Os cientistas identificaram o Godzilla dos fungos: um fóssil gigante,
pré-histórico, que ficou sem classificação por mais de um século.
Uma análise química mostrou que o organismo de seis metros, com o
aspecto de uma árvore, era um fungo, extinto a mais de 350 milhões de
anos.
Conhecido como Prototaxites, pensava-se que o fungo gigante era uma
conífera. Depois pensaram também que se tratava de um líquen, ou vários
tipos de algas. Alguns suspeitavam que ele era realmente um fungo.
“Um fungo com seis metros não faz nenhum sentido. Uma alga de seis
metros também não, mas aqui está o fóssil”, afirma C. Kevin Boyce, da
Universidade de Chicago.
Francis Hueber, do Museu Nacional de História Natural, foi o primeiro
a sugerir que o organismo era um fungo, baseado em análises da
estrutura interna do fóssil, mas não conseguiu nenhuma prova conclusiva.
Boyce e alguns colegas conseguiram a evidência, comparando os tipos
de carbono encontrados no gigante com plantas que viveram
aproximadamente na mesma época.
Se o Prototaxites fosse uma planta, suas estruturas de carbono seriam
similares às das plantas, claro. Ao invés disso, Boyce encontrou uma
diversidade muito maior do que a esperada para uma planta.
Os fungos formam um reino próprio, nem animal, nem vegetal. Uma vez
classificados como plantas, hoje são considerados primos mais próximos
dos animais, que absorvem, ao invés de comer seus alimentos.
Amostras do fungo gigante foram encontradas em todo o mundo. Elas têm
entre 420 e 350 milhões de anos. Nessa época, nenhum animal havia saído
dos oceanos com uma coluna vertebral e as maiores árvores possuíam
pouco mais de um metro de altura, oferecendo pouca competição para os
fungos gigantes.
“É difícil imaginar esses tipos sobrevivendo no mundo moderno”, afirma Boyce.
Fonte: http://www.reuters.com/
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