quinta-feira, 24 de novembro de 2016

15 incríveis obras da natureza

A Mãe Natureza é bela e surpreendente, e nos brinda com paisagens incríveis como estes 15 itens presentes na lista abaixo. São imagens tão intrigantes e até mesmo surreais que você não vai acreditar que esses lugares realmente existem.

Desde fenômenos da natureza como a junção de relâmpagos com erupções vulcânicas e uma praia que brilha à noite até locais dignos de filmes de ficção científica, como a floresta inundada e a cachoeira de sangue na Artártida, confira a lista de 15 obras incríveis da natureza:

15. Raios em vulcões




A fotografia é impressionante, assim como as 14 seguintes. Infelizmente, é bem pouco provável que você consiga presenciar esse fenômeno ao vivo, mas ele não é assim tão incomum. Afinal, por incrível que pareça, uma erupção vulcânica é capaz de criar raios.

Uma hipótese para o belo espetáculo, conhecido como “tempestade suja”, é que as bolhas de magma ou as cinzas do vulcão possuem cargas elétricas e consigam criar, com o movimento da erupção, áreas de cargas elétricas opostas. Outra hipótese é que os raios aparecem por causa das colisões na poeira vulcânica que induzem a eletricidade.

A erupção vulcânica em si não é capaz de gerar carga elétrica suficiente para desencadear relâmpagos. Os cientistas acreditam que as cargas elétricas são geradas quando fragmentos de rochas, cinzas e partículas de gelo na nuvem colidem para produzir cargas estáticas, da mesma maneira que as partículas de gelo colidem no caso de um raio comum.

14. Bolhas de ar congeladas no Lago Abraham, Canadá


O Lago Abraham foi criado em 1972, após a construção da barragem de Bighorn, com as águas do rio North Saskatchewan, no estado de Alberta Ocidental, Canadá. Esse fato, no entanto, não diminui a beleza do lugar. O lago é lar de um fenômeno raro, que torna possível observar bolhas de ar congeladas logo abaixo de sua superfície. Isso fez com que o lago ficasse muito famoso entre amantes da natureza, fotógrafos e pessoas que gostam de paisagem muito, muito bonitas.

O fotógrafo Fikret Onal explica o fenômeno: “As plantas no leito do lago liberam gás metano, que congelam ao chegarem perto o suficiente de uma superfície muito mais fria do que o interior do lago”, conta. “As bolhas continuam se acumulando na superfície do lago à medida que o tempo se torna cada vez mais frio na temporada de inverno”, completa. De fato, as temperaturas da região podem chegar na casa dos – 40°C nos dias mais frios do ano.

13. Poço natural Ik Kil Cenoute, México


O belo local, paraíso dos turistas, é um poço natural profundo a céu aberto, formado pelo colapso de uma caverna. A nome “cenoute” é utilizada para caracterizar esses lugares, uma vez que é a palavra da língua maia para “poço”. Na época em que os maias dominavam a região, alguns cenotes eram considerados sagrados: homens e mulheres jovens eram jogados e deixados para se afogarem lá como um sacrifício ao deus da chuva.

O cenoute em questão, Ik Kil, é um popular ponto de parada no caminho para a antiga cidade maia de Chichen Itza. Está localizado a cerca de 25 metros abaixo da superfície, por onde se chega por uma escada esculpida em rocha calcária. Lá embaixo, a piscina natural, usualmente lotada de banhistas, possui cerca de 60 metros de diâmetro e a água é muito profunda: em torno de 35 metros. Além de turistas, prepare-se para encontrar algumas carpas negras nadando no cenoute. Mas não se preocupe, elas não mordem e já estão até acostumadas com o movimento de turistas.

12. Caverna dos Cristais, México


Os geólogos a chamam de “Capela Sistina dos cristais”, mas o Super-Homem poderia chamá-la de casa. A Caverna dos Cristais, localizada no estado mexicano de Chihuahua, contém algumas das maiores vigas translúcidas de cristal do mundo. O tamanho? Algumas ultrapassam os 11 metros de comprimento.

Mas como os cristais conseguiram atingir essas proporções incríveis? O geólogo Juan Manuel García-Ruiz explica que, durante milênios, os cristais prosperaram num ambiente natural extremamente raro e estável. A temperatura na caverna gira consistentemente em torno de picantes 58°C. Além disso, a caverna está cheia de água rica em minerais, o que impulsionou o crescimento dos cristais. “Não há nenhum outro lugar do planeta onde o mundo mineral se revela em tamanha beleza”, afirma Gracía-Ruiz.

11. Beira-mar brilhante nas llhas Maldivas


A Ilha Vaadhoo, nas Maldivas, faz parte de um famoso grupo de ilhas conhecidas por serem o paraíso na Terra. Porém, essa ilha em especial possui a maior surpresa de todo o arquipélago. E esse mistério é apenas revelado à noite.

À primeira vista, parece que as águas do mar, incrivelmente transparentes de dia, viram um espelho ao cair da noite e refletem as estrelas do céu. Entretanto, o responsável pelo enigma é um fenômeno chamado de bioluminescência. O fitoplâncton, micróbios marinhos, são bioluminescentes e emitem essa cor azul nas areias das praias. O fenômeno é semelhante ao que os vaga-lumes fazem no seu quintal à noite. Os fitoplânctons, porém, criam uma iluminação natural muito mais romântica.

10. Salar de Uyuni, Bolívia


Nosso vizinho sul-americano possui o maior deserto de sal do mundo, conhecido como Salar de Uyuni. Localizado a 3.650 metros de altitude, o local é famoso por ser o lugar “onde o céu e a terra se unem”. Veja a foto e julgue por você mesmo. É quase impossível identificar em que ponto acabam as nuvens e começa o solo.

O Salar de Uyuni tem aproximadamente 10.582 km² de área. Como compração, o menor estado brasileiro, Sergipe, conta com uma área de 21.910km², apenas pouco mais do que o dobro do deserto. O Salar foi formado como resultado de várias transformações de lagos pré-históricos. Ele é coberto por alguns metros de crosta de sal, que possui um nivelamento extraordinário, tanto que se parece com um espelho, de tão lisa. Essa crosta contém de 50 a 70% das reservas mundiais de lítio.

9. Pilar de luz sobre uma pequena cidade do Estado de Idaho, EUA


A imagem que você vê é de um pilar de luz, fenômeno ótico formado pela reflexão da luz em cristais de gelo presentes na atmosfera da Terra. A luz pode vir do sol (geralmente quando está se pondo no horizonte ou já abaixo dele), caso em que o fenômeno é chamado de pilar solar. O fenômeno também se forma com a luz da lua ou a partir de fontes terrestres, tais como postes de luz.

Estes feixes verticais geralmente são visíveis quando o ar está muito frio e o efeito é causado por pequenos cristais planos de gelo que flutuam no ar. Se não há vento, eles pairam num eixo paralelo ao solo, agindo como pequenos espelhos que refletem a luminosidade do sol. A coluna resultante de luz brilhando no céu parece vir do sol, mas na realidade está apenas a alguns quilômetros de distância do observador, pois foi formada aqui mesmo em nosso ambiente terrestre.

8. Fontes de água salgada, EUA


Na costa do estado de Oregon, noroeste dos Estados Unidos, existem duas fontes de água salgada, assim no meio do mar – como se vê pela imagem. Conhecidas como Spouting Horn (“Chifre Esguichante”) e Thor’s Well (“Poço de Thor”), as formações rochosas apareceram devido ao poderoso movimento das marés. A Spounting Horn tem uma fonte homônima na costa do Havaí.

Ambas as formações se localizam na região do Cabo Perpétuo. Os locais são famosos pontos turísticos, mas as autoridades locais alertam para o perigo de nadar nas suas imediações, especialmente na maré alta e durante a temporada de inverno.

7. Formações onduladas nas pedras do deserto de Nevada, EUA


O conjunto de rochas conhecidas como “A Onda” é uma formação de arenito localizada na porção norte do estado do Arizona, EUA. O belo efeito gráfico de várias linhas “desenhadas” na pedra se deu devido à erosão sofrida pelos vento e pela água na Idade Jurássica. O material da areia presente no local ajudou a criar esse efeito único. A maior das rochas possui 19 metros de largura por 36 metros de comprimento.

A Onda está aberta à visitação e pode ser alcançada em trilhas de caminhadas de pouco menos de 5 quilômetros de extensão em um ambiente nem sempre fresco e acolhedor – lembre-se de que estamos falando de pedras no meio do deserto. As temperaturas costumam passar dos 40°C toda tarde na temporada de verão (no começo do mês de julho, algumas cidades da região chegaram a registrar mais de 54°C!). Por isso, se você for se aventurar por essas bandas, evite os horários mais quentes do dia, leve muita água potável e boa sorte.

6. Árvores de eucalipto arco-íris do Havaí


A espécie Eucalyptus deglupta é a única árvore de eucalipto encontrada no hemisfério norte. Como se isso não fosse o extraordinário o suficiente, as árvores de até 70 metros de altura também brilham com as cores do arco-íris: sua casca pode assumir as tonalidades de amarelo, verde, laranja e até roxo.

O fenômeno incomum acontece devido à troca de casca da árvore, que acontece em épocas distintas. Ou seja, as diferentes cores são indicadores da idade da casca: um troco novo revelará um interior verde-claro. Esse tom se escurece com o tempo, e acaba passando por tonalidades de azul e roxo, para depois atingir tons de laranja e marrom.

As árvores da foto são da ilha de Maui, Havaí, e se tornaram uma das grandes atrações do local.

5. Cachoeira de sangue, Antártida


Em 1911, o explorador e geólogo australiano Griffith Taylor descobriu uma característica glacial estranha na Antártida, no local conhecido atualmente como Cachoeira de Sangue. Trata-se de uma espécie de catarata vermelha e brilhante, com a altura de aproximadamente cinco andares de um prédio comercial, que escoa através de uma rachadura na agora chamada Geleira de Taylor. O destino final desse “sangue” é o lago antártico Bonney.

Mas afinal, de onde vem essa coloração incomum para um local repleto de gelo e neve?

Os geólogos primeiro acreditavam que a cor da água vinha de algas, mas hoje se sabe que é causada por micróbios que vivem num ambiente rico em enxofre e ferro na água sem oxigênio que existe debaixo do gelo, há quase 2 milhões de anos. O lago escondido sob a Geleira de Taylor fica embaixo de uma crosta de 400 metros de gelo e se estende até o fim da geleira. Esse lago macha o gelo de um laranja avermelhado quando suas águas ricas em ferro “enferrujam” ao entrar em contato com o ar.

Acredita-se que o lago subglacial debaixo da Geleira de Taylor foi parte de um antigo sistema marinho que ficou preso quando a geleira se fechou, entre 1,5 milhão e 2 milhões de anos atrás. A saída esporádica do líquido avermelhado dá aos pesquisadores a chance de explorar o lago escondido sem perfuração e sem correr o risco de contaminação do próprio lago.

4. Teia de aranha gigante em árvores do Paquistão


Até mesmo os habitantes mais velhos da província de Sindh, no Paquistão, admitem nunca terem visto nada parecido: árvores inteiras envoltas em teias produzidas por milhões de aranhas. O fenômeno misterioso pode ter sido um resultado inesperado das inundações devastadoras que varreram a região em março de 2011, época em que as fotos foram tiradas.

Segundo os cientistas, as aranhas provavelmente subiram nas árvores para fugir da água, assim como qualquer ser humano faria. No seu auge, as inundações cobriram praticamente um quinto do país e desalojaram perto de 20 milhões de pessoas.

Uma bênção inesperada do evento bizarro pós-enchente é que as aranhas famintas reduziram significativamente a população de mosquitos da área. A malária e outras doenças transmitidas por mosquitos se tornaram um problema sério na região depois que a água das inundações recuou e deixou a paisagem coberta de líquido parado. No entanto, a região de Sindh, com suas árvores envoltas em teias de aranha, relataram menos casos de malária que o resto do país.

Parece uma solução pouco provável diante de um problema tão complexo, mas a natureza tem uma maneira estranha de encontrar um equilíbrio. Uma vez que a reconstrução das regiões mais afetadas do país poderiam levar anos, as árvores embrulhadas em teias de aranha se transformaram em um símbolo inesperado da boa vontade da natureza – apesar de sua bizarrice.

Na cidade de Curitiba, no Paraná, um fenômeno bem menos intenso, mas de qualquer forma semelhante, foi observado no mês de abril deste ano. Uma diferente espécie de aranha tomou algumas árvores do centro da cidade. Assim como no caso do Paquistão, as aranhas curitibanas não ofereceram risco à população e ainda foram benéficas no controle de insetos.

3. Nuvem gigantesca sobre Pequim, China



Uma impressionante e gigante nuvem de tempestade em forma de cogumelo dominou o horizonte de Pequim, o que fez com que os habitantes da cidade temessem o fim do mundo. Para o olho destreinado, parecia o primeiro sinal do apocalipse, como o início de uma guerra nuclear.

Entretanto, em vez de qualquer indício bélico, a nuvem em forma de um cogumelo gigante vista nos céus da capital chinesa em junho de 2012 foi simplesmente uma vitrine brilhante da maravilha da natureza.

Tratava-se simplesmente de uma cumulonimbus gigante – uma nuvem vertical, imponente, que é tipicamente associada com trovoadas. Pela sua grandeza e também por sua beleza, a super nuvem foi muito fotografada e filmada por habitantes da cidade.

Mesmo a menor das nuvens cumulonimbus fazem qualquer outro tipo de nuvem parecer ridiculamente pequena, já que a base delas pode contar com vários quilômetros de diâmetro. E a formação gigante em Pequim não foi exceção: a forma de uma enorme bigorna (ou explosão nuclear, para ser mais dramático) dominou o horizonte da cidade aquela tarde.

2. Floresta submersa no Lago Kaindy, Cazaquistão


É preciso um certo tempo até que percebamos que, sim, aquelas formações finas e altas são mesmo árvores que, é verdade, estão debaixo d’água. Árvores, o senso comum nos diz, foram projetadas para estarem enraizadas em terra firme, e não na água, e elas certamente não foram feitas para serem encontradas submersas em lagos, lentamente apodrecendo como esqueletos. É tudo realmente muito estranho.

O Lago Kaindy, localizado no Cazaquistão, é muito jovem geologicamente falando, tendo nascido no século passado. Situado a 2 mil metros acima do nível do mar, possui 400 metros de extensão e sua profundidade se aproxima dos 30 metros em alguns lugares.

Ele foi criado devido a um enorme deslizamento de terra calcária, causa de toda a estranheza das imagens e dos parágrafos acima. A água inundou a região que se formou com o deslizamento, e o padrão rochoso que já existia ao redor virou uma barragem natural para o recém-criado lago. Ainda não deterioradas, as árvores afogadas repousam no leito do lago, e o topo de suas copas até se elevam para fora da água, como mastros de navios misteriosamente afundados.

Nos meses de inverno, o Kaindy congela, mas isso não impede que algumas almas corajosas mergulhem em suas águas. Os mergulhadores são cativados pela visão de troncos de árvores envoltos em um lençol de gelo e pela estranha beleza do mundo subaquático escondido nesse singular lago cazaque.

1. O lago rosa, Austrália


Você talvez já tenha se deparado com a fotografia do Lago Hillier em algum momento de sua vida. Famoso por sua cor rosada, o lago está situado na Midle Island, no arquipélago de Recherche, no estado australiano de Western Australia. Visto de cima, se assemelha a um grande chiclete cor de rosa. Quem chega até a ilha de avião não consegue deixar de dar uma esticada de pescoço para observá-lo.

O lago possui cerca de 600 metros de comprimento e está rodeado por uma faixa de areia, seguida de uma densa floresta de eucaliptos. Outra estreita faixa de dunas de areia coberta por vegetação nativa separa o lago rosa do Oceano Pacífico. A cidade grande mais perto de lá é Perth. Sydney e Melbourne ficam do outro lado do país.

Ao contrário de outros lagos cor de rosa no mundo, a tonalidade particular do Lago Hillier ainda não possui uma causa certa, embora especula-se que a cor surja a partir de um corante criado pelo organismos Dunaliella salina e Halobactéria. Outra hipótese é de que a cor rosa se dá devido a bactérias halófilas vermelhas nas crostas de sal. Sobre pelo menos um ponto os cientistas que estudam o local têm certeza: a cor não é um truque de luz e isso pode ser provado ao levar uma quantidade de água do lago em colocá-la em um recipiente qualquer. A cor de rosa é permanente.

Um dos primeiros relatos da história sobre o lago rosa do arquipélago de Recherche remonta aos escritos de Matthew Flinders, um navegador britânico, feitos em 1802. Flinders tinha escalado o pico mais alto da Midle Island (agora conhecido como Pico de Flinders) para examinar as águas que o cercam quando se deparou com este lago rosa notável. Exceto por alguns anos, quando houve extração de sal na região, a ilha e seu lago rosa ficaram quase intocados. Desde então, o local fornece aos visitantes uma das vistas mais deslumbrantes de uma das grandes maravilhas naturais do mundo.

Fonte: http://hypescience.com/

Conheça o “cemitério” de cometas


Em uma certa região do nosso sistema solar, há mais de um milhão de cometas que se tornaram inativos há milhões de anos – e, surpreendentemente, alguns “voltaram à vida” depois desse longo período.

Recentemente, uma equipe de cientistas da Universidade de Antioquia (Colômbia) decidiu investigar essa região, localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter. “Encontramos um cemitério de cometas”, explica o astrônomo Ignacio Ferrin, líder do grupo.

Quando um asteroide (um objeto composto por rocha, gelo e impurezas e que normalmente tem pelo menos alguns quilômetros de extensão) chega a uma certa distância do sol, ele entra em órbita e ganha velocidade, e os ventos solares fazem com que o gelo evapore e se transforme em uma “cauda” – o asteroide, então, se torna um cometa.

Eventualmente, o cometa colide com algum obstáculo (ou sofre a ação de uma força contrária) e desacelera, perdendo a “cauda” e vagando lentamente pelo espaço. “Imagine todos esses asteroides orbitando o sol por eras, sem indícios de atividade”. De acordo com Ferrin, porém, “alguns deles não são rochas mortas, afinal de contas, cometas dormentes podem voltar à vida se a energia que recebem do sol aumenta um pouco” – o que acontece, por exemplo, quando as órbitas de Marte ou Júpiter fazem com que se aproximem do sol.

A equipe encontrou 12. “Esses objetos são os ‘cometas Lázaros’, que retornam à vida depois de permanecerem dormentes por milhares ou até mesmo milhões de anos. Potencialmente, qualquer um dos milhares de vizinhos silenciosos pode fazer a mesma coisa”.

Se isso acontecer, será a repetição do “passado glorioso” da região, que, de acordo com as hipóteses levantadas por Ferrin e sua equipe, era habitada por incontáveis cometas ativos.

Fontes: http://phys.org/
            http://mnras.oxfordjournals.org/

Telescópio Hubble descobre fonte de fluxo cósmico perto da Via Láctea


Durante décadas, os cientistas não sabiam como explicar a origem da chamada Corrente de Magalhães, uma longa faixa de gás descoberta na década de 1970 que se estende quase de um lado a outro da Via Láctea.

Mas novos dados do Telescópio Espacial Hubble da NASA ajudaram os astrônomos a desvendar o caso. As observações mostram que o fluxo não se forma de uma só vez; em vez disso, a faixa é uma combinação de material retirado em momentos diferentes, tanto da Grande Nuvem de Magalhães quanto da Pequena Nuvem de Magalhães, duas galáxias satélites que pairam em torno da Via Láctea, a menos de 200 mil anos-luz de distância.

Cerca de 2 bilhões de anos atrás, o material foi retirado da Pequena Nuvem de Magalhães, dando origem a parte do filamento gasoso, enquanto a segunda fonte do fluxo veio mais recentemente, a partir da Grande Nuvem de Magalhães.

Os baixos níveis de oxigênio e enxofre encontrados durante a maior parte do fluxo coincide com a composição química da Pequena Nuvem de Magalhães, disseram os pesquisadores. Mas eles também descobriram uma surpreendente quantidade de enxofre em uma parte do fluxo que está mais perto das Nuvens de Magalhães.

“Nós encontramos uma quantidade consistente de elementos pesados ​​no fluxo até chegar muito perto das Nuvens de Magalhães, e aí os níveis de elementos pesados sobem”, explica o pesquisador Andrew Fox, do Space Telescope Science Institute em Baltimore, Maryland (EUA). “Essa região interior é muito semelhante em composição a Grande Nuvem de Magalhães, sugerindo que foi arrancada da galáxia mais recentemente”.

Ao estudar o fluxo, os pesquisadores puderam aprender mais sobre como as galáxias maiores afetam as galáxias satélites ao seu redor.

“Queremos entender como galáxias como a Via Láctea tiram o gás a partir de pequenas galáxias próximas e depois o usam para formar novas estrelas”, acrescentou Fox. “Isso parece ser um processo episódico. Não é um processo suave, no qual uma lenta corrente de gás vem continuamente. Ao invés disso, de vez em quando uma grande nuvem de gás cai dentro da atração gravitacional da galáxia maior, sendo tirada de sua galáxia original. Nós temos uma maneira de testar isso aqui, onde duas galáxias estão nesse processo com a nossa”. 

Fonte: http://www.livescience.com/

Misteriosa ameba devoradora de cérebro desafia pesquisadores

A visão microscópica da ameba invasora de cérebros, conhecida como Naegleria fowleri, já é assustadora: revela um trio de estruturas de alimentação retorcidas no formato de uma máscara de palhaço macabra. Mais assustador ainda é o que o organismo parasita faz. Habitantes de água doce, a ameba já infectou 128 pessoas desde 1962. Apenas uma sobreviveu.

Agora, a garotinha Kali Hardig pode muito bem se tornar a segunda. A menina de doze anos, que vive em Arkansas, nos Estados Unidos, contraiu uma rara forma de meningite parasitária mais de duas semanas atrás. Enquanto a maioria das vítimas morre dentro de uma semana da exposição, a ameba agora parece estar ausente do fluido espinhal de Hardig.

Nos últimos dias, os médicos têm retirado lentamente as máquinas utilizadas para regular a respiração e a temperatura corporal de Hardig, diminuindo a dose de seus sedativos e a tirando da diálise. Até domingo (3), a garota já estava respondendo a perguntas dos membros da sua família.

O epidemiologista de Centros de Controle de Doenças, Jonathan Yoder, explica que enquanto as infecções N. fowleri são muito raras. A ameba – que normalmente faz a sua casa nas águas frescas de locais mais quentes – começou a se desenvolver nas regiões mais setentrionais dos EUA, incluindo os estados do Kansas, Indiana e até Minnesota.

Algo mais complexo e menos explorado é o desafio que N. fowleri representa para funcionários de saúde pública que procuram aumentar a consciência da população sobre a sua presença. Em entrevista ano passado, após a morte de duas crianças que contraíram a ameba enquanto nadavam em um lago no estado de Minnesota, Yoder contou que, por um lado, a própria ameba é incrivelmente comum.

Uma pesquisa realizada há décadas pelo a encontrou amostras da ameba em cerca de metade dos lagos examinados. Entretanto, a taxa de infecção nesse locais eram incrivelmente baixas. E enquanto os métodos de rastreio atuais podem nos dizer existe ou não N. fowleri em um determinado lugar, os pesquisadores ainda não possuem nenhuma boa maneira de detectar o quanto do parasita realmente está realmente presente lá.

E esse é o grande desafio para epidemiologistas no momento. “Nós podemos encontrá-los em um diversos lugares, onde muitas pessoas nadam, mas não parece haver infecções lá – ou pelo menos nenhuma de que nós estamos cientes”, disse à época. Além disso, a impossibilidade de quantificar o N. fowleri significa que não há maneira de saber se a quantidade do parasita está de alguma forma relacionada à quantidade de pessoas infectadas por eles.

E isso cria um desafio interessante, segundo Yoder, do ponto de vista de saúde pública: quando a prevalência de N. fowleri é alta, mas as taxas de infecção são baixas, o que devemos dizer às pessoas quando o encontramos? Aliás, a questão mais oportuna talvez seja: o que diremos às pessoas quando descobrirmos que eles estão se espalhando?

Leve em consideração, por exemplo, que Kali Hardig é a segunda pessoa em três anos a se infectar pelo N. fowleri depois de nadar no lago Willow Springs Park, na cidade de Little Rock, local de veraneio visitado por milhares e milhares de pessoas todos os anos. (Agora o parque se encontra fechado voluntariamente pelos proprietários, logo após a infecção de Hardig. O site do local informa que está atualmente “Sob Renovação”).

Então, o que deve ser feito? O conselho de Yoder à população é: esteja ciente de que a ameaça existe – apesar de improvável –, especialmente nos meses de verão, quando as temperaturas da água esquentam e chegam a atingir mais de 30 graus Celsius. Se você entrar na água, Yoder não sugere que mergulhe com sua cabeça. Se você ainda assim quiser colocar a cabeça embaixo d’água, use um clipe nasal. “Qualquer coisa que você faça para reduzir o risco de a água acabar entrando em seu nariz provavelmente reduz o risco de infecção”, declara.

As infecções causadas por amebas de vida livre – caso da Naegleria – são erráticas, ou seja, não deveriam ocorrer no organismo humano. Por esse motivo, sua evolução no organismo é extremamente rápida e, geralmente, acomete o sistema nervoso central. O tratamento existe, mas, pela rapidez com que se dissemina, não há tempo para cura ou sequer para o diagnóstico. “A maioria dos diagnósticos de Neagleria é feito post mortem”, explica o pesquisador brasileiro Marco Túlio Alves da Silva, do Grupo de Cristalografia do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

No Brasil, especialistas atentam para a falta de dados sobre a ameba e a doença mortal causada por ela. Embora o número de vítimas do Naegleria seja melhor contabilizado nos EUA, a doença causada pela ameba faz vítimas no mundo todo. “O que falta, no Brasil, são dados específicos sobre a Neagleria. Não temos o número de casos no Brasil, regiões mais expostas etc; não temos dados de como a atividade industrial pode aumentar ou diminuir o número de formas de Neagleria“, afirma o cientista.

Fonte: http://hypescience.com/

O novo sólido que na verdade é um líquido

Geralmente, se você esfriar qualquer substância o suficiente, ela vai passar para um estado sólido, o mais estável da matéria, de acordo com a física tradicional. Mas isso tudo pode estar prestes a mudar.

Uma equipe de cientistas da Universidade La Sapienza, em Roma (Itália), descobriu um novo estado líquido “misterioso”, que é mais estável do que um cristal sólido.

Os pesquisadores usaram simulações de computador para criar um líquido que poderia ajudá-los a criar novos materiais no futuro. Começando com um modelo de um coloide – um líquido com pequenas partículas em suspensão, como o leite contém pequenos glóbulos de gordura – eles foram capazes de arrefecer a substância virtualmente até ela tomar uma forma estável, que parecia sólida, mas tinha a estrutura molecular de um líquido.

Frank Smallenburg, um dos pesquisadores, explica: “A coloide tem partículas pequenas o suficiente para que a energia térmica seja importante. Quando fazemos a união mais flexível, a fase líquida se mantém estável, mesmo em temperaturas extremamente baixas. As partículas terão o estado de um cristal, a menos que elas sejam compactadas a altas densidades”.

Na verdade, se o líquido é resfriado corretamente, os laços flexíveis permitem que o material virtual seja resfriado a superbaixas temperaturas e se comporte como o vidro faz em temperatura ambiente – parte líquido, parte sólido. A chave para esse resultado são as ligações que existem em coloides. Cristais sólidos normalmente se formam com líquidos frios porque exigem menos energia para assumir esse tipo de estrutura ordenada; em vez disso, ao que parece, os coloides com laços flexíveis têm mais formas de se conectar com seus companheiros de moléculas quando estão em estado líquido.

O próximo passo, claro, é transformar a teoria em prática e usar o novo conhecimento para criar materiais reais que se beneficiam dessas propriedades – mas será preciso esperar um pouco por isso.

Fonte: http://gizmodo.com/

O que existia antes do Big Bang

Será que algum dia saberemos o que aconteceu antes do Big Bang? Esta não é uma questão apenas filosófica: há alguns aspectos que podem vir a ser cientificamente testados.

Por muito tempo o homem achou que o Universo – por definição, tudo que tem existência física – era de idade infinita, ou com uma idade que poderia ser medida em gerações humanas, como contado por muitas mitologias. Porém, graças aos estudos da taxa de expansão do Universo, sabemos que há cerca de 13,8 bilhões de anos tudo que podemos observar veio de uma expansão a partir de um ponto menor que um átomo, o Big Bang.

O modelo do Big Bang é a melhor explicação que temos para a aparência do cosmos atual, mas ele tem suas limitações – como o fato de que não responde a algumas perguntas fundamentais, como “o que veio antes do Big Bang?” (se é que veio alguma coisa). Mas antes de tentar entender as possíveis respostas, é preciso primeiro entender a pergunta.

Inflação do big bang

O Universo pode ser definido como tudo o que existe em um sentido físico, mas nós podemos observar apenas uma parte dele. Olhando ao redor vemos galáxias por todos os lados, e elas todas se parecem umas com as outras, não há uma direção especial no espaço… Isso significa que o Universo não tem “bordas” (ou um centro).

Se fossemos movidos instantaneamente para uma galáxia distante, veríamos um cosmos semelhante ao que vemos da Terra, com um raio efetivo de 46 bilhões de anos-luz. Não podemos ver além desse raio, não importa onde estejamos posicionados.

Por vários motivos os cosmologista acreditam que o Universo sofreu um processo de inflação em seus primórdios – uma expansão rápida logo após o Big Bang. Com a expansão, veio o resfriamento, e, passados cerca de 380.000 anos do Big Bang, o Universo ficou transparente, e a luz daquela época pode ser percebida hoje como a radiação cósmica de fundo (CMB, na sigla em inglês de Cosmic Microwave Background).

Essa radiação foi examinada por meio de telescópios espaciais como o COBE, WMAP e, mais recentemente, o Planck, e cientistas perceberam que ela é bastante suave, mas não totalmente uniforme: contém irregularidades que eram minúsculas e ficaram imensas com a inflação, e se tornaram as sementes para os objetos em larga escala, como galáxias e grupos de galáxias vistos hoje.

Existem várias versões possíveis para a inflação, mas o ponto essencial é que as flutuações aleatórias de temperatura e densidade produzidas pelo Big Bang foram suavizadas pela expansão rápida, como um balão murcho e enrugado se torna um objeto liso quando inflado. Mas a inflação teria acontecido tão rápido que o Universo passou a ter regiões desconectadas – universos paralelos – que podem até mesmo ter leis físicas diferentes.

A inflação produziria muitas ondas gravitacionais – flutuações na estrutura do espaço e tempo – que por sua vez deixariam as marcas na radiação cósmica de fundo. As ondas gravitais no início do Universo teriam agitado o espaço-tempo, criando um ambiente que distorceu a emissão de luz.

Universos de bolso

Entretanto, nada disso nos informa o que veio antes do Big Bang. Em muitos modelos inflacionários, bem como em teorias do Big Bang mais antigas, este é o único Universo que existe, ou, pelo menos, o único que podemos observar.

Uma exceção é o modelo conhecido como inflação eterna. Nele, o Universo Observável é parte de um “Universo de bolso”, uma bolha em uma enorme espuma de inflação. Na nossa bolha particular, a inflação começou e parou, mas em outros universos desconectados do nosso a inflação pode ter propriedades diferentes. A inflação eterna esvaziou as regiões fora das bolhas, eliminando toda a matéria ali – não há estrelas, galáxias ou qualquer coisa reconhecível.

Se a inflação eterna está correta, o Big Bang é a origem do nosso universo-bolha, mas não de todo o Universo, que pode ter uma origem muito anterior. Se algum dia tivermos evidências dos multiversos, elas serão indiretas, mesmo com a confirmação da inflação feita pelo telescópio Planck e outros. Em outras palavras, a inflação eterna pode responder sobre o que precedeu o Big Bang, mas ainda vai deixar a questão da origem última fora de alcance.

Ciclos de trilhões de anos

Muitos cosmologistas consideram o modelo inflacionário como o pior modelo que temos. As propriedades gerais da inflação são interessantes, graças à sua utilidade para resolver problemas difíceis em cosmologia, mas certos detalhes são complicados. O que causou a inflação? Como ela começou e quando terminou? Se a inflação eterna está correta, quantos universos-bolha podem existir com propriedades semelhantes às do nosso? Houve um “Big Bang Maior” que originou o multiverso? E, finalmente (o que diferencia a ciência da filosofia), podemos testar estas hipóteses?

Existe uma alternativa ao modelo inflacionário, que evita estas questões, e responde o que havia antes do Big Bang. Se o modelo de universo cíclico de Paul Steinhardt e Neil Turok estiver certo, o Universo reside dentro de um vazio em uma dimensão maior. Junto do nosso universo há um universo paralelo que não podemos observar diretamente, mas que está conectado com o nosso pela gravidade.

O Big Bang não seria o início, mas um momento em que duas “branas” (termo que deriva de “membranas”) colidiram. O Universo no modelo cíclico está entre períodos em que as branas estão se afastando, com expansão acelerada, e novos Big Bangs estariam em períodos em as branas colidem novamente. Como cada ciclo levaria trilhões de anos para se completar, o universo seria infinitamente velho, evitando os problemas filosóficos dos modelos inflacionários.

Embora o universo cíclico não seja popular entre os cosmologistas, ele pelo menos poderia ser descartado pela observação: se a “assinatura gravitacional” da inflação for encontrada, o modelo cíclico já era… mas o modelo cíclico, por sua vez, não está completo – ele não explica quanta energia escura há no universo, por exemplo. E atualmente não há evidência física que o diferencie dos modelos inflacionários.

Se você acha que todas estas opções são espantosas, pode ter certeza de que os cientistas pensam o mesmo. Como o universo observável está em expansão acelerada, sem sinal de que vá entrar em colapso mesmo no futuro mais distante, por que haveria um cosmos com um início mas sem um fim semelhante? Se a inflação ou o Big Bang apaga as informações sobre o que veio antes (se é que algo veio), será que não estamos discutindo quantos anjos poderiam dançar Gangnam Style na cabeça de um alfinete? Mesmo se a inflação eterna ou o modelo cíclico forem corretos, eles colocam a questão da origem de tudo no campo do que não pode ser testado.

Em dez ou cem anos, as questões e métodos que usamos para responder estas questões provavelmente terão evoluído. Por enquanto, ainda não está claro como podemos saber o que precedeu o Big Bang.

Fonte: http://hypescience.com/

Cenote Angelita, um rio salgado correndo no fundo de um poço de água doce

Localizado na Península do Yucatán, no México, há um rio submerso secreto, chamado Cenote Angelita, que pode ser encontrado depois de 10 a 15 minutos dirigindo ao sul de Tulum.

É provavelmente a formação mais inusitada de seu tipo. A água salgada possui uma quantidade elevada de sulfeto de hidrogênio e uma turvação mais evidente, destacando-a da água doce acima, permitindo que mergulhadores nadem ao longo desta criação submersa, que tem a mesma aparência de um rio da superfície. Existem até mesmo árvores caídas e folhas nos dois lados das “margens”, tornando esta paisagem ainda mais surreal.

Os cenotes são poços profundos naturais característicos do México, e resultam do colapso de camadas de calcáreo, expondo os lençóis de água abaixo das mesmas. São cheios de água e estão ligados a uma caverna marinha.

“Da superfície, você olha e vê apenas água azul. (…) A cerca de 18 metros, você começa a ver o que parece um estanho fundo delgado abaixo de alguns troncos desfolhados e fantasmagóricos, com galhos saindo dele. Conforme vai ficando claro, você começa a sentir o efeito da narcose ao mesmo tempo que percebe um tênue nevoeiro abaixo. Você para sobre a nuvem e olha ao redor, tudo parece surreal, e um sentimento fantasmagórico toma conta, amplificado pelos efeitos do nitrogênio no cérebro”, descreve Maya Diving, que oferece viagens para o Angelita.







Confira o vídeo:

 

Fonte: http://hypescience.com/

Cientistas descobrem uma nova força, maior que a gravitacional

Os cientistas sabem há muito tempo que corpos negros produzem radiação e que a radiação cria um efeito repulsivo. No entanto, de acordo com um novo estudo, há uma outra força em jogo, que age um pouco como a gravidade e atrai objetos ao corpo negro. Esta nova descoberta foi nomeada “força de corpo negro”.

Os corpos negros, objetos celestes que são perfeitamente não reflexivos, mudam a energia atômica das moléculas em torno delas, situação conhecida como “efeito força”. Isso ocorre quando o campo elétrico criado pela radiação de corpo negro emite fótons em moléculas e átomos circundantes, que muitas vezes criam a energia repulsiva que estamos acostumados a ver em torno de corpos negros.

No entanto, com o nível de energia do fóton correto e a irradiação do corpo negro inferior a cerca de 6.000 graus Kelvin, praticamente 5.700 graus Celsius, cria-se uma força de atração que é maior do que a pressão de radiação e, em alguns casos, maior do que a força da gravidade.

Esta nova força afeta apenas as menores partículas do universo, embora tenha um efeito em cenários astrofísicos. A equipe austríaca de cientistas que descobriu a força está estudando a forma como isso afeta a poeira cósmica. “Esses micro-grãos desempenham um papel importante na formação de planetas e estrelas ou na astroquímica”, conta M. Sonnleitner, da Universidade de Innsbruck. Ele ainda explica que, aparentemente, há algumas questões em aberto sobre a forma como interagem com o gás de hidrogênio em volta ou com outros. “Agora estamos explorando como esta força atrativa adicional afeta a dinâmica dos átomos e da poeira cósmica”.

Os cientistas tiveram dificuldades para replicar o efeito em um laboratório, mas esperam que, assim que for possível concluir um experimento, o resultado ajude a entender melhor algumas questões fundamentais da astrofísica.

Fonte: http://gizmodo.com/

O planeta solitário que vaga sem sistema solar

PSo J318.5-22 é jovem (para um planeta). E, mesmo sendo praticamente um recém-nascido, ele vaga sozinho pelo espaço, sem uma “estrela-mãe”.

Recentemente descoberto, e com um nome esquisito, este planeta de cerca de 12 milhões de anos de idade está a aproximadamente 80 anos-luz da Terra e é bastante parecido com os gigantes gasosos que orbitam outras estrelas jovens.

O fato dele estar flutuando pelo espaço sem uma estrela o torna um planeta mais fácil de estudar, permitindo compreender como funciona um gigante gasoso em seus primeiros anos. “Nunca vimos antes um objeto flutuando livre que se parecesse com este”, diz o dr. Michael Liu, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí em Manoa (EUA), chefe da equipe internacional que descobriu o planeta.

“Ele tem todas as características de planetas jovens encontrados orbitando outras estrelas, mas está vagando sozinho. Eu sempre me perguntava se este tipo de objeto solitário existia, e agora eu sei que existem”, conta.

Com todas as características de um planeta que orbita uma estrela jovem, ou seja, uma estrela de menos de 200 milhões de anos, PSO J318.5-22 foi descoberto no meio de dados obtidos pela pesquisa do Pan-STARRS 1 (PS1), feita no telescópio Haleakala, em Maui.

Enquanto procuravam pela assinatura de “estrelas fracassadas”, as anãs marrons, os pesquisadores se depararam com a assinatura de calor do planeta, que tem apenas seis vezes a massa de Júpiter. Estudos posteriores feitos com um telescópio infravermelho mostraram que não se tratava de uma anã marrom, mas de um planeta jovem.

Nos dois anos seguintes à descoberta, os astrônomos observaram a posição do planeta, o que permitiu determinar a sua distância da Terra, e sua trajetória. Pelas características, ele pertence a um grupo de jovens estrelas móveis, Beta Pictoris, que se formou cerca de 12 milhões de anos atrás.

A estrela que dá nome ao grupo, Beta Pictoris, também tem seu planeta gasoso gigante, mas PSO J318.5-22 parece ter uma massa ainda menor do que este último – e segue sua viagem solitária pelo universo.

Fonte: http://edition.cnn.com/

Estranha estrela giratória pode ser o “elo perdido” das pulsares

Segundo cientistas, uma estrela desconcertante de rápida rotação poderia ser o “elo perdido” de um mistério de longa data envolvendo um pulsar (estrela de nêutron muito pequena e densa).

O remanescente estelar do tamanho de uma cidade nascido da morte explosiva de uma estrela maior, localizado a cerca de 18 mil anos-luz da Terra, tinha a capacidade nunca antes observada de mudar de um tipo de pulsar para outro e depois voltar a ter suas características iniciais.

Os pulsares são estrelas de nêutrons que giram rapidamente e possuem variedades diferentes, mas os cientistas não eram capazes de encontrar a relação entre dois tipos diferentes até agora.

“Esta foi a primeira vez em que pudemos ver tanto raios-X quanto pulsos de rádio extremamente rápidos vindos de um pulsar”, conta Simon Johnston, diretor de astrofísica da divisão de astronomia e ciência espacial da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (Comunidade Britânica) [a CSIRO, na sigla em inglês], sediada em Sydney, Austrália. “Agora, temos evidências diretas de um pulsar que muda de um tipo de objeto para outro – como uma lagarta se transformando em uma borboleta”.

Os cientistas descobriram que o pulsar (chamado pela comunidade científica de PSR J1824 – 2452I) expele raios-X ou pulsos de rádio dependendo da quantidade de matéria que sua estrela companheira está lançando em sua direção em um determinado momento.

A estrela companheira, que tem apenas cerca de um quinto da massa do sol, às vezes atinge o pulsar com fluxos de matéria em alta velocidade. Os cientistas descobriram que o campo magnético do pulsar pode proteger a estrela do ataque de material estelar, mas também, de vez em quando, é sobrecarregado pela intensidade dos fluxos.

Quando o campo magnético não consegue impedir que a matéria atinja a superfície do pulsar, a estrela de rápida rotação libera jatos de raios-X. Por fim, o campo magnético do pulsar começa a proteger a estrela mais uma vez, após ela ter se acalmado.

“Nós demos a sorte de ver todas as fases deste processo com uma série de telescópios terrestres e espaciais”, relata Alessandro Papitto, astrônomo e autor de um estudo detalhando as novas descobertas na revista Nature. “Estamos procurando por estas provas há mais de uma década”.

Originalmente, os cientistas pensavam que os pulsares, em sistemas binários, lentamente acrescentavam o material expelido por suas estrelas companheiras, fazendo com que, aos poucos, se transformasse no que é conhecido como um pulsar de milissegundo: uma estrela de nêutrons que emite ondas de rádio, enquanto gira centenas de vezes a cada segundo.

No entanto, esta nova descoberta mostra que este pode ser um processo que acontece de uma hora para a outra, dependendo de quando a matéria vinda da estrela companheira atinge o pulsar.

“É como um adolescente que alterna seu comportamento entre atitudes de uma criança e de um adulto”, compara John Sarkissian, que observou o sistema com o radiotelescópio Parkes, da CSIRO, no leste da Austrália. “Curiosamente, as oscilações do pulsar entre este dois estados acontecem em questão de semanas”, completa.

Fonte: http://www.livescience.com/