Desde o dia em que o físico teórico Philip Anderson propôs o conceito
de “líquidos de spin quânticos” (QSL, na sigla original), em 1987,
cientistas de diversas instituições buscam transformar a ideia em
realidade. Recentemente, uma equipe de pesquisadores do MIT (Instituto
de Tecnologia de Massachusetts) conseguiu realizar o feito.
O QSL é um tipo de magnetismo (junto com o ferromagnetismo, aquele
das agulhas de bússola, e o antiferromagnetismo, em que os campos
magnéticos de um objeto se anulam) no qual, ao contrário dos outros
dois, a orientação magnética das partículas varia, como se elas fossem
parte de um líquido[/stumble]
. “Há uma forte interação entre elas e, devido a efeitos quânticos, elas não ficam paradas”, explica o físico Young Lee.
O material usado na pesquisa é um cristal chamado “herbertsmthita”,
sintetizado no ano passado por Lee e sua equipe, em um processo que
durou cerca de 10 meses. A amostra é relativamente pequena (tem 7 mm de
largura), o que mostra a complexidade envolvida em sua produção.
Por mais difícil que seja medir (ou mesmo provar) o estado de QSL,
“este é um dos dados experimentais mais fortes que o faz. O que
costumava estar apenas em modelos de teóricos é agora um sistema físico
real”, ressalta Lee.
Apesar do sucesso do estudo, pode demorar até que a descoberta seja
aplicada de forma prática – espera-se que o conhecimento a respeito do
QSL possa permitir avanços na computação quântica e no desenvolvimento
de supercondutores. “Não há teoria que descreva tudo o que estamos
vendo”.
Fonte: http://web.mit.edu/newsoffice/
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