Até 2011, só os autores de ficção científica acreditavam que planetas
poderiam orbitar estrelas binárias. Foi quando o telescópio Kepler
encontrou um planeta orbitando um sistema assim, o Kepler 16b. Depois, foram encontrados mais dois sistemas deste tipo, Kepler 34 e Kepler 35.
Agora, o telescópio Kepler encontrou um sistema com dois planetas
orbitando um sistema binário. Trata-se do sistema Kepler 47, distante
4.900 anos-luz, na constelação do Cisne, e composto por duas estrelas, a
maior com o tamanho do nosso sol, mas com apenas 84% do brilho solar, e
a estrela menor com um terço do tamanho do sol e apenas 1% do brilho
solar. O par completa uma órbita em torno do centro de gravidade do
sistema em 7 dias e meio.
Os planetas são diferentes. Kepler 47b tem três vezes o tamanho da
Terra, e está orbitando o par em 50 dias. Provavelmente é um mundo
sufocante, onde a destruição do metano em sua atmosfera superaquecida
deve criar uma grossa neblina global.
Kepler 47c orbita o sistema a cada 303 dias, o que o coloca na zona
habitável do sistema. Mas ele provavelmente não tem superfície, já que
parece ser um gigante gasoso pouco maior que Netuno.
A descoberta dos planetas do sistema Kepler 47 é mais uma evidência
de que os sistemas binários, muito comuns na galáxia, também podem ter
planetas em suas órbitas. Ao mesmo tempo cria um problema, já que a
teoria atual de formação de planetas não explica satisfatoriamente como
estes podem ter se formado. Melhor para os astrônomos, que vão ter que
se divertir corrigindo seus modelos.
Fonte: http://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/
Nenhum comentário:
Postar um comentário