Uma nova pesquisa testou as possibilidades dos animais cresceram até
tamanhos inimagináveis – por exemplo, como é que alguns dinossauros
chegaram a até 30 metros de altura?
A resposta é: seus pulmões e respiração eficientes, juntamente com o
fato de que punham ovos, podem ter dado aos dinos uma vantagem de
crescimento quando comparado a outros animais.
No estudo, a teoria popular de que os animais tendem a ficar maiores
ao longo de sua evolução foi provada errônea, porque, enquanto alguns
dinossauros cresciam cada vez mais ao longo de gerações posteriores, nem
todos cresceram.
“Nós estudamos a história de arcossauros, incluindo alguns dos
primeiros dinossauros da Terra”, disse Roger Benson, coautor do estudo.
“Nós pudemos observar que algumas linhagens chegavam a tamanhos
gigantescos, mas outras permaneciam pequenas e algumas até mostraram
reduções evolutivas de tamanho”, explicou.
Como exemplo, Benson cita os pterossauros, répteis voadores que se
mantiveram do mesmo tamanho durante a época estudada. Além disso, havia
muitos pequenos herbívoros, como o heterodontossauro.
Os pesquisadores analisaram mais de 400 espécies do período
Neopermiano a Jurássico Médio. O padrão de crescimento dos animais
durante 100 milhões de anos suporta uma teoria chamada “difusão
passiva”.
Isso significa que várias linhagens evolutivas ocorreram, indo para diferentes direções – para tamanhos maiores ou menores.
Os resultados contrariam uma teoria conhecida como “regra de Cope”,
que afirma que alguns grupos, como os dinossauros, tendem a evoluir
sempre para corpos maiores ao longo do tempo.
Não há dúvida, porém, que muitos dinossauros eram megaenormes, pelo
menos quando comparados com os animais terrestres de hoje. A explicação
para isso pode ser vários aspectos da biologia dos dinossauros que lhes
permitiram obter tamanhos maiores.
“Por exemplo, em muitos dinossauros, partes do esqueleto continham
ar. Nós acreditamos que eles tinham um pulmão parecido com os de
pássaros e muito eficiente. Esses recursos ajudaram a suportar o seu
peso em terra mais facilmente, e tornaram sua respiração e troca de
calor mais eficaz do que em mamíferos”, explica Benson.
O pesquisador acrescenta que, como os animais maiores podem pôr mais
ovos e se reproduzir mais rapidamente, pode ter havido uma vantagem
reprodutiva em ser grande.
Outro cientista, Brian McNab, acha que os maiores dinossauros comiam
muito e se movimentavam muito pouco. “Os grandes dinossauros herbívoros,
sem dúvida, passavam grande parte do dia se alimentando”, disse. “Suas
cabeças, relacionadas com o tamanho dos corpos, eram muito pequenas, o
que significa que os dinossauros passavam pouco tempo mastigando a
comida, e a maioria do processamento ocorria no intestino, portanto, o
processo de comer era, provavelmente, pouco cansativo para eles”.
Isso é muito diferente do comportamento da maioria dos mamíferos
herbívoros, que têm grandes cabeças e muitos dentes, e gastam muito
tempo mastigando.
Benson acha que é pouco provável que todos os animais de terra hoje,
incluindo os seres humanos, evoluam e se tornem tão grandes quanto os
maiores dinossauros foram.
“Os mamíferos, incluindo seres humanos, são de sangue quente e geram
muito calor internamente”, explicou. “Isso se torna um problema em
corpos grandes, já que existe o perigo de sobreaquecimento. É possível
que muitos arcossauros extintos, incluindo os dinossauros, foram os
intermediários entre fisiologias de sangue frio e quente”, conta.
Fonte: http://hypescience.com/
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