quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Cientistas descobriram o segredo egípcio para mover as enormes pedras das pirâmides

A questão de como uma civilização antiga, sem a ajuda da tecnologia moderna, moveu pedras de 2,5 toneladas que compunham suas famosas pirâmides tem há tempos afligido os egiptólogos e engenheiros mecânicos. Agora, uma equipe da Universidade de Amsterdã (Holanda) acredita que encontrou a resposta – e que a solução estava bem debaixo do nosso nariz o tempo todo.

Tudo se resume ao atrito. Os antigos egípcios conseguiam transportar sua carga rochosa através das areias do deserto, da pedreira até o local do monumento, usando grandes trenós. Trenós muito básicos, inclusive. Fundamentalmente, eram apenas grandes chapas com bordas viradas para cima.

Quando você tenta puxar uma grande chapa com as bordas viradas para cima carregando uma carga de 2,5 toneladas, ela tende afundar na areia à sua frente, construindo, assim, uma barreira que deve ser desobstruída regularmente antes que possa se ​​tornar um obstáculo ainda maior.

No entanto, isto não acontece com a areia molhada. Na areia com a quantidade certa de umidade, pontes – essencialmente microgotas de água que ligam grãos de areia uns aos outros – se formam através dos grãos, o que dobra a rigidez relativa do material. Isso impede que a areia deslize da frente do trenó, se acumulando nas laterais, e reduz pela metade a força necessária para arrastar o trenó. Repito: pela metade.

Um comunicado da instituição holandesa explica que os físicos colocaram uma versão de laboratório do trenó egípcio em uma bandeja de areia. Eles determinaram tanto a força de tração necessária quanto a rigidez da areia como uma função da quantidade de água na areia. Para determinar a rigidez, utilizaram um reômetro, que mostra quanta força é necessária para deformar um certo volume de areia.

Os experimentos revelaram que a força de tração exigida diminuía proporcionalmente à rigidez da areia. Ou seja, um trenó desliza muito mais facilmente sobre o deserto de areia firme, simplesmente porque a areia não se acumula na frente dele como faz no caso da areia seca.

Estas experiências serviram para confirmar o que os egípcios claramente já sabiam e o que nós provavelmente já devíamos ter descoberto. No túmulo de Djehutihotep, encontrado na Era Vitoriana, uma obra de arte descreve uma cena de escravos transportando uma estátua colossal do governante do Império Médio e, nele, um homem na frente do trenó é retratado derramando um líquido na areia. Você pode vê-lo na imagem acima, à direita do pé da estátua.

Agora podemos finalmente colocar esta caçada científica de lado e no concentrarmos em como as pedras de Stonehenge foram parar lá.
 
Fontes: http://www.usatoday.com/
            http://gizmodo.com/
            http://www.cbsnews.com/

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