segunda-feira, 27 de maio de 2013

Se fótons não tem massa, como podem ter “momento”?

Na matéria sobre a equação completa de Einstein, apontamos que o momento é definido como sendo o produto da massa pela velocidade, conforme definido por Isaac Newton, séculos atrás.

Mas se o fóton tem massa de repouso zero, como ele pode ter momento? Existem várias maneiras de responder esta pergunta. A mais simples delas é relacionando a equação de Einstein com a relação de De Broglie. As duas equações ajudam a determinar a energia de uma partícula, e podem explicar o momento de um fóton. Veja:

Teoria da Relatividade

A teoria da relatividade especial, apresentada em 1905, apresenta uma equação para a energia relativística de uma partícula:

E² = (m0.c²)² + (p.c)²

onde “m0″ é a massa em repouso da partícula, “c” a velocidade da luz, e “p” o momento. É a forma mais completa da famosa equação de Einstein.

No caso do fóton, a massa em repouso é zero. Como vimos, a equação da energia torna-se E = p.c. Einstein também introduziu o conceito de massa relativística (e a equivalência massa-energia) no mesmo trabalho em que apresentou a teoria da relatividade especial. Podemos escrever então:

m.c² = p.c

Neste caso, “m” é a massa relativística, portanto

m = p/c

Em outras palavras, um fóton tem uma massa relativística, que é proporcional ao seu momento.

Relação de De Broglie

A relação de De Broglie surge da teoria quântica, especificamente da dualidade entre onda e partícula, e estabelece que 

λ = h/p

onde “λ” (lambda) é o comprimento de onda, “h” é a constante de Planck, e “p” o momento. Daí temos que

p = h/λ

relacionando o comprimento de onda e o momento da partícula. Combinando os dois, o resultado é

m = E/c² = h/λc

Não podemos esquecer que a massa “m” é a massa relativística. Com isto, chegamos à conclusão que os fótons tem uma “massa” que é inversamente proporcional ao seu comprimento de onda.

Pela teoria de Newton, fótons sofrem influência da gravidade. Einstein generalizou a massa newtoniana na massa relativística, então podemos tratar as duas como se fossem a mesma coisa.

Fontes:  http://physics.stackexchange.com/
             http://www.physics.utoronto.ca/

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