Apesar de estar a cerca de 1.500 anos-luz da Terra, a Nebulosa de
Órion já foi descoberta há mais de 400 anos e muito já se estudou e
observou sobre seu aspecto. Mesmo assim, telescópios da NASA e da
Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) ainda revelam
imagens fascinantes: a disposição de estrelas ainda em seu estágio de
formação, no meio da nebulosa, dá origem a um luminoso “arco-íris”.
Você pode baixar a imagem em alta resolução.
A foto resultante, no entanto, é produto de dois equipamentos: o
Telescópio Spitzer, da NASA, e o Telescópio Herschel, da ESA. Ambos
foram equipados com lentes sensíveis a raios infravermelhos, o que
permitiu capturar as cores em comprimentos de onda que uma câmera normal
não consegue identificar.
Dessa forma, os tons de azul que aparecem na foto foram registrados
pelo Telescópio Spitzer, que captou comprimentos de onda entre 8 e 24
micra (o plural da unidade mícron), enquanto os tons de verde e vermelho
são produto das lentes do Telescópio Herschel, programadas para filtrar
comprimentos de onda um pouco maiores, entre 70 e 160 micra.
As diferenças nas observações de cada telescópio não foram apenas
devidas aos raios luminosos: o objetivo era monitorar toda a matéria
proveniente de uma Nebulosa, que nada mais é do que um conjunto de
plasma, hidrogênio e poeira cósmica. Enquanto o Telescópio Herschel
observou as emissões de poeira cósmica fria, uma vez por semana durante
um mês e meio, o Spitzer fez o mesmo com a poeira quente.
Ao longo deste curto tempo de observação (seis semanas), o brilho das
estrelas observadas variou em mais de 20%. Isso surpreendeu os
cientistas, que esperavam tal variação em um período de anos. Ou seja, o
brilho das estrelas oscilou muito rapidamente na Nebulosa.
De acordo com os cientistas, há duas hipóteses para essa variação tão
acelerada: ou os filamentos de gás circulam pela superfície da estrela
em ritmo intenso, ou esta matéria se movimenta de forma a criar
“sombras” na estrela, que ocultam seu brilho em alguns momentos.
Em ambos os casos, contudo, a conclusão é a mesma: trata-se de uma
intensa atividade que caracteriza estrelas jovens, recém nascidas, nas
quais as nuvens de gás, poeira e outras substâncias ainda estão se
adaptando e rearranjando. Tal atividade acaba originando movimentos
constantes.
Fonte: http://photoblog.msnbc.msn.com/
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