Uma nova pesquisa descobriu a causa e a cura para uma doença que afeta milhares de pessoas de uma só vez. Ponto para a medicina!
A neurocisticercose é uma infecção que acontece quando alguém tem a
infelicidade de comer carne de porco contaminada. A doença provoca
convulsões graves e afeta o cérebro.
A condição é a causa número um de epilepsia adquirida nos países em
desenvolvimento. Ela provoca convulsões e dores de cabeça em cerca de
400 mil pessoas a cada ano na América Latina.
A tênia de porco (Taenia solium) infecta as pessoas através
de carnes de porco mal cozidas ou contaminadas com fezes. Enquanto ela
permanece viva em seu corpo, não é perigosa.
Mas, quando a praga entra em contato com o ácido gástrico no
estômago, ela morre e se transforma em larvas, cistos chamados
oncosferas. Oncosferas podem migrar para dentro do músculo, olhos e
cérebro, onde causam inflamação.
Agora, um novo estudo dos cientistas do Colégio Baylor de Medicina
descobriu que algo chamado Substância P é o culpado pela doença. Melhor
ainda: nós já temos medicamentos que podem bloquear a Substância P.
Essa é a esperança, pelo menos. Os pesquisadores ainda têm de testar
as drogas disponíveis para bloquear a Substância P para ver se elas vão
funcionar corretamente em humanos. O bom é que, nos ratos, os remédios
já se provaram eficientes.
Os pesquisadores pensaram na substância P porque ela é um
neuropeptídeo conhecido por estar envolvido com a inflamação. Assim,
eles realizaram autópsias e encontraram a substância P em pacientes
infectados, mas não em cérebros não infectados.
Os cientistas também descobriram que ratos injetados com substância P
sofriam convulsões graves. Quando eles recebiam uma droga que bloqueia o
receptor da substância P, não tinham convulsões. Além disso, os ratos
sem o receptor de substância P não também tinham convulsões, mesmo se
infectados pela tênia.
Agora, o próximo passo da pesquisa será testar a droga
anti-Substância P em pessoas que sofrem de convulsões como resultado da
neurocisticercose.
A infecção por tênia subjacente continua a exigir tratamento, mas não
ter convulsões durante os cuidados é fundamental para prevenir os
problemas que vêm com elas: cair e ferir a cabeça ou pescoço,
afogamento, problemas psicológicos, incluindo depressão e ansiedade,
etc.
Fonte: http://hypescience.com/
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