Você já ouviu falar na Experiência da Dupla Fenda (“double-slit
experiment”, em inglês)? É um famoso experimento desenvolvido pelo
físico Thomas Young no início do século XIX. Ele provou que a luz é de
fato uma onda e não um conjunto de partículas, mas acabou mostrando
também que em alguns casos as partículas podem se comportar como ondas.
Cientistas austríacos, da universidade de Viena, registraram em vídeo
o momento em que este fenômeno foi observado com moléculas de grande
porte, como nunca havia sido visto. O princípio do experimento era
simples: fazer um feixe de luz ou um conjunto de moléculas passar por
uma placa com duas fendas, e verificar como as partículas passam por
elas.
No antigo experimento de Thomas Young, o feixe de luz era lançado nas
fendas e mostrava uma diferença clara. Quando as cristas de duas ondas
se sobrepunham nas fendas, a tela que ficava atrás recebia um raio
luminoso. Se, ao contrário, uma crista fosse sobreposta por um vale de
onda, a tela ficava escura.
Testes posteriores mostraram que este padrão também poderia ser
observado em moléculas, que podem agrupar e reagrupar átomos como se
fossem ondas através do experimento. E foi isso que fizeram os
pesquisadores da Áustria: enviaram moléculas com 58 ou 114 átomos
através das fendas, para que cumprissem o papel da “crista” ou do “vale”
da onda.
Apesar de se tratar de moléculas complexas e de grande porte, o que
se observou no vídeo foi exatamente o efeito da experiência da dupla
fenda: as moléculas se agruparam como se fossem ondas, da mesma forma
que já havia sido registrado em outros experimentos atômicos.
A física quântica moderna ainda debate sobre os exatos motivos pelos
quais uma molécula pode se comportar como uma onda, tal como visto nas
fendas. Uma teoria muito discutida afirma, simplesmente, que as
moléculas no estado em que conhecemos existem em um estado de
instabilidade.
Isso significa que nem sempre são encontradas em um local específico e
determinado, como se espera de tudo o que é considerado matéria. Mas,
como muitas coisas no mundo da ciência, ainda estamos longe de chegar a
um consenso sobre esta questão.
Fonte: http://www.livescience.com/
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