segunda-feira, 30 de julho de 2012

Adeus, aves tropicais: até 900 espécies podem ser extintas em breve

Segundo um novo estudo, até 900 espécies de aves terrestres tropicais que vivem ao redor do mundo poderiam se extinguir até 2100.

A descoberta baseia-se nos efeitos do aumento de 3,5 graus Celsius na temperatura da superfície da Terra. As espécies podem ter dificuldades em se adaptar à perda de habitat e eventos climáticos extremos.

Espécies de montanhas, costas, faixas restritas e espécies incapazes de chegar a altitudes mais elevadas podem ser as mais afetadas.

Dependendo da perda de habitat futura, cada grau de aquecimento da superfície poderia afetar entre 100 a 500 espécies. E o maior problema é que a maioria das espécies no mundo são altamente sedentárias (essas espécies não migram quando encontram um problema climático).

As espécies de montanhas tropicais estão entre as mais vulneráveis. Algumas espécies de aves terão que ser capazes de se adaptar fisiologicamente às mudanças de temperatura e mover-se para grandes altitudes se quiserem sobreviver.

Espécies de florestas mais frias e úmidas poderiam recuar para montanhas e assentamentos humanos em altitudes mais elevadas, e o habitat da floresta seria “empurrado” para montanhas, o que criaria “uma escada rolante à extinção”.

Espécies costeiras também são vulneráveis. A floresta costeira pode ser sensível à salinidade, e pode ser afetada por furacões e tufões, eventos que devem aumentar.

Aves em extensas florestas de várzea com poucas montanhas em lugares como a Amazônia e as bacias do Congo podem ter dificuldade para se mudar, enquanto aves tropicais em habitats abertos, como cerrado, campos e deserto verão seus habitats encolhendo.

Aves tropicais em zonas áridas são consideradas resistentes às condições quentes e secas, mas poderiam sofrer se fontes de água secassem.

O estudo analisou como os tangarás, dos quais existem 45 espécies na região neotropical, iriam enfrentar as mudanças climáticas. Os resultados mostraram que tangarás limitados aos habitats de várzea da Amazônia e cerrado no Brasil seriam os mais afetados, pois poderiam perder até 80% de seu habitat, com 20% das espécies do cerrado se extinguindo.

No geral, as aves são um dos grupos de animais menos ameaçados pela mudança climática: ou seja, eles são o melhor cenário possível dessa mudança. Os resultados tendem a ser muito piores para todos os outros grupos de animais.

Sendo assim, os cientistas dizem que precisamos planejar áreas protegidas com altitudes mais elevadas e deixar espaço para espécies ameaçadas de extinção nessas áreas de maior elevação.

É preciso também monitorar o que está acontecendo com as espécies, para que possamos responder de forma adequada quando o verdadeiro problema ocorrer.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/nature/

Descobertas “bolas de futebol” orbitando estrelas distantes

Pela primeira vez, astrônomos descobriram formas sólidas de pequenas esferas de carbono no espaço, dentro de uma vasta nuvem de partículas que órbita duas estrelas distantes.

As esferas são formadas por 60 átomos de carbono, ligados de modo a formar algo parecido com uma “bola de futebol”. Astrônomos enxergaram grandes quantidades das bolas, o suficiente para criar 10 mil montes Everest, circundando um par de estrelas há 6.500 anos-luz da Terra. 

“Essas esferas estão juntas, formando um objeto sólido, como laranjas em uma caixa”, afirma o líder do estudo, da Universidade de Keele, Nye Evans. “As partículas que detectamos são minúsculas, muito menores do que um fio de cabelo, mas cada uma contém milhões dessas esferas”.

O telescópio espacial Spitzer, da NASA, enxergou as esferas no sistema binário de estrelas XX Ophiuchi. A luz emitida pelas esferas de carbono é diferente do que as formas gasosas vistas anteriormente, o que permite imaginar que o telescópio detectou o material em sua forma sólida. 

Na Terra, essas esferas podem ser usadas como supercondutores, na área médica, como purificadores de água e armadura. Elas se formam naturalmente como um gás que sai de velas pegando fogo ou na forma sólida em minerais rochosos, mas nunca haviam sido vistas na forma sólida no espaço.

O Spitzer detectou os primeiros sinais das esferas gasosas no espaço em 2010, e já encontrou material suficiente para preencher 15 luas terrestres. 

“Esse resultado surpreendente sugere que as esferas de carbono são ainda mais comuns no espaço”, afirma Mike Werrner, cientista do projeto Spitzer. “Elas podem ser formas importantes do carbono, um dos componentes essenciais da vida pelo cosmos”. 

Fonte: http://www.livescience.com/

“Arco-íris” é encontrado em nebulosa de Órion



Apesar de estar a cerca de 1.500 anos-luz da Terra, a Nebulosa de Órion já foi descoberta há mais de 400 anos e muito já se estudou e observou sobre seu aspecto. Mesmo assim, telescópios da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) ainda revelam imagens fascinantes: a disposição de estrelas ainda em seu estágio de formação, no meio da nebulosa, dá origem a um luminoso “arco-íris”.

Você pode baixar a imagem em alta resolução. A foto resultante, no entanto, é produto de dois equipamentos: o Telescópio Spitzer, da NASA, e o Telescópio Herschel, da ESA. Ambos foram equipados com lentes sensíveis a raios infravermelhos, o que permitiu capturar as cores em comprimentos de onda que uma câmera normal não consegue identificar.

Dessa forma, os tons de azul que aparecem na foto foram registrados pelo Telescópio Spitzer, que captou comprimentos de onda entre 8 e 24 micra (o plural da unidade mícron), enquanto os tons de verde e vermelho são produto das lentes do Telescópio Herschel, programadas para filtrar comprimentos de onda um pouco maiores, entre 70 e 160 micra.

As diferenças nas observações de cada telescópio não foram apenas devidas aos raios luminosos: o objetivo era monitorar toda a matéria proveniente de uma Nebulosa, que nada mais é do que um conjunto de plasma, hidrogênio e poeira cósmica. Enquanto o Telescópio Herschel observou as emissões de poeira cósmica fria, uma vez por semana durante um mês e meio, o Spitzer fez o mesmo com a poeira quente.

Ao longo deste curto tempo de observação (seis semanas), o brilho das estrelas observadas variou em mais de 20%. Isso surpreendeu os cientistas, que esperavam tal variação em um período de anos. Ou seja, o brilho das estrelas oscilou muito rapidamente na Nebulosa.

De acordo com os cientistas, há duas hipóteses para essa variação tão acelerada: ou os filamentos de gás circulam pela superfície da estrela em ritmo intenso, ou esta matéria se movimenta de forma a criar “sombras” na estrela, que ocultam seu brilho em alguns momentos. 

Em ambos os casos, contudo, a conclusão é a mesma: trata-se de uma intensa atividade que caracteriza estrelas jovens, recém nascidas, nas quais as nuvens de gás, poeira e outras substâncias ainda estão se adaptando e rearranjando. Tal atividade acaba originando movimentos constantes. 

Fonte: http://photoblog.msnbc.msn.com/

Nova estratégia pode transformar computadores quânticos em realidade

Nos últimos anos, vários métodos têm sido aplicados em busca da criação de um poderoso computador quântico, que revolucionaria a computação ao permitir o uso de qubits (unidade de informação que vai além do código binário de 0 e 1) e faria cálculos muito mais rapidamente do que um computador normal. Até o momento, nenhuma tecnologia desenvolveu tal aparelho, mas isso pode ser alcançado a partir do conceito de hibridismo de tecnologias.

Esta possibilidade está sendo estudada por cientistas de várias universidades europeias. Como se trata de computadores quânticos, estes trabalhariam com a menor partícula quântica “controlável”, o átomo. A ideia, em linhas gerais, é usar os próprios átomos como qubits, que permitem um novo leque de cálculos computacionais.

O problema é que não é fácil fazer os átomos desempenharem esse papel. Os experimentos mais avançados, até hoje, conseguiram prender em um campo elétrico não mais do que 14 átomos, por poucos minutos, para fazê-los atuar como qubits. A solução para isso já é conhecida, mas apenas teoricamente: usar fios supercondutores.

A partir de experimentos semelhantes voltados para o mesmo fim, cientistas descobriram que fios supercondutores podem ser “programados” para se comportar como qubits, o que eliminaria a necessidade de átomos. Mas o meio ambiente tende a destruir estes mini fios disfarçados de qubits, já que forçam uma condição não natural. Dessa maneira, é muito difícil manter fios supercondutores nesta função.

E neste ponto entra o hibridismo: se não dá para usar apenas átomos ou apenas fios supercondutores como qubits, talvez um computador quântico possa ser composto de ambos. Para isso, estão desenvolvendo a seguinte ideia: um disco rígido (HD) feito a base de átomos, responsável pela memória do computador, associado a um CPU composto de fios supercondutores, para o qual as informações seriam lançadas. 

Em outras palavras, pretendem dividir um computador quântico em duas partes: uma fica sob responsabilidade dos átomos e outra é controlada por fios supercondutores. Em cada uma, os componentes seriam capazes de desempenhar o papel de qubits. Para que isso seja possível, o plano é usar um avançado chip feito de diamante.

De todos os materiais testados, o diamante é o que melhor consegue manter um estado elétrico alterado em seu interior (pré requisito necessário para a existência de um qubit), e também o que “segura” tal estado por um maior período de tempo. 

Com um chip de diamante, os cientistas esperam que tanto o HD atômico quanto o CPU de fios possam alcançar o máximo de sua eficiência. Ainda não está claro, contudo, como um chip de diamante poderia ser moldado para dar conta desta tarefa. Este é o próximo desafio dos pesquisadores.

Fonte: http://www.sciencenews.org/

Segredos de majestosa nebulosa são revelados em nova foto


A imagem mais detalhada até agora da conhecida nebulosa Carina foi tirada por um telescópio europeu, revelando características incríveis.

A paisagem cósmica de gás, poeira e estrelas jovens da nebulosa está localizada a 7.500 anos-luz da Terra. 

A dinâmica de formação de estrelas da nebulosa dá aos astrônomos um importante campo para o estudo do desenvolvimento das estrelas massivas.

A nebulosa Carina foi a peça central de muitas fotos incríveis do espaço no passado, mas a maioria delas foi tirada com alcances muito pequenos do espectro de luz.

Dessa vez, ao usar capacidades infravermelhas do telescópio, a equipe conseguiu revelar alguns dos segredos da nebulosa. 

Essa nebulosa contém algumas das mais brilhantes e massivas estrelas. Uma dessas gigantes é a Eta Carinae, que além de misteriosa, é muito instável. Ela era a segunda estrela mais brilhante no céu por muitos anos, no século 19, e os astrônomos acreditam que ela irá se destruir em uma violenta supernova em um curto período de tempo. 

O grupo de estrelas brilhantes no centro da figura é um agrupamento chamado de Trumpler 14. Nos últimos milhões de anos, essa região do espaço formou muitas estrelas individuais e agrupamentos.

O Trumpler 14 pode ser facilmente visualizado em imagens comuns, mas nessa, com infravermelho, muitas estrelas mais fracas podem ser detectadas. No lado esquerdo da imagem, uma pequena concentração de estrelas amarelas pode ser vista. Esse grupo, que não pode ser visto sem infravermelho, foi encontrado agora pela primeira vez.

O novo panorama da Carina foi montado com centenas de imagens individuais, criando um intrigante mosaico da nebulosa. Aproveite!

Fonte: http://www.space.com/

Buraco negro tem ventos de 32 milhões de km/h

Cientistas calcularam os ventos mias fortes já observados em um buraco negro: 32 milhões de quilômetros por hora (km/h).

Isso representa cerca de 3% da velocidade da luz, e quase 10 vezes mais rápido do que já visto em qualquer outro buraco negro com massa estelar. 

“Isso é o equivalente cósmico dos ventos de um furacão categoria 5”, afirma a líder do estudo, Ashley King, da Universidade de Michigan, EUA. “Não esperávamos observar ventos tão poderosos em um buraco negro desse tipo”.

Um buraco negro estelar, que nasce quando uma estrela extremamente massiva colapsa, tipicamente contém entre cinco a dez vezes a massa do sol. O que está fabricando esse incríveis ventos é conhecido como IGR J17091-3624, ou IGR J17091.

O IGR J17091 é um sistema binário onde uma estrela parecida com o sol orbita o buraco negro. Ele está localizado na região central da nossa galáxia, a cerca de 28 mil anos-luz da Terra.

Os ventos do IGR J17091 são parecidos com os mais rápidos gerados por buracos negros super massivos, que possuem uma massa milhões, ou até bilhões, de vezes maiores. Esse é o tipo de buraco negro que os cientistas imaginam residir no coração de quase todas as galáxias ativas, incluindo a nossa. 

“É uma surpresa que esse pequeno buraco negro consiga ter ventos a uma velocidade que vemos tipicamente apenas em buracos negros gigantes”, comenta o coautor Jon Miller, também da Universidade de Michigan. “Em outras palavras, ele está muita acima de sua classe”.

Outra descoberta surpreendente do estudo é que o vento, que aparece de um disco de gás ao redor do buraco negro, pode estar dispersando mais material pelo espaço do que o buraco está capturando. 

“Ao contrário da percepção popular do buraco negro puxando todo o material que se aproxima, nós estimamos que quase 95% da matéria ao redor do IGR J17091 é expelida pelos ventos”, comenta King.

Ao contrário dos furacões da Terra, os ventos do IGR J17091 estão soprando em diferentes direções, ao mesmo tempo. Esse padrão é diferente dos jatos, quando o material que flui fica centrado em raios perpendiculares ao disco do buraco negro, geralmente a uma velocidade próxima à da luz.

Os astrônomos imaginam que os campos magnéticos dos discos dos buracos negros são responsáveis por produzir os jatos e ventos.

Fonte: http://www.msnbc.msn.com/id/46481693/ns/technology_and_science-space/

Alerta! Muitos ataques cardíacos não causam dores no peito

Dores súbitas no peito é o marco clássico de um ataque cardíaco. Mas um grande estudo mostra que muitas pessoas que são levadas para hospitais devido a ataques cardíacos nunca tiveram tais dores, e, como resultado, acabam não tratando o evento de maneira rápida.

As consequências podem ser especialmente mortais no caso de mulheres jovens ou de meia idade. Em um novo estudo, com 1,1 milhões de pessoas, surpreendentes 42% das mulheres admitidas em hospitais por ataques cardíacos nunca tiveram uma dor no peito. Elas também têm mais chance de morrer após um ataque; a taxa de mortalidade entre as mulheres, no estudo, foi de quase 15%, comparado a 10% entre os homens. 

“O que vemos é que muitas das mulheres não têm a clássica apresentação de um ataque cardíaco”, afirma o médico John G. Canto, autor do estudo. “Então elas podem não reconhecer um ataque cardíaco, e possivelmente algumas dessas pacientes chegam tarde demais para os procedimentos de salvamento”.

Doenças cardíacas são a causa principal de mortes entre homens e mulheres em todo o mundo, matando cerca de sete milhões por ano. Até a década de 80, o ataque era considerado um problema principalmente masculino, e muitos estudos que focavam apenas em homens formaram um quadro típico, e estreito, dos sinais de um ataque cardíaco: dor no peito, falta de ar e dor radiante no pescoço, costas, mandíbula e braços. 

Mas pesquisas melhores, desde então, mostraram que além das mulheres exibirem esses sintomas, elas também têm mais chances de mostrarem outros menos associados com um ataque, como distúrbios de sono e fadiga severa inexplicável nos dias e semanas anteriores, assim como suar frio, fraqueza e tontura durante o ataque. 

No novo estudo, Canto e seus colegas usaram dados do registro nacional americano de pessoas admitidas em hospitais por ataques cardíacos, entre 1994 e 2006, para analisar as diferenças nos sintomas e níveis de mortalidade entre homens e mulheres. 

As análises mostraram que as dores no peito são de fato o sintoma mais frequente de um ataque cardíaco, tanto em mulheres quanto em homens. Mas uma minoria considerável dos pacientes, cerca de 35% do total, nunca apresentou as dores. 

Em mulheres com menos de 55 anos que tiveram ataques cardíacos, mas não apresentaram desconforto no peito, o risco de morte no hospital foi de duas a três vezes maior do que homens com a mesma idade e sintomas clássicos de ataque. Mas “a diferença declinou e quase desapareceu com o aumento de idade”, afirma Canto.

Ninguém sabe exatamente porque os sintomas de ataque cardíaco são diferentes entre homens e mulheres, mas Canto especula que muitos fatores podem estar envolvidos, incluindo hormônios. Muitas mulheres que tomam pílulas anticoncepcionais, por exemplo, tendem a ter vasos sanguíneos e artérias mais “grudentos” do que homens.

“Nós também sabemos que entre as mulheres, especialmente as mais jovens que tiveram ataques cardíacos, o mecanismo de formação do coágulo sanguíneo no coração pode ser diferente do que entre homens jovens”, afirma.

Canto afirma que aqueles que estão tendo um ataque cardíaco, mas não sentem as dores no peito, podem não se dar conta do que está acontecendo, e quando se apresentam para um tratamento, o médico pode não considerar imediatamente a possibilidade de um ataque, principalmente no caso de mulheres. Como resultado, as chances de ir imediatamente para cirurgia ou outros procedimentos caem. 

Para o médico Mario Garcia, da Associação Americana do Coração, a realidade é que muitos médicos tendem a não pensar que mulheres jovens tenham ataques cardíacos, e elas também não procuram tanta atenção médica nesse caso. 

“Homens são rápidos para correr até um especialista”, afirma Garcia, que não esteve envolvido no estudo. “As mulheres se preocupam mais com o marido do que com elas mesmas”. 

Fonte: http://well.blogs.nytimes.com/

NASA diz que nuvens da Terra estão “murchando”

As nuvens da Terra ficaram um pouco menores – cerca de 1%, em média – durante a primeira década deste século, segundo um estudo financiado pela NASA com base em dados do satélite da instituição. Os resultados têm implicações potenciais para o clima global no futuro.

Cientistas da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, analisaram os primeiros 10 anos de medições globais da altura dos topos das nuvens (a partir de março de 2000 a fevereiro de 2010). O estudo revela uma tendência geral de diminuição da altura da nuvem. A altura média global da nuvem diminuiu cerca de 1% ao longo da década, ou seja, cerca de 30 a 40 metros. A maior parte da redução foi devido a menos nuvens que ocorrem em altitudes elevadas.

O pesquisador Roger Davies disse que, por enquanto, o registro é muito curto para ser definitivo, e fornece um indício de que algo de muito importante pode estar acontecendo. Um acompanhamento de longo prazo será necessário para determinar a importância da observação para as temperaturas globais.

Uma redução consistente na altura da nuvem permitiria a Terra arrefecer até o espaço de forma mais eficiente, reduzindo a temperatura da superfície do planeta e retardando potencialmente os efeitos do aquecimento global. Isto pode representar um mecanismo de “retorno negativo” – uma mudança causada pelo aquecimento global que trabalha para combatê-la. “Nós não sabemos exatamente o que faz com que as alturas das nuvens diminuam”, diz Davies. “Mas isso deve ser devido a uma mudança nos padrões de circulação que dão origem a formação de nuvens em grande altitude”.

A nave espacial Terra, da NASA, está programada para continuar coletando dados até o final desta década. Os cientistas continuarão acompanhando os dados de perto para ver se esta tendência terá continuação.

Outra missão da NASA que estuda as nuvens é o CloudSat, lançado em 2006. O CloudSat é o primeiro satélite que utiliza um radar avançado que “fatia” através das nuvens para ver sua estrutura vertical, proporcionando uma capacidade totalmente nova de observação do espaço. O principal objetivo CloudSat é fornecer dados necessários para avaliar e melhorar a forma como as nuvens são representadas em modelos globais, contribuindo assim para melhores previsões de nuvens e, portanto, seu papel mal compreendido na mudança climática e o feedback nuvem-clima.

Fonte: http://www.sciencedaily.com/

Os robôs um dia poderão acabar com os humanos?

Anos atrás, poderia parecer absurdo se alguém sugerisse que as máquinas iriam nos superar. Hoje, depois de vários filmes e séries nos mostrando as inúmeras possibilidades de dominação tecnológica, aprendemos a respeitar e temer uma revolução robótica.

Dado o atual ritmo de desenvolvimento tecnológico, um “robôcalipse” parece mais profético ou possível a você? 

Enquanto muitos pesquisadores da área de ciência da computação discordam sobre a estrada que as máquinas percorrerão, eles dizem que a nossa relação com elas provavelmente será harmoniosa, não assassina (ainda bem).

No entanto, há uma série de cenários que poderiam levar a uma situação na qual esses seres não biológicos teriam o objetivo de nos exterminar.

“Já existe tecnologia para construir um sistema que poderia destruir todo o mundo, intencionalmente ou não, se detectasse as condições adequadas”, disse Shlomo Zilberstein, professor de ciência da computação na Universidade de Massachusetts.

Vamos primeiro considerar o ponto de vista otimista: que as máquinas sempre atuarão como nossos servos, e não o contrário. 

Para que isso aconteça, “uma abordagem é não desenvolver sistemas que podem ser tão perigosos que podem sair fora de controle”, disse Zilberstein.

Algo como Skynet – a rede de defesa computadorizada de “O Exterminador do Futuro”, que decide acabar com a humanidade, já é possível. Então, por que um sistema deste tipo ainda não foi construído? 

Porque nações com armas nucleares, como os Estados Unidos, não gostariam de dar a responsabilidade de lançar ogivas para um computador. “E se ocorre um erro no sistema? Ninguém vai correr esse risco”, disse Zilberstein.

Em menor escala, no entanto, um elevado grau de autonomia foi concedido a algumas máquinas. “O número de sistemas robóticos que pode realmente puxar o gatilho de forma autônoma já está crescendo”, disse Zilberstein.

Ainda assim, um operador humano controla os sistemas e tem a palavra final se deve continuar ou não com um ataque com mísseis. Isso certamente não é o caso do Skynet, que, nos filmes, tem total controle do arsenal nuclear dos Estados Unidos.

Em “O Exterminador do Futuro”, os militares criam o programa com o objetivo de reduzir o erro humano e a lentidão de resposta em caso de um ataque contra os EUA. Quando os controladores humanos percebem o perigo representado por Skynet, tentam desligá-lo. A rede interpreta este ato como uma ameaça à sua existência, e, a fim de combater seu inimigo, Skynet lança um ataque à Rússia, provocando uma retaliação. Bilhões morrem em um holocausto nuclear. Skynet, em seguida, passa a construir fábricas que criam exércitos de robôs para eliminar o restante da humanidade.

Em um cenário da vida real, Zilberstein pensa que alguns guardas impediriam um sistema autônomo de ameaçar mais pessoas do que ele é projetado para fazer, no controle das fronteiras do país, por exemplo. 

Além disso, sistemas poderiam ser programados com a capacidade de fazer grandes decisões estratégicas da maneira que Skynet faz, mas limitadas.

“Todos os sistemas que estamos propensos a construir no futuro próximo terão habilidades específicas”, disse Zilberstein. “Eles serão capazes de monitorar a região e talvez atirar, mas não irão substituir os humanos”.

Michael Dyer, um cientista da computação da Universidade da Califórnia, é menos otimista. Ele acha que “os seres humanos acabarão sendo substituídos por máquinas” e que essa transformação pode não ser pacífica.

O progresso contínuo na pesquisa de inteligência artificial vai levar a máquinas tão inteligentes quanto nós nos próximos cem anos, Dyer prevê. “Civilizações avançadas chegarão a um ponto de inteligência suficiente para compreender como seu cérebro é feito, e então construirão versões sintéticas de si mesmas”, diz.

Isso poderia vir de tentativas de estabelecer nossa própria imortalidade – e essa oportunidade pode ser demais para a humanidade resistir. Talvez a transformação da biologia para a tecnologia será relativamente calma. Ou não.

Por exemplo, Dyer sugere uma nova corrida armamentista do sistema robótico poderia resultar em um lado saindo fora de controle. “No caso de guerra, por definição, o lado inimigo não tem controle dos robôs que estão tentando matá-los”, disse Dyer. Como Skynet, os manufaturados podem se voltar contra os fabricantes.

Ou uma situação de super dependência de robôs também pode sair de controle. Supondo que uma fábrica que fabrica robôs e não segue comandos humanos recebe uma ordem para desligar para a fábrica. Mas, infelizmente, os robôs se recusam. Assim, um comando é emitido pelos seres humanos para parar os caminhões de entrega de materiais necessários para a fábrica, mas os motoristas são robôs, e também se recusam. E assim por diante.

Em geral, um pouco de sabedoria impediria a humanidade de cair nas armadilhas inventadas por roteiristas de Hollywood. Mas a motivação do lucro às empresas certamente gerou mais automação, e a racionalidade não ganha sempre.

“Cenários apocalípticos são muito fáceis de se criar, e eu não descartaria esse tipo de possibilidade”, diz Zilberstein. “Mas eu não estou, pessoalmente, preocupado”. E você? Está?

Fonte: http://www.livescience.com/

Exótico planeta aquático é descoberto

Uma nova classe de planetas surgiu: um tipo incomum, que não é rochoso, gasoso ou congelado.

O planeta é o GJ 1214b, descoberto em 2009, e agora revelado como super úmido e com atmosfera rica em água. Mas não é um mundo aquático no sentido de oceanos por todo lado: cientistas suspeitam que o interior dele seja preenchido com alguma versão exótica, pressurizada, de H2O líquida, de um modo nunca visto na Terra. 

O planeta é apenas 6,5 vezes mais massivo do que a Terra, e cerca de 2,7 vezes maior em diâmetro. Ele circula uma estrela pequena, a cerca de 42 anos-luz de distância de nós. 

“É algo muito excitante que não temos em nosso sistema solar”, afirma Lisa Kaltenegger, de Harvard. “E é um quebra-cabeça divertido tentar entender do que a atmosfera daquele planeta é formada”. 

Os astrônomos conseguiram os últimos detalhes usando a câmera do Hubble, da NASA. Não é a primeira vez que o GJ 1214b é sondado, mas o novo estudo confirma e melhora algumas observações anteriores. 

Conforme o planeta passava pela frente de sua estrela, a equipe conseguiu estudar sua atmosfera através de vários comprimentos de infravermelho, e a partir daí estimar a composição do planeta – um mistério, devido a sua baixa densidade. A atmosfera é composta pelo menos 50% de água e está provavelmente perto da superfície.

No interior, seria algo como grandes moléculas de água ao invés de rochas. Mas não é água nos estados familiares de congelada ou líquida. 

“Nós não estamos falando nem de um núcleo congelado com gelo comum ou um oceano de água líquida”, afirma um dos cientistas. “Estamos descobrindo estranhos estados da matéria ao descrever isso”, diz.

Fonte: http://www.sciencenews.org/

Heinrich Hertz: o que descobriu este brilhante cientista?

Sempre que você fala em Hertz está se referindo a uma grande descoberta feita por Heinrich Hertz, um físico alemão que nasceu em Hamburgo, no dia 22 de Fevereiro de 1857. Heinrich, desde muito jovem adorava máquinas o que o fez inscrever-se no curso de engenharia. Mais tarde sua predileção pela investigação e produção científica o fez escolher a física com 21 anos de idade.

Com apenas 26 anos Heinrich Rudolf Hertz comprovou a existência da radiação eletromagnética prevista 18 anos antes por Maxwell, descobriu como se propagavam e como controlar sua frequência. Para isso ele criou o receptor antena Hertz e emissores de ondas UHF, os mais simples tipos de antenas do ponto de vista teórico. 

O mais comum é lermos o símbolo Hz que é uma unidade de frequência que indica ciclos por segundo, ou seja, quantas oscilações ou vibrações ocorrem em um segundo em um evento periódico.

Hertz também demonstrou muitas outras propriedades do eletromagnetismo como velocidade, reflexão, refração e polarização.

Hertz chegou a fazer publicações sobre mecânica e também cultivou um grande interesse pela meteorologia chegando a ser citado como assistente em alguns artigos científicos da área no estudo sobre evaporação e unidade.

As brilhantes descobertas de Hertz foram o pontapé inicial em um ramo da ciência que nos beneficia diariamente sempre que informações precisam ser transmitidas pelo ar, seja ao explorarmos astros distantes do nosso universo ou para usarmos internet sem fio no conforto de nossa casa.

Infelizmente o gênio de Hertz deixou de produzir novos conhecimentos após morrer de infecção aos 36 anos.

Fonte: http://hypescience.com/

Físicos conseguem formar um “emaranhado” de 8 fótons, em estranho experimento

O “emaranhamento” ou “entrelaçamento quântico” é um efeito onde partículas múltiplas dividem propriedades correlatas – mesmo a grandes distâncias. Por exemplo, um par de fótons emaranhados, em diferentes localizações, podem ser unidos por suas polaridades. Meça a polarização de um, e a do outro imediatamente assume o mesmo valor. Em outras palavras, os fótons estão ambos polarizados horizontalmente ou verticalmente, mas nenhum tem um valor certo até ser medido. O fenômeno quântico continua até que consiga pegar o máximo de partículas possíveis. 

Se esse fenômeno contra intuitivo, você não é o único que pensa assim. Albert Einstein descreveu o emaranhado quântico como “ação assombrosa a distância”. Ele e seus colegas escreveram, em 1935, que não há “definição racional da realidade que permita isso”. Racional ou não, o certo é que existem numerosos experimentos que comprovam sua existência. 

Agora, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China (UCTC), em Xangai, conseguiram emaranhar não um, mas quatro pares de fótons, ligando a polarização dos oito. O feito é continuação de experimentos anteriores, que conseguiram emaranhar até seis fótons. 

O novo estudo é promissor para a construção de sistemas de comunicação quânticos, já que os fótons podem carregar mensagem através de grandes distâncias.

O emaranhado é um estado frágil, e conseguir colocar fótons nele é um desafio. Os físicos geralmente produzem uma grande quantidade de fótons para conseguir apenas um par emaranhado. A dificuldade de criar múltiplos pares cresce conforme mais são adicionados. 

Xing-Can Yao e seus colegas calcularam que se eles simplesmente estendessem experimentos anteriores de seis fótons, para incluir mais um par emaranhado, o processo levaria 10 horas para chegar aos oito fótons. Para superar essa limitação, os pesquisadores usaram um sistema óptico que filtrava poucos fótons, e assim aumentava o número de emaranhados. 

Como essa fonte “selecionada”, eles conseguiram gerar quatro pares mutuamente emaranhados, com frequência muito maior. Eles afirmam ter detectado centenas de pares de fótons nesse estado, o que permitiu que fossem realizados os testes estatísticos necessários para verificar a presença dos quatro pares conectados em nível quântico.

Fonte: http://www.livescience.com/

Mistério da mitose é desvendado

O cientista Tomomi Kiyomitsu usou seus poderes de observação para resolver um quebra-cabeça que tem intrigado muitos pesquisadores, por muitos anos: em uma célula que está passando pelo processo de mitose, que eventos internos fazem com que os cromossomos se alinhem em um eixo central?

“As pessoas têm procurado em proteínas e agentes da mitose por décadas, e nenhuma observou o que Tomomi conseguiu”, afirma o cientista Iain Cheeseman. “E é muito claro que essas coisas estão acontecendo. Mas nunca alguém olhou com os olhos cuidadosos dele”. 

O processo de mitose celular tem sido estudado intensamente por mais de 50 anos. Usando microscopia fluorescente, os cientistas conseguem, hoje, ver a “guerra” que acontece internamente durante a mitose. Proteínas ramificadas, como microtúbulos, ficam em um dos pólos da célula e tentam se ligar aos cromossomos duplicados. Essa estrutura tenta distribuir fisicamente os cromossomos, com a ajuda de outros mecanismos celulares.

A mitose é um processo extremamente preciso; quando o assunto é manipular o DNA, as células são obsessivas, e com razão. Ganhar ou perder um cromossomo durante uma divisão celular pode levar a morte da célula, distúrbios de crescimento ou até câncer. 

Conforme Kiyomitsu observava a mitose em células humanas, ele percebeu que quando o eixo oscilava entre o centro da célula, a proteína dineína se alinhava no córtex celular no lado contrário do fuso. Se o fuso se movia para a esquerda, a dineína ia para a direita, e assim por diante.

Para Kiyomitsu, a chave para o mistério do alinhamento é a dineína, que é conhecida como a proteína que “leva” as cargas moleculares pelos microtúbulos. Kiyomitsu determinou que, nesse caso, a dineína está ancorada ao córtex celular por um complexo que inclui outras proteínas. Ao invés de se mover pelos microtúbulos astrais, a dineína age como um guindaste no pólo do eixo.

Kiyomitsu descobriu que quando o eixo dos cromossomos chega muito perto do córtex celular, um sinal enviado por uma proteína chega ao pólo do eixo, e “rebate” a dineína até o outro pólo. Essas oscilações diminuem até que o eixo se forme no centro da célula. 

Kiyomitsu comenta que esse processo é crucial para as células. “A orientação do eixo é importante para manter o balanço entre as células-tronco e as maduras durante o desenvolvimento. Se esse processo ficar desregulado, já sabemos que pode contribuir para o surgimento de um câncer, mesmo que os cromossomos estejam divididos de maneira correta”. 

Fonte: http://www.sciencedaily.com/

Fóssil misterioso é finalmente classificado após um século

Os cientistas identificaram o Godzilla dos fungos: um fóssil gigante, pré-histórico, que ficou sem classificação por mais de um século. 

Uma análise química mostrou que o organismo de seis metros, com o aspecto de uma árvore, era um fungo, extinto a mais de 350 milhões de anos.

Conhecido como Prototaxites, pensava-se que o fungo gigante era uma conífera. Depois pensaram também que se tratava de um líquen, ou vários tipos de algas. Alguns suspeitavam que ele era realmente um fungo.

“Um fungo com seis metros não faz nenhum sentido. Uma alga de seis metros também não, mas aqui está o fóssil”, afirma C. Kevin Boyce, da Universidade de Chicago. 

Francis Hueber, do Museu Nacional de História Natural, foi o primeiro a sugerir que o organismo era um fungo, baseado em análises da estrutura interna do fóssil, mas não conseguiu nenhuma prova conclusiva. 

Boyce e alguns colegas conseguiram a evidência, comparando os tipos de carbono encontrados no gigante com plantas que viveram aproximadamente na mesma época. 

Se o Prototaxites fosse uma planta, suas estruturas de carbono seriam similares às das plantas, claro. Ao invés disso, Boyce encontrou uma diversidade muito maior do que a esperada para uma planta. 

Os fungos formam um reino próprio, nem animal, nem vegetal. Uma vez classificados como plantas, hoje são considerados primos mais próximos dos animais, que absorvem, ao invés de comer seus alimentos. 

Amostras do fungo gigante foram encontradas em todo o mundo. Elas têm entre 420 e 350 milhões de anos. Nessa época, nenhum animal havia saído dos oceanos com uma coluna vertebral e as maiores árvores possuíam pouco mais de um metro de altura, oferecendo pouca competição para os fungos gigantes. 

“É difícil imaginar esses tipos sobrevivendo no mundo moderno”, afirma Boyce.

Fonte: http://www.reuters.com/

Nanorobôs de DNA caçam e destroem células cancerosas

Novos nanorobôs, feitos de DNA, podem transportas uma carga mortal precisa a células cancerosas.

Os pequenos robôs trazem mais esperança para o tão esperado sonho da nanotecnologia, da robótica em miniatura que possa matar as células de doenças, uma por uma. 

“As pessoas já sabem do uso de anticorpos para matar células”, afirma Shawn Douglas, do Instituto Médico de Harvard, que desenvolve materiais e equipamentos médicos inspirados na biologia. “A seleção dos alvos, isso é a novidade”. 

Douglas e o colega Ido Bachelet, pesquisador genético, fizeram os novos nanorobôs de DNA em Harvard, com o professor de genética, George M. Church, conhecido por ajudar a lançar o projeto Genoma. 

No começo, Bachelet e Douglas imaginaram se poderiam combinar seus respectivos conhecimentos em imunologia e construção de nanoestruturas para construir um robô que imitaria o sistema imunológico do corpo. Ele reconheceria as células infectadas e apertaria seus botões de autodestruição. 

Entre as invenções antigas estão um cubo em nanoescala com uma tampa, lançado em 2009, que se montava em um processo chamado de “origami de DNA”. Quando você adicionava fitas de DNA, o cubo se abria. Mas Douglas percebeu que fazer com que a invenção chegasse até as células certas seria muito complicado, assim como criar os mecanismos necessários para entrar e reprogramar as células ruins. 

Então Bachelet sugeriu que eles não precisavam reprogramar nada. Só precisavam fazer com que a estrutura conseguisse levar os anticorpos certos para a superfície celular com uma mensagem: “pare de se dividir”. 

O nanorobô é construído com DNA, em um formato de concha pequena. Ele é desenvolvida para reconhecer certos tipos de células cancerosas. Quando encontra uma, o robô se abre e expõe a carga de anticorpos. 

Apesar dos robôs funcionarem em experimentos, eles precisam ser desenvolvidos para viajar através da corrente sanguínea. Modificações são necessárias para prevenir que a partícula seja destruída pelos rins ou fígado antes de ter a chance de atuar. 

“Meu sonho é que um desses dispositivos consiga passar pelos testes clínicos e se torne uma terapia real para algum tipo de câncer”, afirma Douglas. 

Kurt Gothelf foi um dos que desenvolveu o cubo de DNA, em 2009. “Isso é uma das coisas que precisamos nesse campo científico, algo realmente útil”, comenta. Apesar do nanocubo não estar curando canceres, ele é um importante marco nesse caminho. 

“As pessoas têm falado muito sobre robôs que entram no corpo, vão até um local com algo errado e o curam”, comenta Gothelf. “Isso é o primeiro exemplo de que isso pode se tornar real, um dia”.

No laboratório, o nanorobô conseguiu, com sucesso, quebrar células de linfoma e leucemia, deixando as células boas vivas. Fazer apenas uma dessas ações exige 100 bilhões de cópias do robô. Para começar a testar com animais, os pesquisadores de Harvard vão ter que criar um método para chegar aos trilhões.

Fonte: http://www.msnbc.msn.com/id/46417931/ns/technology_and_science-science/

Cada ser humano tem cerca de 100 genes “quebrados”

Uma nova análise de 185 genomas humanos indica que cada um de nós tem cerca de 100 genes “quebrados”. Alguns desses genes mutados causam efeitos prejudiciais, mas muitos parecem inofensivos, e alguns até parecem ter algum benefício.

Descobrir o que é normal no genoma pode ajudar pesquisadores a entender melhor as doenças e as mutações que podem causá-las.

“Atualmente, existem milhares de pacientes com doenças que estão tendo seus genomas sequenciados como parte de estudos em todo o mundo”, disse o pesquisador Daniel MacArthur. “Nosso estudo vai tornar as sequências do genoma mais fáceis de se interpretar – por exemplo, os pesquisadores serão capazes de ver se as mudanças encontradas no DNA são ‘não essenciais’, o que significa que é menos provável que sejam causadoras de doenças”, explica.

Os pesquisadores examinaram especificamente 20.000 genes codificadores de proteínas, que são genes que direcionam a produção de proteínas, as moléculas que fazem parte do trabalho em nossas células. 

Os genes codificadores de proteínas representam apenas cerca de 1,5% do genoma humano. Eles analisaram 185 genomas humanos em busca de genes quebrados, definidos como os genes incapazes de produzir proteínas devido a uma mutação (mudança da sua sequência de DNA).

O grupo examinado continha uma variedade de etnias, da Nigéria, Estados Unidos, China e Japão. Eles encontraram 1.285 genes quebrados, ou cerca de 100 por pessoa.

“As versões inativas dos genes estão associados com muitas características diferentes”, disse MacArthur. A maioria dessas mutações parece estar em genes “não essenciais”. “Nos casos em que a inativação é comum na população, os genes quebrados tendem a ser características benignas, como tipo de sangue, ou a capacidade das pessoas de cheirarem substâncias específicas”.

26 dos genes quebrados identificados já foram anteriormente ligados a doenças graves (como fibrose cística), e 21 pareciam desempenhar um papel causador de doença (porque está ligado a proteínas críticas no corpo), mas não foram associados a doença antes.

“Encontramos também vários casos de mutações inativadoras muito raras que são conhecidas por envolvimento em doenças muito graves, como distrofia muscular”, disse MacArthur. “Em todos os casos, essas mutações raras eram encontradas apenas em uma cópia de genes de uma pessoa, enquanto precisam estar presentes em duas cópias para causar a doença. Essas pessoas não são afetadas, mas são portadoras de tais mutações da doença”.

Cerca de 20 dos genes mutados em uma determinada pessoa foram duplamente discriminados, ou seja, ambas as cópias (uma de sua mãe e um do seu pai) tinham perdido a sua função. 

No conjunto, 253 genes duplamente quebrados – cerca de 1% – pareciam não ter nenhum efeito sobre a saúde da pessoa. Ao analisar as características destes genes, e identificá-los como benignos, eles podem ser úteis na análise do genoma de outras pessoas, para eliminá-los como causas potenciais de doença.

Fonte: http://www.livescience.com/

Desenho e estrutura de Stonehenge podem ser inspirados por som

Segundo o estudo de um pesquisador norte-americano, música pode ter sido uma inspiração para o design de Stonehenge.

Steven Waller é especialista em “arqueoacústica”, que examina o papel que o som pode ter desempenhado em culturas antigas.

A ideia intrigante de Waller é que antigos humanos poderiam ter baseado o layout do grande monumento, em parte, na maneira como eles percebiam o som.

Por exemplo, Waller mostrou como duas flautas tocadas em um campo podem produzir uma ilusão auditiva que imita a posição espacial da estrutura de Stonehenge.

“Minha teoria é que os antigos bretões, quando ouviam duas flautas em um campo, estavam experimentando padrões de interferência de ondas sonoras, onde em determinados locais, conforme se anda em torno do par de músicos, você ouviria barulhos altos ou zonas silenciosas”, explica.

Se você pudesse olhar para isso de longe, seria parecido com os raios de uma roda. E, conforme você anda ao redor do círculo, cada vez que você chega a um dos pontos onde o som é “cancelado”, parece haver um objeto massivo invisível na sua frente. Essa visão mental ao ouvir tal som forma a estrutura do Stonehenge.

Os pesquisadores levaram algumas pessoas vendadas para um campo onde dois gaiteiros estavam tocando e pediram-lhes para desenhar diagramas da paisagem sonora que haviam experimentado.

Essas pessoas não foram informadas de nada sobre padrões de interferência ou Stonehenge.

Os participantes descreveram a presença de grandes estruturas. Quando os cientistas tiraram as vendas dos olhos dos participantes e eles descobriram que não havia nada no campo, exceto duas flautas, ficaram boquiabertos.

Waller disse que suas ideias foram reforçadas por meio de medições que ele havia feito das sombras acústicas efetivamente expressas pelo megálitos de Stonehenge. O pesquisador descobriu que eles reproduziam com exatidão o padrão de interferência que seria gerado por duas flautas tocando no centro do monumento.

Waller argumentou que o comportamento do som teria cativado completamente os antigos. “As pessoas nem sequer sabiam que o som era propagado por ondas de pressão até alguns séculos atrás”, disse ele. “Sabemos que o som foi um grande mistério para os antigos, pois há muitos mitos sobre ecos serem um espírito que vive nas rochas, ou que o trovão era causado por grandes pássaros batendo suas asas no céu. Eles tinham explicações sobrenaturais para todos esses fenômenos sonoros”, conta.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/news/science-environment

10 comparações entre humanos e nossos parentes vivos mais próximos

Os chimpanzés são nossos parentes mais próximos, e só ficaram famosos de verdade depois que Charles Darwin escreveu sobre eles, em 1859. Muito do que sabemos só foi descoberto recentemente, e várias concepções errôneas são propagadas por culpa de exageros e obras de ficção. Confira um pouco mais da nossa similaridade com eles: 

10 – Número de espécies
Os chimpanzés são incorretamente chamados de macacos, mas eles estão na família dos grandes símios, assim como nós. Os outros da categoria são os orangotangos e os gorilas. 

Existe apenas uma espécie de humano vivo no momento: o Homo sapiens. No passado, muitos cientistas tentaram argumentar que existiam várias espécies de humanos, adicionando que eles eram uma espécie superior. Entretanto, hoje todos os humanos podem produzir crianças férteis, e por isso somos todos da mesma espécie. Os chimpanzés, por outro lado, estão divididos em duas: o Pan troglodytes (chimpanzé comum) e o Pan paniscus (bonobo, ou pigmeu). Eles são espécies completamente diferentes. Os humanos e os chimpanzés evoluíram de um ancestral comum, possivelmente o Sahelanthropus tchadensis, entre cinco e sete milhões de anos atrás. Apenas fósseis desse ancestral restam. 

9 – DNA
Dizem comumente que humanos e chimpanzés dividem 99% do mesmo DNA. Comparações genéticas não são tão simples devido às repetições e mutações, mas uma estimativa melhor seria entre 85 e 95%. Isso pode soar impressionante, mas saiba que a maior parte do DNA é usado para funções celulares básicas, que todos os seres vivos dividem. Por exemplo, nós temos quase metade do mesmo DNA de uma banana, mas as pessoas não usam isso de exemplo! Então 95% não é tanto quanto parece de início. Os chimpanzés têm 48 cromossomos, dois a mais que os humanos. Pensa-se que isso acontece por que em um ancestral humano, dois pares de cromossomos se fundiram e formaram um apenas. 

Um fato interessante é que os humanos têm as menores variações genéticas entre os animais, por isso o relacionamento entre parentes é perigoso. Mesmo dois humanos completamente sem parentesco são usualmente mais similares do que dois chimpanzés parentes. 

8 – Tamanho do cérebro
O cérebro de um chimpanzé tem volume de 370 mililitros, na média. Em contraste, os humanos têm 1350 mililitros. Mesmo assim, o tamanho do cérebro não é um indicativo absoluto de inteligência. Houve ganhadores do Nobel com cérebros menores do que 900 ml, até 2000 ml. A estruturação e organização das várias partes do cérebro são melhores para determinar a inteligência. O cérebro humano tem uma superfície muito maior porque é muito mais enrugado do que os dos chimpanzés. Por isso, em conjunto com um lóbulo frontal relativamente maior, temos o luxo do pensamento abstrato e lógico. 

7 – Sociabilidade
Os chimpanzés passam muito tempo socializando. Muito disso se resume a imitar os outros. Os animais jovens frequentemente brincam entre si, correndo atrás um do outro, assim como os pais com seus filhos. Sinais de afeto incluem abraços e beijos, feito entre chimpanzés de qualquer sexo ou idade. 

Os chimpanzés estreitam as relações imitando os outros. Os humanos passam um tempo similar de sociabilização, mas conversando. Mesmo assim, muito do nosso tempo de fala é quase o mesmo do que as brincadeiras dos chimpanzés – motivo para melhorar a amizade. Os humanos também demonstram afetividade com o contato físico – comprimentos, abraços e beijos. Grupos sociais também refletem o tamanho do cérebro. Enquanto eles têm cerca de 50 amigos próximos, os humanos chegam a 150 e 200. 

6 – Linguagem e expressões faciais
Os chimpanzés possuem uma linguagem complexa que depende do status social dos comunicadores. Eles se comunicam verbalmente usando uma variedade de urros, gritos, barulhos e outras vocalizações. Entretanto, a maior parte da comunicação é feita através de gestos e expressões faciais. A maioria delas – surpresa, pedidos, consolo – é a mesma dos humanos. Mas o humanos sorriem mostrando os dentes, o que para os chimpanzés e outros animais é um sinal de agressão ou perigo.

Grande parte da comunicação humana é feita com vocalizações. Os humanos, unicamente, têm cordas vocais complexas, o que permite uma grande variedade de sons, mas nos impede de beber e respirar simultaneamente, como os chimpanzés. Mas temos línguas e lábios muito musculares, permitindo uma boa manipulação da voz. Por isso temos queixos pontudos, ao invés de caídos – nossos músculos dos lábios estão ligados à parte inferior do queixo, ao contrário dos chimpanzés, que não têm esses músculos. 

5 – Alimentação
Chimpanzés e humanos são ambos onívoros (comem plantas e carne). Humanos são mais carnívoros do que os chimpanzés, e têm intestinos mais refinados para a digestão da carne. Chimpanzés ocasionalmente caçam e matam outros mamíferos, geralmente macacos, mas no geral se restringem a frutas e algumas vezes insetos. Os homens dependem muito mais de carne – obtém vitamina B12 apenas com produtos animais. Baseado em nosso sistema digestivo e no estilo de vida de tribos, pensa-se que os humanos evoluíram para comer carne pelo menos uma vez por semana. Nós também temos a tendência de comer em refeições, ao invés de continuamente durante o dia, outro traço carnívoro. Isso pode ter surgido a partir do fato de que a carne só era disponível após uma caçada de sucesso, por isso era comida em grandes quantidades, mas sem frequência. 

4 – Sexo
Os bonobos são conhecidos por seu apetite sexual. Os chimpanzés comuns podem ficar agressivos e violentos, mas os pigmeus neutralizam qualquer situação através do prazer sexual. Eles também demonstram afeição pela estimulação sexual. Os chimpanzés comuns não fazem sexo recreativo, e o ato geralmente não leva mais do que 10 a 15 segundos, geralmente enquanto comem ou fazem outra coisa. Amizade e ligações emocionais não influenciam na escolha, e uma fêmea geralmente o faz com vários machos, que às vezes esperam pacientemente por sua vez, em fila. Os humanos experimentam o prazer assim como os bonobos, mas o sexo geralmente requer muito mais tempo e proximidade. Ao contrário dos humanos, os chimpanzés não têm conceito de ciúmes ou competição, já que também não estabelecem relacionamentos longos. 

3 – Andar ereto
Tanto os humanos quanto os chimpanzés conseguem andar como bípedes. Os chimpanzés o fazem frequentemente para enxergar mais longe, mas preferem se locomover em quatro patas. Os humanos andam eretos desde crianças, e possuem um corpo feito para isso. Os chimpanzés, que se inclinam durante o movimento, não precisam suportar o peso dos órgãos com a pélvis, e por isso possuem quadris mais amplos. Isso torna o parto muito mais fácil para eles. Os pés humanos têm uma disposição de dedos para frente, enquanto os chimpanzés possuem algo mais parecido com mãos. Eles as usam para escalar e engatinhar. 

2 – Olhos
Os humanos têm o espaço ao redor da íris branco, enquanto os chimpanzés o têm marrom escuro. Nos humanos, o branco torna fácil dizer para onde estamos olhando – mas existem várias teorias para isso. Talvez seja uma adaptação para situações sociais complexas, onde é vantajoso saber para onde os outros estão olhando e pensando. Também pode ajudar em caçadas silenciosas, com comunicação visual. Ou talvez seja uma mutação genética sem propósito algum – o branco também está em alguns chimpanzés. Ambos podem ver em cores, ajudando a escolher frutas e plantas para comer, e possuem visão binocular – os olhos preferencialmente apontam para a mesma direção. Isso ajuda a enxergar em profundidade e é importante para caçar, ao invés de olhos laterais como dos coelhos, que ajudam a fugir de uma caçada. 

1 – Uso de ferramentas
Por muitos anos, julgou-se que apenas os humanos usavam ferramentas. Mas observações da década de 60, de chimpanzés usando ferramentas pontudas para pescar, mudaram isso. Tanto os humanos quanto os chimpanzés conseguem modificar o ambiente para fabricar ferramentas importantes. Chimpanzés usam lanças, pedras, e até amassam folhas para formar uma pasta usada como esponja. Pensa-se que, como resultado de sermos bípedes, nossos membros frontais ficaram mais livres para usar ferramentas, e por isso fizemos disso uma arte.

Fonte: http://listverse.com/

Poluição do ar causa problemas de coração e cérebro

Segundo três novos estudos recentes, as pessoas expostas a níveis mais elevados de poluição do ar têm um risco maior de derrame, ataque cardíaco e deterioração cognitiva.

O impacto da poluição sobre o coração e o cérebro foi observado tanto a curto como a longo prazo. 

Um estudo americano de âmbito nacional que seguiu cerca de 20.000 mulheres por mais de uma década descobriu que a respiração dos níveis de poluição do ar comumente encontrados em muitas partes do país acelera a queda na memória e atenção. 

Outro estudo em Boston descobriu que nos dias em que as concentrações de poluentes de tráfego sobem, o risco de derrame também sobe. As chances aumentaram em mais de 30%, mesmo em dias classificados pelo índice federal de qualidade do ar como “moderados” na poluição (ou seja, correspondentes a um mínimo de perigo para a saúde).

“Mesmo níveis que a Agência de Proteção Ambiental diz que são seguros, estamos vendo efeitos reais na saúde”, disse Gregory A. Wellenius, professor de epidemiologia na Universidade Brown e autor principal do estudo entre poluição e derrame. “Nós vimos esses efeitos no prazo de 12 a 14 horas após os níveis de poluição subirem”.

Estudar a relação entre poluição e saúde é difícil, pois muitos fatores estão envolvidos e é difícil estabelecer uma relação de causa e efeito direta. 

Mas uma ligação entre poluentes no ar e declínios na saúde cardiovascular tem sido apontada pelo menos desde a década de 1990, quando a pesquisa epidemiológica sugeriu que a respiração em ar contaminado aumenta as taxas de doença cardíaca. 

Os possíveis efeitos de curto prazo da poluição eram os mais confusos, com alguns estudos demonstrando que não há risco imediato. E pouco se sabia sobre o impacto da inalação de emissões e partículas de ar sobre a função cerebral e a demência.

Os pesquisadores tentaram esclarecer melhor o impacto a curto prazo da poluição do ar através do estudo de 1.705 vítimas de derrame.

Eles cruzaram as informações com os índices de qualidade de ar da Agência de Proteção Ambiental, que avalia os níveis de poluição em seis categorias gerais, começando com “bom”, e, na pior das hipóteses, “perigoso”. 

Depois de controlar idade, hipertensão e uma série de outros fatores de risco para derrame, os pesquisadores encontraram um risco 34% maior da doença em momentos que os níveis de poluição aumentaram de “bom” para “moderado”.

O efeito foi particularmente forte quando os pesquisadores analisaram os níveis do chamado carbono negro e dióxido de azoto, dois marcadores de poluição do tráfego.

A redução dos níveis de poluição do ar em apenas 20%, uma meta “realizável” segundo os cientistas, teria evitado cerca de 6.000 das 184.000 internações por derrame somente na região nordeste dos EUA em 2007.

Em um outro estudo francês, os cientistas reforçaram a ligação entre a exposição a curto prazo à poluição do ar e doenças cardiovasculares. Eles descobriram que uma variedade de poluentes comuns – monóxido de carbono, dióxido de azoto, dióxido de enxofre e outros – eleva o perigo imediato de uma pessoa ter um ataque cardíaco.

Respiração de poluentes pode causar danos de várias maneiras, como inflamação associada a doenças cardíacas, aumento do ritmo cardíaco e engrossamento do sangue, o que pode causar a formação de coágulos sanguíneos e acelerar a aterosclerose, ou endurecimento das artérias.

As menores partículas de poluição, mais finas que 2,5 mícrons de diâmetro – ou cerca de um trigésimo da largura de um cabelo humano – são particularmente eficazes em se infiltrar no corpo. Há alguma evidência de que elas podem penetrar o cérebro através das fossas nasais.

Uma terceira pesquisa seguiu 19.409 mulheres nos Estados Unidos entre as idades de 70 e 81 anos por cerca de uma década, observando mudanças na cognição a cada dois anos. Declínios na memória e função executiva, incluindo a capacidade de planejar e fazer ou realizar uma estratégia, é normal conforme as pessoas envelhecem. 

Mas o estudo mostrou que mulheres com níveis mais elevados de exposição a longo prazo à poluição do ar tiveram “significativamente” mais declínios rápidos na cognição do que aquelas com menor exposição a poluentes.

Cognitivamente falando, esta maior exposição é como se você tivesse envelhecido um extra de dois anos. Se houvesse um tratamento, não só poderia retardar o aparecimento da demência por mais dois anos, como pouparia milhões de casos da doença nos próximos 40 anos.

Fonte: http://well.blogs.nytimes.com/

Radiação misteriosa é encontrada no centro da Via Láctea

Novas imagens da missão espacial europeia Planck mostram ilhas desconhecidas de formação estelar e um misterioso brilho de emissões radioativas em nossa Via Láctea. 

“As imagens revelam dois aspectos interessantes da nossa galáxia”, afirma o cientista da missão, Krzysztof M. Gorski. “Elas mostram um brilho ao redor do centro da galáxia, e gás gelado aonde nunca vimos antes”.

“O brilho vem da região que circunda o centro da galáxia e parece uma forma de energia produzida quando os elétrons aceleram através de campos magnéticos”, comenta outro cientista, Davide Pietrobon.

“Nós estamos em um quebra-cabeça, porque esse campo brilha mais em ondas mais curtas do que a luz similar emitida em todo o resto da galáxia”, adiciona Gorski.

Várias explicações foram propostas para esse comportamento diferente. 

“As teorias incluem um grande número de supernovas, ventos galácticos e até a aniquilação de partículas de matéria escura”, afirma Greg Dobler, colaborador do projeto. 

A radiação só pode ser percebida depois que todas as outras fontes de emissão, como nevoeiro galáctico e sinais de monóxido de carbono, foram identificadas e removidas da lista de possibilidades. 

Fonte: http://www.sciencedaily.com/

sábado, 21 de julho de 2012

Matéria escura é finalmente encontrada; está em todos os lugares

Pela primeira foi revelado onde está a matéria escura do espaço. Um grupo de físicos japoneses revelou onde está ela está, mas não o que ela é. Ao que parece, a misteriosa substância está em quase toda parte, espalhada por todo o espaço intergaláctico e forma uma rede abrangente de matéria. 

A matéria escura é invisível: ela não interage com a luz, por isso os astrônomos não conseguem vê-la. Até o momento, ela só foi observada indiretamente através da força gravitacional que exerce. Baseados na interação gravitacional, os cientistas têm inferido que a matéria escura constitui 22% da matéria-energia do universo, enquanto a matéria detectável comum constitui apenas 4,5%.

Shogo Masaki e seus colegas usaram simulações de computador para modelar os últimos dados observados de 24 milhões de galáxias. Ao determinar como a luz das galáxias se inclinava um pouco ao passar pelo espaço na rota até a Terra – um efeito conhecido como lente gravitacional – os pesquisadores foram capazes de achar a localização da matéria escura.

Um estudo detalhado sobre o assunto foi publicado no Astrophysical Journal na última sexta-feira, dia 10 de fevereiro. O modelo mostra que a matéria escura se estende de cada galáxia distante para o espaço intergaláctico, sobrepondo-se a matéria escura das galáxias adjacentes para formar uma teia difusa que envolve todo o universo.

Na verdade, “o espaço intergaláctico” é um equívoco. A pesquisa mostra que as galáxias não estão contidas em regiões com margens bem definidas e são separadas umas das outras por milhões de anos-luz. Em vez disso, elas são compostos de um amontoado de massa central, visível e rodeados por uma rede de matéria escura que se estende de forma organizada no meio do caminho até a galáxia vizinha.
 
Além disso, o que chamamos de “galáxias” são apenas os picos desta distribuição de matéria contínua, explicaram os pesquisadores.

O grupo de pesquisadores mapeou a distribuição da matéria escura sobre uma distância de 100 milhões de anos-luz a partir do centro de cada galáxia. Eles observaram que a distribuição da matéria nunca é aleatória ou uniforme, mas é bem organizada.

Inúmeras pesquisas de matéria escura estão sendo realizadas em todo o mundo. Os cientistas suspeitam que o material consiste em indescritível WIMPs (“partícula massiva que interage fracamente”), partículas que são muitas vezes mais pesadas do que prótons e só interagem através da gravidade e da força nuclear fraca.

Fonte: http://www.msnbc.msn.com/

Veja como se parece quando você cava 4 km gelo abaixo

Após duas décadas de sondagens e debates, um equipe russa finalmente chegou até o lago Vostok. O maior e mais fundo dos lagos escondidos por baixo do gelo da Antártida, o Vostok tem se mantido isolado por milhões de anos e pode conter microrganismos especialmente adaptados. “Tenho certeza que eles estão bebendo vodca nessa semana”, comenta John Priscu, pesquisador da Universidade Estadual de Montana, que esteve em contato com a equipe que alcançou o Vostok. 

De acordo com o diretor do programa russo, Valery Lukin, a furadeira chegou ao lago a 3.769,3 metros, no dia 5 de fevereiro. Apesar da equipe de cientistas ter coletado amostras, que provavelmente são de um bolsão de água acima do lago, eles terão que esperar até dezembro para extrair amostras congeladas do lago, e até 2013-14 para conseguir água descongelada. “Isso é um degrau tecnológico. O retorno científico ainda vai levar muitos anos”, comenta Mahlon Kennicutt, presidente do Comitê Científico Internacional de Pesquisas da Antártida. 

O projeto Vostok começou como um esforço para examinar condições climáticas antigas. No meio da década de 90, os cientistas confirmaram que um lago gigante existia por baixo do gelo, e especularam que a água poderia conter sinais de vida ancestral. 

No fim dessa década, a comunidade de pesquisadores concordou que a escavação do Vostok deveria parar até que os cientistas tivessem certeza que o lago estaria seguro de contaminações pelo querosene ou fréon usados na escavação. O processo começou de novo em 2005, com um novo plano: quando a escavação se aproximasse do lago, seria substituída por uma broca termal, para derreter o gelo, e um fluído de silicone que iria ajudar a proteger as águas do querosene restante. 

Apesar de não haver certeza da técnica usada pela equipe russa, ela deve ter evitado a contaminação. Quando a escavadeira chegou ao lago, a água fluiu até 40 metros do buraco, forçando 1,5 metros cúbicos de fluído até o topo do buraco. “Se tudo aconteceu como eles disseram, o único movimento foi para fora do lago, e não para dentro”, afirma Kennicutt.

A água do lago no topo do buraco vai congelar, e os pesquisadores planejam retirá-la na próxima estação. Devido ao querosene e ao processo de congelamento, é improvável que essas amostras contenham algo vivo. 

A equipe russa planeja explorar o lago em 2013-14, usando uma variedade de sondas, câmeras e amostras de água carregadas em containers selados. 

Enquanto isso, a Inglaterra e os Estados Unidos planejam retirar amostras de água e sedimentos de diferentes lagos subglaciais da Antártida um ano antes, em 2012-13. Ambos os projetos vão usar água aquecida para abrir buracos que vão durar 24 horas – um processo rápido, que vai permitir à equipe britânica cavar 3,1 quilômetros de gelo até o lago, em 3 dias. O gelo mais grosso do Vostok e as temperaturas menores tornariam esse processo muito longo para ser usado. 

Kennicutt espera que os três lagos a serem estudados ajudem a formar o começo de um entendimento maior sobre as centenas de lagos que estão por baixo do gelo na Antártida. “Eles não estão em extremos de pressão e temperatura, mas são limitados em nutrientes e energia”, comenta. Se a vida for confirmada dentro desses locais inóspitos, “a questão será como os micróbios conseguem sobreviver ali”.

Fonte: http://www.nature.com/