Um número surpreendente de dispositivos e tecnologias que são
normalíssimos hoje em dia está à beira da extinção, segundo o
editor-chefe da seção on-line da revista “Laptop”, Avram Piltch.
De acordo com Piltch, seu filho terá tanta familiaridade com algumas
das tecnologias habituais quanto os jovens têm com o Betamax, formato de
gravação em vídeo, considerado algo que ninguém conseguiria viver sem
na década de 1980.
Veja a lista, vislumbrada pelo jornalista norte-americano, das
tecnologias que poderão virar peças de museu em um futuro não tão
distante:
Internet com fio
Piltch ficou surpreso com uma colega de trabalho que disse não se
lembrar dos tempos antes da internet banda-larga. Em algum momento, seus
pais deveriam ter tido internet discada, mas ela era tão jovem que não
conseguia se lembrar. Até a internet sem fio estar universalmente
disseminada, creio que o filho de Piltch estará com 8 anos, mas ele
nunca vai se lembrar de um mundo onde os consumidores pagam por conexões
com fio. Já hoje, a tecnologia 4G nos proporciona velocidades boas de
conexão, mas os preços ainda são restritivos. Em algum ponto dos
próximos anos, as empresas vão compreender que dar antenas a todos é
mais barato e prático do que manter redes de cabos de fibra ótica.
Câmeras e filmadoras
As câmeras dos smartphones estão aposentando as câmeras comuns. Ao
contrário dos aparatos habituais, os quais carregamos só quando achamos
que será necessário, os smartphones estão sempre conosco. Eles oferecem
diferentes aplicativos e filtros, que podem melhorar a foto, e permitem
que as fotos e os vídeos sejam compartilhados quase que
instantaneamente. Mas as câmeras reflex (DSLR, na sigla em inglês)
continuarão entre nós por mais alguns anos. Sua qualidade ainda é
imbatível.
Telefones fixos
Em 2010, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças americano
mostrou que 26% das residências norte-americanas têm apenas telefones
celulares. Em 2017, aproximadamente, apenas algumas pessoas apegadas às
antiguidades continuarão a ter telefones fixos.
Computadores que demoram para inicializar
Esperar pela inicialização de um computador é uma das grandes
frustrações da era dessas máquinas. Mas o filho de Piltch nunca
experimentará desse sentimento, pois, segundo especialistas, raramente
desligaremos nossos computadores. Ao invés disso, o deixaremos em modo
de espera ou o colocaremos para hibernar. O que começa a se popularizar
hoje, esse costume será mais que habitual daqui a alguns anos, já que
atualizações não necessitarão da reinicialização para serem instaladas. E
reiniciar o computador só vai levar alguns segundos, devido à
tecnologia SSD.
Sistemas operacionais do Windows
Quando o filho do jornalista norte-americano estiver pronto para ter
seu primeiro computador, o Windows terá, muito provavelmente, acabado. O
sistema operacional da Microsoft vai continuar existindo, como também o
Mac OS X, mas diremos adeus à metáfora da janela, onde cada aplicação
que você põe para rodar é mostrada em uma janela que tem título e outros
detalhes característicos. A Microsoft já assinalou seu desejo de fazer
desse formato passado, optando pelo Metro UI como base.
Discos rígidos
O primeiro computador de nosso personagem foi um TI 99, que utilizava
fitas para armazenar dados. Desde então, a tecnologia SSD nos permite
acabar com a antiga prática de armazenamento de dados em discos
magnéticos giratórios. A tecnologia SSD não só é mais rápida como também
mais durável.
Cinemas
Os profetas de plantão, como nosso jornalista em questão, dizem que o
cinema vai morrer desde que a primeira TV foi vendida, mas, dessa vez,
de acordo com Piltch, isso realmente pode acontecer. Primeiro motivo: as
televisões com imagem em alta definição e com imagens em 3D estão
ficando mais baratas. E a qualidade dos home theaters não perdem em nada
para o cinema. Alguns estúdios têm liberado alguns filmes para serem
assistidos em casa, mediante compra, no mesmo dia de suas estreias nos
cinemas. Por isso, a tendência parece que vai continuar. Além disso, o
custo de ir ao cinema está fora de controle, seja nos EUA ou no Brasil.
O mouse
Dentro de cinco anos, os custos para adicionar telas sensíveis ao
toque serão tão pequenos que toda tela, seja de TV ou laptop, terá tal
capacidade. Aparelhos mais precisos, os mouses não desaparecerão da
noite para o dia, mas passarão a ser um método secundário.
Óculos 3D
Quando os primeiros filmes em 3D foram para as telas dos cinemas na
década de 1950, todos eram obrigados a usar aqueles óculos peculiares.
Desde então, eles têm se popularizado, de várias maneiras. A LG e a HTC
já lançaram fones de ouvido e telas estereoscópicas em 3D que não são
tão boas quanto home theaters, mas boas o suficiente para alguma
diversão 3D. Dentro de 10 anos, aproximadamente, os aparelhos de TV
poderão oferecer experiências em 3D sem os óculos.
Controle remoto
Quando Piltch era criança, a TV de sua família não tinha controle
remoto. Eles tinham de levantar do sofá, atravessar a sala e mudar de
canal. No futuro, ou usaremos nossos smartphones para isso ou uma
combinação de gestos e comandos de voz.
Computadores de mesa
Com exceção de empreendimentos industriais e empresas, os
computadores de mesa estarão acabados. Notebooks e laptops já dominam as
vendas e essa tendência, bem prática, por sinal, deve continuar
indefinidamente.
Números de telefone
O que você prefere: decorar e digitar números ou apenas selecionar um
nome e pressionar um único botão? Isso já acontece nos serviços VoIP,
como Skype, Google Talk e Facebook. No futuro, não pediremos números de
telefone.
Horário nobre na televisão
Antigamente – não tão antigamente assim –, famílias e grupos de
amigos se reuniam ao redor da TV, todas as semanas, para assistir
episódios de suas séries ou novelas favoritas. Quando as fitas chegaram,
era possível gravar os programas e assisti-los a qualquer momento. Hoje
em dia, podemos vê-los pela TV ou pela internet, sem precisar sequer
gravá-los, podendo assisti-los quando desejarmos.
Fax
Em nossa era dos e-mails, SMS e conexões 4G, só existe um motivo para
os faxes existirem: algumas empresas e seus advogados só consideram
algumas assinaturas válidas se estiverem em contratos e formulários. Mas
novas alternativas podem tirar o fax de nossas mesas, como a impressão
digital e as assinaturas digitais.
Discos ópticos (DVD)
A transformação já está ocorrendo a passos largos. Os DVDs estão sendo paulatinamente substituídos pelos Blu-rays.
Fonte: http://gizmodo.com/
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