A ideia de uma arma eletromagnética deu um passo a mais quando o
exército americano contratou, por R$ 28 milhões, uma empresa para
desenvolver parte de uma arma que poderá atirar projéteis até 8 mil
quilômetros por hora (km/h).
Esse contrato é a última indicação de que os militares estão levando a
sério o desenvolvimento de uma tecnologia que poderia, por exemplo,
permitir que navios de guerra acertem alvos até 300 quilômetros de
distância em menos de seis minutos.
“O novo sistema vai mudar dramaticamente a maneira como nossa marinha
se defende e encara inimigos no mar”, comenta Joe Bondi,
vice-presidente de tecnologias avançadas da Raytheon, empresa que ganhou
o contrato da marinha americana.
Ao contrário das armas tradicionais, que usam explosivos para
disparar o projétil, a nova tecnologia usa eletromagnetismo, acelerando o
projétil entre um par de trilhos carregados eletricamente.
Além de conseguir atingir alvos muito longes, o uso das armas
magnéticas reduziria a quantidade de explosivos a bordo dos navios.
Um protótipo da marinha foi divulgado em dezembro do ano passado,
quando atirou um projétil que carregava 33 megajoules de energia. De
acordo com o Departamento de Pesquisas Navais, isso representa cerca de
metade da energia esperada para tiros a longa distância. Ainda assim, a
marinha precisa gerar uma tonelada de energia para que a nova tecnologia
magnética funcione como o esperado.
A Raytheon está trabalhando com uma das peças desse quebra-cabeça, o
da “rede de formação de pulso”, que permite que a eletricidade gerada
pelo navio seja armazenada por vários segundos e então enviada para a
arma, gerando a força eletromagnética necessária.
Entres outros desafios, estão o de montar uma arma que aguente a
repetição constante e um sistema de segurança futuro para a arma. De
acordo com o Departamento, se eles forem solucionados, a arma magnética
será “um soldado de guerra que vai com certeza mudar o jogo”.
Fonte: http://hypescience.com/
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