quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Astrônomos encontram objeto prestes a ser devorado pelo buraco negro da Via Láctea


Concepção artística mostra uma nuvem de gás sendo devorada pelo buraco negro que fica no centro da Via Láctea. O achado foi feito com ajuda do telescópio VLT (Very Large Telescope), do Observatório Europeu do Sul. Esta é a primeira vez que uma nuvem "condenada" é vista prestes a ser devorada, como conta estudo que será publicado na revista Nature em janeiro ESO
 
Um grupo de astrônomos descobriu uma nuvem de gás, com massa três vezes maior que a da Terra, que está se aproximando rapidamente do buraco negro que fica no centro da Via Láctea. O achado foi feito com ajuda do telescópio VLT (Very Large Telescope), do Observatório Europeu do Sul. Esta é a primeira vez que uma nuvem "condenada" é vista prestes a ser devorada, como conta estudo que será publicado na revista Nature em janeiro.
 
Segundo os pesquisadores, liderados por Reinhard Genzel, do Instituto Max-Planck, a velocidade desse objeto praticamente duplicou nos últimos sete anos, alcançando mais de 8 milhões de quilômetros por hora. Em meados de 2013, passará a uma distância de "apenas" 40 bilhões de quilômetros do "horizonte de eventos" do buraco negro. Em termos astronômicos, isso significa que o encontro está bem próximo.

O objeto é mais frio que as estrelas que estão em volta e é essencialmente composto por hidrogênio e hélio. A nuvem brilha sob a intensa radição ultravioleta emitida por estrelas quentes, que se encontram no coração da Via Láctea.

A densidade da nuvem é maior que a do gás quente que rodeia o buraco negro. Mas à medida que ela se aproxima do "monstro esfomeado", a pressão externa vai aumentar e irá comprimir a nuvem. Ao mesmo tempo, a força gravitacional do buraco negro, que tem massa quatro milhões de vezes maior que a do Sol, vai esticar a nuvem ao longo de sua órbita.

"A imagem de um astronauta esticado como um espaguete, por estar próximo de um buraco negro, é bastante comum em ficção científica.. Agora podemos efetivamente ver isso a acontecer com a nova nuvem descoberta, que não vai sobreviver à experiência", explica Stefan Gillesseen, um dos pesquisadores.

Fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br/

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