sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

10 objetos espaciais que vão “fundir sua cuca”

O espaço é legal, mas muitas das coisas que estão lá são bastante esquisitas. Os planetas orbitam as estrelas, que morrem e então renascem, e as galáxias e tudo que elas contém orbitam buracos negros supermassivos, que são a destruição de tudo que entra neles.

É, de vez em quando, o espaço nos apresenta algo tão bizarro que ficamos com o cérebro meio torcido, tentando entender do que se trata.

10. Nebulosa vermelha quadrada


Devido à força da gravidade, as coisas no espaço são geralmente redondas. Planetas, estrelas, galáxias e até mesmo a forma das órbitas são arredondadas ou elípticas.

Menos a Nebulosa Vermelha Quadrada, uma nuvem de gás que tem uma forma… quadrada. Uma forma tão bizarra que levou os astrônomos a olhar mais de uma vez para ela, para conferir se realmente ela era assim.

Se você olhar bem de perto a imagem, vai ver que a nebulosa não é realmente quadrada, que a forma em cruz é na verdade os lados de dois cones, com seus ápices tocando-se no centro, o que também não ajuda muito, já que não há muitos cones por aí, no espaço.

O brilho desta nebulosa é causado pela estrela em seu centro, onde os cones se tocam. É possível que esta estrela se exploda e transforme o quadrado em anéis.

Enquanto você pensa nesta bizarrice e no quanto ela deve ser rara, considere também que existe uma nebulosa retangular, não com uma, mas duas estrelas no seu centro.

9. Os pilares da criação



Douglas Adams escreveu em seu “Guia do Mochileiro das Galáxias” que “O espaço é grande. Grande, mesmo. Não dá pra acreditar o quanto ele é desmesuradamente inconcebivelmente estonteantemente grande”. Comece considerando que as distâncias são medidas em anos-luz, mas antes, pense um pouco no que isto significa. Um ano-luz é uma distância tão grande que a luz — e nada no universo se move mais rápido que ela — leva um ano inteiro para atravessar.

Isto significa que quando estamos olhando para objetos distantes no espaço, como os Pilares da Criação (uma formação na Nebulosa da Águia), estamos de fato olhando para o passado. Mas como isto é possível? Considerando que a luz leva 7.000 anos para chegar a Terra partindo da Nebulosa da Águia, e que nós vemos as coisas ao perceber a luz que é emitida por elas. A luz que nós percebemos hoje, vinda da Nebulosa da Águia, já tem 7.000 anos que partiu daquela nebulosa.

As implicações desta espiada no passado podem ser esquisitas. Por exemplo, os astrônomos acreditam que a formação dos pilares da criação já foi destruída por uma supernova, cerca de 6.000 anos atrás. Uma vez que a luz leva tanto tempo para chegar a nós, ainda podemos ver os pilares no céu noturno por um bom tempo, mesmo que eles não existam mais.

8. Colisão de galáxias

Tudo no espaço está em movimento – orbitando, girando e se lançando violentamente no vazio. Por causa disso, e da enorme força gravitacional entre elas, as galáxias têm uma tendência de colidir umas com as outras com certa frequência. Mas isto não deve ser uma surpresa – uma espiada na lua e a gente percebe que as coisas no espaço têm uma tendência à colisão. E quando duas galáxias contendo bilhões de estrelas colidem, é uma baderna total, certo?

Só que, em colisões galácticas, a probabilidade de duas estrelas colidirem é praticamente zero. Mas como, você me pergunta? Além de ser realmente grande, outro aspecto importante do espaço é que ele é muito vazio.

As galáxias até podem ter aspecto sólido a certa distância, mas considere que você está em uma galáxia agora mesmo, e a estrela mais próxima, além do sol, está a 4,2 anos-luz de distância. É muito espaço.

7. O problema do Horizonte

Para onde quer que você olhe, o espaço tem algum quebra-cabeças para você. Por exemplo, se olharmos a um ponto no leste do nosso céu e medirmos a radiação de fundo, e então fizermos a mesma coisa em um ponto do oeste, que está separado a uma distância de quase 28 bilhões de anos-luz do primeiro ponto, você vai ver que a radiação de fundo tem exatamente a mesma temperatura.

Isto parece impossível – nada pode viajar mais rápido que a luz, e mesmo a luz não teve tempo suficiente para viajar entre estes dois pontos. Então como é que a temperatura de fundo teve tempo para estabilizar-se a ponto de ser praticamente uniforme em quaisquer dois pontos?

A resposta está na teoria da inflação, que sugere que o universo se expandiu em distâncias enormes um instante após o Big Bang. De acordo com esta teoria, não houve criação de mais universo além das bordas, mas o próprio espaço-tempo foi esticado por uma distância de vários anos-luz. Esta expansão não contradiz a lei que afirma que nada pode viajar mais rápido que a velocidade da luz, por que na verdade nada viajou, foi o espaço que inflou.

Em termos mais simples, imagine que o universo é um pixel em um editor de imagens em seu computador. Agora imagine aumentar as dimensões da imagem em um fator de 10 bilhões. Como o pixel inicial ainda é feito da mesma substância, as suas propriedades, como a temperatura, são uniformes.

6. Como um buraco negro te mataria

Os buracos negros são tão massivos que as coisas ficam realmente esquisitas nas vizinhanças de um. É fácil imaginar que ao ser engolido, você vai passar o resto da eternidade (ou do suprimento de ar) gritando em um tormento solitário enquanto cai em um túnel escuro.

Mas não precisa ter medo – a gravidade de um buraco negro vai resolver o problema para você. Ela vai ficando cada vez mais forte à medida que você se aproxima de sua fonte, e quando há uma força tão grande, ela pode mudar bastante de intensidade em uma distância curta, como a altura de um ser humano.

Assumindo que você esteja caindo “de pé”, a força da gravidade nos pés, à medida que você se aproxima do buraco negro, será muito mais forte que a força na cabeça, a ponto de esticar o seu corpo em um espaguete de átomos antes de você ser esmagado no centro. Se um dia você achar que é uma boa ideia surfar perto de um buraco negro, pense no espaguete…

5. Neurônios e o universo
 
 

Não faz muito tempo os físicos criaram uma simulação da origem do universo, partindo do Big Bang e seguindo os eventos até chegar ao mundo do jeito que ele está hoje. Nesta simulação, o universo é um aglomerado amarelo de galáxias concentradas no centro e uma “teia” de galáxias menos densas, estrelas, matéria escura e todo o resto.

Ao mesmo tempo, os estudantes da Universidade Brandeis estavam pesquisando com os neurônios se conectam no cérebro, e para isto examinaram as fatias do cérebro de um rato em um microscópio. A imagem produzida consistia de um neurônio amarelo cercado de uma “teia” avermelhada de conexões. Parece familiar?

As duas imagens, apesar de tão diferentes em escala (nanômetros versus anos-luz), parecem muito uma com a outra. Será este apenas um caso de padrões recorrentes na natureza, ou o universo está brincando de “Homens de Preto” conosco, e não passa de uma célula nervosa dentro de outro universo enorme?

4. Os bárions desaparecidos

Bárions são partículas subatômicas da família dos hádrons, compostas de três quarks, e junto com os prótons e nêutrons, respondem por 99% da massa de todos os átomos, ou seja, da matéria normal do universo. É um fato estabelecido na ciência que a razão de massa entre bárions e matéria escura é de 15 a 20%. Em aglomerados de galáxias, os bárions observados estão perto desta predição, mas se olharmos só para as galáxias, ficam faltando bárions.

Por exemplo, se fizermos um inventário dos bárions em torno da Via Láctea, encontraremos, na melhor das hipóteses, só um quarto dos bárions preditos. Mais ainda, a geração de novas estrelas na galáxia pede por um aumento na massa de 1 a 2 massas solares por ano, muito mais do que pode ser visto diretamente.

Todas estas observações juntas sugerem que a maior parte dos bárions dentro e em torno das galáxias ainda está para ser observada. A compreensão e quantificação dos bárions faltantes é essencial para compreender a formação e evolução das galáxias, mas onde estão eles?

Alguns estudos recentes apontam a detecção de enormes halos de gás superquentes em torno das galáxias. A Via Láctea, por exemplo, tem um halo que deve ter a mesma massa que a própria Via Láctea. Talvez os bárions faltantes estejam nestes halos, como sugerem os estudos, mas mesmo assim ainda ficam faltando alguns.

3. Estrelas frias

As estrelas facilmente estariam em listas do tipo “top 10 das coisas mais quentes do universo”. Se alguém fosse visitar uma estrela, a probabilidade de ser torrado é bem maior do que a de congelar até a morte – pelo menos na maioria dos casos.

Mas as anãs marrons são um tipo de estrela bastante fria para os padrões estelares. E os astrônomos recentemente descobriram um outro tipo, chamado anões Y, que são o tipo mais frio de estrela na família de anãs marrons.

As anãs Y são mais frias que o corpo humano. Com somente 27°C, você poderia tocar uma sem medo de se queimar (exceto que a imensa gravidade iria esmagar você em uma pasta).

Estas estrelas são insanamente difíceis de detectar porque não emitem praticamente nenhuma radiação na faixa da luz visível, obrigando os astrônomos a procurá-las na faixa do infravermelho. Existe até mesmo uma hipótese de que as anãs marrons e anãs Y seriam a “matéria escura” que está faltando no universo.

2. O problema da coroa solar

Normalmente, se esperaria que objetos mais distantes de fontes de calor seriam mais frios, e é por isto que é tão curioso que a superfície do sol tem temperatura de cerca de 2.760°C, e a sua coroa (um tipo de atmosfera solar) é 200 vezes mais quente que isto em alguns lugares.

Mesmo que existam alguns processos que acontecem na superfície das estrelas e que poderiam explicar uma diferença de temperatura, nenhum deles é capaz de explicar uma diferença tão grande. Mas mesmo não tendo certeza porque isto acontece, os cientistas acreditam que tem algo a ver com regiões com campo magnético que aparecem, desaparecem, e mudam de posição na superfície solar.

Como as linhas de campo magnético não podem se cruzar, estas regiões se rearranjam toda vez que se aproximam, um processo que aquece a coroa solar.

Parece uma explicação simples, mas nada é assim tão fácil. Mesmo que esta seja a resposta a uma das perguntas, ninguém sabe o que causa o aparecimento destas regiões magnéticas.

1. O vazio em Eridanos

Todos devem lembrar do Hubble Deep Space Field, aquela imagem que foi obtida apontando o Hubble para uma região “vazia” do espaço, que acabou revelando milhares de galáxias distantes. Mas existe uma região na constelação de Eridanos que está realmente vazia de constelações.

A enorme região vazia se estende por cerca de um bilhão de anos-luz. Em qualquer outra região de espaço “vazio” em que olharmos, encontraremos galáxias com mais ou menos a mesma distribuição, mas o vazio de Eridanos é bizarro, porque nem mesmo matéria escura foi detectada ali.

Existem várias teorias controversas para explicar o vazio, a mais controversa é de que a região contenha um buraco negro supermassivo em torno do qual orbitam todos os aglomerados galácticos, e que estas órbitas em alta velocidade criariam uma “ilusão” de um universo em expansão. Uma contra-teoria sugere que toda matéria eventualmente se juntaria, formando aglomerados galácticos, e que este deslocamento acabaria formando vazios entre os aglomerados com o passar do tempo.

Mas estas teorias não explicam o segundo vazio encontrado no céu austral, desta vez com 3,5 bilhões de anos-luz de comprimento. Este é um vazio tão grande que é difícil explicá-lo com a teoria do Big Bang, já que o universo não seria antigo o suficiente para formar um vazio tão imenso a partir da deriva das galáxias. Talvez exista alguma coisa no meio deste vazio, afinal de contas.

Fonte: http://listverse.com/

Hilária entrevista com o astrofísico Neil deGrasse Tyson [vídeo]

É a primeira vez que vejo Stephen Colbert fora do seu famoso personagem do programa de comédia Colbert Report. Aqui ele entrevista Neil deGrasse Tyson sobre vários assuntos ligados à ciência e podemos vislumbrar um pouco mais de sua mente brilhante.

Alguns pontos importantes abordados nas perguntas de Colbert:

    Será que existe excesso de conhecimento em um ponto que o conhecimento é uma coisa ruim? Ele dá como exemplo o conhecimento que levou a construção da bomba atômica.
    Falam sobre a importância da alfabetização científica do povo de uma nação como ferramenta que permite nos protegermos contra os charlatães que exploram nossa ignorância das forças da natureza.
    Qual é a coisa mais bela da ciência para o astrofísico e como este tipo de cientista tem contribuído para a cultura humana.
   Conta a hilária história de como James Cameron o humilhou publicamente.
    Como a física quântica revolucionou diversos ramos da ciência e hoje permite a existência dos dispositivos eletrônicos que tanto utilizamos.
    Quais as chances da Terra ser destruída em 2036 pelo asteróide Apófis.
    Qual é a utilidade do Grande Colisor de Hádrons.

A entrevista não é apenas recheada de informações curiosíssimas, mas também hilária do início ao fim.


Fonte: http://hypescience.com/

O que veio primeiro: uma cabeça sem cérebro, ou um cérebro sem cabeça?

Em muitos animais, o cérebro está localizado em uma estrutura específica, como a cabeça, juntamente com os órgãos sensoriais. Muitas vezes, também está em conjunto com a boca.
 
No entanto, há animais mais primitivos que têm um sistema nervoso, mas nenhum cérebro, como anêmonas e corais. Será que esse sistema nervoso fica em uma extremidade que seria considerada a “cabeça” de animais superiores?

Em um novo estudo da Universidade de Viena (Áustria), a anêmona-do-mar (Nematostella vectensis) foi usada para descobrir se uma das suas extremidades correspondia à cabeça de animais superiores. 

Para tanto, pesquisadores estudaram a função dos genes que controlam o desenvolvimento da cabeça nos animais superiores durante o desenvolvimento embrionário da anêmona-do-mar.

“Apesar de terem aparências completamente diferentes, nas últimas décadas tornou-se claro que todos os animais têm um repertório semelhante de genes, incluindo aqueles exigidos para desenvolver a cabeça em animais superiores”, disse um dos autores do estudo, Ulrich Technau da Universidade de Viena.

Quando anêmonas-do-mar estão em fase larval, elas nadam e procuram um local adequado para assentar-se e metamorfosear-se em um pólipo. Durante esta metamorfose, é a extremidade dianteira da larva que detecta o meio ambiente e se liga a terra, enquanto a outra extremidade se transforma no lado oral dos animais, com boca e tentáculos.

Contrária à expectativa dos cientistas, eles descobriram que esse lado anterior, da boca da larva da anêmona, é governado por uma hierarquia de genes controlada pelo gene principal Six3/6. Notavelmente, este gene, assim como seus genes dependentes, também desempenha um papel crucial na formação do cérebro de moscas, peixes e homens.

Por conseguinte, nesse animal, a função dos genes da “cabeça” está localizada na extremidade que corresponde ao “pé” dos animais adultos. Como o final anterior da larva carrega seu órgão de sentido principal, nesta fase, parece que essa pode ser a sua cabeça. Os “genes da cabeça” funcionam neste lado dos animais, mas não são (ainda) usados para formar um cérebro completo.

“Com base na aparência dos animais adultos, a extremidade anterior destes animais [anêmonas-do-mar] tem sido tradicionalmente chamada de pé e a extremidade superior de cabeça, ao passo que, de fato, está basicamente virada de cabeça para baixo”, explica Technau. “Ou nós estamos…”.

Anêmonas-do-mar e todos os animais superiores, incluindo seres humanos, compartilham um ancestral comum sem cérebro, que viveu entre 600 e 700 milhões de anos atrás. Ao revelar a função dos “genes da cabeça” em Nematostella, os pesquisadores acreditam que compreendem melhor como e de onde a cabeça e o cérebro de animais superiores evoluíram: definitivamente, a rede de genes que formou um centro sensorial evoluiu nesse ancestral comum.
 
Fonte: http://www.science20.com/

5 gênios famosos e as ideias que eles “roubaram”

Todo mundo que não fugiu da escola aprendeu a amar e admirar estas pessoas, pela genialidade, pela inteligência, pela grande capacidade de inventar. Só que está tudo errado. Eles foram gênios, foram inteligentes, mas a invenção pela qual eles são conhecidos não é deles. E não foram recebidas de presente, também. Confira:

5 – Galileu Galilei

Galileu Galilei foi um astrônomo, físico e médico italiano. Pergunte a qualquer um na escola qual a maior contribuição de Galileu à ciência e a resposta que você vai ouvir provavelmente vai ser “o telescópio”. Bom, está na hora de abrir os olhos, e abanar as orelhas, por que Galileu não inventou o telescópio.

Quem inventou o telescópio?


Todo mundo espiando as estrelas, mas quem estava fazendo mais força para ver? O holandês Hans Lippershey. Em 1608, Hans completou o primeiro telescópio e tentou patenteá-lo, mas a patente foi recusada, sem nenhum motivo aparente.

Alguns países adiante, quando Galileu ouviu sobre o trabalho de Lippershey, ele rapidamente criou seu próprio telescópio, em 1609. E um que só conseguia ver um pouquinho a mais que o de Lippershey.

Enquanto Galileu nunca patenteou seu telescópio, o fato é que sempre que se fala em telescópio, é em Galileu que as pessoas pensam, enquanto Lippershey está praticamente ausente dos livros da escola.

E só para mostrar o quanto cada cientista é premiado, quatro luas em torno de Júpiter são chamadas de Galileanas, em homenagem ao dito cujo, e o que é que leva o nome de Lippershey? Uma cratera. Uma miserável cratera na superfície da nossa lua que será conhecida para sempre como a cratera Lippershey.

4 – Alexander Fleming

Sir Alexander Fleming é o nome do cientista que as pessoas pensam quando o assunto penicilina é trazido à baila. Há até uma historinha sobre como o pai de Fleming salvou um menino de se afogar na Escócia, e o pai deste quase afogado jurou pagar pela educação do jovem Fleming, como sinal de gratidão. Eventualmente, Fleming se graduou médico e descobriu a natureza curativa da penicilina que eventualmente salvou a vida de Winston Churchill quando o mesmo contraiu pneumonia. E quem era o garotinho que o pai de Fleming salvou em primeiro lugar? Winston eu-não-sei-nadar Churchill.

Tudo muito bonitinho, exceto pelo o fato que não é verdade. O tratamento de Churchill não foi feito com penicilina, e Fleming provavelmente não a descobriu.

Quem foi que descobriu a penicilina?


Difícil dizer. Os nativos de tribos do norte da África já vinham usando a penicilina há milhares de anos. Além disso, em 1897, Ernest Duchesne usou o fungo para curar a febre tifóide em seu porquinho da índia, prova de que ele estava sabendo o que a penicilina poderia fazer.

Outros cientistas não o levaram a sério na época, devido a sua idade e sua estranha preocupação com porquinhos da índia, então ele nunca recebeu nenhuma patente pelo seu trabalho. Ele morreu dez anos depois, de uma doença que poderia ter sido tratada com penicilina, aliás.

Mesmo quando Fleming acidentalmente descobriu a penicilina anos mais tarde, ele não pensou que ela poderia ser usada para ajudar alguém. Enquanto isto, alguns outros cientistas, Howard Florey, Norman Heatley, Andrew Moyer e Ernst Chain começaram a trabalhar com a penicilina e eventualmente dominaram a mesma e descobriram uma forma de produzi-la em massa.

Enquanto Fleming supostamente nem mesmo acreditou na potencialidade do fungo, ele será sempre lembrado como o gênio inventor de penicilina e salvador de Winston Churchill.

3 – Alexander Graham Bell

O grande Bell. O homem por trás do telefone e um cara legal. Bell dedicou muito do seu tempo trabalhando com pessoas surdas. Sua esposa era surda, sua mãe era surda e ele era até mesmo o professor favorito de Helen Keller. Com sua quase obsessão de tempo integral com pessoas surdas, é incrível que ele tenha tido tempo para inventar o telefone.

Quem foi que inventou o telefone?

Em, 1860, um italiano chamado Antonio Meucci demonstrou seu primeiro telefone funcional (que ele chamava de “teletrofono”). Onze anos mais tarde (ainda cinco antes do telefone de Bell entrar em cena), ele registrou uma patente temporária para sua invenção. Em 1874, Meucci não conseguiu pagar os US$10 (R$20) para renovar sua patente, por que ele era um italiano pobre e doente.

Dois anos depois, Bell registrou a sua patente de telefone. Meucci tentou processá-lo, é claro, e tentou recuperar os registros dos planos e desenhos originais que ele havia enviado a um laboratório na Western Union, mas incrivelmente estes registros haviam desaparecido. E onde é que Bell estava trabalhando naquela época? Sim, você adivinhou, no mesmo laboratório da Western Union onde Meucci jurou ter mandado seus planos originais. Meucci logo sumiu de cena.

Teria Bell, dada sua posição conveniente no laboratório da Western Union, destruído os registros de Meucci e alegado que o telefone era sua invenção? Difícil dizer. Há quem diga que “sim, sem dúvida alguma”, enquanto outros apenas dizem “provavelmente”. Faz sentido, se você examinar os fatos: Bell tinha um bom número de invenções no bolso, não é ilógico pensar que ele ficou ganancioso. Além disso, para quê Bell iria precisar de um telefone? A mãe e a esposa eram surdas, para quem ele iria telefonar?

2 – Albert Einstein

De acordo com todos os livros de ciência e aquele episódio do Animaniacs, Albert Einstein, o Homem do Século da Time Magazine, inventou a Teoria da Relatividade. Certamente, quando você ouve o nome Einstein, você deve pensar “ele descobriu a relatividade” ou “ele que inventou a equação E=mc²”, ou então “um cara totalmente maníaco por sexo”. Só uma destas é verdadeira (a parte do maníaco por sexo).

Quem de fato inventou a Teoria da Relatividade?

Na maior parte, Henry Poincaré. Poincaré era o maior especialista em relatividade no final do século 19, e muito provavelmente a primeira pessoa a apresentar formalmente a teoria da relatividade. Se você fosse Einstein e quisesse escrever sobre a relatividade, você provavelmente iria querer ter um papinho com o maior especialista em relatividade, certo? Se você respondeu “sim”, então você realmente não é Einstein.

De acordo com o famoso trabalho de Einstein, “On the Electrodynamics of Moving Bodies” (Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento”, em tradução livre), Poincaré, apesar de ter publicado 30 livros e mais de 500 artigos, não vale a pena ser mencionado. Poincaré não recebe uma única referência, a menos que você considere o plagiarismo um tipo de referência indireta. Einstein não coloca o Poincaré nas referências, nos rodapés, em lugar nenhum do seu paper.

De acordo com o livro de Peter Galison, “Einstein’s Clock, Poincaré’s Maps: Empires of Time” (“O Relógio de Einstein, o Mapa de Poincaré: Impérios do Tempo” em tradução livre), Einstein e um grupo de amigos formaram o chamado The Olympia Academy e se reuniam regularmente para discutir seus trabalhos e o trabalho de outros cientistas. O livro menciona especificamente como Poincaré foi um dos cientistas que Einstein e seu batalhão nerd discutiram.

É interessante que Einstein sentou e discutiu o trabalho de Poincaré por anos, publicou um livro que descrevia uma teoria muito parecida com a dele, e não fez referência a Poincaré nem uma vez em seu livro todo. Uma boa indicação de que isso seja plágio.

1 – Thomas Edison

Thomas Edison, descrito como um dos “mais prolíficos inventores do mundo”, com um recorde de 1.093 patentes com seu nome. Edison ainda hoje é celebrado nas escolas do mundo todo como tendo inventado a lâmpada, o filme, a eletricidade, e um bando de outras porcarias que ele não está relacionado nem de longe.

Já que não há espaço na internet para falar de todas as invenções de Edison que ele não inventou, vamos hoje ficar com a lâmpada.

Quem foi que inventou a lâmpada?


Uma outra pessoa. Todos sabemos que Edison explorava o pobre, mas brilhante, Nikola Tesla, mas em quem mais que Edison pisava?

Um monte de gente estava mexendo com a ideia da lâmpada (Jean Foucault, Humphrey Davy, J. W. Starr, outros caras sobre os quais você nunca vai ler em um livro de história da escola), mas Heinrich Goebel provavelmente foi a primeira pessoa a ter inventado a lâmpada, em 1854. Ele tentou vendê-la para Edison, que não viu nenhum uso prático na invenção e recusou. Pouco tempo depois, Goebel morreu e, logo depois, Edison comprou a patente de Goebel (você sabe, aquela que ele não viu valor algum) da viúva empobrecida do Goebel a um custo muito mais baixo do que ela realmente valia.

Ferrar com um inventor pode ser o suficiente para Galileu, mas Edison era um sonhador e não ficou satisfeito só com um inventor que nunca será lembrado. Então, depois de Goebel, e um ano antes de Edison “inventar” sua lâmpada, Joseph Wilson Swan desenvolveu e patenteou uma lâmpada que funcionava. Quando ficou claro a Edison que no tribunal ele não ganharia de Swan, fez dele um parceiro, formando a Ediswan United Company, na prática comprando Swan e sua patente.

Não muito depois, Edison comprou a ideia completamente, deixando todos os registros da lâmpada sob os cuidados da Edison Company. Claro, Swan ganhou dinheiro por isso, mas ao comprar todos os registros, Edison podia ficar com todos os créditos pela lâmpada. Então, pelo que as histórias sugerem, Edison pode ter sido um sacana com uma enorme lista de inventores que ele pisou, ameaçou, explorou ou comprou, mas o que dizem sobre o Edison nos livros? O pai da maldita lâmpada.
 
Fonte: http://www.cracked.com/

10 gênios clássicos extremamente excêntricos

Como já sabemos, as pessoas criativas são muito estranhas. Muitas delas têm personalidades esquizotípicas, resultando em experiências perceptivas incomuns, uma preferência por atividades solitárias, paranoia leve, etc.

Nem todas as pessoas criativas ou gênios têm transtornos de personalidade, é claro. Mas essa, definitivamente, é uma peça do quebra-cabeça de por que tantos intelectuais e artistas tendem a ser excêntricos.

Confira 10 gênios clássicos especialmente bizarros:

10. Demóstenes (384 a 322 aC)


O estadista ateniense Demóstenes, considerado o maior orador grego, usou seus dons para se opor aos tiranos Filipe da Macedônia e Alexandre, o Grande. Plutarco, em seu livro Vidas Paralelas, conta que Demóstenes se inspirou no advogado Calistrato para se tornar um orador, quando percebeu a forma brilhante com que ele tinha feito um apelo em nome de um cliente. Mas Demóstenes tinha alguns obstáculos intimidantes para superar. Plutarco descreve que ele tinha “uma certa fraqueza de voz, e indistinção de expressão e falta de ar, o que perturbava o sentido do que ele dizia, separando as suas sentenças”. Seus primeiros discursos em público foram recebidos com risos, e Demóstenes resolveu superar suas dificuldades com medidas como praticar falar com a boca cheia de pedrinhas. Mais do que isso, ele se disciplinou a não se distrair. Para isso, construiu um local de estudo subterrâneo onde trabalhava sua voz por dois ou três meses de cada vez. Para lutar contra a tentação de passear e fazer outras coisas em outros lugares, ele raspou metade de sua cabeça. Como o penteado o deixava muito envergonhado de mostrar-se em público, ele permanecia em sua câmara subterrânea praticando.

9. James Joyce (1882-1941)


O escritor James Joyce era quase cego. Com apenas seis anos de idade, ele recebeu seu primeiro par de óculos. Aos 25, ele foi diagnosticado com irite, uma inflamação dolorosa e potencialmente cegante da íris. Durante toda a vida, Joyce teve que passar por várias operações mal sucedidas para reparar um ou outro olho. Seus estranhos hábitos de escrita eram, portanto, por necessidade e não caprichos pessoais.

A irmã de Joyce, Eileen, conta que ele ia para a cama à noite escrever deitado de barriga para baixo, vestindo um casaco branco. Eileen percebeu mais tarde que o casaco era usado para refletir a luz sobre o papel, ajudando os olhos com deficiência de Joyce. “Finnegans Wake” foi escrito assim, com um grande lápis azul. Joyce não usava máquina de escrever porque favorecia a qualidade da escrita em detrimento da velocidade. Ele chegava a passar um dia todo trabalhando para formular apenas duas frases. Joyce dizia: “Eu já tenho as palavras. O que eu estou procurando é a perfeita ordem das palavras em uma frase”.

8. Bobby Fischer (1943-2008)

O jogador de xadrez americano Bobby Fischer cativou sua geração, tornando-se o mais jovem Grande Mestre aos 14 anos. Ele acabou com o domínio soviético do jogo ao vencer o Campeonato Mundial de Xadrez em 1972 contra Boris Spassky. Sempre paranoico sobre “trapaças soviéticas”, dizem que ele mandou remover obturações de seus dentes para evitar que os russos transmitissem mensagens secretas.

O comportamento estranho de Fischer mostrou-se ao mundo todo neste campeonato. Ele reclamava constantemente da sua cadeira, iluminação e câmeras de TV. A disputa sobre as câmeras e o cronômetro de jogo fez Fischer recusar-se a jogar o segundo jogo. Esta não foi a primeira vez que a petulância de Fischer custou-lhe uma vitória. Em sua partida contra Samuel Reshevsky, o jogo foi reiniciado na manhã seguinte porque Reshevsky era judeu ortodoxo, e não jogava no sábado. Alegando que não jogava de manhã, Fischer abandonou a partida. Ironicamente, o próprio Fischer mais tarde passou a abdicar-se de jogos aos sábados, o que resultou em sua saída de um torneio de 1967, mesmo estando na liderança.

Quando ganhou o campeonato, Fischer imediatamente deu 90 mil dólares (mais de R$ 180 mil) do prêmio para a Igreja Mundial de Deus, um culto baseado em Pasadena (EUA) que ele havia se juntado. Como o resto da igreja, ele acreditava nas previsões de seu líder, Herbert W. Armstrong, de que Jesus voltaria em 1975, após uma guerra nuclear. Fischer morou em Pasadena durante os próximos anos e acabou preso por engano por roubar um banco, fato que o levou a escrever um panfleto intitulado “Fui torturado na cadeia de Pasadena”.

Em 1992, Fischer desafiou as sanções da ONU contra a Iugoslávia, jogando uma revanche lá contra Spassky. Acusado pelo governo dos EUA, Fischer passou seus anos restantes no exílio. Logo após os ataques de 11 de setembro de 2001, Fischer disse a partir das Filipinas: “Isso é uma notícia maravilhosa”.

7. Jack Kerouac (1922-1969)

 

Em 1951, o romancista e poeta americano Jack Kerouac, depois de acumular muitas anotações em seus diários, resolveu botar tudo para fora em uma explosão febril de criatividade, resultando em sua obra mais famosa, “Pé na Estrada”. Kerouac não queria parar para reposicionar a máquina de escrever em cada linha da página, com medo de que isso interrompesse seu fluxo criativo. Assim, ele escreveu em diversas páginas em branco juntas, em uma rolagem contínua, em um ritmo rápido. Muito previsivelmente, o seu editor, Robert Giroux, ficou chocado quando viu o manuscrito. “Jack, você sabe que temos que cortar isso”, disse. “Tem que ser editado”. Kerouac saiu da sala bravo. Somente seis anos depois o livro foi publicado. O original foi posteriormente exibido para multidões na cidade natal de Kerouac, Lowell, em Massachusetts.

6. Victor Hugo (1802-1885)

Enquanto Demóstenes superou as distrações cortando metade de seu cabelo, o renomado romancista francês Victor Hugo abandonou suas roupas. O autor de clássicos como “Os Miseráveis” arquitetou esse plano infalível para obrigar-se a cumprir o prazo de entrega (fevereiro de 1831) da obra “O Corcunda de Notre Dame”. Hugo ordenou que seus servos levassem todas as suas roupas formais e não lhe dessem nenhuma até que ele terminasse o romance. Em seguida, trancou-se em seu quarto.

Vale notar que a história de que ele escreveu completamente nu é um mito. Hugo usava um grande xale cinza que ele havia comprado especialmente para a ocasião. Ia até os dedos dos pés e foi seu único vestuário durante sua prisão autoimposta. A técnica funcionou, e Victor Hugo foi capaz de terminar o livro semanas antes do prazo.

5. Marcel Duchamp (1887-1968)

O francês surrealista Marcel Duchamp já tinha muitas inclinações estranhas como artista (por exemplo, a exibição de objetos cotidianos como arte, como um urinol que ele comprou). Mas em seus vinte e tantos anos, Duchamp passou por uma transformação. Em meio a uma carreira de sucesso, ele abandonou a arte para jogar xadrez. Para avaliar o impacto dessa atitude, é como se o Lula tivesse desistido da política antes de sua reeleição para a presidência para se tornar um estilista, por exemplo.

Duchamp ficou tão obcecado com xadrez que seus dias eram gastos em jogos intermináveis, ou estudando sem parar problemas do jogo. Seus amigos ficaram chocados. O próprio Duchamp afirmou que nada mais lhe interessava. Em Paris, quando ele não estava jogando contra um adversário, trabalhava em problemas de xadrez durante toda a noite, fazendo uma pequena pausa à meia-noite para ovos mexidos no Café Dome, e depois voltando para o seu quarto para estudar novamente até cerca de quatro horas da manhã. “Tudo ao meu redor toma a forma do cavalo ou da rainha”, disse Duchamp, “e o mundo exterior não tem outro interesse para mim que não seja a sua transformação em posições vitoriosas ou perdedoras”. Mesmo o casamento com a jovem herdeira Lydia Sarazin-Lavassor não distraiu o ex-artista. Em sua lua de mel, ele não fez nada durante toda a semana a não ser estudar problemas de xadrez. A esposa negligenciada colou todas as peças de xadrez ao tabuleiro, em um ato de vingança. Três meses depois, ela e Marcel se divorciaram.

4. Salvador Dalí (1904-1989)


O pintor surrealista espanhol Salvador Dalí é famoso por ter ostentado sua personalidade excêntrica para todo o mundo. Mesmo quando ainda era estudante em Madrid, ele chamava a atenção para si mesmo deixando o cabelo comprido, usando meias e calções esportivos, etc. Mais tarde na vida, a assinatura do pintor se tornaria seu bigode ultrajantemente longo, encerado, e apontado para cima. Conforme ele explicou: “Como eu não fumo, decidi deixar crescer o bigode. É melhor para a saúde. No entanto, eu sempre carregava uma caixa de cigarro cravejada de pedras preciosas, na qual, em vez de tabaco, foram cuidadosamente colocados vários bigodes, estilo Adolphe Menjou. Eu os oferecia educadamente para os meus amigos: ‘Bigode? Bigode? Bigode?’. Ninguém se atreveu a tocá-los. Este foi o meu teste em relação ao aspecto sagrado de bigodes”.

Às vezes, Dalí andava com um pequeno sino de prata, que ele tocava para chamar a atenção das pessoas para seu bigode. Junto com esse glorioso ícone, Dalí apareceu muitas vezes em público com uma capa – ainda mundana em comparação com sua aparência em um baile realizado em sua honra. Nele, Dalí usou uma caixa de vidro com um sutiã por cima. Ele participou de um outro evento, a Exposição Surrealista Internacional de Londres, em um traje de mergulho carregando um taco de bilhar e acompanhado por dois cães galgos. Dali disse que seu traje era uma forma de mostrar que ele estava “mergulhando nas profundezas” da mente humana.

Sua excentricidade também transbordou para a televisão. Dalí dava entrevistas referindo-se a si mesmo na terceira pessoa, como durante uma conversa com Mike Wallace em “60 minutes”. Questionado sobre quais pintores contemporâneos ele mais admirava, ele disse: “Em primeiro lugar, Dalí. Depois de Dalí, Picasso. Depois disso, nenhum outro”.

3. Henry Cavendish (1731-1810)

O químico e físico inglês Henry Cavendish descobriu o hidrogênio, descreveu a composição da água e mediu com precisão a densidade da Terra. Ele também foi descrito como alguém que sofria de timidez em um grau “beirando a doença”. Ele era tão extremamente introvertido que preferia creditar suas observações a outros cientistas do que publicá-las ele mesmo. Cavendish ficava tão desconfortável em torno de pessoas que literalmente fugia quando alguém o abordava ou cumprimentava. Durante os jantares na Sociedade Real, que eram as únicas funções sociais das quais Cavendish participava, os convidados eram aconselhados a não se aproximar ou até mesmo olhar para ele, em deferência à sua timidez.

Companhia feminina em particular lhe causava “sofrimento extremo”. Sem surpresa, ele nunca se casou. Teve apenas uma empregada para manter sua casa, com a qual ele não gostava de ter qualquer contato. Todas as suas comunicações tomavam a forma de notas escritas. Para reduzir ainda mais as chances de se encontrar com outros membros da espécie humana, Cavendish construiu escadarias secretas em sua casa para não ter que usar corredores e outros espaços comuns de sua moradia.

2. Alexander Graham Bell (1847-1922)


Quer ele tenha ou não inventado o telefone, o nascido escocês Alexander Graham Bell ainda era um gênio de muitas maneiras. O telefone foi realmente o ponto culminante de sua experimentação com diferentes dispositivos, todos os quais Bell estudou para ajudar sua mãe e esposa, que eram ambas surdas.

Desde criança, o avô de Bell o tinha impressionado com seu discurso da importância da fala como uma característica definidora dos seres humanos. Bell ficou particularmente intrigado com um autômato capaz de falar, que seu avô lhe mostrou. A máquina conseguia dizer um distinto “Mama”. Logo, o estudioso pensou que, se sons vocálicos podiam ser produzidos por meios elétricos, consoantes e a fala articulada também poderiam. Bell tentou replicar o funcionamento do autômato em uma cobaia viva, seu cão. Primeiro, ele ensinou o animal a rosnar continuamente. Em seguida, passou a manipular manualmente os seus lábios e cordas vocais. Este método produziu sons crus, que encantavam os convidados da família. Bell finalmente conseguiu que seu cão “falasse”, perguntando: “Ow ah oo ga ma ma”, que as mentes suficientemente imaginativas poderiam interpretar como: “How are you, grandmama?”, ou, em português, “Como você está, vovó?”.

1. Richard Wagner (1813-1883)


O compositor alemão Richard Wagner, famoso no mundo da ópera, fez contribuições revolucionárias para o desenvolvimento da harmonia e do drama musical. Sua obra mais imponente foi “Der Ring des Nibelungen” (“O Anel de Nibelungo”), um remake épico da mitologia germânica em quatro óperas monumentais.

Wagner apreciava a tranquilidade doméstica na companhia de seus cães, que eram seu orgulho e alegria. Dois deles, Russ e Koss, o acompanhavam em caminhadas diárias. Russ acabou sendo enterrado aos pés de Wagner em seu túmulo. Mas seu cachorro mais amado foi, talvez, um cavalier king charles spaniel chamado Pep. Pep respondia naturalmente a mudança do tom de seu mestre com saltos ou latidos, mas Wagner descobriu algo mais – que Pep era sensível ao tom emocional da música. Wagner notou que o cão respondia diferentemente a certas melodias e frases musicais. Por exemplo, certas passagens em Mi bemol provocavam calma em Pep, enquanto Mi maior o levava a levantar-se em excitação.

Através das reações consistentes de Pep, Wagner associou teclas musicais específicas a determinados estados de espírito e emoções. Assim, redigiu suas próximas duas óperas, Tannhauser e Lohengrin, em coautoria com Pep. O cão tinha seu próprio banquinho ao lado do piano de Wagner, e sempre que o compositor tinha dificuldade com uma passagem, olhava a reação de Pep e reescrevia a peça de acordo com as instruções do cão. Assim, Wagner foi capaz de alcançar o efeito, em Tannhauser, de transmitir o clima do amor santo e da salvação, bem como do amor sensual e da devassidão. Em Lohengrin, caráteres individuais foram associados, com a ajuda de Pep, não só a determinadas teclas musicais, mas também a instrumentos e temas musicais específicos.

Fonte: http://listverse.com/

Física explica como é possível criar “formas misteriosas” em campos de agricultura

Segundo um novo estudo, os padrões aparentemente perfeitos que aparecem misteriosamente em campos de agricultura podem ser o resultado da física aplicada por humanos (OVNIs e forças sobrenaturais não são uma opção).
 
O pesquisador Richard Taylor analisou os círculos e sugeriu que lasers, micro-ondas e sistemas de posicionamento global (GPS) desempenham um papel na façanha.

Tais círculos apareceram pela primeira vez na década de 1970. Porém, foi só em 1991 que dois homens se apresentaram dizendo que haviam criado os padrões como uma brincadeira (sugerindo OVNIs), embora eles não assumissem que fizeram todos os círculos. 

Mesmo assim, essa ação iniciou o fenômeno das “culturas-círculos” que, ao longo do tempo, se tornaram mais complexas. Hoje, as colheitas caracterizam até 2.000 formas diferentes. 

Um pesquisador relatou que tinha encontrado um dos teoremas mais belos e elegantes da matemática – Identidade de Euler – em um padrão vasto de círculos em um campo da Inglaterra. Um grande artista deve ter criado o padrão, mas como exatamente isso foi possível permanece uma questão em aberto.

Agora, Taylor sugere que micro-ondas poderiam ser usados para fazer as culturas “caírem” e se estabelecerem na posição horizontal – uma técnica que poderia explicar a rapidez e a eficiência dos artistas e os incríveis detalhes que algumas culturas apresentam.

Outra equipe de pesquisadores também afirma ser capaz de reproduzir os danos infligidos a culturas usando um magnetrão, uma válvula bastante disponível a partir de fornos de micro-ondas, e uma bateria de 120 volts.

“Os artistas não vão contar facilmente os seus segredos”, Taylor acredita. “Muitos vão continuar a realizar seu ofício, seguro no conhecimento de que continuam o legado do movimento de arte mais orientado pela ciência da história”, finaliza.
 
Fonte: http://www.livescience.com/

Há um oceano de água no interior da Terra, conclui estudo com diamante brasileiro

Um diamante encontrado no Brasil que sobreviveu a uma viagem ao “inferno” confirmou uma antiga teoria: o manto da Terra tem água equivalente aos oceanos da sua superfície.

“É a confirmação de que há uma grande quantidade de água presa em uma camada muito distinta no interior do planeta”, disse Graham Pearson, principal autor do estudo e geoquímico da Universidade de Alberta, no Canadá.

O diamante abriga um pequeno pedaço de um mineral de olivina chamado ringwoodite. Ringwoodite se forma apenas sob pressão extrema, como a cerca de 515 km de profundidade no manto da Terra.
 
Hipótese confirmada

A maior parte do volume da Terra é manto, a camada de rocha quente entre a crosta e o núcleo. Muito profundo para perfurar, a composição do manto é um mistério fermentado por duas pistas: meteoritos e pedaços de rocha que chegaram a superfície por vulcões.

Os cientistas pensam que a composição do manto da Terra é semelhante ao de meteoritos chamados condritos, que são principalmente feitos de olivina. Lava expelida por vulcões às vezes passa pelo manto, trazendo pedaços de minerais que fazem alusão ao calor intenso e a olivina nas entranhas da Terra.

Nas últimas décadas, os pesquisadores têm recriado configurações do manto em laboratório, atingindo olivina com lasers para simular o interior da Terra. Esses estudos laboratoriais sugerem que a olivina se transforma em uma variedade de outras formas correspondentes a profundidade a que se encontra. Por exemplo, entre 520 e 660 quilômetros de profundidade, a olivina se torna ringwoodite. Mas, até agora, ninguém tinha evidência direta de que era isso mesmo que ocorria.

“A maioria das pessoas (inclusive eu) nunca esperava ver tal amostra. Amostras da zona de transição e do manto inferior são extremamente raras e só encontradas em poucos diamantes incomuns”, explica Hans Keppler, geoquímico da Universidade de Bayreuth, na Alemanha.

O ringwoodite foi descoberto pela equipe de Graham Pearson sem querer, em 2009, quando os pesquisadores examinavam um diamante marrom sem valor comercial na cidade brasileira de Juína, no estado do Mato Grosso. O diamante confirmou que os modelos estavam corretos: olivina é ringwoodite a essa profundidade.

E mais: resolveu um longo debate sobre a água na zona de transição do manto. O ringwoodite é feito de 1,5% de água, presente não como líquido, mas como hidróxido de íons (moléculas de oxigênio e hidrogênio ligadas). Ou seja, os resultados do estudo sugerem que poderia haver um vasto estoque de água na zona de transição do manto, que se estende de 410 a 660 km de profundidade.

“Isso se traduz em uma massa muito, muito grande de água, aproximando-se do tipo de massa de água que está presente em todos os oceanos do mundo”, fala Pearson.
 
Mais explicações necessárias

As placas tectônicas reciclam a crosta terrestre, empurrando e puxando crosta oceânica em zonas de subducção, onde elas afundam no manto. Esta crosta embebida pelo oceano transporta água para dentro do manto, que pode acabar presa lá.

“Acreditamos que uma parcela significativa da água na zona de transição do manto vem da colocação destas placas”, disse Pearson. “A zona de transição parece ser um cemitério de crostas engolidas”.

No entanto, os cientistas alertam que é possível que nem todo o manto seja extraordinariamente rico em água, e que nem toda a camada da zona de transição seja tão molhada como indicado pelo ringwoodite.

“Se [esse diamante] for um reservatório incomum, existe a possibilidade de que, em outros locais na zona de transição, o ringwoodite contenha menos água do que a amostra encontrada por Pearson e colaboradores”, sugere Hans Keppler. “No entanto, à luz desta amostra, parece bastante improvável”.

São necessários mais estudos sobre o ringwoodite do manto, mas, como já dissemos, amostras como essas são raras. Porém, Pearson acredita que os pesquisadores estão “deixando passar” muitos diamantes que podiam ser analisados por não o analisarem corretamente.
Diamantes ultraprofundos de mina são disformes por conta de sua longa jornada. Eles são normalmente descartados porque não possuem valor comercial, mas, para os geocientistas, fornecem um olhar raro nas entranhas da Terra.

A descoberta deste ringwoodite foi acidental, já que Pearson e seus colegas estavam na verdade buscando um meio de datar os diamantes. Eles acreditam que a preparação da amostra cuidadosa é a chave para encontrar mais ringwoodite, porque o aquecimento usado para sua análise faz com que a olivina mude de forma.

“Achamos que é possível que ringwoodite tenha sido encontrado por outros pesquisadores antes, mas a forma como eles prepararam suas amostras fez com que mudasse de forma, para a qual teria em uma pressão menor”, conclui.
 
Fonte: http://hypescience.com/

Ondas gravitacionais do Big Bang foram detectadas PELA PRIMEIRA VEZ!


Depois que Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian anunciou a convocação de uma coletiva de imprensa para hoje, a vida de astrofísicos e curiosos do mundo inteiro passou a andar mais devagar do que nunca. As horas pareceram se recusar a passar e os ponteiros dos relógios começaram a carregar uma tonelada cada, de tão lentos. E essa coletiva parecia que não ia chegar nunca.

Mas chegou e, para a felicidade geral, não decepcionou ninguém. O anúncio fez de hoje um dia histórico para a física! Tudo porque a expectativa da comunidade científica foi correspondida: John Kovac e sua equipe anunciaram que detectaram “ondas gravitacionais” do Big Bang pela primeira vez.

O que tem de tão fantástico nisso?

As ondas gravitacionais são a última parte da Teoria Geral da Relatividade de Einstein que foi prevista, mas até agora não havia sido comprovada. Com essa incrível descoberta, podemos ter uma visão muito mais clara sobre o início do universo!

Como as ondas gravitacionais foram detectadas?

Elas foram observadas pelo telescópio Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarization 2 (Bicep2), situado no Polo Sul, que detectou a radiação cósmica de fundo do Big Bang de 2003 a 2008. Mas levou muito tempo para os astrofísicos processarem e analisarem os dados, principalmente porque tudo o que tinham em mãos era um sinal fraco e distorcido por vários objetos como estrelas e buracos negros.

Mas por que os astrofísicos foram procurar por ondas gravitacionais bem lá na radiação cósmica de fundo do Big Bang é o que deixa toda essa descoberta ainda mais interessante! Bom, eles foram pesquisar lá porque acreditavam que em seus primeiros instantes de vida, o universo passou por um “período de inflação”, que amplificou as ondas gravitacionais a ponto de elas serem detectadas.

E eles estavam certos!

Segundo Kovac, o que estamos vendo é uma fotografia do universo há 380.000 anos após o Big Bang, quando a radiação foi transmitida pelo espaço pela primeira vez. Mas o sinal de ondas gravitacionais foi impresso na radiação de fundo cósmico uma fração de segundo depois do nascimento do universo.

Ou seja, se esses resultados prevalecerem, terão implicações significativas tanto na física, como em tudo o que sabemos sobre cosmologia.

Fontes: http://space.io9.com
            http://www.nature.com/

O incêndio subterrâneo que perdura 6 mil anos

Quando assunto é fogo de minas de carvão subterrâneas, é difícil não citar o caso da cidade abandonada de Centralia, na Pensilvânia (EUA). O município norte-americano queima desde 1962 e ganhou notoriedade por ter inspirado a série de jogos de videogame e o filme “Terror em Silent Hill”. Cinquenta e dois anos queimando significa muito tempo e um monte de carvão, mas isso não chega nem perto da Burning Mountain, na Austrália, que está acesa há 6 mil anos.

Incêndios em minas de carvão são incrivelmente comuns e milhares deles estão agora queimando nos subterrâneos do mundo todo. Cerca de um mês atrás, uma dessas minas pegou fogo a cerca de 1,1 mil quilômetros ao sul da Burning Mountain. Desde então, vem expelindo gases venenosos e resistindo ao intensos esforços dos bombeiros. Uma vez que perde-se o controle, como em Centralia e na Burning Mountain, é quase impossível de apagar o fogo.

Também conhecida como Monte Wingen, a fumaça com odor de enxofre expelida pela Burning Mountain é o único indício do enorme monte de carvão queimando a pouco mais de 20 metros abaixo da superfície. Calor e gases tóxicos provenientes do fogo deixaram o terreno rochoso, irregular e, em algumas partes, a terra cedeu.

Como a montanha pegou fogo pela primeira vez é um mistério. A faísca inicial poderia ter vindo de um raio, um incêndio florestal, combustão espontânea, ou mesmo práticas aborígenes de queimadas.

Foi com a intervenção humana, no século passado, que este tipo de incêndio se tornou algo mais corriqueiro. A mineração do carvão o expõe ao oxigênio, e o carvão, como sabemos, entra em combustão muito, muito facilmente. Com a abundância de combustível e oxigênio, uma pequena faísca pode acender uma chama que cresce até atingir diversos metros de diâmetro.

A China, com suas milhares de minas de pequena escala, e a Índia, com suas minas antigas e grandes, têm problemas mais graves com incêndios subterrâneos. A queimada do carvão libera no ar elementos potencialmente tóxicos, como arsênico, flúor e selênio.

O oeste norte-americano também está ardendo com fogos subterrâneos em minas de carvão abandonadas. Eles derretem a neve no inverno, produzem incêndios na grama no verão e regurgitam elementos venenosos durante todo o ano. Uma empresa de energia, na verdade, quer incendiar mais minas, fazendo a “mineração” ao capturar o gás emitido a partir da queima deste carvão.

Ainda mais notavelmente, fogos subterrâneos antigos moldaram a própria paisagem dos EUA. “Grande parte da paisagem do oeste norte-americano – com seus planaltos e escarpas – é o resultado de vastos e antigos incêndios de carvão”, explica Kevin Krajick. Tais fenômenos formaram grandes massas de pedras fundidas, extremamente resistentes à erosão, na qual se baseia o relevo da região.

Muito antes de nós começarmos a escavar o carvão para alimentar as fornalhas de nossas fábricas, veios de carvão estavam escondendo em rios subterrâneos de chamas – normalmente dormentes, mas ocasionalmente destrutivos. Abrir buracos no chão para a construção das minas só tem despertado o potencial incinerante do carvão.
 
Fonte: http://hypescience.com/

Buracos negros pequenos são mais mortais do que pensávamos

Cientistas descobriram um buraco negro incrivelmente brilhante e energético em uma galáxia a 22 milhões de anos-luz de distância da Terra. Naturalmente, assumiram que era um buraco negro supermassivo. O estranho que é observações mostram que é na verdade muito pequeno – jogando nossas concepções para fora da janela.

Os buracos negros vêm em dois tipos, possivelmente três (ou quatro). Temos o tipo supermassivo, encontrado geralmente no núcleo de uma galáxia. Como o próprio nome sugere, esses são absolutamente enormes, pesando cerca de um bilhão de vezes a massa do nosso sol. No outro lado do espectro estão os buracos negros de massa estelar ou pequenos, objetos com uma massa comparável à do nosso sol.

Depois, há buracos negros de médio porte, ou buracos negros de massa intermediária (IMBH, na sigla em inglês), com cerca de 10 a 100 vezes a massa do nosso sol. Os astrônomos também acreditam que existem outros buracos negros médios lá fora, pesando algo entre 20.000 a 90.000 vezes a massa do sol. No entanto, mais observações são necessárias para confirmar esta teoria.

Pequenos buracos negros são conhecidos por seus raios-X de alta energia, enquanto buracos negros maiores emitem raios-X de baixa energia. Também conhecidos como raios-X duros e moles, essas emissões não são causadas pelo próprio buraco negro, mas pela massa da matéria que gira ao seu redor. Assim, quanto menor a energia de raios-X, maior o buraco negro.

O que nos leva para o buraco negro bizarro recentemente encontrado, o M101 ULX-1. Ele parece estar emitindo raios-X de baixa energia e é 100 vezes mais brilhante do que o habitual, designando, assim, o sistema de uma fonte de raios-X ultraluminosa. Buracos negros de massa estelar não podem emitir flashes tão brilhantes – a não ser que estejam consumindo massa a uma taxa inesperadamente superior.

Astrônomos pensavam que o M101 ULX-1 era um IMBH, ou seja, um buraco negro intermediário, mas novas observações contam outra história – ele na verdade é um pequeno buraco negro, com cerca de 20 a 30 vezes a massa do sol (e, possivelmente, tão pequeno quanto 5 vezes maior que o nosso sol).

Os cientistas determinaram isso depois de confirmar que o sistema consiste de um buraco negro e uma estrela companheira. Como eles foram capazes de ver quantas vezes o buraco negro e a estrela orbitam em torno de si – uma vez a cada 8,2 dias -, também foram capazes de calcular a massa do buraco negro.

Uma teoria para explicar a anomalia é que fortes ventos estelares do sistema em que o buraco negro se encontra o alimenta o suficiente para causar essas emissões exageradas. E, de fato, o estudo mostrou que M101 ULX-1 pode capturar mais material de ventos estelares do que os astrônomos tinham antecipado.

Mas os cientistas continuam confusos, porque a observação também sugere que IMBHs podem não existir. Se esse for o caso, precisaríamos reformular o que sabemos sobre buracos negros.

“Os astrônomos agora terão que se concentrar em outras localidades para as quais tem havido evidências indiretas dessa classe de buracos negros [para ver se realmente existem]”, explicou o membro da equipe de pesquisa Joel Bregman. 
 
Fonte: http://io9.com/