Há cerca de 300 anos (há pouco tempo, em termos espaciais), uma
estrela explodiu na constelação de Cassiopeia, a aproximadamente 11 mil
anos-luz da Terra. A movimentação que gerou a supernova resultante,
chamada de Cassiopeia A (ou Cas A), está sendo reconstituída no
observatório Chandra, da NASA (satélite lançado em 1999).
Aparentemente, a estrela “virou do avesso” depois de explodir. Como uma estrela pode virar do avesso depois de explodir?
Isso acontece devido aos elementos químicos que a estrela formou durante sua vida.
O que os cientistas fizeram foi analisar imagens de raio-X que mostram o
que sobrou da estrela explodida há três séculos, e comparar com a
composição da estrela ainda inteira, antes da explosão.
A estrela antiga, conforme projeção dos pesquisadores, possuía ferro
no núcleo, seguido por uma camada de enxofre e silício, e uma externa de
oxigênio, neônio e magnésio. A superfície da estrela era composta de
gases como hélio e hidrogênio.
As imagens recentes, coletadas pelo satélite, mostram um fenômeno
curioso. Na distribuição dos elementos que sobraram do extinto corpo
celeste, o ferro do antigo núcleo aparece justamente na parte mais
externa dos restos da estrela.
Logo em seguida, já se percebem pontos de enxofre e silício, que
compunham a segunda camada mais interna, e assim por diante. Para
comprovar que os elementos realmente trocaram de ordem, os cientistas
vasculharam a região central da massa estelar e não havia mais
resquícios de ferro lá, que foi todo expelido para a camada externa.
A imagem de raio-X que mostra a distribuição dos elementos foi
coletada durante um milhão de segundos (o que equivale a cerca de onze
dias e meio), e, conforme explicam os cientistas, pode servir de base
para um estudo mais apurado a respeito do mecanismo das supernovas.
Fonte: http://www.sciencedaily.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário