quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Por que vivemos em três dimensões?

Você já se perguntou por que, de todas as maneiras que a realidade pode ser, nós vivemos em três dimensões, em vez de duas, ou quatro, ou 1.800?

Estamos acostumados a nos mover para cima e para baixo, para esquerda e para a direita, ou ainda para frente e para trás, mas não somos capazes de realizar um movimento “hiper-para cima” ou “hiper-para baixo”. Por que isso (não) acontece? O que há de tão especial em nossas ordinárias três dimensões?

A resposta mais fácil é a de que nós simplesmente evoluímos para viver em um universo tridimensional, de modo que este é o universo que nós percebemos. Se o universo tivesse apenas duas dimensões, nós também seríamos bidimensionais. E o mesmo aconteceria com quatro dimensões.

No entanto, devemos admitir que esta é uma explicação tosca. Afinal, ela basicamente diz que somos do jeito que somos porque nosso universo é assim e se nosso universo não fosse assim, ele seria diferente. Jura?

Por sorte, há uma maneira mais inteligente de olhar para esta questão. Pode parecer que espaços de diferentes dimensões são praticamente iguais, mas existem diferenças essenciais entre eles – como por exemplo, o conceito de rotação.

Num ambiente 2D, você pode rotacionar um objeto apenas em sentido horário ou anti-horário. E se você pegar uma figura e virá-la um quarto de volta em sentido horário e, em seguida, meia volta em sentido anti-horário, você tem o mesmo resultado do que se você fizer o movimento na ordem inversa. Entretanto, no caso de um objeto tridimensional, as rotações feitas em ordem inversa resultam em posições diferentes.

Coisas bem importantes para nós, como a gravidade, se comportam de forma distinta em universos de diferentes dimensões. Por exemplo, no nosso ambiente 3D, a força da gravidade entre dois objetos depende da distância entre eles ao quadrado. Em duas dimensões, está ligada apenas à distância, enquanto em um universo 4D, a gravidade dependeria da distância elevada ao cubo.

Isso significa que, se o nosso universo fosse bidimensional, a gravidade como conhecemos seria demasiadamente forte para o surgimento de coisas como o sistema solar. Em uma realidade 4D, por outro lado, a gravidade seria fraca demais. Ou seja, é apenas em um universo tridimensional que a gravidade possui a força adequada para manter todos os planetas flutuando da maneira como fazem agora.

Neste momento, porém, nós mudamos a pergunta de “por que nosso universo é 3D?” para “por que apenas um universo 3D possui a gravidade perfeita para a nossa existência?”.

Na realidade, o fato de objetos 2D e 4D serem diferentes dos tridimensionais pode nos levar a uma reflexão mais profunda: o espaço talvez não seja o elemento mais importante do universo. Em vez disso, é capaz que nosso universo seja baseado em algum processo mais profundo, como as leis de matemática da física quântica.

Além disso, é perfeitamente possível que o espaço, na realidade, não exista. Ele seria apenas uma ideia que os humanos construíram para manter o controle das relações entre diferentes objetos. A verdade sobre o universo ainda está além de nossa compreensão.

Veja abaixo o vídeo que explica com imagens e animações a questão do porquê nosso universo ser tridimensional. É possível acionar a tradução das legendas em português no canto inferior direito (“legendas ocultas”). Explicamos de antemão, porém, que a tradução é automática, por isso alguns termos utilizados nas legendas não são os mais corretos. 


Fonte:http://hypescience.com/

Arqueólogos encontram fóssil de 40 milhões de anos de “baleia ambulante”



Você não leu errado: há milhões de anos existiu uma espécie de “baleia” com patas. O animal, chamado de arqueoceto, é uma forma primitiva de cetáceo. Ele era aquático, como as baleias, mas tinha dentes semelhantes ao de crocodilos e patas que permitiam que andasse sobre a terra.

No deserto de Ocucaje, no Peru, arqueólogos encontraram os fósseis mais antigos de arqueoceto conhecidos até o momento. Acredita-se que os fósseis têm entre 36 e 40 milhões de anos.

Antes da descoberta, fósseis de arqueocetos só haviam sido localizados no Egito, Paquistão, Índia e na América do Norte. Esses mamíferos primitivos podem ter vivido até 50 milhões de anos atrás, e podem ajudar os cientistas a entender como ocorreu a evolução das baleias.

Acredita-se que o primeiro ancestral da baleia era um onívoro peludo, de quatro patas, que evoluiu para uma variedade de anfíbios há 50 milhões de anos. Com o tempo, as baleias teriam perdido a conexão entre a espinha dorsal e as patas traseiras, que sumiram gradualmente.

Confira o vídeo.

Fontes: http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/
            http://pt.euronews.com/

Nosso universo foi criado por um buraco negro de quatro dimensões?

Com base no que sabemos do nosso universo, muitos cosmólogos – e um popular seriado de televisão – acreditam que tudo começou com o Big Bang. Entretanto, muitas questões permanecem. É por isso que um astrofísico canadense sugeriu que há uma outra possibilidade: talvez nosso universo tenha começado com um buraco negro 4D.

Escrevendo na revista Nature, a jornalista especializada em ciência Zeeya Merali explica a teoria sugerida pelo astrofísico Niayesh Afshordi, do Instituto Perimeter de Física Teórica.

Segundo ela, o modelo padrão do Big Bang indica que o universo explodiu a partir de um ponto infinitamente denso, também conhecido no meio científico como uma “singularidade”. “Ninguém sabe, porém, o que teria provocado essa explosão: as leis conhecidas da física não podem nos dizer o que aconteceu naquele momento”, escreve.

Afshordi e seus colegas acreditam que o nosso universo tridimensional é apenas uma membrana que flutua através de um universo maior – este com quatro dimensões espaciais. A equipe de Ashfordi percebeu que, se esse universo maior contém suas próprias estrelas de quatro dimensões, algumas delas podem entrar em colapso, formando buracos negros 4D, da mesma forma que as estrelas maciças do nosso universo o fazem: elas explodem como supernovas, violentamente ejetam suas camadas exteriores, enquanto as camadas interiores se transformam em um buraco negro.

Em nosso universo, um buraco negro é limitado por uma superfície esférica chamada de horizonte de eventos. Enquanto que, no espaço tridimensional comum, é preciso um objeto bidimensional (uma superfície) para criar uma fronteira dentro de um buraco negro, no universo maior, parte do horizonte de eventos de um buraco negro 4D seria um objeto 3D – uma forma chamada de hiperesfera. Quando a equipe de Afshordi estudou o modelo da morte de uma estrela 4D, eles descobriram que o material ejetado formaria uma membrana tridimensional que envolveria o horizonte de eventos 3D, e se expandiria lentamente.

Os autores argumentam que o universo 3D em que vivemos pode ser apenas uma espécie de membrana, cujo crescimento é detectado pelos cientistas como expansão cósmica, de uma estrutura maior. “Os astrônomos medem essa expansão e extrapolam ao afirmar que o universo começou com um Big Bang – isso é apenas uma miragem”, afirma Afshordi.

A teoria de Afshordi poderia ajudar na explicação da temperatura uniforme do universo (que permanece sendo um mistério). Suas ideias também podem fornecer pistas para a compreensão do famoso evento do Big Bang. O que desencadeou esse hipotético evento, que teria transformado uma singularidade em uma enorme explosão, sempre em expansão?

“Pelo que todos os físicos afirmam, dragões poderiam ter surgido voando para fora dessa singularidade”, diz Afshordi. O ponto positivo da nova teoria do canadense é de fato explicar a explosão inicial e suas consequências.

Fonte: http://io9.com/

Como a imaginação funciona?

Para entender de que maneira o cérebro recorda e “cria” imagens com base em informações que já possui, cientistas do Dartmouth College (Canadá) analisaram voluntários durante uma atividade de imaginação e concluíram: ao invés de ser fruto do trabalho de uma região específica, a imaginação resulta da atividade de uma espécie de “concerto mental”, com várias áreas envolvidas.

No estudo, divulgado recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, 15 participantes observaram uma série de imagens abstratas. Em seguida, os pesquisadores pediram que alguns tentassem reconstruir as imagens mentalmente, e que outros tentassem criar novas imagens a partir do que viram. Enquanto isso, analisaram as atividades cerebrais dos participantes usando um aparelho de ressonância magnética.

“Parece que (…) diversas áreas trabalham em conjunto”, explica o líder da equipe, Alex Schlegel, pós-doutorando em neurociência cognitiva. Ao todo, 12 áreas cerebrais estavam aparentemente envolvidas no processo de “manipulação mental” de imagens.

Durante muito tempo acreditou-se que esse tipo de atividade era, basicamente, desempenhado por uma região chamada “córtex visual”. “O que estamos mostrando é que, no fim das contas, quando analisarmos esses hábitos cognitivos complexos, temos que parar de olhar para áreas isoladas e, ao invés disso, observar como o cérebro age como um todo”. 

Fontes: http://www.popsci.com/science/
            http://www.pnas.org/

O universo supergosma

Não há átomos aqui. Em vez disso, existem buracos negros que se juntam para formar versões bizarras de moléculas. Uma vez que os buracos negros se acalmam, você tem algo parecido com um sólido, mas que age como se fosse um líquido.

Bem-vindo ao universo supergosma. Esta realidade hipotética deriva da teoria da corda, a qual permite um grande número de possíveis universos, cada um com diferentes leis físicas.

Pode soar como não mais do que o devaneio de um físico. A supergosma não pode ser criada em nosso universo, e a teoria de cordas, em geral, é notoriamente difícil de provar. Ainda assim, a ideia poderia ser útil, já que esses conceitos podem ajudar os cientistas a resolverem problemas reais da natureza do vidro.

O universo supergosma possui diversas forças além daqueles que experimentamos, o que significa dizer que nele existem partículas que nunca vimos antes. Isso além da supersimetria, por isso todas as partículas têm superparceiros com a mesma massa. Isto impede a formação de átomos, porque a supersimetria não permite configurações complexas o suficiente envolvendo as partículas.

A multiplicidade de forças dá a esses buracos negros muitas cargas diferentes, deixando-os assumir o papel de átomos que se agregam para construir moléculas. Alguns deles podem até ser complexos o suficiente para formar a base para a vida.

“A maneira como nós obtemos moléculas diferentes de buracos negros é alterando detalhes microscópicos da teoria das cordas”, conta Jacob Barandes, da Universidade de Harvard, Estados Unidos. “Se existem muitos desses buracos negros pequenos e eles são lançados ao ar e tocados, eles apresentam um comportamento de gosma”. Deixe os buracos negros relaxarem gravitacionalmente em seus componentes básicos e você terá uma supergosma.

Mas como isso nos ajuda a entender o vidro? Para os nossos olhos, o vidro parece sólido. Porém, a nível molecular, ele se assemelha a um líquido, com as moléculas não organizadas como uma estrutura de cristal, mas dispostas de forma desordenada. O problema é que ninguém sabe como o vidro se mantém neste estado dual. “É surpreendente que até hoje não exista um bom modelo teórico do processo de transição do vidro”, considera Tarek Anous, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

É aí que entram as “moléculas” de buracos negros. Os pesquisadores Anous, Barandes e outros colegas propuseram a teoria da supergosma pela primeira vez em 2011, quando também descreveram como as moléculas de buraco negro poderiam oferecer uma maneira mais fácil de compreender o comportamento do vidro.

“Há uma série de características do caso do buraco negro que tornam matematicamente mais fácil de estudar o assunto”, afirma Barandes. “A física é exótica, mas a matemática é simples”. Na semana passada, no MIT, Anous apresentou resultados de pesquisas que proporcionam novas razões para acreditar que a analogia procede, e que o comportamento do vidro é, de fato, muito bem imitado pela supergosma.

Porém, nem todos os físicos que pesquisam sobre o assunto estão prontos para abraçar a gosma. “Há tanta compreensão que precisa ser feita em relação à estrutura do vidro com a química do mundo real”, opina John Maur, da empresa de vidro Corning, em Nova York, EUA. “Eu acho que os melhores esforços estão voltados para a compreensão do verdadeiro vidro, feito de átomos reais”.

Para além da discussão sobre o vidro, poderia esta supergosma dar origem à vida baseada em buracos negros? Anous acredita que sim. “Não há nenhuma razão para que você não possa arbitrariamente criar coisas complicadas com a supergosma, como a vida”, considera. Isso levanta uma questão filosófica.

Na teoria das cordas, qualquer coisa que você quer que aconteça pode se tornar realidade se você escolher o universo apropriado. Isso suscita um enigma: por que vivemos em nosso universo, e não em um diferente? Se você alterasse qualquer uma das constantes fundamentais em nosso universo, nós não estaríamos aqui para observá-lo.

Ou seja, não sabemos por que o universo é tão bem adaptado para nós. Torna-se tentador pensar a razão pela qual nosso universo é especial, e isso traz certo desconforto aos físicos. “Então, a responsabilidade dessa explicação recai sobre os físicos”, diz Anous.

A supersimetria quase nos dá uma resposta satisfatória. Alguns teóricos sugerem que universos com um baixo grau de supersimetria – o que provavelmente inclui o nosso próprio – são os únicos que podem dar origem a átomos, moléculas e à vida complexa. Nesse caso, entretanto, haveria um grande número de universos com vida, e o nosso não seria tão especial.

Agora, cientistas descobriram que a supergosma aparentemente poderia também dar origem a átomos, além de existir em um universo altamente supersimétrico, o que acaba com a explicação acima. Segundo Anous, a gosma também significa que nós não somos especiais, e nos apresenta um novo enigma: “Podemos nos perguntar: por que nós não estamos em uma supergosma?”, conclui.

Fonte: http://www.newscientist.com/

Bactéria pode causar câncer de pâncreas?

O câncer de pâncreas é um dos piores tipos da doença: por ser de difícil detecção, é particularmente mortal, por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo.

“É o câncer com a maior taxa de mortalidade – 96%”, diz Wasif Saif, diretor do programa de oncologia gastrointestinal do Centro Médico Tufts, em Boston (EUA).

No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer. Em 2010, 7.440 pessoas morreram de câncer de pâncreas no país.

Agora, um novo estudo da Universidade de Brown (EUA) indica que as infecções bacterianas podem desempenhar um papel no desencadeamento da doença.

Segundo Saif, embora o câncer seja extremamente fatal, os pesquisadores ainda não conhecem suas principais causas. Os principais fatores de risco conhecidos – como tabagismo, obesidade, diabetes tipo 2, alcoolismo e pancreatite crônica, que é a inflamação do pâncreas – representam menos de 40% de todos os casos.

Enquanto isso, um número crescente de pesquisas sugerem que infecções, principalmente do estômago e da gengiva, afetam o câncer de pâncreas. “A principal conclusão desta pesquisa é a possibilidade de que a infecção bacteriana possa estar levando ao câncer de pâncreas”, afirma Saif, que não esteve envolvido no estudo, publicado na edição de 10 de julho da revista Carcinogenesis.

Os cientistas descobriram que duas infecções bacterianas em particular são fortemente ligadas ao câncer de pâncreas na literatura científica: a Helicobacter pylori, uma bactéria que está relacionada com câncer de estômago e úlceras pépticas, e a Porphyrmomonas gingivalis, uma infecção envolvida na doença periodontal e má higiene dental.

O que a bactéria tem a ver com isso?

A ideia de que algumas infecções bacterianas podem conduzir a certos tipos de câncer não é um conceito novo. Pesquisadores têm analisado essa conexão ao longo da última década e encontrado evidências desta associação em canceres de sangue e tumores sólidos.

Câncer do fígado, por exemplo, está ligado ao vírus da hepatite B e C. Já o câncer do colo do útero está estreitamente ligado ao vírus do papiloma humano (HPV), e câncer de nariz e da garganta está associado com o vírus de Epstein-Barr.

Uma melhor compreensão do papel das infecções bacterianas no câncer de pâncreas pode proporcionar novas oportunidades para a detecção e tratamento precoce da doença, o que deve aumentar muito as chances de sobrevivência dos pacientes, bem como ajudá-los a entender por que acabaram com a doença – uma questão que afeta o psicológico de pacientes de câncer.

Hipóteses

Várias teorias podem explicar por que essas infecções podem estar contribuindo para a progressão do câncer de pâncreas. Uma é que as infecções causam inflamação corporal, que é conhecida por desempenhar um papel no câncer de pâncreas.

Um segundo mecanismo possível é que essas infecções bacterianas levam a alterações no sistema imunitário. Quando o sistema imunitário está enfraquecido ou é alterado por uma infecção, não funciona bem para defender o organismo contra o câncer.

Além disso, fatores de risco para o câncer de pâncreas, como tabagismo, obesidade e diabetes, podem suprimir a resposta imunológica, abrindo a porta para infecções oportunistas.

Outras teorias propostas no estudo são que estas infecções bacterianas podem ativar diretamente vias de sinalização tumorais pancreáticas, tais como as que promovem o crescimento de novas células sanguíneas que alimentam um tumor. Outra possibilidade é que as infecções indiretamente ativam vias cancerígenas do pâncreas, que desencadeiam uma resposta imune no ambiente circundante ao cancro, mas não no próprio tumor. 

Fontes: http://www.livescience.com/
            http://www2.inca.gov.br/

Extraterrestres já podem ter visitado nosso sistema solar

É bem provável que sondas alienígenas já tenham visitado nosso sistema solar. Ou que ainda estejam aqui – embora indetectáveis pela nossa tecnologia atual. É isso o que sugere uma nova teoria matemática feita por pesquisadores da Universidade de Edimburgo (Escócia).

Um artigo publicado na revista International Journal of Astrobiology analisou quanto tempo sondas alienígenas autorreplicantes demorariam para explorar toda a Via Láctea. E a resposta é: menos do que poderíamos imaginar.

O artigo parte de um estudo anterior, em que os cientistas Arwen Nicholson e Duncan H. Forgan sugerem que as sondas utilizariam uma técnica conhecida como autorreplicância – um termo que não tem nada a ver com fazer cópias idênticas de si mesmo. As naves poderiam se aproveitar da força gravitacional de planetas, estrelas e até poeira cósmica para ganhar mais velocidade continuamente.

A técnica, também conhecida como “estilingue”, já foi usada nas duas sondas Voyager lançadas pela Nasa em 1977. Com este tipo de locomoção espacial, as sondas alienígenas poderiam atingir 10% da velocidade da luz. Assim, poderiam levar 10 milhões de anos para explorar nossa galáxia. Pode parecer muito tempo, mas é pouco em termos astrofísicos – seria apenas um pedacinho da existência da Terra.

Em 1953, o físico Enrico Fermi propôs o “Paradoxo de Fermi”, que sugere que há uma contradição entre a alta probabilidade de haver vida fora do nosso planeta e o fato de que, até agora, nunca tenha sido detectada nenhuma. Fermi levantou duas opções: ou não houve vida extraterrestre nos últimos milhões de anos ou as sondas alienígenas seriam indetectáveis pela nossa tecnologia atual.

Já os cientistas escoceses acreditam que os seres extraterrestres podem ter enviado as sondas programadas para fazer contato apenas com civilizações capazes de detectá-las.

E aí, será que estamos sendo observados? 

Fonte: http://hypescience.com/

O espaço é infinito?

O espaço é grande; disso todo mundo sabe. Mas quão grande é grande? Infinito?
Não sabemos. Não podemos dizer que o universo não tem fim, mas também não podemos dizer que tem. Explicamos: podemos dar a volta ao mundo várias vezes sem encontrar uma “borda”, um “fim”, uma “parede”. Mas isso não significa que seja infinito.

O universo pode não ter bordas, e, mesmo assim, ser finito.

Matematicamente, o infinito é apenas adicionar mais um (+1) a qualquer número. Dividir dois números infinitamente também dá no mesmo. Sendo assim, segundo a matemática, mesmo que o universo tenha um fim, pode ter infinitas localidades.

O problema é que a matemática nem sempre corresponde à realidade. No mundo real, não podemos dividir espaços infinitamente, não é mesmo? Bom, podemos dividir de metros a centímetros, e depois a milímetros e assim por diante, mas chegaríamos a um limite físico.

Abaixo de 10 elevado a menos 35 metros, o princípio da incerteza toma conta dos objetos. Não há mais como dizer a sua posição, ou a diferença entre sua localidade e outra.

Levando em conta que o menor comprimento possível é 10 elevado a menos 35, o volume todo do espaço é de 10 elevado a 180 desses comprimentos. Ou seja, um 1 seguindo de 180 zeros. Levaria horas para criarmos um cubo com essa medida, e, mesmo assim, seria apenas o tamanho das menores partes do universo observável.

Quão grande o universo realmente é? O mistério continua.


Fonte: http://hypescience.com/

5 bizarros materiais futuristas (mas que já existem)

Espuma de titânio, supercola molecular, aerogel de grafeno… Parecem ideias saídas de histórias em quadrinhos, mas são materiais que realmente existem – e que poderão permitir revoluções tecnológicas num futuro próximo. Saiba mais sobre estes e outros materiais futuristas (e verdadeiros) a seguir.

5. “Plástico-bolha” de alumínio

Embora não seja relaxante como sua versão de plástico, esse revestimento, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA), pode ser muito mais útil na hora de proteger objetos.

Para produzi-lo, os cientistas criam pequenas depressões em uma folha de alumínio, preenchem-na com uma espuma resistente (feita de carbonato de cálcio ou outro material similar) e prendem outra folha de alumínio por cima. Graças ao preenchimento, as bolhas são capazes de absorver muita energia, e a folha é 50 vezes mais resistente e 30% mais leve do que uma equivalente feita de outros metais. A produção é relativamente simples, e não é cara – especialmente se considerarmos as possíveis aplicações.

A única “desvantagem” é que, se essa versão substituir totalmente a de plástico, muita gente vai ter que procurar outro jeito de aliviar o estresse.

4. Espuma de titânio

Contrariando a ideia de que espuma é, necessariamente, um material macio, cientistas do Fraunhofer Institute for Manufacturing Technology and Advanced Materials Research (Alemanha) desenvolveram uma feita de titânio.

Primeiro, saturaram uma esponja com uma solução composta por pó de titânio e materiais de ligação e, em seguida, vaporizaram a estrutura de base. O resultado é uma esponja extremamente forte e, ao mesmo tempo, extremamente leve – é possível, ainda, controlar as propriedades do material ainda na fase de produção, conforme a porosidade da estrutura de base.

Uma das possíveis aplicações da espuma é a criação de “próteses de osso”: o material tem propriedades mecânicas similares, e sua porosidade permite que um novo osso cresça ao seu redor, fazendo com que a prótese se integre ao esqueleto.

Até aqui, é o mais próximo que conseguimos de criar um Wolverine na vida real.

3. Aerogel de grafeno

Há alguns meses, o aerogel de grafeno conquistou o título de material mais leve do mundo – com uma densidade menor que a do hélio.

Ele é fabricado ao se congelar uma mistura de grafeno (uma forma cristalina de carbono) e nanotubos de carbono e é, ao mesmo tempo, esponjoso e elástico. Como é capaz de absorver 900 vezes seu próprio volume em petróleo, e é possível que, no futuro (caso se torne viável produzi-lo em larga escala), seja usado para conter grandes vazamentos – uma tarefa complexa, mesmo com tecnologias atuais.

2. Seda artificial

“Seda? Grande coisa”, pensou um leitor cético, lembrando-se de já ter visto muitas roupas feitas desse material. De fato, a seda, embora não seja tão comum quanto a lã ou o náilon, faz parte do cotidiano de muita gente. Contudo, é difícil de produzir em grande quantidade, o que motivou a empresa japonesa Spiber a desenvolver um método de produção artificial.

Seus pesquisadores descobriram uma maneira de produzir fibroína (uma proteína usada por aranhas para fazer suas teias) usando bactérias geneticamente modificadas. As bactérias são alimentadas com açúcar, sal e nutrientes e sintetizam a proteína, que é transformada em pó e pode ser usada para fazer fibras, blocos etc.

Com apenas 1 g dessa proteína, é possível fabricar um fio de 9 km de seda.

1. Supercola molecular

Inspirados pela bactéria Streptococcus pyogenes (que pode causar desde faringite comum até fasciite necrosante – o que lhe rendeu o apelido de “bactéria devoradora de carne”), pesquisadores da Universidade de Oxford (Inglaterra) criaram uma supercola capaz de unir corpos em nível molecular, deixando produtos “similares” como o Super Bonder no chinelo.

Essa cola funciona com uma proteína da S. pyogenes que pode se ligar a outras e criar elos extremamente fortes – tão fortes que os equipamentos usados para testar a cola quebraram antes de se desgrudar.

Agora, resta encontrar maneiras de usar essa proteína com outros materiais para criar supercolas “seletivas” (e, portanto, mais seguras).

Fonte: http://gizmodo.com/

A colisão que vai durar 50 milhões de anos

O observatório de raios-X conhecido como Chandra, da NASA, registrou algo estranho e poderoso em uma galáxia muito, muito distante: um evento quase como uma explosão sônica que desencadeou uma enorme liberação de gás superaquecido. A NASA acredita que o estrondo foi causado por algo que nunca havíamos visto antes: a colisão de uma galáxia anã com uma galáxia muito maior, na forma de espiral. (Nota: sabemos que não há som no espaço, então essa colisão não chegou a produzir um estrondo; é um termo apenas para efeitos dramáticos).

O telescópios Chandra captou o calor antes de mais nada – ou seja, a nuvem de gás superaquecido, de cerca de seis milhões de graus centígrados. Por isso, o título de “superaquecido” é, no mínimo, um eufemismo. Em seguida, os cientistas começaram a juntar as peças do quebra-cabeça. O gás possuía o formato de um cometa, indicando o movimento da galáxia anã, desde que ela colidiu com a galáxia maior em espiral.

A galáxia espiral se localiza a cerca de 60 milhões de anos-luz da Terra e é denominada NGC 1232, nas nomenclaturas técnicas dos cientistas. Na cabeça desse “cometa” estão diversos pontos muito brilhantes de emissão forte de raio-X. A NASA pensa que se trata da criação de estrelas superpoderosas, desencadeadas pela colisão.

Estima-se que a colisão em si continue durante mais cerca de 50 milhões de anos, com o gás quente podendo continuar a emitir raios-X durante, possivelmente, mais centenas de milhões de anos. Esse fenômeno é de grande interesse para a agência espacial, uma vez que poderia ajudar os cientistas a entender como o universo cresce devido à colisão entre enormes galáxias como estas duas.

Fonte: http://www.popsci.com/science/