sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

‘Dedo da morte’ mata animais marinhos na Antártica

Repórteres da BBC registraram um interessante fenômeno natural na Antártica. Em um vídeo, o que se observa é uma monstruosa coluna de gelo afundando lentamente no mar. Quando a ponta dessa coluna toca o chão do oceano, o gelo se alastra lentamente pelo solo, como um líquido derramado, e mata todos os animais que habitam o fundo.

O que acontece é o seguinte: na superfície da Antártica, a água salgada que entra em contato com o gelo tende a passar para o estado sólido. O problema é que esse gelo formado se condensa em uma única “estalactite”, gigantesca. A estrutura avança oceano abaixo, onde a temperatura é mais amena conforme a profundidade aumenta. 

No ar, um fenômeno equivalente acontece quando a neblina em regiões frias é capaz de congelar qualquer gotícula de água que esteja no ambiente, formando algo semelhante à geada. Essa ocorrência leva o nome de sincelo. No caso do sincelo marítimo, ao tocar o chão de um mar quente, o feixe de gelo tem um poder de Midas: tudo o que entra em contato com a estrutura também é imediatamente congelado.

Quem se dá mal com isso são estrelas do mar, esponjas e outros pequenos habitantes do solo do oceano, que morrem instantaneamente. Não devido ao choque térmico em si, mas porque são soterrados por um gelo em expansão do qual não conseguem fugir.

Para fazer uma filmagem tão reveladora, os pesquisadores da BCC instalaram um complexo aparato de câmeras no fundo do mar antártico, em um local de difícil acesso. E todo o processo foi muito rápido: em menos de seis horas, a “estalactite” se formou, afundou e congelou o chão abaixo de si.

Fonte: http://hypescience.com/

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

As 10 coisas mais estranhas do espaço

O universo é cheio de mistérios que nem as melhores mentes da Terra conseguem decifrar. Confira alguns deles, com os buracos negros, a antimatéria e a matéria escura:

1 – Antimatéria
 
As partículas que compõem a matéria normal têm versões opostas de si mesmas. Um elétron tem uma carga negativa, por exemplo, mas o seu equivalente de antimatéria, o pósitron, é positivo. Matéria e antimatéria aniquilam-se quando colidem e sua massa é convertida em energia pura pela equação de Einstein E = mc2. Alguns projetos de nave espacial futuristas incorporam motores de antimatéria.

2 – Mini buracos negros
 
Se uma nova e radical teoria da gravidade estiver correta, então existem espalhados por todo nosso sistema solar milhares de pequenos buracos negros, cada um do tamanho de um núcleo atômico. Ao contrário de seus irmãos maiores, esses buracos negros são mini sobras primordiais do Big Bang e afetam o espaço-tempo de maneira diferente por causa de sua estreita associação com uma quinta dimensão.

3 – Radiação cósmica de fundo
 
Também conhecida como RCF, esta radiação é uma sobra primordial do Big Bang que deu origem ao universo. Foi detectada pela primeira vez durante os anos 1960, como um ruído de rádio que parecia emanar de todos os lugares no espaço. A RCF é considerada uma das melhores evidências para o Big Bang. Recentes medições precisas colocam a temperatura da RCF em menos 270 graus Celsius.

4 – Matéria escura
 
Os cientistas pensam que ela compõe a maior parte da matéria no universo, mas não pode ser vista nem detectada diretamente com as tecnologias atuais. Alguns cientistas questionam se a matéria escura é mesmo real, e sugerem que os mistérios que ela resolve poderiam ser explicados por um melhor entendimento da gravidade.

5 – Exoplanetas
 
Até aproximadamente o início dos anos 1990, os únicos planetas conhecidos no universo eram os do nosso sistema solar. Porém, até hoje, os astrônomos já identificaram mais de 500 planetas extrassolares. Eles variam de mundos gigantescos de gás cujas massas são de estrelas pequenas até planetas rochosos orbitando anãs vermelhas. A procura por uma segunda Terra, no entanto, ainda está em curso. Os astrônomos acreditam que melhores tecnologias devem, eventualmente, revelar mundos semelhantes ao nosso.

6 – Ondas de gravidade
 
Ondas de gravidade são distorções no tecido do espaço-tempo, previstas pela teoria de Albert Einstein da relatividade geral. As ondas gravitacionais viajam na velocidade da luz, mas são tão fracas que os cientistas só podem detectar as criadas durante eventos cósmicos colossais, como fusões de buracos negros como a mostrada acima. LIGO e LISA são dois detectores projetados para encontrar essas ondas.

7 – Canibalismo galáctico
 
As galáxias podem “comer” umas as outras e evoluir ao longo do tempo. A vizinha da Via Láctea, Andrômeda, está atualmente “jantando” um dos seus satélites. Mais de uma dúzia de aglomerados de estrelas estão espalhadas por toda Andrômeda, os restos cósmicos de refeições passadas. A imagem acima é de uma simulação de Andrômeda e a nossa galáxia colidindo, um evento que acontecerá daqui cerca de 3 bilhões de anos.

8 – Neutrinos
 
Neutrinos são partículas elementares eletricamente neutras e praticamente sem massa que “atravessam” as coisas. Alguns estão passando por seu corpo agora mesmo, enquanto você lê este artigo. Essas partículas “fantasmas” são produzidas no interior de estrelas saudáveis queimando, bem como nas explosões de supernova de estrelas moribundas. Cientistas estão criando vários detectores para estudar os neutrinos.

9 – Quasares
 
Esses faróis brilhantes emitem luz a partir das bordas do universo visível, e são lembretes da infância caótica do nosso universo. Quasares liberam mais energia do que centenas de galáxias juntas. O consenso geral é de que eles são monstruosos buracos negros no coração de galáxias distantes. Esta imagem é do quasar 3C 273, fotografado em 1979.

10 – Vácuo
 
A física quântica nos diz que ao contrário das aparências, o espaço vazio é uma bebida borbulhante de partículas subatômicas “virtuais” que estão constantemente sendo criadas e destruídas. As partículas fugazes dotam cada centímetro cúbico de espaço com uma certa energia que, segundo a relatividade geral, produz uma força antigravitacional que empurra para além do espaço. Ninguém sabe o que está realmente causando a expansão acelerada do universo, no entanto.

Fonte:  http://hypescience.com/

Cientistas descobrem “novo estado físico” da matéria

Um programa de rádio de Londres (Inglaterra), da BBC, conta com plateia que pode assistir à gravação. Na última semana, essa pequena plateia foi testemunha de um experimento que redefine alguns conceitos básicos no mundo da física: aparentemente, descobriu-se uma espécie de “novo estado físico” da matéria.

Não é sólido, líquido e nem gasoso. Parece o estado de plasma, mas os cientistas da Universidade de Londres contam que é uma substância diferente, mais densa. E o teste para comprová-la não foi nada caro: foi preciso apenas um tubo de vidro e alguns produtos químicos, como ácido fosfórico e gás xênon, com custo total de 10 libras (cerca de 30 reais na conversão atual).

Para entender o que exatamente é esse novo estado, é necessário entender a sonoluminescência. Ela consiste da emissão de feixes luminosos levíssimos, originados de bolhas que estouram dentro de um fluido. Mas essas bolhas não estouram porque tocam em alguma superfície, e sim por estimulação sonora, daí o nome do fenômeno.

No experimento dos britânicos, apresentado à noite, foi possível ver claramente as faíscas de luz saindo e eclodindo das bolhas no tubinho. Quando uma bolha estoura em sonoluminescência, gera por uma fração de segundo a temperatura de 10 mil graus Celsius, o dobro da superfície do sol. 

O que acontece nos bastidores desse fenômeno é uma cascata de elétrons. Com tamanha liberação de energia, todo o interior da bolha se torna ionizado, motivo pelo qual há liberação de luz ao estourar. Mas é importante lembrar que a bolha, em estado natural, não estoura; isso só acontece caso haja estimulação sonora.

Enquanto não estoura, essa composição de bolha ionizada se apresenta em um estado semelhante ao de plasma, embora não possa ser definido exatamente dessa forma. O conjunto de bolhas ionizadas, dentro do tubo, dá origem a esse novo estado físico que espantou a plateia no experimento ao vivo feito pelos pesquisadores londrinos.

Fonte: http://hypescience.com/

Aquecimento global é real e perigoso, mas sua origem não é só o CO2

Entre estudos e opiniões pessoais, a humanidade continua sem saber ao certo até que ponto a poluição realmente contribui para o aquecimento global. Cientistas americanos apresentam uma ideia interessante: o aquecimento global é sim uma realidade, e seus efeitos podem ser nocivos. Mas isso não é causado tanto pelo excesso de dióxido de carbono (CO2) como se imaginava.

A pesquisa, conduzida por climatologistas da Universidade do Oregon (EUA), é patrocinada pelo programa nacional de paleoclimatologia dos Estados Unidos. E não é por acaso: a teoria formulada está relacionada a essa ciência, que estuda a variação da temperatura da Terra ao longo dos seus mais de quatro bilhões de anos de existência.

Os cientistas fizeram um resgate histórico do clima ao redor do mundo. Eles criticam a maioria dos estudos na área, que só analisam a temperatura do planeta a partir do século XIX, em um contexto após a revolução industrial. Segundo eles, o resultado de uma pesquisa assim pode ser enganoso, porque ignora milhares de anos anteriores onde o clima da Terra esteve em constantes mudanças.

Por esse motivo, eles reconstruíram a trajetória da temperatura no planeta desde o fim da última Era Glacial, há mais de 21 mil anos. Desde aquela época até o início da revolução industrial (que faria a taxa total de CO2 ser três vezes maior do que na época anterior a ela), houve uma série de fatores decisivos para regular o clima de cada região do globo.

O que os cientistas fizeram foi analisar a atuação e influência de cada um desses fatores, em separado. Quesitos como o nível do mar, o nível de umidade do ar e de poeira na atmosfera foram levados em conta ao lado da quantidade de CO2 presente no ambiente ao longo da história. 

Foi apurado, de maneira geral, que a maioria dos modelos climáticos superestimam os efeitos da variação do CO2 no ambiente para determinar o clima. Durante a última Era do Gelo, por exemplo, houve uma sensível diminuição do dióxido de carbono, que na teoria deveria levar a Terra a um congelamento total, inclusive nos trópicos. Mas o efeito não foi tão grande assim: alguns oceanos nem chegaram a congelar por completo.

As variações no nível dos oceanos e na umidade do ar, por outro lado, mostraram uma influência mais forte em vários momentos, inclusive no que determinou o final do último período glacial. O CO2, portanto, é realmente mais uma carta no baralho, mas não se pode dizer que seja a mais essencial. 

Fonte: http://hypescience.com/

Mistérios escuros: cientistas estudam buraco negro da Via Láctea


Em um esforço para compreender melhor os buracos negros, astrônomos voltaram seus telescópios para o sistema binário Cygnus X-1.

Contendo uma estrela e um buraco negro de massa estelar, Cygnus X-1 fica dentro da constelação de Cygnus, na Via Láctea.

Sua descoberta em 1972 levou a discussão ampla, incluindo uma aposta feita por Stephen Hawking se o sistema tinha ou não um buraco negro (Hawking perdeu).

O estudo forneceu informações detalhadas sobre a massa, a rotação e a distância do sol do buraco negro.

Esse conhecimento pode ajudar os cientistas a reunir informações sobre o estado do buraco negro hoje, e também revelar pistas sobre sua história inicial.

Para estudar objetos no espaço, os astrônomos contam com informações emitidas na forma de radiação eletromagnética – luz.

Mas a gravidade dos buracos negros é tão forte que não escapa emissões, tornando-se um desafio de estudar. A única informação que eles revelam é a sua massa, rotação e carga elétrica.

Essa pesquisa teve o olhar mais detalhado de um buraco negro até hoje.

Antes dos astrônomos começarem suas medições, eles precisavam determinar o quão longe Cygnus X-1 estava. Usando um sistema de rádio-telescópio no Havaí, a equipe calculou que Cygnus X-1 fica a 6.070 anos-luz do sol.

A medição também revelou que o objeto estava se movendo muito lentamente através da Via Láctea, cerca de 15 quilômetros por segundo.

Os cientistas então vasculharam duas décadas de dados de outros telescópios, e combinaram todas as análises, o que permitiu que eles calculassem que o buraco negro dentro de Cygnus X-1 é quase 15 vezes mais massivo que o sol, tornando-o um dos buracos negros estelares mais maciços da Via Láctea.

Buracos negros estelares são menores e mais comuns do que seus primos supermassivos. Enquanto os buracos negros maiores tendem a ser encontrados nos centros das galáxias, buracos negros estelares estão espalhados por toda parte. 

Atualmente, cerca de 20 buracos negros estelares foram estudados dentro da Via Láctea, apesar de teóricos sugerirem que nossa galáxia pode ter centenas de milhões deles.

Os astrônomos também calcularam que o buraco negro gira mais de 800 vezes por segundo – quase a metade da velocidade da luz. A rotação rápida pode ajudar astrônomos a analisarem outros gigantes escuros. Saber que o buraco negro foi formado com uma rotação aparentemente grande ajuda a restringir modelos detalhados de supernova e/ou colapsos estelares.

Sua rápida rotação, combinada com seu lento progresso através da galáxia, oferece dicas sobre sua origem. A alta velocidade de rotação é mais provável um produto de seu nascimento. Ao mesmo tempo, se o buraco negro tivesse sido criado por uma explosão estelar chamada supernova, a força da explosão teria dado um “pontapé” que teria feito com que Cygnus X-1 viajasse mais rápido através da Via Láctea.

Outra pesquisa, publicada há quase uma década, sugere que o buraco negro foi produzido por uma implosão estelar sem uma explosão, quando uma estrela massiva entra em colapso depois de uma supernova.

No entanto, o buraco negro Cygnus X-1 parece ter nascido de uma morte estelar relativamente suave. Neste caso, não há rejeição do núcleo que gera a onda de choque maciça que cria uma supernova. Assim, um colapso direto poderia ser um evento relativamente suave.

Tal transformação teria permitido que Cygnus X-1 ficasse com a massa e energia que a maioria dos buracos negros estelares perde durante suas mortes violentas.

Fonte: http://hypescience.com/

Luas de Plutão oferecem perigo à primeira missão ao planeta anão

Perigo pode estar à espera da nave New Horizons, da NASA, prevista para chegar a Plutão em julho de 2015. 

Segundo uma nova pesquisa, a descoberta de diversas luas em torno de Plutão – e o potencial para mais delas – aumenta os riscos durante o voo rasante da nave.

O principal problema são detritos. As luas de Plutão estão sob constante bombardeio das rochas espaciais próximas, os objetos do Cinturão de Kuiper.

Porém, a gravidade baixa das luas impede que os pedaços de rocha que voam no ar fiquem presos por lá. Em vez disso, os destroços ficam presos em órbita em torno de Plutão, onde poderiam representar uma grave ameaça para a New Horizons.

“O problema mais provável é que a nave seja atingida por algo grande o suficiente para destruí-la instantaneamente”, disse o principal investigador da New Horizons, Alan Stern.

As câmeras da New Horizons vão começar a observar o sistema de Plutão vários meses antes de sua maior aproximação, mas elas não serão capazes de detectar partículas menores e rápidas que podem significar morte instantânea se colidirem com o veículo.

A primeira lua de Plutão descoberta, Caronte, foi encontrada em 1978, quase 50 anos após o planeta anão ser visto. O Telescópio Espacial Hubble descobriu outras duas luas em Plutão em 2005, apenas dois meses e meio antes de a New Horizons ser lançada.

Em julho deste ano, uma quarta lua de Plutão foi localizada, e há indícios de que mais duas possam existir.

Devido a estas novas descobertas, um grupo de especialistas foi recentemente convocado para analisar os perigos que a New Horizons pode enfrentar. Depois de determinar que a ameaça era real, eles discutiram como evitá-la.

Os cientistas vão continuar a estudar o sistema de Plutão com o Telescópio Espacial Hubble, assim como vários outros telescópios terrestres, para tentar revelar outras luas escondidas e suas órbitas antes da New Horizons chegar lá.

Mas procurar não significa encontrar. “Se existem luas demasiado pequenas, tênues, então não as encontraremos”, disse Stern.

Com isso em mente, o grupo também determinou a necessidade de uma boa “trajetória segura”, uma órbita que mantenha a New Horizons longe das zonas de perigo mais prováveis.

O melhor caminho seria através da órbita de Caronte, mas no lado oposto do planeta a partir da lua. O grande corpo constantemente limpa os restos de seu caminho, criando uma rota segura para a New Horizons.

Essa estratégia funciona melhor se os destroços permanecerem planos, similares aos anéis de Saturno. Se, no entanto, eles orbitarem Plutão em uma nuvem, o perigo é elevado. Se a New Horizons encontrar sujeira e poeira das luas, isso poderia colocar um fim abrupto para a primeira missão a Plutão.

Fonte: http://hypescience.com/

7 grandes mistérios de Marte

Marte era conhecido como a “estrela de fogo” pelos astrônomos chineses, e os cientistas ainda debatem questões sobre o planeta vermelho. Mesmo após várias espaçonaves terem sido enviadas para o planeta, pouso se sabe sobre ele. Aqui estão alguns dos mistérios a serem resolvidos:

7 – Porque Marte tem duas caras?
 
Os cientistas têm debatido sobre as diferenças entre os dois lados de Marte por décadas. O hemisfério norte é plano e baixo – está entre os mais planos no sistema solar, potencialmente formado por água, que um dia correu na superfície marciana.

Enquanto isso, o lado sul é acidentado e cheio de crateras, e cerca de 4 a 8 quilômetros maior em elevação do que o hemisfério norte. Evidências recentes sugerem que a grande disparidade entre os lados do planeta foi causada por uma pedra gigante que se chochou com o planeta, há muito tempo atrás.

6 – Qual a fonte de metano em Marte?
 
Metano – a simples molécula orgânica – foi descoberta na atmosfera de Marte pela nave Mars Express, em 2003. Na Terra, muito do metano atmosférico é produzido pela vida, em processos como a digestão das vacas. Parece que o gás está estável no planeta vermelho por apenas 300 anos, então o que está o gerando é muito recente.

Mas há formas de gerar metano sem vida, como a atividade vulcânica. A nave ExoMars, que tem lançamento previsto para 2016, vai estudar a composição química da atmosfera de Marte, para entender mais sobre a presença dessa molécula.

5 – Existe água líquida na superfície de Marte?
 
Apesar da quantidade de evidências que sugerem a presença de água líquida em algum ponto da história de Marte, a questão é se isso ainda ocorre na superfície do planeta. A pressão atmosférica é muito baixa, cerca de 1% da Terra, o que dificulta a presença de líquido. Entretanto, linhas estreitas e escuras nas ladeiras de Marte oferecem dicas de que água salgada pode estar correndo.

4 – Existiram oceanos em Marte?
 
Várias missões em Marte revelaram diversas pistas de que o planeta um dia foi quente o suficiente para que água líquida corresse em sua superfície. Entre elas, estão o que parecem ser redes de vales, rios e minerais que usam água para se formar.

Entretanto, modelos climáticos atuais de Marte não conseguem explicar como temperaturas mais quentes podem ter existido, já que o sol era muito mais fraco no passado. Isso leva alguns a pensar que tais diferenças foram criadas por ventos ou outros mecanismos. 

3 – Existe vida em Marte?
 
A primeira nave especial a pousar com sucesso em Marte foi a Viking 1, da NASA. Desde então, o mistério continua: há evidências de vida no planeta? A Viking representou a primeira e até agora a única tentativa de buscar vida em Marte, e seus achados são muito debatidos hoje. Ela detectou moléculas orgânicas como cloro metano e diclorometano. Mas esses compostos foram tidos como contaminação da Terra – fluídos de limpeza usados para preparar a nave quando ainda estava aqui.

A superfície de Marte é muito hostil para a vida como conhecemos. É fria, árida, tem muita radiação, entre outros fatores. Mesmo assim, existem muitos exemplos de formas de vida sobrevivendo em locais extremos da Terra, como os solos secos e gelados da Antártica e o super árido Deserto do Atacama, no Chile.

Há vida na Terra em qualquer lugar onde há água líquida, e a possibilidade de que um dia tenham existido oceanos em Marte leva muitos a imaginar se a vida conseguiu surgir no planeta. Saber essa resposta pode desvendar o mistério se a vida comum existe ou não no resto do universo.

2 – A vida na Terra começou em Marte?
 
Meteoritos descobertos na Antártica, originários de Marte – atirados do planeta por culpa de impactos cósmicos – possuem estruturas que lembram um dos micróbios da Terra. Apesar de muitas pesquisas darem explicações químicas, e não biológicas para esses achados, o debate continua. É interessante a possibilidade que a vida na Terra tenham realmente surgido em Marte, há muito tempo, e chegado aqui nos meteoritos. 

1 – Humanos conseguem viver em Marte?
 
Para responder se existe ou existiu vida em Marte, pessoas talvez tenham que ir até lá para saber.

A NASA planejava, em 1969, ter uma missão humana em Marte em 1981, e uma base permanente em 1988. Mas viagens humanas interplanetárias mostraram-se desafios tecnológicos e científicos incríveis. Teríamos que lidar com os rigores da viagem – comida, água e oxigênio, os efeitos deteriorantes da microgravidade, perigos como fogo e radiação, e o fato de que os astronautas estariam milhões de quilômetros longe de qualquer ajuda, confinados juntos por um bom tempo. Pousar, trabalhar, viver em outro planeta e retornar também seriam desafios.

Entretanto, os astronautas parecem querer encarar tudo isso. Por exemplo, nesse ano, seis voluntários viveram em uma espaçonave fictícia por quase um ano e meio, no projeto Mars500. Essa foi a mais longa simulação de voo especial, simulando uma missão até Marte. E existem mais voluntários para uma viagem apenas de ida.

Pequenos micróbios que se alimentam de rochas poderiam extrair recursos preciosos de Marte, e pavimentar o caminho para os primeiros exploradores, que se tornariam fazendeiros espaciais. Mas o mistério da possibilidade de irmos um dia a Marte continua.

Fonte: http://hypescience.com/

Mais medicamentos, menos ereção

Um novo estudo afirma que homens que tomam remédios regularmente têm mais chance de desenvolver problemas sexuais.

Na pesquisa, quanto mais medicação o homem tomou, maior foi o risco de disfunção erétil. Participantes que tomavam dez ou mais remédios tinham 1,6 vezes mais chances de desenvolver o problema quando comparados com os que tomavam menos de dois.
Os resultados se confirmaram mesmo depois de fatores como idade, massa corporal, diabetes e fumo serem levados em conta. 

“Alguns pacientes tomam muito mais remédios do que o necessário. Como médicos ou pacientes, podemos sempre cortar o número a cada visita”, afirma a pesquisadora do estudo e urologista, Diana C. Londoño. “Tomar consciência disso ajudaria pacientes com disfunção”. Ela também comenta que reduzir o número de medicamentos ajuda a saúde geral do corpo.

O estudo, realizado em 2002 e 2003, envolveu mais de 37.700 homens da Califórnia do Sul, com idades entre 46 e 69 anos. Eles foram questionados sobre a quantidade de vezes em que conseguiram sustentar uma ereção suficiente para o sexo, e seu uso de remédios. 

Vinte e nove dos participantes foram classificados com disfunção erétil moderada à severa, baseado em sua funcionalidade sexual.

Os remédios mais associados com o problema foram os direcionados à pressão sanguínea alta, depressão, ansiedade e outros que interferem nos níveis de testosterona. 

Algo em torno de 60% dos avaliados tomavam mais de três medicações, e 25% pelo menos 10. 

Entre os que tinham disfunção moderada, cerca de 30% tomavam mais de dez, enquanto 15% tomava dois ou menos. Os dados foram comprovados independente do tipo de remédio.

O uso de medicações múltiplas também ficou associado com aumento da disfunção. Cerca de 30% dos homens que tomavam dez ou mais remédios tinham problemas de ereção severos, em comparação com apenas 6,9% dos que tomavam dois ou menos.

Os pesquisadores não estão certos porquê o uso de múltiplas medicações aumenta o risco de disfunção erétil, mas é possível que as interações entre os remédios sejam a causa. “Pode ser que eles tenham pequenos efeitos na disfunção, mesmo que esses efeitos não estejam na bula”, afirma o urologista Andrew Kramer, que não participou do estudo.

Os pesquisadores afirmam que os médicos deveriam considerar o uso de medicações como um fator envolvido na disfunção erétil, quando outras causas já foram avaliadas.

Fonte: http://hypescience.com/

Sua postura afeta seu julgamento

Cientistas descobriram que se você “entorta” para a esquerda, você pensa que Michael Jackson teve menos músicas de sucesso do que se você entorta para a direita ou fica reto.

Se posicionar à esquerda também faz você pensar que a Torre Eiffel é menor do que se for para a direita. E se você pensa que whiskey não tem tanto álcool, que a rainha Beatriz da Holanda teve menos netos, você também cai para a esquerda. 

Aparentemente, a esquerda faz você duvidar mais. Os pesquisadores, da Universidade Erasmus de Rotterdam, usaram uma plataforma Wii para qualificar a postura, e depois pediram para que os voluntários, que eram colegas, ficassem retos. Uma tela dizia que eles estavam retos mesmo quando eles estavam tortos, para prevenir erros. 

Segundo os resultados, aparentemente, a sua postura afeta as suas decisões. Ou seria mais uma conspiração para dizer que os canhotos são pessimistas?

Fonte:  http://hypescience.com/

Exercício físico te ajuda a dormir melhor

Segundo um novo estudo, pessoas que fazem exercícios físicos regularmente dormem melhor e sentem-se mais alertas durante o dia do que aqueles que não são tão fisicamente ativos.

“A atividade física não é apenas boa para a cintura e para o coração, mas também pode ajudá-lo a dormir”, disse o pesquisador Brad Cardinal.

Os resultados da pesquisa mostraram que pessoas que fizeram 150 minutos de atividade moderada a vigorosa por semana relataram uma melhora de 65% em termos de qualidade do sono. Elas também disseram que sentiam menos sonolência durante o dia, em comparação com os menos ativos fisicamente.

Os pesquisadores estudaram uma amostra nacionalmente representativa de mais de 2.600 homens e mulheres entre as idades de 18 e 85 anos nos EUA. 

Os autores observaram que a diretriz nacional que recomenda 150 minutos de atividade física moderada a vigorosa por semana foi originalmente criada para melhorar a saúde cardiovascular, mas os seus resultados mostram que esse nível de exercício tem outros benefícios de saúde também. 

Cerca de 35 a 40% dos adultos nos EUA têm problemas em adormecer ou experimentam sonolência diurna. O estudo mostrou que o risco de sentir-se excessivamente sonolento durante o dia caiu 65% entre os participantes mais ativos.

Os pesquisadores também descobriram que os participantes que cumpriram as diretrizes de atividade física tinham 68% menos probabilidade de sofrer cãibras nas pernas durante o sono, e 45% menos probabilidade a ter dificuldade de concentração quando cansados.

Se você tem muita sonolência diurna, pode parecer contraditório gastar ainda mais energia com exercícios, mas o esforço físico vai realmente fazer você se sentir mais desperto. “Pode ser mais fácil desistir de se exercitar quando você está cansado, mas pode ser benéfico para sua saúde a longo prazo tomar a decisão difícil e fazer atividades”, disse Cardinal.

Fonte: http://hypescience.com/