os quasicristais foram notícia em 1982, quando foram sintetizados pela primeira vez, o que deu ao químico israelense Dan Shechtman o prêmio Nobel de Química de 2011 pelo feito. A segunda vez que os quasicristais foram notícia foi em 2008, quando o mineralogista italiano Luca Bindi, do Museu de História Natural em Florença (Itália), percebeu um minúsculo grão de quasicristal em uma amostra de rocha na coleção do museu.

Esta foi uma descoberta inacreditável, fantástica, por que não se acreditava que quasicristais pudessem acontecer na natureza.

Foi quando uma análise do quasicristal sugeriu que ele fazia parte, muito provavelmente, de um meteorito.

Para estudar o quasicristal, o pesquisador Paul Steinhardt, da Universidade de Princeton (EUA), e sua equipe tiveram acesso aos diários secretos do pesquisador Luca Bindi, autor da descoberta já falecido, e descobriram que a rocha na qual foi encontrada o material raro havia sido escavada em 1979, na região de Koryak, na Rússia.

O próximo passo foi fazer uma expedição para a Rússia em busca de mais amostras. Depois de peneirar meia tonelada de sedimentos, mais nove fragmentos foram encontrados, confirmando a hipótese de que se tratava de um meteorito. A análise do local em que foi encontrado o meteorito aponta que ele caiu na última era glacial, 15.000 anos atrás.

Então, o quasicristal é mesmo extraterrestre e chegou aqui a partir de um meteorito. Mas essa pergunta respondida levou a muitas outras. A primeira delas é como um quasicristal, tão difícil de se produzir em laboratório, se formou em um asteroide. Ele teria se formado na queda? Conhecer as condições de formação do quasicristal no espaço pode criar uma nova indústria de um material que pode ser muito útil. Além disso, pode fornecer algumas pistas sobre como era o ambiente no sistema solar 4,5 bilhões de anos atrás.

Fonte: http://hypescience.com/

Vídeo: o maior mapa 3D do universo contém um milhão de galáxias



Cientistas criaram o maior mapa 3D do universo até agora, contendo diversas galáxias e buracos negros gigantes, o que pode nos ajudar a solucionar alguns dos mistérios do espaço.

Segundo David Schlegel, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia (EUA), esse tipo de “atlas” do universo deve ajudar os cientistas a chegar ao fundo de questões intrigantes, como as invisíveis e indetectáveis matéria e energia escuras que parecem dominar todo o universo. Outro problema que pode ser melhor compreendido é a atual aceleração da expansão do universo.

Os dados que compõe o mapa vêm do Sloan Digital Sky Survey III (SDSS-III), criado para uso por astrônomos ao redor do mundo em seus próprios estudos, incluindo medidas do SDSS-III Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (BOSS), que calcula as distâncias de galáxias que se encontram até 6 bilhões de anos-luz de nós, e buracos negros até 12 bilhões de anos-luz da Terra.

Lançado na quarta-feira, 8 de agosto, o mapa revela a localização de mais de um milhão de galáxias (200 milhões de fotos) ao longo de um volume total de 70 bilhões de anos-luz cúbicos. Um ano-luz é a distância que a luz viaja em um ano, ou cerca de 10 trilhões de quilômetros.

“Nosso objetivo é criar um catálogo que será usado por muito tempo”, disse Michael Blanton, da Universidade de Nova York (EUA).

Os cientistas acreditam que o mapa pode ajudar no estudo de mistérios astronômicos, como os fenômenos da matéria escura, da energia escura e da expansão do universo.

“Queremos mapear o maior volume do universo, e usar esse mapa para entender como a expansão do universo está se acelerando”, disse Daniel Eisenstein, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (EUA), o diretor do SDSS-III.

Pesquisadores acreditam que a prevalência de energia escura no universo é a força que causa a aceleração da expansão do espaço a um volume cada vez maior.

A todo o momento aparecem estudos dizendo que estão mais próximos de solucionar esses problemas espaciais. Mas a solução, que é bom, está demorando um pouco. Quem sabe agora não seja finalmente a hora. No mínimo, o novo mapa é muito bonito e serve para nos mostrar o que realmente somos no universo: menos que poeira galáctica.

Fonte: http://www.livescience.com/

Vídeo: erupção solar incrível e belíssima



A NASA capturou no fim de semana passado, em 4 de agosto, um filamento solar superquente que entrou em erupção, formando um arco no espaço, conectando duas enormes manchas solares.

A foto e o vídeo foram feitos pelo Observatório Dinâmico Solar (ODS) da NASA, sonda que estuda a nossa estrela desde fevereiro de 2010.

O ODS, projeto de 850 milhões dólares (R$ 1,7 bi), é a primeira nave de uma frota de esforços da NASA para estudar o nosso sol. A missão de cinco anos da sonda é a principal de um programa científico chamado “Living with a Star” (“Vivendo com uma estrela”), que visa à melhor compreensão dos aspectos do sistema sol-Terra que afetam a nossa vida e sociedade (o astro pode até estrelar o fim do mundo, já que como toda estrela, pode morrer e “nos deixar na mão”).

E se você acha que o sol só serve para queimar nossa pele, saiba que ele interfere na Terra muito mais do que isso. Além de possibilitar a existência da vida como a conhecemos, muitas outras ações solares têm consequências para nós, como as erupções recentes.

O filamento de erupção aparece rosa e roxo através dos filtros ultravioletas do ODS, destacando-se contra uma superfície solar de manchas verdes, amarelas e roxas escuras.

O filamento surgiu entre as manchas solares AR 1538 e AR 1540. Manchas solares são manchas temporárias sobre o sol, que parecem escuras porque são mais frias que o resto da superfície solar.

As labaredas solares e explosões maciças de plasma chamadas de ejeções de massa coronal (CMEs, na sigla em inglês) muitas vezes irrompem de manchas solares, às vezes maiores que o diâmetro da Terra.

As CMEs ocorrem quando alguma perturbação magnética muito forte causa um feixe de explosões da superfície do sol, e o material liberado – plasma, primariamente elétrons e prótons, com pequenas quantidades de materiais mais pesados tais como hélio, oxigênio e ferro – vai além da coroa solar (que seria algo como a atmosfera de nosso astro), atingindo o que orbita em volta. A explosão de 4 de agosto impulsionou uma enorme CME para o espaço.

CMEs que atingem diretamente a Terra podem causar estragos, interrompendo temporariamente comunicação GPS, navegação por satélite e redes de energia.

A tempestade solar de sábado não causou nenhum problema grave. Apesar de não ter se dirigido diretamente para a Terra, poderia “desferir um golpe” ao nosso campo magnético. Mas esse golpe se traduziria em mais formas belas, como auroras entre 7 e 8 de agosto.

Apesar disso, devemos ficar alertas: o sol está atualmente em uma fase ativa do seu ciclo solar de 11 anos, e deve continuar a disparar grandes tempestades por um tempo. O atual ciclo, conhecido como ciclo solar 24, deve atingir seu pico em 2013.

Mas se você está com medo de alguma coisa, já adiantamos que não precisa: ninguém corre risco de vida. Você não corre nem risco de se queimar, já que a interferência causada pelo sol no nosso planeta é de natureza eletromagnética e não aumenta a temperatura ou emissão de raios ultravioleta.


Fonte: http://www.livescience.com/

Há muita matéria escura ao redor do sol segundo modelo computacional


Ela não pode ser vista nem tocada. Como praticamente não interage com a matéria que conhecemos, não pode ser medida (por enquanto) e supostamente representa grande parte da massa do universo: é a chamada “matéria escura”, um dos grandes mistérios da física.

No começo deste ano, para investigar a existência de matéria escura em nossa galáxia, um grupo de pesquisadores mapeou uma área de 13 mil anos-luz ao redor do sol, prevendo que encontrariam massa que não fosse proveniente de “matéria comum”. “A quantidade de massa que encontramos é condizente com o que vimos – estrelas, poeira e gás – na região em torno do sol”, diz o pesquisador Christian Moni Bidin, do Departamento de Astronomia da Universidade de Concepción (Chile). “Mas isso não dá espaço para o material extra – matéria escura – que estávamos esperando. Nossos cálculos mostraram que deveria estar lá, mas não estava”, explica.

O que houve? Recentemente, outra equipe de cientistas questionou os cálculos e a simulação computacional deste estudo, dizendo que estavam “enviesados”. Assim, propuseram outra técnica e conseguiram um resultado diferente. “Temos 99% de certeza de que há matéria escura em torno do sol”, afirma Silvia Garbari, do Instituto de Física Teórica da Universidade de Zurique (Suíça). Além disso, de acordo com esse novo modelo, há apenas 10% de chances de que a quantidade de matéria escura “encontrada” seja uma falha estatística.

“Essa pode ser a primeira evidência de um ‘disco’ de matéria escura em nossa galáxia, como previsto recentemente por simulações teóricas e numéricas de formação de galáxias”, explica Garbari. Se a nova simulação estiver correta, terá sido um passo importante no estudo da misteriosa matéria escura.

Fonte: http://www.science20.com/

Nova espécie de humanos “cara chata” pode ter sido descoberta



Acredita-se que a linhagem do ser humano “Homo” surgiu há 2,5 milhões de anos, coincidindo com as evidências mais antigas de ferramentas, feitas de pedra. E até a metade do século passado, acreditava-se que o ancestral humano mais antigo era o Homo erectus.

50 anos atrás, na Garganta de Olduvai, foi descoberto outro hominídeo mais primitivo, o Homo habilis, com o crânio menor e esqueleto mais simiesco.

Mais tarde, em 1972, foi descoberto no Quênia um outro crânio, que recebeu o nome de KNM-ER 1470, e agitou o meio paleontológico desde então: alguns entendiam que as características dele, como a face mais achatada e o cérebro maior que o do H. habilis, indicavam tratar-se de uma nova espécie, que recebeu o nome provisório Homo rudolfensis.

O problema era que a comparação era difícil de ser feita, já que só havia um pedaço do crânio e nenhuma mandíbula do H. rudolfensis. A diferença entre ele e o H. habilis poderia ser um caracter sexual secundário, por exemplo, ou uma variação geográfica.

Mas isto mudou com a descoberta de alguns fragmentos em 2007 e 2009, não mais de 10 quilômetros distante de onde o KNM-ER 1470 foi encontrado. Os novos fósseis tem entre 1,78 e 1,95 milhões de anos, e receberam o nome de KNM-ER 60000 e KNM-ER 62000.

A foto que ilustra este artigo é uma reconstrução do crânio do H. rudolfensis, usando a face encontrada em 1972, a mandíbula KNM-ER 60000, e um crânio obtido por tomografia.

A análise das descobertas, publicada este mês, aponta que a mandíbula tem uma forma em U, e diferente da mandíbula em V do H. habilis, o que indica que a dieta do novo hominídeo era diferente: ele provavelmente era mais vegetariano. Por esta análise, o H. rudolfensis realmente se trata de um novo hominídeo.

O trabalho, publicado por Meave Leakey, do Insituto Turkana Basin, do Quênia, Fred Spoor, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, da Alemanha, e equipe de colaboradores, sugere que dois milhões de anos atrás, no lago cercado de vegetação luxuriante que existia ali no norte do Quênia, não só duas, mas três espécies de hominídeos compartilhavam o mesmo ambiente.

O que aconteceu então com o H. habilis e o hominídeo descrito recentemente, que talvez venha a se chamar H. rudolfensis? Um beco sem saída evolutivo? Será que o H. erectusdescende de alguma destas linhagens, ou de um outro Homo, ainda não descoberto?

Fonte: http://hypescience.com/

Encontrado cemitério asteca que pode ser resultado de sacrifícios em massa



Um esqueleto feminino cercado por 1.789 ossos humanos. O cenário macabro, que bem poderia fazer parte de um filme do Indiana Jones, foi encontrado recentemente por um grupo de arqueólogos mexicanos, cinco metros abaixo da superfície do Templo Maior da Cidade do México.

Embora a existência de vestígios da civilização asteca no local não seja surpresa (Tenochtitlan, mais tarde reconstruída como Cidade do México, foi fundada pelos astecas em 1325), o cemitério é “o primeiro desse tipo”, de acordo com o Instituto Nacional de História e Antropologia do México. O grande número de ossos pode ser evidência de um sacrifício em massa (há marcas de possíveis rituais de retirada de coração) ou de uma relocação de corpos, práticas pouco comuns entre os astecas.

Durante as escavações, foram encontrados crânios de sete adultos e três crianças em uma pilha, ossos longos (como o fêmur) em outra e costelas em uma terceira. A princípio, pode se tratar de um cemitério de elite, preparado em torno do esqueleto de uma mulher pertencente à “alta sociedade” asteca. Próximo aos ossos estão vestígios de uma “árvore sagrada”, o que evidencia a importância do cemitério.

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/

Criado o primeiro roteador quântico


A física quântica carrega muitas promessas: uma vez dominada, poderá permitir a criação de computadores infinitamente mais rápidos do que os atuais, conexões de internet com capacidade muito maior de transmissão de dados e códigos de proteção de informações praticamente inquebráveis.

Ao contrário do que ocorre na física convencional, no “mundo quântico” uma partícula é capaz de carregar informações opostas simultaneamente. Além disso, devido a um fenômeno conhecido como entrelaçamento quântico, duas partículas separadas por uma grande distância podem carregar exatamente a mesma informação e, se uma for alterada, a outra muda instantaneamente.

Um dos desafios para se dominar o uso dos fenômenos quânticos e aproveitá-lo para a transmissão de dados é “guiar” as informações: com os aparelhos atuais, só é possível guiar um fóton (partícula elementar usada em experimentos quânticos) através de uma única fibra ótica, o que limita bastante a transmissão.

Recentemente, porém, um grupo de físicos da Universidade de Tsinghau (China) desenvolveu um roteador quântico (o primeiro já feito), capaz de direcionar dados quânticos de modo mais eficiente. Por meio de uma série de pequenos espelhos e placas metálicas, em conjunto com manipulação de fótons, eles deram um passo importante no desenvolvimento de tecnologias da informação baseadas nos princípios da física quântica. Apesar do sucesso do experimento, porém, esse roteador tem diversas limitações técnicas – mas deve inspirar novas iniciativas.

A internet quântica chegará… algum dia.

Fonte: http://www.technologyreview.com/

Uma rosa espacial a 5,2 mil anos-luz de distância



Em músicas e poesias, é comum um apaixonado declamar que poderia dar até uma estrela para sua amada como forma de demonstrar seu amor. Mas se você é nerd e gosta de universo, surpreenda a pessoa que você ama dizendo seus sentimentos são tão profundos que você poderia ir em busca da nebulosa Roseta por ela. Depois, explique que a nebulosa tem o formato de uma linda rosa, no meio do espaço. Melhor do que uma estrela, não é?

A nebulosa Roseta é uma gigantesca nuvem cósmica de gás e poeira a 5,2 mil anos-luz de distância da Terra. A flor tem o diâmetro de 130 anos-luz e estima-se que tenha a massa de 10 mil sóis – ok, não vai ser fácil dar essa rosa para a pessoa que você ama. No centro da nebulosa, você verá um buraco. Essa lacuna foi gerada quando estrelas recém-formadas no núcleo da nebulosa se inflamaram e afastaram o gás circundante.

A nebulosa está perto de uma extremidade de uma nuvem molecular gigante na região da constelação de Monoceros (conhecida como Unicórnio), na Via Láctea. As pétalas da rosa espacial têm uma encantadora forma simétrica, que são resultado de ventos e da radiação emitida por estrelas quentes e jovens no interior da nebulosa.

Se você é um amante do espaço, pode identificar essa deslumbrante nebulosa com facilidade. Ela pode ser vista com um telescópio simples, na direção da constelação do Unicórnio. A nebulosa Roseta é a mais famosa nuvem cósmica em forma de flor – mas não é a única.

Fonte: http://hypescience.com/

Pesquisadores ganham U$ 27 milhões em novo prêmio de Física Teórica


Depois de ganhar uma fortuna investindo em empresas de redes sociais, o bilionário russo Yuri Milner resolveu usar parte de seu dinheiro de forma inusitada: criou um prêmio de Física.

Destinado a nove pesquisadores que elaboraram teorias promissoras na área, o Prêmio de Física Fundamental é, para Milner, uma maneira de “mostrar que a ciência é tão importante quanto a venda de ações em Wall Street”, conforme declarou em entrevista à Nature News. Entre as décadas de 1980 e 1990, ele estudou Física Teórica na Universidade Estadual de Moscou (Rússia) e na Academia Russa de Ciências, e guarda admiração pela área até hoje.

Nesta primeira edição, Milner foi responsável por escolher os nove homenageados, que receberam U$ 3 milhões (cerca de R$ 6 milhões) cada. Da mesma maneira que os outros ganhadores, o cosmologista Andrei Linde, da Universidade de Stanford (EUA), ficou extremamente surpreso com o reconhecimento. Quando lhe perguntaram o que faria com o valor recebido, ele respondeu que “esse é um problema ainda mais complicado do que aqueles de física que estou tentando resolver”.

Ao contrário do Prêmio Nobel, o de Milner pode ser concedido a pesquisadores cujas teorias ainda não foram comprovadas – mas que ajudem o pensamento teórico a “ir para frente”. Os nove homenageados deverão ajudar a escolher os ganhadores da próxima edição, em 2013.

Fonte: http://hypescience.com/

O que são raios cósmicos?



Os raios cósmicos são núcleos atômicos que viajam por milhões de anos a velocidades próximas da velocidade da luz até chegarem na Terra. No início de agosto, os cientistas comemoram os 100 anos da sua descoberta, mas a história desses raios cósmicos começa bem antes.

Em 1780, um dos heróis da ciência, o físico francês Charles-Augustin de Coulomb, percebeu que uma esfera eletricamente carregada perdia espontaneamente sua carga. Isto era estranho por que até então se pensava que o ar fosse um isolante, não um condutor.

Em 1860, Henri Becquerel descobriu a radioatividade, e que os raios-X podiam ionizar o ar. O ar ionizado tornava-se então condutor. Em seguida, surgiu outro mistério: mesmo que você protegesse um condutor eletrificado com chumbo, ele continuava perdendo a carga. Como isto acontecia, quando se sabia que o chumbo barrava as radiações conhecidas?

O cientista austríaco Victor Hess descobriu que a ionização do ar era três vezes maior em grandes altitudes que ao nível do mar. Em 7 de agosto de 1912, viajando de balão de ar quente a 5.000 metros de altitude, ele fez medidas da ionização e descobriu que ela crescia com a altitude, descoberta que lhe rendeu um prêmio Nobel em 1936. Hess concluiu que devia haver uma fonte radioativa extremamente poderosa penetrando a atmosfera, vinda de fora.

Nos anos seguintes, os cientistas descobriram que os raios cósmicos, como Robert Millikan os chamava, não eram raios, mas sim partículas com carga elétrica e muita energia. Na maioria prótons, elas atingiam a atmosfera e criavam uma cascata de subprodutos: fótons, elétrons e múons.

Se a natureza da radiação cósmica era conhecida, o mesmo não se podia dizer da origem destas partículas, ainda um mistério. Que fenômeno natural era este que arremessava uma partícula a velocidade muito próxima da velocidade da luz, e com até 100 bilhões de vezes mais energia que os nossos mais poderosos aceleradores de partículas?

Uma teoria proposta dizia que estas partículas eram aceleradas por explosões de supernovas, e também pelo vento estelar de estrelas supermassivas. Tudo que se precisava fazer para provar isso era encontrar uma galáxia que tivesse muitas estrelas em formação, como a galáxia M82, ou Galáxia Cigarro, que tem uma atividade de geração de novas estrelas muito intensa. Em 2009, vinte anos depois da teoria ser proposta, o telescópio VERITAS (Very Energetic Radiation Imaging Telescope Array System) conseguiu confirmá-la.

Apesar da descoberta do VERITAS, ainda estão sendo feitos estudos para identificar a origem dos raios cósmicos mais poderosos que chegam ao nosso planeta, para confirmar a hipótese da origem das partículas. O Obsrvatório Pierre Auger é um dos que está investigando esta origem. Ele é composto de 1.600 detectores Cherenkov espalhados em uma área de 3.000 km² na Argentina.

O sistema que controla todos estes detectores acabou também sendo usado em outra aplicação inusitada: controlar via rádio as sinalizações de uma linha de trem nas terras altas da Escócia. A segurança da linha de 700 quilômetros é um resultado indireto dos voos de balão de ar quente de Hess, 100 anos atrás.

Fonte: http://hypescience.com/

Descoberta de nova ligação atômica que pode revolucionar a computação quântica


Todos nós aprendemos na escola que existem dois tipos de ligações químicas: a ligação iônica, na qual dois átomos com desequilíbrio elétrico são mantidos juntos por foças de Coulomb, e a ligação covalente, na qual átomos compartilham um elétron de sua última camada.

Isso pode mudar. Usando programas de computador para simular o comportamento da molécula de hidrogênio (H2) em um campo magnético forte, Kai Lange, Trygve Helgaker e alguns colegas da Universidade de Oslo, na Noruega, descobriram uma terceira ligação química, que só aconteceria em campos magnéticos muito fortes, do tipo que, na natureza, só poderiam ser encontrados em estrelas anãs brancas, magnetares e estrelas de nêutrons.

A equipe do prof. Lange examinou como o estado de energia mais baixo de uma molécula de hidrogênio era distorcido por um campo magnético. A molécula, com formato de um haltere, orienta-se em paralelo à direção do campo magnético, e a ligação se torna mais curta e mais estável. Quando um dos elétrons recebe um fóton de energia e vai para outro nível, o que normalmente iria romper a ligação, a molécula simplesmente gira de forma a ficar perpendicular ao campo e permanecer unida, formando a “ligação paramagnética perpendicular”.

Efeito semelhante provavelmente deve ocorrer com átomos de hélio, que normalmente não formam ligação nenhuma. Segundo o professor Helgaker, os átomos são mantidos unidos pela forma que seus elétrons dançam em torno das linhas de campo magnético. Dependendo da sua geometria, a molécula iria girar de forma a permitir que os elétrons girem em torno da direção do campo magnético.

Por enquanto esta nova ligação não pode ser testada em laboratório, já que se trata de um campo magnético de 105 Tesla, 10.000 vezes mais fortes que qualquer campo magnético artificial já feito na Terra. Só para comparar, o campo magnético terrestre tem intensidade média de 40×10-6 Tesla (40 micro Tesla), um humilde ímã de geladeira tem 5×10-3 Tesla (5 mili Tesla), e o Grande Colisor de Hádrons tem bobinas capazes de gerar campos magnéticos com pouco mais de 8 Tesla. Em laboratórios que estudam o campo magnético, já se conseguiu campos de 30 a 40 Tesla. Além disso, um campo magnético com tanta intensidade iria destruir a máquina. Ou seja, a máquina para criar o campo magnético deixaria de ser uma máquina.

Mas se não dá para fazer um campo magnético tão forte, existe uma outra alternativa para testar a teoria em laboratório: usar átomos de Rydberg, átomos altamente excitados que podem ser do tamanho de um ponto da letra “i”. Como o tamanho da ligação entre estes átomos é muito grande, a interação de Coulomb é muito menor, e eles talvez possam ser usados para testar a hipótese. E, se estes átomos de Rydberg forem utilizados para guardar informação em um computador quântico, por exemplo, um campo magnético poderia ser utilizado para controlar a força da ligação entre eles.

Só que os pesquisadores também não têm certeza se esta ligação existe na natureza. Os campos magnéticos de anãs brancas, por exemplo, poderiam abrigar este tipo de ligação, mas isso não é conclusivo. Uma das maneiras de descobrir isto é usar modelos de física quântica para determinar como o espectro luminoso emitido por átomos envolvidos neste tipo de ligação seria modificado, e procurar por esta assinatura espectral na luz destas estrelas.

Fonte: http://hypescience.com/

Foto: nebulosa Pata de Gato



Essa imagem mostra a nebulosa Pata de Gato, a partir de uma composição feita por uma combinação de exposições de dois telescópios. A forma característica da nebulosa é revelada em nuvens fofas e avermelhadas de gás brilhante contra um céu escuro pontuado de estrelas.

A imagem combina as observações feitas com o telescópio MPG/ESO (da agência espacial europeia) no Observatório La Silla no Chile, com 60 horas de exposição feitas em um telescópio de 0,4 metros pelos astrônomos amadores Robert Gendler e Ryan M. Hannahoe. A foto foi remasterizada, processo conhecido de quem trabalha com Photoshop ou de que tem experiência com astrofotografia, para combinar a “luminância” (ou brilho) das imagens da ESO com a informação de cor das observações amadoras.

Graças a esta combinação, ganha destaque, por exemplo, a região central da nebulosa, com seu fraco brilho azul, que sequer aparece na imagem original da ESO.

A nebulosa apropriadamente chamada de Pata de Gato (também conhecida como NGC 6334) pertence à constelação de Escorpião. Apesar de parecer mais próxima ao centro da Via Láctea no céu, ela está na verdade mais próxima à Terra, a uma distância de cerca de 5.500 anos-luz.

Com a largura aproximada de 50 anos-luz, é uma das regiões de formação de estrelas mais ativas em nossa galáxia, contendo estrelas azuis brilhantes e massivas, que foram formadas nos últimos milhões de anos. Ela pode conter até dezenas de milhares de estrelas no total, algumas visíveis e outras ocultas pelas nuvens de gás e poeira.

Fonte: http://hypescience.com/

Maiores, mais quentes e mais massivas estrelas são fotografadas por nova câmera do Hubble



O telescópio espacial Hubble, da NASA, lançado em 1990 para observar e fotografar objetos astronômicos, nos deu a chance de estudar mistérios e belezas do Universo diversas vezes.

Com um alcance de 14 bilhões de anos-luz (um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros), sofreu a primeira reforma em 1993 e desde então vêm se renovando para permitir que nós tenhamos uma melhor compreensão do espaço.

Por exemplo, com sua remodelada Wide Field Camera, Hubble registrou em luz visível a região de formação estelar 30 Doradus, na qual fica um enorme aglomerado das maiores, mais quentes e mais massivas estrelas conhecidas.

Dentro de uma galáxia vizinha conhecida como Grande Nuvem de Magalhães, localizada no coração da Nebulosa da Tarântula, que recebeu esse nome por causa de seus filamentos brilhantes que lembram as pernas de uma aranha, fica a 30 Doradus.

No centro dessa região, que contém milhões de jovens estrelas, podemos ver o aglomerado estelar R136, esculpido com formas alongadas por fortes ventos e radiação ultravioleta.

Por ser a maior região ativa de formação de estrelas do grupo local de galáxias, o seu brilho – fluorescente por causa da já mencionada radiação ultravioleta das estrelas jovens e maciças aí nascidas – é tão intenso que é perfeitamente visível a olho nu, mesmo que 30 Doradus fique a cerca de 170.000 anos-luz de distância de nós.

A maioria das estrelas desse “super aglomerado estelar jovem” tem entre 1 e 2 milhões de anos, é gigante ou supergigante, e do tipo espectral O3 (espécie de classificação estelar, que significa que elas são muito quentes e muito luminosas – milhões de vezes superiores ao nosso sol – e azuladas em cor; são as mais raras estrelas da sequência principal): 39 estrelas do R136 possuem esta classificação.

Fonte: http://hypescience.com/

Os homens que se expuseram a uma explosão nuclear [vídeo]



Há 65 anos, cinco oficiais do Exército dos Estados Unidos e um cameraman assistiam ao teste de um míssil nuclear em Nevada (EUA). Não seria algo extraordinário, não fosse o fato de eles estarem posicionados a poucos quilômetros abaixo da explosão.

Loucura? Imprudência? De acordo com a organização midiática NPR, a ideia do Departamento de Defesa dos Estados Unidos era mostrar que uma arma nuclear, apesar de seu potencial destrutivo, era “segura”.

Logo após a gigantesca explosão, um dos homens gritou com entusiasmo: “Está logo acima das nossas cabeças! Hahaha! Bom, bom! Tem uma bola de fogo enorme!”.

Quem assiste à gravação hoje, com tantas informações sobre os riscos da radioatividade, provavelmente se pergunta se esses homens morreram de câncer.

Os seis homens seriam: Coronel Sidney C. Bruce, tenente-coronel Frank P. Ball, major John Hughes, major Norman Bodinger e Don Lutrel. A NPR divulgou que dois primeiros morreram com mais de 80 anos e um supostamente com mais de 70 (os dados não são precisos, e eles não souberam dizer com certeza se os outros três homens ainda estão vivos).

Os Estados Unidos fizeram seu último teste de bomba atômica em 1992. Tomara que continue assim.

Fonte: http://gizmodo.com/

O que são galáxias ultraluminosas?



Observadas pela primeira vez na década de 1980, as galáxias ultraluminosas infravermelhas (ULIRGs, na sigla em inglês) são, como o nome sugere, o tipo mais luminoso de galáxia conhecido.

Tais estruturas despertam a curiosidade dos astrônomos até hoje. Como se formaram, afinal? Duas hipóteses foram criadas pouco depois da descoberta: a primeira, de 1988, sugere que essas galáxias seriam uma fase evolutiva de quasares (corpos astronômicos de alta energia, muito maiores que estrelas, mas menores do que galáxias); a segunda, de 1998, propõe que são fruto da fusão de várias galáxias.

Observações mais recentes reforçam esta última hipótese. Usando equipamentos específicos, astrônomos analisaram a galáxia ultraluminosa Arp 220 e encontraram um par de “caudas” (formadas por estrelas e gases interestelares) com 50 mil anos-luz de comprimento. Estudando as propriedades luminosas dessa estrutura, eles concluíram que Arp 220 é resultado da fusão de pelo menos quatro outras galáxias, o que pode se aplicar a outros exemplares de galáxias ultraluminosas.

Fonte: http://www.sciencedaily.com/