O “emaranhamento” ou “entrelaçamento quântico” é um efeito onde
partículas múltiplas dividem propriedades correlatas – mesmo a grandes
distâncias. Por exemplo, um par de fótons emaranhados, em diferentes
localizações, podem ser unidos por suas polaridades. Meça a polarização
de um, e a do outro imediatamente assume o mesmo valor. Em outras
palavras, os fótons estão ambos polarizados horizontalmente ou
verticalmente, mas nenhum tem um valor certo até ser medido. O fenômeno
quântico continua até que consiga pegar o máximo de partículas
possíveis.
Se esse fenômeno contra intuitivo, você não é o único que pensa
assim. Albert Einstein descreveu o emaranhado quântico como “ação
assombrosa a distância”. Ele e seus colegas escreveram, em 1935, que não
há “definição racional da realidade que permita isso”. Racional ou não,
o certo é que existem numerosos experimentos que comprovam sua
existência.
Agora, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China
(UCTC), em Xangai, conseguiram emaranhar não um, mas quatro pares de
fótons, ligando a polarização dos oito. O feito é continuação de
experimentos anteriores, que conseguiram emaranhar até seis fótons.
O novo estudo é promissor para a construção de sistemas de
comunicação quânticos, já que os fótons podem carregar mensagem através
de grandes distâncias.
O emaranhado é um estado frágil, e conseguir colocar fótons nele é um
desafio. Os físicos geralmente produzem uma grande quantidade de fótons
para conseguir apenas um par emaranhado. A dificuldade de criar
múltiplos pares cresce conforme mais são adicionados.
Xing-Can Yao e seus colegas calcularam que se eles simplesmente
estendessem experimentos anteriores de seis fótons, para incluir mais um
par emaranhado, o processo levaria 10 horas para chegar aos oito
fótons. Para superar essa limitação, os pesquisadores usaram um sistema
óptico que filtrava poucos fótons, e assim aumentava o número de
emaranhados.
Como essa fonte “selecionada”, eles conseguiram gerar quatro pares
mutuamente emaranhados, com frequência muito maior. Eles afirmam ter
detectado centenas de pares de fótons nesse estado, o que permitiu que
fossem realizados os testes estatísticos necessários para verificar a
presença dos quatro pares conectados em nível quântico.
Fonte: http://www.livescience.com/
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