quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Telescópio detecta buracos negros e galáxias que estavam 'escondidos'

 

 

Ao captar comprimentos de onda ligados ao calor dos astros, o Wise, da Nasa, conseguiu enxergar pela primeira vez alguns corpos celestes 

 

      NASA/JPL-Caltech/UCLA

Um telescópio especial detectou milhões de buracos negros supermaciços e galáxias com temperaturas extremamente altas, que estavam "escondidos" atrás de uma nuvem de poeira interestelar.

O Wide-Field Infrared Survey Explorer (Wise), telescópio da agência espacial americana Nasa, conseguiu captar comprimentos de ondas ligados ao calor dos astros, o que fez com que eles conseguissem enxergar e mapear pela primeira vez alguns dos objetos mais iluminados do Universo.

A expectativa dos cientistas é de que a descoberta os ajude a entender como as galáxias e buracos negros se formam.

Os astrônomos já sabiam que a maioria das galáxias possuem buracos negros no seu centro, que são "alimentados" com gases, poeira e estrelas ao seu redor.


Às vezes, os buracos negros soltam energia suficiente para impedir a formação de estrelas. A forma como estrelas e buracos negros evoluem juntos, no entanto, continua sendo um mistério para os cientistas. 

A esperança é que os dados do telescópio Wise possibilitem novas descobertas neste ramo. O Wise tem capacidade de detectar comprimentos de onda que ficam muito além do campo de visão dos telescópios atuais. Isso permite ao equipamento fazer diversas descobertas inéditas na ciência. 

O telescópio ganhou a fama de "caçador de buracos negros". "Nós encurralamos os buracos negros", diz Daniel Stern, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), um dos autores dos três estudos que foram apresentados nesta quarta-feira (29).

Stern e seus colegas usaram outro telescópio (Nustar) para analisar os dados dos buracos negros captados pelo Wise e apresentaram os dados em um artigo que será publicado na revista científica Astrophysical Journal.


Outros dois estudos detalham galáxias com temperaturas extremamente altas e com brilho intenso, que até recentemente não conseguiam ser detectadas. O termo em inglês para essas galáxias é "hot dust-obscured galaxies", ou na sigla, Hot-Dogs (que significa "cachorro-quente", em inglês).


Mais de mil galáxias já descobertas são mais de cem vezes mais brilhantes que o Sol da Via Láctea. Os dados da missão Wise estão sendo disponibilizados ao público, para que todos os cientistas possam contribuir nas pesquisas espaciais.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Grande massa de água profunda e fria está desaparecendo misteriosamente

A água mais fria que flui ao redor da Antártica, no Oceano Antártico, está desaparecendo misteriosamente a um ritmo elevado ao longo das últimas décadas.

Esta massa de água é chamada Água Antártica de Fundo, e é formada em alguns locais distintos onde a água do mar é esfriada pelo ar e mais salgada pela formação de gelo (que deixa o sal na água descongelada). 

A água fria e salgada é mais densa que a água em torno dela, fazendo-a descer ao fundo do mar onde se espalha para o norte, enchendo a maior parte do oceano profundo em todo o mundo conforme lentamente se mistura com águas mais quentes acima dela.

Correntes do oceano profundo do mundo todo desempenham um papel fundamental no transporte de calor e carbono ao redor do planeta, o que ajuda a regular o clima da Terra.

Estudos anteriores indicaram que esta água profunda tornou-se mais quente e menos salgada ao longo das últimas décadas.

Agora, um novo estudo revelou que significativamente menos água desse tipo se formou durante este tempo também.

Oceanógrafos analisaram dados de temperatura coletados entre 1980 e 2011 a intervalos de 10 anos por um programa internacional de pesquisas oceanográficas no Oceano Antártico.

Eles descobriram que Água Antártica de Fundo foi desaparecendo a uma taxa média de cerca de 8 milhões de toneladas por segundo ao longo das últimas décadas. 

O que está causando a redução e o que ela significa são coisas que os pesquisadores ainda não sabem. “Não temos certeza se a taxa de redução é parte de uma tendência de longo prazo ou de um ciclo”, disse o coautor do estudo, o oceanógrafo Gregory C. Johnson.

Alterações na temperatura, teor de sal, oxigênio dissolvido e dióxido de carbono dissolvido dessa massa de água proeminente tem implicações importantes para o clima da Terra, incluindo as contribuições para o aumento do nível do mar e taxa de absorção de calor da Terra.

“Precisamos continuar a medir a profundidade dos oceanos, incluindo as águas profundas do oceano, para avaliar o papel e a importância que essas mudanças desempenham no clima da Terra”, disse Johnson.

Fonte: http://hypescience.com/

Descoberta nova pintura de Van Gogh

“Natureza morta com rosas e flores do campo”. Esse é o nome da nova pintura de Van Gohg, que não está assinada. Após nove anos de intensa pesquisa, os cientistas finalmente descobriram o autor do quadro, usando raios-X fluorescentes. 

É uma pintura um tanto incomum para Van Gogh. Primeiro, o tamanho é estranho – muito grande, 100 por 80 centímetros. Suas flores nunca foram feitas tão grandes em seu período parisiense, quando esse quadro foi pintado. E ele é um tanto exuberante para o holandês. 

A história desse quadro começou em novembro de 1885. Foi quando Van Gogh chegou em Antuérpia, na Bélgica, para entrar na Academia local. Van Gogh havia comentado com seu irmão Theo, através de suas famosas cartas, que ele estava pintando algo “grande com dois torsos nus, dois lutadores”.

Em fevereiro do outro ano ele viajou para Paris, para ficar com seu irmão. Na época, ele estava muito mal de dinheiro, e acabou usando a tela dos torsos para pintar algo em cima (coisa que ele sempre fazia). O novo quadro é o resultado disso. 

Essa pintura reapareceu em 1974, após passar por muitas coleções particulares, mas sem ninguém ter certeza da sua autoria. Em 1998, exames simples usando raios-X mostraram os torsos fantasmas, o que levou alguns a associá-la com as cartas de Van Gogh para Theo. Como a evidência era muito fraca, a pintura foi oficialmente classificada como “anônima” em 2003. 

Agora, nove anos depois, os pesquisadores conseguiram descobrir a verdade. Primeiro, eles obtiveram detalhes do trabalho dos torsos, na Academia de Antuérpia. A análise das flores levou a uma conclusão idêntica, apesar do tamanho e da composição inusitada.

Agora, a pintura ficará permanentemente em exposição no Museu Kröller-Müller, na Holanda, entre outros trabalhos do pintor.

Fonte: http://hypescience.com/

O que é a Teoria Especial da Relatividade de Einstein?

No começo do século 20, os cientistas – incluindo Einstein – estavam com um grande problema: explicar como as coisas podiam se mover.

Imagine a seguinte situação: você vê um gato se movendo para longe de Einstein. Mas, se você inverter essa trajetória, vai parecer que na verdade o cientistas está se movendo para longe do gato. Esse é o princípio antigo da teoria da relatividade. 

Antigo, pois ele contava apenas com os elementos variáveis, como a posição e a velocidade, mas não os absolutos, como a distância entre os dois elementos.

Aí entra a tão falada questão da velocidade da luz. Desde antes de Einstein, já se sabia que a velocidade da luz era uma grandeza absoluta, ou seja, independente de qualquer mudança de cenário. 

Mas isso tornava impossível mostrar como as coisas se moviam, já que de uma forma ou de outra, apenas a luz se movia.

A teoria especial da relatividade de Einstein veio com a ideia de que o tempo não é absoluto, mas relativo. Com isso, nós podemos “mover o tempo”, sem alterar a velocidade da luz e ainda comprovar o movimento.

Esse princípio não foi descoberto por Einstein, mas por Lorentz, que imaginou que isso era uma “pegadinha matemática”. Foi Einstein quem deu “vida” à ideia, afirmando que sim, o tempo é relativo e situações simultâneas são diferentes para um observador que está parado e outro que está em movimento, por exemplo. 
Veja  mais em: 


Fonte: http://hypescience.com/

O que realmente são experiências de quase morte?

Pacientes em estado de coma ou outras situações de proximidade com a morte geralmente vivenciam experiências inéditas nas próprias mentes. 

Por alguma razão que ainda intriga a ciência, alguns “cenários” são recorrentes, tais como a pessoa se imaginar avançando por um longo túnel com uma luz no final. Muita gente considera que um indivíduo neste caso esteve, de fato, prestes a conhecer o lado dos mortos, mas cientistas americanos sugerem que tudo não passa de um produto do próprio cérebro.

Este mecanismo cerebral é conhecido e tem nome: sonho lúcido. Ele acontece quando alguém tem plena consciência de que está sonhando e sobre o que é tal sonho, podendo até interferir na sua história. 

Geralmente, ele pode ser forjado por qualquer pessoa: se você dormir pensando intensamente em algo, se concentrando na vontade de sonhar com aquilo, as chances de ter um sonho lúcido são grandes. 

Uma pesquisa da Universidade do Kentucky, em Lexington (EUA) fez uma experiência de monitoramento cerebral. Eles descobriram que as situações de proximidade com a morte, durante um sono induzido por anestesia, ativam os mesmos mecanismos neurológicos que entram em ação quando uma pessoa tem sonhos lúcidos. Ambos seriam estimulados pelo córtex dorsolateral pré-frontal, uma área que normalmente só funciona quando estamos acordados.

Na Califórnia, existe o Centro de Pesquisas de Experiências Fora-do-corpo (OOBE Research Center, na sigla em inglês), especializado no assunto. Baseados no estudo de Kentucky, eles conduziram uma pesquisa com quatro grupos de voluntários, cada grupo tendo entre 10 e 20 integrantes. 

Os participantes foram colocados para dormir, com a condição de imaginarem ao máximo a ideia de estarem entrando por um túnel com final luminoso e tentarem sonhar com isso. Dezoito voluntários afirmaram terem sido capazes de sonhar com isso. 

Outros, embora não tenham conseguido, tiveram a experiência de “sair do corpo”, vendo a si mesmos flutuando para o alto, eventualmente tendo a visão de um ente querido já falecido. 

Entre os que saíram do corpo, o momento da ocorrência foi mensurável: em geral, acontecia durante a tênue linha entre estar acordado e adormecido. Isso se observou como ponto em comum entre todos os participantes, o que indica, segundo os condutores da pesquisa, que se trata de um mecanismo cerebral pré-programado.

Por essa razão, os pesquisadores pedem cuidado na hora de interpretar o que um paciente vê em estado de coma. Quando ele vê um familiar já falecido, isso pode parecer uma prova inegável de vida após a morte, mas os estudos dão evidências de que tudo pode ser apenas um reflexo condicionado do cérebro, que gera um sonho com extremo realismo. 

Fonte: http://www.livescience.com/

Hubble flagra quasares funcionando como lentes gravitacionais


O grande Telescópio Hubble, que está no espaço há mais de vinte anos (foi lançado em 1990), continua fazendo descobertas impressionantes. Recentemente, cientistas europeus puderam localizar quasares (focos de núcleo energético, que se comportam de maneira semelhante a um buraco negro) agindo como lentes gravitacionais em galáxias distantes – ou seja, quem vê essas galáxias, pensa que elas estão distorcidas por causa da imagem criada pelos quasares.

Cientistas de um instituto espacial da Suíça tomaram nota das distâncias entre galáxias, para então corresponder estes dados com as observações do satélite Hubble. Quando encontraram anomalias entre tais distâncias, perceberam que se tratava de uma “imagem artificial”, criada por um quasar que distorce a forma das galáxias atrás de seu campo de visão.

Embora seja muito maior que as estrelas e grande o bastante para influenciar uma galáxia, um quasar nada mais é do que um objeto no espaço. Trata-se de um objeto muito mais luminoso do que a soma da luz das estrelas na qual eles se encontram. Por isso, eles “escondem” a galáxia na qual estão. 

Dessa forma, o próximo desafio dos cientistas é conseguir determinar a massa e outros dados astrofísicos sobre as galáxias que hospedam os quasares. Esta missão é difícil justamente devido ao fato de que a grandeza dos quasares compete com a de suas próprias galáxias. 

Fonte: http://www.sciencedaily.com/

Como seria viajar por um buraco de minhoca espacial?

Seria a viagem da sua vida: passar por um buraco de minhoca espacial para sair perto de Plutão ou em uma galáxia a milhões de anos-luz. Agora você pode ver como seria essa jornada através do tempo e do espaço, graças a animação do astrofísico Andrew Hamilton, da Universidade do Colorado. 

Primeiro, você chega perto do horizonte de um buraco negro. Quando estiver perto, você pode ver um flash infinitamente energético que vai conter a imagem de toda a história do universo. Em um buraco negro de verdade, você seria vaporizado pela força gravitacional (mas digamos que, somente nesse caso, você teria super poderes e não seria vaporizado). 

Conforme você sai do buraco negro, entra em um buraco de minhoca, onde o fluxo espacial muda, acelerando para trás. Ele termina na entrada de um buraco branco, que é uma versão do buraco negro com o tempo invertido. Ao invés de entrar, o espaço sai a uma velocidade maior do que a da luz. Logo você vai experimentar outro flash de radiação, dessa vez contendo uma imagem de todo o futuro do universo. 

Se movendo através do buraco branco, você vê um terceiro flash de luz, conforme atinge o horizonte fora dele. Dessa vez, um novo universo aparece, contendo a imagem de todo o seu passado. Conforme a câmera se move, você pode ver o brilho branco de onde saiu, e uma imagem do antigo universo. Incrível, não? Será que um dia seremos capazes disso? 

Fonte: http://www.newscientist.com/

Túmulo anglo-saxão pode marcar passagem do paganismo ao cristianismo

Arqueólogos encontraram um túmulo anglo-saxão perto de Cambridge, Inglaterra, que poderia ser um dos primeiros exemplos do cristianismo, que aos poucos roubou a cena do paganismo.

Dentro dele, foi descoberto o esqueleto de uma adolescente, enterrado em uma cama de madeira, com uma cruz de ouro em seu peito. 

A cruz é apenas a quinta a ser descoberta no Reino Unido. Somente 12 outros enterros parecidos foram encontrados.

E, segundo os cientistas, essa combinação exata – cama onde o corpo foi colocado em uma moldura de madeira unida por suportes de metal e símbolo cristão (cruz) – é extremamente rara.

“Acreditamos que há apenas um outro exemplo de um enterro com cama de madeira e cruz no peitoral, em Ixworth, Suffolk”, disse a pesquisadora Alison Dickens.

O túmulo da adolescente, que os cientistas acreditam que tinha cerca de 16 anos de idade, era um de quatro túmulos descobertos ao sul de Cambridge. Os outros três foram descritos como enterros anglo-saxões mais típicos, sem indicações do cristianismo.

O túmulo pode datar do meio do século 7 d.C., quando o cristianismo estava começando a ser introduzido aos pagãos anglo-saxões.

A cruz de 3,5 centímetros encontrada no peito da menina provavelmente tinha sido costurada a sua roupa. Outros artefatos, como um saco de pedras preciosas e semipreciosas, e uma pequena faca também foram encontrados com o corpo.

Segundo os arqueólogos, o estilo da cruz era comparável ao tesouro real anglo-saxão descoberto em Sutton Hoo, em Suffolk.

O método de enterramento e qualidade das joias pode indicar que a menina era de uma família nobre ou real.

Sendo assim, a conversão cristã poderia ter começado em cima, com a nobreza, e filtrado para baixo, até se generalizar até as camadas mais pobres.

Apesar dessas especulações, o corpo possuir tantos bens consigo – supostamente para uma vida após a morte – é contrário à crença cristã, que diz que o corpo não vive após a morte.

No entanto, a fusão de possíveis dois ritos funerários – cristão e pagão – pode colocar o túmulo à beira da mudança de religião, de pagã para cristã.

No futuro, os cientistas querem determinar se havia alguma relação entre a garota cristã e os três outros esqueletos, encontrados em estreita proximidade.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/

Menino com cérebro que encolhe deixa médicos perplexos

Jason Egan tem nove anos e apenas se movimenta de cadeira de rodas e se alimenta através de um tubo ligado ao seu estômago. Ele faz sinais para se comunicar e já insinuou a palavra “mãe” ocasionalmente. Apesar de não conseguir articular seus sentimentos, ele parece sentir-se bem. Geralmente é visto sorrindo, especialmente quando seu pai o leva para passear pelo bairro, em Victoria, na Austrália. 

Até agora, ninguém entende o que acontece exatamente com Egan. Seus médicos sabem que seu cérebro está encolhendo desde o nascimento, mas os testes deram negativo para todas as doenças neurodegenerativas. O menino talvez possua uma doença que é nova para a ciência. 

No começo, Egan foi diagnosticado com paralisia cerebral. Crianças com paralisia podem ter dificuldade em se manter em pé, se movimentar, escutar, enxergar e falar. Seus músculos geralmente ficam tensos e se recusam a alongar, e as articulações ficam travadas. Algumas sofrem de tremores. Em muitos casos, o cérebro foi danificado durante a gravidez ou começo da vida, geralmente de uma forma que diminuiu a quantidade de oxigênio disponível para o cérebro. Os sintomas aparecem aos três meses, e são enxergados aos dois anos. 

Uma das características da paralisia cerebral é que ela não é progressiva, o que significa que os sintomas ficam relativamente constantes durante a vida da pessoa. Mas no caso de Egan, eles mudam com o tempo. Em 2009, quando fez seis anos, ele começou a perder um pouco da linguagem de sinais que possuía e parou de dizer “mãe”. Ele começou a tremer e aparentemente deixou de sentir dor, mesmo quando se machucava. 

Exames de imagem do cérebro mostraram que algo estava errado. Em 2010, a neurologista Victoria Rodriguez-Casero fotografou o cérebro de Egan, e comparou a imagem com outras tiradas previamente. O cérebro inteiro estava menor do que antes, muito menor. Quando os medicos de Egan o diagnosticaram com paralisia cerebral, eles haviam percebido que o cerebelo – uma parte do cérebro responsável pela coordenação motora – era extraordinariamente pequeno. Em muitos casos de paralisia, ele pode ser menor, mas não tanto. O fato de o encolhimento ter passado despercebido se deve ao fato de que uma vez diagnosticado com paralisia, não há necessidade de checar o cérebro várias vezes, porque ele não deveria se deteriorar.

Para entender o que estava acontecendo com Egan, Rodriguez-Casero fez testes para várias doenças neurológicas. Ela não encontrou os critérios necessários para nenhum diagnóstico. Ela então passou para os testes de sangue, genéticos e fisiológicos, em busca de doenças mitocondriais, metabólicas, genéticas ou neurais, sem chegar a nenhuma conclusão. 

“Não há um teste que ele não tenha feito”, comenta a médica. “Ele não possui paralisia cerebral, porque a doença está progredindo. Eu ainda não sei o que é, mas espero descobrir o que está acontecendo com ele”. 

Cerca de dois meses atrás, Egan fez sua mais recente ressonância magnética. O cérebro parece ter parado de encolher – está aproximadamente do mesmo tamanho que estava há um ano. A descoberta trouxe alívio, mas não uma explicação. 

No momento, o colega de Rodriguez-Casero, Richard Leventer, e outros neurogeneticistas estão analisando o DNA do menino para identificar algum tipo de mutação. Ele talvez possua algum tipo que ainda não foi colocado nos livros médicos. “Se nós identificarmos uma nova mutação, vamos procurar no mundo alguém que esteja estudando esse gene em particular”, afirma Rodriguez-Casero. 

Por enquanto, Egan passa seu tempo em casa com a família, visitando o hospital periodicamente para fazer ressonâncias magnéticas e testes. “Normalmente, crianças com doenças neurodegenerativas perdem a capacidade de interagir e demonstrar emoções”, comenta Rodriguez-Casero. “Mas não é o caso dele. Mesmo quem não o conhece nota como ele se sente. Você pode ver a criança por trás da doença”.

Fonte: http://www.livescience.com/

Átomo de antimatéria medido pela primeira vez

Cientistas fizeram a primeira medição de um átomo de antimatéria. Apesar de não ser muito precisa, essa medição representa o primeiro passo para estudar esse tipo de átomo em detalhes, o que é necessário para entender porque o universo é feito de opostos, matéria e antimatéria. 

Pensa-se que todas as partículas de matéria têm parceiras de antimatéria, com a mesma massa, mas carga oposta. Quando os pares se encontram, eles se aniquilam e viram energia pura. 

Os cientistas pensam que o universo era composto por partes iguais de matéria e antimatéria quando ocorreu o Big Bang, há aproximadamente 13,7 bilhões de anos. Mas conforme o tempo passou, a maior parte dessas partículas se aniquilou, deixando para trás uma base de matéria que virou as estrelas e as galáxias de hoje. Mas porque a matéria venceu esse duelo cósmico ainda é um mistério. 

Em um estudo anterior, físicos do laboratório CERN conseguiram prender átomos de anti-hidrogênio por vários minutos, usando campos magnéticos para mantê-los suspensos. 

Um átomo de anti-hidrogênio é análogo ao hidrogênio, o mais simples entre os elementos. Assim como o hidrogênio é composto de um próton e um elétron, o anti é composto de um antipróton e um pósitron (o parceiro de antimatéria do elétron). 

Na nova pesquisa, os físicos descobriram que podiam aplicar raios de luzes microondas em uma frequência específica nos átomos de anti-hidrogênio, modificando seu spin (seu giro). Isso faz com que a orientação magnética da partícula mude, e sua “prisão magnética” dela deixa de existir. 

Ou seja, o anti-átomo fica livre para voar e acertar as paredes da armadilha, que é feita de matéria. Quando ele colide com um átomo, é aniquilado, criando um evento que os cientistas conseguem detectar. 

“Nós fizemos uma medição”, comenta Jeffrey Hangst, cientista do experimento. “Em matéria de precisão, não é tão perfeita, mas é única já feita com a antimatéria”. 

O experimento prova que é possível mudar as propriedades internas do anti-átomo ao aplicar luz nele. Esse é o primeiro passo para aplicar um método de medição chamado espectroscopia, que envolve canalizar a luz em uma frequência muito específica para que ela excite os pósitrons do anti-átomo até um nível maior de energia. 

Após essa passagem, o pósitron vai voltar à sua posição e emitir a energia extra, permitindo aos cientistas fazer a medição. 

A teoria mais aceita sobre as partículas é o Modelo Padrão. “Nós sabemos que algo está faltando. Nós sabemos que não entendemos tudo sobre a antimatéria porque não podemos explicar o que aconteceu com ela depois do Big Bang”, explica Hangst. 

A melhor hipótese dos cientistas é de que as duas partículas se comportam de maneira diferente, por exemplo, decaindo em níveis diferentes. A medição pode ajudar nisso.

Fonte: http://www.msnbc.msn.com/id/46657105/ns/technology_and_science-science

Conheça nosso pequeno ancestral de 505 milhões de anos atrás

Pode parecer um começo sem glória, mas alguns cientistas estão convencidos de que a origem da humanidade por ser traçada até uma minhoca, parecida com um peixe.

Uma equipe de pesquisadores analisou o fóssil da Pikaia gracilens, de 505 milhões de anos, e encontrou evidências que podem resolver um debate antigo sobre as espécies primitivas. Eles descobriram as sementes que formariam a primeira coluna.

“Nós pudemos discernir e localizar a notocorda e os nervos. Isso não era claramente óbvio, são necessárias técnicas para se observar isso”, comenta Jean-Bernard Caron, curador de paleontologia invertebrada. 

Caron é coautor do estudo, que ainda vai ser publicado. O autor principal é o paleontologista Simon Conway Morris. As primeiras espécies da Pikaia foram coletadas em 1911. Mas a criatura foi considerada um ancestral da minhoca terrestre. 

Foi só na década de 70 que Morris sugeriu pela primeira vez que a espécie poderia ser um dos primeiros membros do filo Cordata – a classe que abriga animais com espinha dorsal. Ele percebeu o que parecia uma notocorda, uma espinha primitiva que se forma no embrião de todos os animais vertebrados, incluindo os humanos. 

Mas ele não conseguiu provar a ligação, e a classificação continuou sendo disputada. 

Na década de 90, Caron afirmou que mais espécies de Pikaia foram coletadas e, mais recentemente, foram submetidas ao olho de um microscópio eletrônico. Usando a melhor tecnologia, os pesquisadores conseguiram identificar miômeros, que são conjuntos de músculos precursores das espinhas ósseas. Eles também encontraram vasos sanguíneos e um sistema vascular. 

Isso coloca a Pikaia na árvore da humanidade, junto com outros animais com coluna vertebral. “Está nos dando uma ideia muita clara sobre a origem do nosso grupo, como ele era”, comenta Caron. 

A Pikaia seria um dos cordados mais antigos, apesar de outros terem existido nessa época. Em média, a Pikaia tinha o tamanho do dedão humano. Era uma criatura plana, com a cabeça do tamanho de um ponto. Dois tentáculos saiam da frente. 

“Esses tentáculos são enigmáticos”, comenta Caron. “Talvez fossem usados para alimentação, mas seu papel ainda é incerto. Além disso, o corpo possuía uma espinha discreta e talvez uma barbata dorsal”. 

Fonte: http://hypescience.com/

Matéria escura no espaço confunde cientistas


Uma massa de matéria escura foi localizada há 2,4 bilhões de anos-luz da Terra, e intriga cientistas por não seguir os padrões conhecidos.

Segundo teorias básicas da astronomia, a matéria escura é pouco conhecida e misteriosa, mas segue um comportamento esperado. Acredita-se que a maioria das galáxias está localizada dentro de massas maiores de matéria escura, conectadas com massas menores, mesmo se passarem por colisões cósmicas. 

Já a massa de matéria escura em questão parece ter se separado de sua massa maior e sido deixada para trás no espaço, após uma colisão. “Esse resultado é um quebra-cabeças. A matéria escura não está se comportando como previsto, então não está claro o que está acontecendo. Teorias da formação de galáxias e de matéria escura devem explicar o que estamos vendo”, afirma James Lee, astrônomo da Universidade da Califórnia. 

A matéria solitária foi identificada pela primeira vez em 2007, pelo telescópio do Canadá, França e Havaí (CFHT), que fica no Havaí, em um projeto canadense de comparação de aglomerados. Como os resultados do projeto não foram conclusivos, alguns cientistas duvidaram da estranha descoberta. O cientista candense Arif Babul, da Universidade de Vitória, liderou o projeto e explica que as observações foram confirmadas pelo telescópio Subaru, localizado no Japão. “Os resultados foram intrigantes e empolgantes, mas gerou dúvidas, com a maior crítica relacionada à observação feita a partir da Terra”. 

O telescópio Hubble também confirmou a existência da matéria abandonada pelas galáxias, e detectou que ela pertence a uma galáxia em formação chamada Abell 520. 

A matéria escura não pode ser detectada diretamente, uma vez que é incapaz de refletir a luz e não interage com a matéria normal, a não ser pela gravidade. Para localizar uma dessas matérias no espaço, é usada uma técnica chamada lentes gravitacionais, que calcula a quantidade de luz vinda de outras galáxias atraída pela matéria escura, no caminho para a Terra. Esse fenômeno está previsto na Teoria da Relatividade de Einstein, que descreve de que maneira uma massa – escura ou normal – desvia o espaço e o tempo ao redor dela. Isso significa que quando a luz passar pela massa, irá viajar por uma trajetória curva, ao redor do objeto. 

Cientistas acreditam que a matéria escura domina o universo, compondo 98% de todas as matérias no cosmos. As observações indicam que a matéria escura e suas interações com matéria normal são muito mais complicadas que os cientistas supunham. “Observações como essa da Abell 520 nos dão um senso modesto de que apesar de toda a evolução de nosso conhecimento, de vez em quando ainda somos surpreendidos”.

Fonte: http://www.livescience.com/

Causa de explosão estelar é desvendada

A origem de um importante tipo de explosão estelar – a supernova Ia – foi descoberta, por um equipe da Universidade de Pittsburgh. O estudo desse tipo de supernova ajuda os pesquisadores a quantificar dados sobre as galáxias e outras descobertas astronômicas. 

O investigador líder do estudo, Carlos Badenes, detalhou as formas com que imagens multicoloridas foram usadas para determinar que tipos de estrelas produzem o tipo Ia de supernovas.

“Nós sabíamos que duas estrelas precisam estar envolvidas nesse tipo de explosão, e que uma precisava ser uma anã branca”, afirma Dan Maoz, coautor do estudo. “Mas existiam duas possibilidades para a identidade da outra estrela, e é isso que nós procurávamos”. 

De acordo com Badenes, a segunda poderia se uma “estrela normal”, como o sol, ou outra anã branca, que é menor, porém mais densa e composta de matéria de elétrons degenerados. A equipe suspeitava que a segunda opção, com duas anãs brancas no mesmo sistema solar, orbitando uma à outra a mais de 750 mil quilômetros por hora, seria a hipótese mais plausível. Conforme elas ficassem mais rápidas e fossem chegado mais perto, um dia iriam se fundir.

“Existiam razões óbvias para suspeitar que a supernova Ia viria de uma dupla de estrelas anãs”, afirma Maoz. “Mas nossa maior questão era se existiam anãs brancas o suficiente para produzir o número de supernovas que vemos”. 

Como as anãs brancas são extremamente pequenas e fracas, não existe esperança de avistá-las em galáxias distantes. Por isso, Badenes e Maoz se viraram para o único local onde poderiam ver isso: a parte da Via Láctea a cerca de mil anos-luz do sol. 

Apesar do processo de arquivamento de dados ser desafiador, a equipe conseguiu compilar uma lista com mais de quatro mil anãs brancas em apenas um ano.

“Nós encontramos 15 duplas de estrelas anãs brancas na vizinhança local, e então usamos simulações de computador para calcular a média com que elas se fundiam”, afirma Badenes. “Nós então comparamos o número de duplas se fundindo aqui com o número de supernovas Ia avistadas em galáxias distantes que lembram a Via Láctea”.

O resultado foi que, em média, uma fusão de anãs brancas acontece na Via Láctea a cada século. 

“O número é incrivelmente próximo da média de supernovas tipo Ia que observamos em galáxias parecidas com a nossa”, afirma Badenes. “Isso sugere que as estrelas anãs são uma explicação plausível para esse tipo de supernova”.

Fonte: http://www.sciencedaily.com/