Se você, leitor, observar a tabela periódica, verá que o 113º
elemento químico (unúntrio) está lá. Supostamente encontrado em 2004, o
crédito por sua descoberta é disputado por cientistas americanos, russos
e japoneses.
O unúntrio (nome provisório, que significa “um-um-três” em latim) faz
parte de um grupo de elementos químicos artificiais, que não ocorrem
naturalmente e são produzidos por meio de experimentos químicos
complexos – quando essas experiências resultam em átomos relativamente
estáveis e que passam por determinado tipo de desintegração, o elemento
pode ser nomeado e adicionado oficialmente à tabela periódica. O
primeiro foi sintetizado em 1940, e desde então cientistas de vários
países vêm se esforçando para descobrir (e nomear) novos elementos. Os
elementos 93 a 103, por exemplo, foram descobertos por pesquisadores dos
Estados Unidos; os 107 a 112, por cientistas da Alemanha.
Desde 2003, uma equipe do RIKEN Nishina Center (Japão) conduziu
vários experimentos para criar átomos do elemento 113 estáveis o
bastante para serem considerados uma descoberta “oficial”. Recentemente,
eles anunciaram que a pesquisa finalmente deu frutos. “Por nove anos,
nós temos procurado dados para identificar o elemento 113 de forma
conclusiva, e agora que nós finalmente conseguimos, é como se um grande
peso tivesse sido levantado de nossos ombros”, conta o pesquisador
Kosuke Morita, líder da equipe.
Contudo, cientistas dos Estados Unidos e da Rússia também anunciaram a
descoberta do elemento, feita por métodos diferentes daqueles usados
por Morita e sua equipe. Os resultados ainda precisam ser avaliados por
um júri independente, e só depois saberemos qual grupo levará o crédito
por ter encontrado primeiro o elemento – se for a equipe de Morita, o
Japão será o primeiro país asiático a ter o direito de nomear um
elemento químico artificial.
Fontes: http://www.science20.com/
http://www.scientificamerican.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário