domingo, 9 de setembro de 2012

5 esquisitices da nossa Via Láctea

Os cientistas já conseguiram explicar muita coisa sobre nosso universo, mas certamente não tudo. Provavelmente a maioria das peculiaridades do mundo nós ainda nem conhecemos ou não fazem nexo para nós, como estrelas que brilham demais sem razões, ou que conseguem orbitar próximas a buracos negros sem serem engolidas. Enfim; anormalidades que não entendemos como são possíveis, pelo menos por enquanto.

V838 Monocerotis
Em fevereiro de 2002, essa estrela ainda não reconhecida, há cerca de 20 mil anos-luz de nós, atingiu uma luminosidade um milhão de vezes maior do que o sol. No mês seguinte, o evento aconteceu de novo. E depois, em abril, pensou-se que era uma estrela do tipo nova, explosão que aumenta o brilho de uma estrela. Mas as novas não acontecem três vezes seguidas e depois param. 

Seriam duas estrelas colidindo? Ou uma estrela engolindo três planetas gigantes? Que &*¨%$#@ é essa? A única coisa de que os cientistas têm certeza é que a luz refletida na poeira ao seu redor gerou cores maravilhosas. 

Retardatários azuis
Densos agrupamentos estelares da Via Láctea abrigam uma série de estrelas avermelhadas, com pouca luminosidade e muito antigas, a maioria com mais de dez bilhões de anos. Alguns poucos agrupamentos, entretanto, brilham em azul e branco – o que sugere a presença de estrelas quentes, novas e brilhantes. 

Agora, os cientistas pensam que esses “retardatários azuis” são tão antigos quando os outros, mas de alguma maneira rejuvenesceram. Algumas estrelas podem ter sugado o gás de outras vizinhas ou serem o resultado da fusão de duas mais antigas. 

Sagitário A*
Sagitário A* é uma fonte de ondas de rádio no centro da Via Láctea, onde se imagina que exista um buraco negro gigantesco, com quatro milhões de vezes a massa do sol. Em algumas galáxias, um buraco negro desse tipo seria uma terrível fonte de radiação.

Mas não é o caso do nosso. Sagitário A* possui uma quantidade pequena de gás, e parece ser um pouco ineficiente em converter isso em calor e luz. 

S2
S2 não é um coração virtual. É uma estrela azul-branca rápida e intensa, para a qual não temos explicações. Ela faz sua órbita muito perto do buraco negro central, o Sagitário A*, a uma velocidade de até cinco mil quilômetros por hora. 

A essa distância, a gravidade do buraco negro não deveria permitir que as nuvens de gás se condensassem para formar novas estrelas. Esse comportamento até poderia acontecer com estrelas mais velhas, mas não uma tão jovem, com não mais do que dez milhões de anos. 

SDSS J102915+172927
A maior parte das estrelas atuais contém uma pequena quantidade de elementos pesados, herdados de gerações estelares antigas. Não no caso dessa, localizada mais de quatro mil anos-luz de nós. Descoberta no ano passado, ela é formada praticamente por hidrogênio e hélio, com apenas 0,00007% de outros elementos. 

Essa composição é similar à matéria do Big Bang. Essa quantidade de gás puro, sem o carbono e o oxigênio que normalmente ajudam as nuvens de gás a se resfriarem e condensarem, era para estar presente apenas em estrelas jovens e colossais. Ninguém sabe ainda como esse objeto se formou.

Fonte: http://www.newscientist.com/

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