quarta-feira, 30 de novembro de 2011

8 exemplos da evolução em ação

A evolução é uma das maiores descobertas científicas de todos os tempos. Frequentemente, biólogos têm achados surpreendentes: há tantas evidências a favor da evolução, que argumentar contra ela é como negar que há uma lua no céu. Confira oito exemplos, entre muitos, da evolução em ação:

1 – Mariposa

Originalmente, a grande maioria das mariposas da espécie Biston betularia tinha uma coloração clara, que era uma boa camuflagem contra predadores. Antes da revolução industrial, uma variante escura da mariposa contava como 2% da espécie. 

Depois da revolução industrial, 95% das mariposas passaram a ter coloração escura. A melhor explicação para essa mudança é que as mariposas claras perderam sua vantagem de camuflagem conforme as superfícies claras foram escurecidas pela poluição, e elas foram comidas por pássaros com mais frequência. Esse é um exemplo de uma grande mudança em uma espécie, causada por mutações levando à variação e seleção natural.

2 – Lagarto australiano

Especiação, a formação de uma nova espécie de uma espécie ancestral, envolve muitas mutações levando a mudanças significativas. Uma espécie de skink, Saiphos equalis, é um lagarto da Austrália que parece estar submetido a mudança de por ovos para dar a luz a um filhote vivo. 

Uma vez que estes skinks podem tanto pôr ovos quanto dar à luz, os cientistas tiveram uma boa oportunidade de estudar as adaptações necessárias para o nascimento vivo. 

Embriões skink envoltos em um ovo tem uma fonte extra de cálcio que os skinks nascidos vivos não têm. Essa diferença nutricional é compensada pela mãe, que secreta cálcio extra para os jovens detidos dentro dela. Isto parece ser o primeiro passo no caminho para o desenvolvimento de um sistema como a placenta dos mamíferos. 

Skinks que vivem na costa tendem a pôr ovos, provavelmente porque o clima quente é previsível e suficiente para o desenvolvimento embrionário. Skinks que vivem nas montanhas mais frias tendem a dar à luz filhotes vivos, já que o corpo da mãe proporciona uma temperatura mais estável. 

É de se prever que estas duas populações, em algum momento, se separem em diferentes espécies, e cada população se torne fixa na sua estratégia reprodutiva. Isso levanta uma pergunta comum em criacionistas: se o homem evoluiu do macaco, por que ainda há macacos? No caso dos skinks, seriam duas espécies formadas: uma que põe de ovos e uma que tem parto. Cada uma delas seria mais adequada para seu habitat. Cada um é adaptado ao seu nicho.

3 – Mexilhões e caranguejos

Evolução acontece muitas vezes em conjunto: um predador desenvolve um método de caça melhorado, e quaisquer mutações que aumentem a capacidade de sobrevivência serão selecionadas para levar a uma mudança na população de presas.

Nós não temos que esperar um predador evoluir para observar uma mudança, no entanto, já que os humanos transportam espécies por todo o mundo, e assim podemos observar interações entre novas espécies. 

O caranguejo da costa asiática (Hemigrapsus sanguineus) é uma espécie invasora na Nova Inglaterra, que se alimenta do mexilhão azul nativo. Recentemente, foi observado que os mexilhões, quando detectam caranguejos asiáticos, desenvolvem escudos mais grossos para impedir os caranguejos de comê-los. 

Este comportamento é difícil para os mexilhões, e por isso é fortemente regulamentado. O fator evolutivo aqui é que apenas os mexilhões de regiões onde os caranguejos asiáticos são endêmicos engrossam suas costas. Os de outras regiões não detectam os caranguejos como uma ameaça.

4 – Lagartixa italiana

Em 1971, dez lagartixas italianas (Podarcis sicula) foram introduzidas na ilha de Pod Mrčaru, a partir de uma ilha vizinha. Elas foram deixadas lá ao longo de décadas, para serem comparadas com a colônia de onde foram tiradas. 

As lagartixas de Pod Mrčaru prosperaram e se adaptaram à nova ilha. Elas mudaram de uma dieta principalmente insetívora a uma pesada em vegetação. Esta mudança de dieta parece ter impulsionado outras mudanças dramáticas nos animais. 

A cabeça das lagartixas de Pod Mrčaru são maiores, e tem uma força de mordida muito maior. Essas são adaptações chave para lidar com as folhas que mascam. O sinal mais emocionante da evolução é o desenvolvimento de músculos usados para separar porções do intestino. Eles servem para diminuir a passagem do alimento através do intestino e dar tempo para as bactérias quebrarem o material vegetal para a absorção. Este é um desenvolvimento inteiramente novo na lagartixa italiana, e uma grande adaptação.

5 – Sapo-cururu
 
O sapo-cururu na Austrália é provavelmente uma das espécies invasoras mais famosas do mundo. Ele faz imenso dano à agricultura e as espécies nativas. 

A Austrália é grande, e leva tempo para uma espécie invasora se espalhar. Os sapos na frente dessa onda de invasão provavelmente são os melhores adaptados para se espalhar mais rápido. Quando os sapos na frente da onda de invasão foram estudados, os pesquisadores descobriram que eles eram maiores, mais resistentes, tinham pernas mais longas que permitiam maior velocidade, e eram mais ativos. Como resultado destes tipos de adaptações, a taxa em que os sapos-cururu se espalham tem aumentado desde que eles foram introduzidos.


6 – Tentilhões

Lembra das observações de Darwin sobre a adaptação entre os tentilhões das ilhas Galápagos? Estes tentilhões ainda estão ajudando a evolução a ser entendida. Peter e Rosemary Grant estudaram os tentilhões em uma das ilhas Galápagos, e observaram a mudança evolutiva causada pela concorrência direta de duas espécies rivais. 

A espécie Geospiza fortis estava bem estabelecida na ilha de Daphne, e tinha sido estudada em profundidade. Seu bico era perfeitamente adequado para quebrar nozes grandes. Em 1982, a espécie maior Geospiza magnirostris, de uma ilha vizinha, chegou. Estes tentilhões maiores poderiam afastar os tentilhões médios de sua terra natal e comer todas as nozes de grande porte. Durante o período de estudo, os tentilhões médios da ilha de Daphne desenvolveram bicos menores e mais adequados para nozes menores, ignoradas pelos tentilhões invasores.

7 – Borboleta lua-azul


Estudar a evolução pode levar décadas, mas ocasionalmente a mudança acontece incrivelmente rápido. A borboleta lua-azul (Hypolimnas Bolina), das ilhas Samoa, estava sendo atacada por um parasita que destruía seus embriões do sexo masculino.

Isso levou a um desequilíbrio entre os sexos, até que os machos representaram apenas 1% da população da borboleta. No entanto, dentro de dez gerações (cerca de um ano), o sexo masculino voltou a contar por 40% da população. Isto não é porque o parasita desapareceu; ele ainda estava presente, mas não era mais letal aos embriões do sexo masculino. 

Este caso mostra como uma mutação que dá uma vantagem pode rapidamente se espalhar por toda uma população. Qualquer macho com a capacidade de sobreviver à infecção seria capaz de acasalar com um grande número de fêmeas, devido à escassez de outros machos, e espalhar sua imunidade através de seus genes.

8 – Evolução em laboratório

Conforme cresce uma enorme variedade de patógenos resistentes aos medicamentos, nós aprendendo que a evolução é mais fácil de ser observada em espécies que trocam rápido de geração. 

Desde 1988, no laboratório de Richard Lenski, a evolução de uma linhagem ancestral única para doze populações de E. coli foi estudada. Desde então, mais de 50.000 gerações de E. coli vieram e se foram, e as diferenças entre as populações, e entre cada população e a estirpe ancestral foram documentadas.

Com amostras de cada população tiradas regularmente, as mudanças genéticas acumuladas puderam ser acompanhadas com facilidade. Ao longo do tempo, as bactérias se tornaram muito mais eficientes em crescer nas condições utilizadas no laboratório. O estudo forneceu evidências de como a evolução realmente ocorre. Uma das populações desenvolveu a capacidade de utilizar o citrato como nutriente, algo de outra maneira desconhecido em populações E. coli em condições semelhantes.

Fonte: http://hypescience.com/

Diabetes pode causar atrofiamento cerebral

Muitas complicações derivadas da diabetes, como doenças de rim, problemas nos pés e de visão já são conhecidas. Falta ainda analisar corretamente os impactos da doença no cérebro. 

Nos últimos cinco anos, uma equipe liderada pela professora de Medicina Vera Novak tem estudado os efeitos da diabetes na saúde cognitiva de idosos. Eles constataram que perda de memória, depressão e outros tipos de problemas são consequência da doença.

Agora, a equipe identificou o mecanismo principal por trás dos eventos. Eles afirmam que, em pacientes idosos com diabetes, duas moléculas – a sVCAM e a sICAM – causam inflamação no cérebro, gerando uma série de eventos que afetam os vasos sanguíneos e, eventualmente, estimulam o atrofiamento dos tecidos cerebrais.

Eles também descobriram que a massa cinzenta nas regiões frontais e temporais (responsáveis por funções essenciais como tomada de decisão, linguagem, memória verbal e tarefas complicadas) é a mais afetada.

“Em nosso trabalho, descobrimos que pacientes com diabetes tinham muito mais atrofia cerebral do que outros em um grupo controlado”, explica Novak. “De fato, com 65 anos, um cérebro de uma pessoa normal reduz cerca de 1% por ano, mas uma com diabetes pode ter perda de até 15%”.

A diabetes acontece quando a glicose deixa de entrar nas células para virar energia e passa a se acumular no sangue. Essa condição, chamada de hiperglicemia, geralmente causa inflamações. Novak pretendia descobrir se essas consequências causavam uma diminuição na irrigação sanguínea do cérebro.

Para testar a hipótese, a equipe recrutou 147 pessoas, com média de 65 anos. 71 tinham diabetes tipo 2, e tomavam medicamentos para controle por pelo menos 5 anos. Os outros 76 eram não diabéticos, da mesma média de idade e sexo.

Como previsto, os testes revelaram que pacientes diabéticos não apenas tinham apenas mais constrição sanguínea, como mais atrofia cerebral, particularmente da massa cinzenta. Também foi constatado que altos níveis de glicose no sangue estão associados com níveis maiores de moléculas relacionadas a processos inflamatórios.

O novo estudo, comenta Novak, oferece mais razões para os médicos e pacientes darem mais atenção ao controle e prevenção da diabetes.

“O declínio cognitivo afeta a habilidade pessoal de completar com sucesso tarefas diárias simples, como andar, conversar e escrever”, afirma a pesquisadora. “Atualmente, há 25,8 milhões de casos de diabetes tipo 2 só nos Estados Unidos, o que é mais do que 8% da população. E os efeitos no cérebro tem sido negligenciados”.

Fonte: http://hypescience.com/

Inteligência artificial: cientistas criam chip que imita o cérebro humano

Será que é possível simular, por computador, o funcionamento do cérebro humano? Um grupo de pesquisadores americanos garante que sim. Eles desenvolveram um chip que imita a maneira como o nosso cérebro responde a uma nova informação recebida. Seria um primeiro passo, conforme eles visualizam, para a criação de uma inteligência artificial.

O chip foi concebido no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos. A capacidade deste dispositivo, basicamente, é fazer sinapses. Um cérebro humano tem cerca de 100 bilhões de neurônios, e a comunicação entre eles é feita sempre através de sinapses. Imitar essas sinapses artificialmente foi a base para a construção do chip.

A diferença é que esse cérebro artificial não é composto de células, e sim de 400 transistores dispostos de forma a simular a “comunicação interna” das nossas mentes. Da mesma maneira que os íons correm, no nosso cérebro, através de átomos carregados eletricamente como sódio, potássio e cálcio, os íons correm através desses transistores no “cérebro” do MIT.

Professores de neurobiologia da Universidade da Califórnia (EUA) foram convocados para analisar o cérebro artificial em funcionamento, e se mostraram impressionados com o seu realismo. Em um futuro talvez não muito distante, um chip como esse poderia atuar exatamente como o nosso cérebro, e de maneira ainda mais rápida. 

Fonte: http://hypescience.com/

Símbolos misteriosos no deserto chinês causam polêmica

Novas imagens do Google Maps revelaram misteriosos traços na superfície do deserto chinês de Gobi. A mídia especulou que talvez fossem áreas de teste militar, alvos para calibrar satélites, mapas das ruas de Washington e Nova York ou até mensagens de, ou para, alienígenas.

Acabou que eles talvez sejam mesmo para calibrar satélites espiões chineses.

Pelo menos é o que diz o pesquisador da Universidade Estadual do Arizona, Jonathon Hill, que operou muitas das câmeras usadas nas missões da NASA em Marte. Ele especula que as linhas sejam para espionagem através de satélite.

A China já era conhecida por operar satélites espiões, e vários países (incluindo os Estados Unidos) fazem isso também. Os americanos, aliás, também usam pontos de calibragem. “Por exemplo, eu achei um desses para os satélites espiões Corona, construídos na década de 60. Ele está em Casa Grande, Arizona, nas coordenadas 32° 48′ 24.74″ N, 111° 43′ 21.30″ O”.

As linhas brancas de 20 metros não são feitas de metal refletor como muitos pensavam. “Elas têm espaços entre si, onde passam canais de água naturais, e as linhas não estão perfeitamente preenchidas. Acredito que seja algum tipo de tinta”, afirma Hill.

Ele comenta que os alvos são maiores do que seria esperado, sugerindo que as câmeras espaciais têm uma resolução terrena muito ruim.

Outra imagem, não tão longe da primeira, revela um arranjo circular de objetos parecido com Stonehenge, com jatos de guerra parados no centro. “Isso é quase com certo um teste de instrumentos de radar espaciais”, afirma Hill. “Já que uma quantidade significante de retorno de radares é de diferenças nas superfícies, eles provavelmente estão testando formas de mascarar os jatos”.

Em outras palavras, os militares chineses provavelmente usam radares para determinar quanto da presença do jato é escondida pelas pedras arranjadas em seu redor. Isso poderia ensinar como esconder as operações militares de outros países, e também como encontrar as dos outros. Mas Hill afirma que como os jatos são feitos de metal, eles aumentam muito o retorno para o radar, tornando difícil escondê-los.

Fonte: http://hypescience.com/

O que há debaixo do gelo na Antártida

 
O continente da Antártida, que se expande por 14 milhões de quilômetros quadrados cobertos de gelo no Pólo Sul, ainda esconde mistérios fascinantes. Na história, poucos achados intrigaram tanto os geógrafos quanto a Cordilheira subglacial de Gamburtsev, situada abaixo da superfície de gelo. 

Descoberta por exploradores soviéticos nos anos 1950, a Cordilheira de Gamburtsev é exatamente isso: uma cadeia de gigantescas montanhas que se estende por um comprimento de 800 quilômetros, o que a torna comparável aos Alpes, na Europa. Não se pode vê-la, na Antártida, porque está soterrada por uma camada de 4 mil metros de neve.

Ao observar todo o gelo que há na superfície, nem todo mundo lembra-se disso, mas a Antártida é uma área primariamente feita de terra firme. E a riqueza geológica desse continente chamou a atenção de um grupo internacional de pesquisadores, que decidiram mapear exatamente o relevo que há por baixo de tanta neve.

Munidos de potentes radares cujo sinal penetra no gelo, os cientistas puderam mapear exatamente qual o desenho geográfico do chamado “continente branco”. E o resultado, que aparece ilustrado por computação gráfica, é uma maciça sequência de montanhas, lagos e geleiras, muito mais complexas do que se imaginava.

Essa complexidade, segundo os cientistas, tem muito a contar sobre a história geológica da Terra. Essa narrativa começa há cerca de 1,1 bilhão de anos, quando grandes porções de terra do planeta se uniram para formar um ex-supercontinente, chamado Rodínia. O que aconteceu a seguir foi uma série de dobramentos geológicos, nos quais o pico das montanhas erodia, mas a base das cordilheiras permanecia firme.

Esse processo se repetiu ainda algumas vezes. A cada novo dobramento, o ponto mais alto da Antártida (que hoje é a Cordilheira de Gamburtsev) ia ficando um pouco mais elevado. A configuração atual, que teria sido originada há cerca de apenas 35 milhões de anos, surgiu com a criação de geleiras, que soterraram paulatinamente a cadeia de montanhas nascida ali.

Esse foi o grande mistério solucionado: até antes dessa pesquisa, não se sabia o motivo de haver montanhas “jovens” instaladas no coração da Antártida. Isso ainda está apenas no campo da teoria, mas as providências para comprová-la já foram tomadas: os cientistas planejam um projeto para retirar amostras de rocha de Gamburtsev.

Um mapeamento mais detalhado da região, conforme explicam os pesquisadores, pode fornecer respostas geológicas que a ciência ainda desconhece. Para obter essas informações, um batalhão de cientistas está instalado em Gamburtsev, equipado com o melhor que a tecnologia tem a oferecer.

Fonte: http://hypescience.com/

Vida no computador “desumaniza” jovens

Esta cena aconteceu em algum lugar da Inglaterra: uma menina, adolescente, está na cozinha usando uma torradeira pela primeira vez. Ela pega as fatias de pão, olha indecisa para a torradeira por alguns momentos, e pergunta ao pai: “É para colocar a fatia em retrato ou paisagem”? Esta história, descrita por uma jornalista britânica, mostra certo grau de influência da rotina computadorizada na vida das pessoas.

Esta jornalista, Susan Greenfield, sustenta a tese da “adaptabilidade” dos computadores. Segundo ela, quando passamos muito tempo em frente ao monitor, nossas ações vão se adaptando gradualmente ao modo de vida computadorizado. Até chegar ao ponto, por exemplo, de imaginar que a torradeira funciona como uma impressora.

Susan defende que nosso cérebro é altamente suscetível. Ela explica que a tecnologia, depois de tanta evolução, ganhou um status de capacidade e indispensabilidade, que inverte uma ordem básica. O usuário da tecnologia não se sente mais dominador dos meios que usa. Ao invés disso, se deixa conduzir pelos computadores, depositam sua confiança nele quanto à resolução de problemas. E isso tira parte de nossa autonomia em outros fatores da vida.

Os efeitos mais nocivos dessa transformação, de acordo com Susan, são verificados em crianças. Ela cita um estudo da Universidade Xidian, na China, que aponta a chance de haver danos cerebrais notáveis em jovens que se tornam viciados em internet. Um único estudo, como explica a jornalista, não é suficiente para provar nada, mas ela pede que cientistas ampliem sua atenção para esse problema.

Mudanças de hábito, no entanto, são necessidades que Susan enxerga como urgentes. Não se pode, segundo ela, esperar 10 ou 20 anos para saber se as crianças viciadas em computador hoje terão realmente algum prejuízo psiquiátrico. Há estudos, nos EUA, para mostrar que a vida em frente ao monitor distorce a empatia e as habilidades sociais do adolescente.

Para ilustrar isso, Susan cita um caso horripilante. Recentemente, na Inglaterra, um jovem de 16 anos matou sua namorada, uma menina de 15, batendo nela com um pedaço de pedra. Tudo porque fez uma aposta com um amigo que prometeu pagar um café da manhã se ele matasse a garota. Depois de matar, o rapaz entrou no Facebook e escreveu que estava “relaxando” com os amigos.

A mãe da menina, depois da tragédia, contou que o namorado da filha já estava dando sinais de que pretendia matar a garota através do MSN Messenger, onde ele e os amigos combinaram a aposta da refeição por um assassinato. Segundo ela, o adolescente tratou tudo como se fosse um jogo eletrônico de computador. Ele agora foi condenado à prisão perpétua, mas teve tempo de usar o Facebook mais uma vez para dizer que será solto assim como Amanda Knox (americana que protagonizou um assassinato em 2007 e hoje está livre).

Diante desse panorama, Susan enxerga necessidade de medidas urgentes na relação entre jovens e computadores. Segundo ela, a ideia de que os jovens transferem sua vida virtual para a vida real (desde uma torradeira até um assassinato) não é uma possibilidade, mas um fato. Combater o problema, de acordo com a jornalista, requer medidas drásticas de controle sobre o uso de computadores.

Fonte: http://hypescience.com/

Presença de metano pode indicar vida em um planeta

Astrônomos se perguntam, há várias décadas, se pode existir vida em outros planetas. E o “método” para encontrá-la, na verdade, é muito simples: verificar se existe água no planeta em questão. A partir daí, é possível que haja vida. Mas cientistas americanos trabalham com a possibilidade de que a água talvez não seja tão fundamental assim.

No caso da Terra, a água está presente no estado líquido. Suas características permitem que haja movimentação de moléculas e elementos químicos necessária para o desenvolvimento da vida, o que sempre fez os astrônomos a considerarem indispensável. Mas pesquisadores da NASA afirmam que outros corpos celestes podem ser substitutos que cumpram o papel da água.

A base para essa teoria é Saturno. Pense em um gigantesco planeta, rodeado por aneis e situado a 1,4 bilhões de quilômetros do sol. Saturno tem uma série de satélites naturais, alguns dos quais são até maiores do que o planeta Mercúrio. Uma destas grandes luas, Titã, chega a ter a sua própria atmosfera, fator que intriga os astrônomos desde 1944.

Neste ano, o cientista Gerard Kuiper detectou metano na superfície de Titã. Mas a temperatura dessa superfície é de 179° Celsius negativos, ou seja, menos de cem graus acima do zero absoluto. Diante dessa condição climática, a água presente em Titã é dura como pedra. E o líquido que corre por rios desse satélite nada mais é do que metano líquido. 

E os cientistas afirmam que há condições perfeitamente razoáveis para que o metano líquido, sob determinadas condições físicas e químicas, faça exatamente as funções que a água desempenha na Terra. O conjunto dessas condições seria o que os astrônomos chamam de “zona habitável de metano”: áreas onde a vida poderia se desenvolver.

Embora possa parecer um sonho distante, os cientistas encontraram um corpo celeste que reúne tais condições. De pequeno porte (anã vermelha), situada a 20 anos-luz da Terra, está a estrela Gliese 581. Essa estrela ficou famosa no meio astronômico, há alguns anos, justamente porque ao seu redor há planetas com condições para serem habitados.

Conforme as estimativas dos cientistas, nenhum dos quatro planetas que orbitam a estrela Gliese 581 possui exatamente a “zona habitável de metano”, em seu estado ideal, mas estão próximos desse ponto. 

E já se sabe que corpos celestes que contêm metano podem muito bem coexistir com estrelas, e a lua de Titã é uma prova disso. Ainda não há evidências definitivas de que realmente poderia haver vida em um planeta que reunisse essas condições, mas cada vez mais indícios apontam nessa direção.

Fonte: http://hypescience.com/

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sexo é a chave para uma aposentadoria feliz

Cientistas descobriram que existe uma ligação direta entre o número de vezes que pessoas com mais de 65 anos têm relações sexuais e suas chances de uma vida e de um casamento contentes.

Pessoas mais velhas que se envolveram em atividade sexual mais de uma vez por ano eram cerca de 50% mais propensas a se descrevem como “muito felizes”, do que aquelas que eram celibatários por pelo menos um ano.

“Este estudo vai ajudar a despertar o interesse no desenvolvimento de abordagens diferentes para lidar com questões que limitam ou impedem os adultos mais velhos de ter atividade sexual”, diz a autora do estudo, Adrienne Jackson.

Segundo os pesquisadores, destacar a relação entre sexo e felicidade ajuda no desenvolvimento e organização de intervenções específicas de saúde sexual para este crescente segmento da nossa população – os idosos.

No estudo, pesquisadores entrevistaram 238 pessoas casadas com mais de 65 anos nos Estados Unidos. Eles descobriram que a frequência de atividade sexual foi significativamente relacionada com a felicidade geral e conjugal.

Quase 60% dos que tiveram relações sexuais mais de uma vez por mês estavam “muito felizes” com sua vida em geral, em comparação com apenas 40% daqueles que não faziam sexo há mais de um ano.

Da mesma forma, 59% dos que não relataram atividade sexual nos últimos 12 meses estavam “muito felizes” com seu casamento, ao contrário de quase 8 em 10 que tiveram relações sexuais mais de uma vez por mês.

A associação permaneceu mesmo após os cientistas levarem em conta fatores como idade, sexo, estado de saúde e satisfação com a situação financeira.

O novo estudo apoia várias outras pesquisas que apontam o sexo como fazendo parte uma aposentadoria feliz.

Um estudo na Califórnia concluiu que mulheres entre as idades de 60 e 89 anos que desfrutavam de uma vida sexual ativa tinham uma melhor qualidade de vida e eram mais felizes. Também, um relatório constatou que a geração baby boomer era mais satisfeita com sua aparência e vida sexual do que as pessoas mais jovens.

60% disseram que o sexo era mais satisfatório depois dos 50 anos.

Fonte: http://hypescience.com/

sábado, 19 de novembro de 2011

Sonda Cassini registra formação de tempestade gigante em Saturno

Tempestade é a maior detectada nas últimas duas décadas em Saturno e observada de uma sonda interplanetária

     Foto: AP


A sonda Cassini captou a formação e a evolução de uma tempestade gigante que se estendeu por uma área de 15 mil quilômetros na face norte de Saturno durante 200 dias e cujas imagens foram divulgadas nesta quinta-feira pela Nasa (agência espacial americana). 

Nas imagens é possível observar uma pequena mancha que aparece no dia 5 de dezembro de 2010 e vai aumentando até se transformar em uma gigantesca tempestade que, no final de janeiro de 2011, dá a volta em todo o planeta. 

Trata-se da maior tempestade detectada nas últimas duas décadas em Saturno e já observada de uma sonda interplanetária. No mesmo dia que as câmeras de alta resolução da Cassini capturaram as primeiras imagens da tempestade, o rádio da sonda e o instrumento de ondas de plasma detectaram a atividade elétrica da tempestade, revelando que era uma tempestade convectiva.

A Cassini confirmou que a fase ativa da tempestade terminou no final de junho, mas suas nuvens turbulentas permanecem na atmosfera atual. "A tempestade de Saturno se parecia mais com um vulcão que com um sistema climático terrestre", declarou Andrew Ingersoll, membro da equipe de imagens da Cassini no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. 

"A pressão se acumula durante muitos anos antes da tempestade explodir. O mistério é que não há rochas para resistir à pressão e atrasar a erupção durante tantos anos", explicou Ingersoll em comunicado divulgado pela Nasa.

A Cassini foi lançada ao espaço em outubro de 1997 junto com a sonda Huygens da Agência Espacial Europeia (ESA). A nave chegou às imediações de Saturno em 2004 para iniciar o estudo de Titã, a maior lua do planeta. 

Desde então os 12 instrumentos de Cassini estiveram transmitindo informação do sistema de Saturno durante quase seis anos, ainda que a missão deveria ter terminado no final de 2008. No ano passado, a Nasa decidiu prolongar sua missão até 2017, o que permitirá aos cientistas estudar as mudanças climáticas no planeta e em suas luas. 

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/