Será que um dia vamos mesmo ter um? Será que a revolução causada por
eles será tão profunda quando a do microchip? Eles estarão na mesa de
cada cientista?
Bom, de certo modo, sim.
Primeiro de tudo, vamos dizer um pouco sobre o que esses computadores fazem.
Resumidamente, eles exploram o fato de que os fótons ou átomos presos
podem existir em múltiplos estados ou “superposições” ao mesmo tempo. A
computação quântica pretende fazer cálculos em todas as superposições
diferentes, de uma só vez. Isso torna o trabalho completamente seguro.
Há alguns dias, dois estudos importantes foram divulgados: em um, uma equipe conseguiu realizar a primeira rede quântica,
enviando qubits entre um laboratório e outro. No segundo, pesquisadores
conseguiram emaranhar dois qubits – o que seria o núcleo mais simples
de um computador quântico – em um semicondutor, o tipo de material que
os fabricantes de computadores comuns já usam com facilidade.
Tudo é meio confuso, mas por enquanto, o estado do campo é:
computadores de pequena escala, em laboratórios, para resolver problemas
simples. A maior parte dos pesquisadores afirma que a ideia de
computadores grandes é plausível no papel, mas a fabricação é um desafio
gigante.
Pretende ter um em casa? Mesmo os pesquisadores mais otimistas
acreditam que o computador quântico não vai substituir os nossos
pessoais.
As únicas aplicações que todos concordam seriam para quebrar códigos e
criar simulações de sistemas naturais onde a mecânica quântica atua.
Alguns dizem que um computador quântico até pode fazer as coisas
clássicas de um computador comum, de maneira mais rápida e mais
eficiente. Mas não faz sentido usá-lo dessa maneira.
Já outros acreditam em um impulso quântico para os computadores
comuns. Apesar de hoje eles serem desenhados para resolver um único
problema, no futuro poderiam surgir computadores programáveis. A
“máquina” não seria puramente quântica, mas mista.
É estranho pensar porque alguém ia querer um computador quântico, que
hoje é usado para resolver problemas matemáticos e da física, apenas
para ver o Facebook. Mas é sempre válido lembrar que vários avanços
tecnológicos parecem inúteis no começo, mas com mudanças e readaptações,
podem se tornam objetos completamente obrigatórios. Veremos o que o
futuro reserva.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/news/science-environment/
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