Uma enorme estrela explodiu mesmo sendo milhões de vezes mais
luminosa do que nosso Sol e bem mais jovem. Isso sugere que ainda não
entendemos a vida estelar tão bem quanto achamos.
“Isso pode significar que estamos errados e que as teorias que
conhecemos precisam ser revisadas” declarou Avishay Gal-Yam, do
Instituto Weizmann de Ciência, em Israel.
De acordo com as antigas teorias, a pobre estrela, que tinha cem
vezes a massa do Sol, não estava madura o suficiente para ter
desenvolvido um enorme centro de ferro que causa fusão nuclear – isso é
considerado um pré-requisito para uma implosão, que causa o tipo de
destruição de uma supernova.
O estudo que está sendo realizado agora envolve imagens antigas, que
serão comparadas com a explosão mais recente. É um raro caso em que o
“progenitor” da supernova foi encontrado. Fotos tiradas pelo Hubble, em
1997, revelam a pré-explosão da estrela como sendo um evento muito
luminoso.
A estrela progenitora era tão brilhante que, provavelmente,
pertencia a uma classe chamada “Variáveis Azuis Luminosas” (LBVs), já
que nenhum outro tipo de estrela é tão brilhante. Quando uma estrela
dessas evolui, ela perde parte de sua massa devido aos fortes ventos
estelares que carregam parte de seu material para o espaço. E só depois
de um certo tempo que ela desenvolve um centro de ferro e, normalmente,
explode.
Essa explosão inesperada mostra que nem todas as estrelas se
comportam da mesma forma. E temos uma candidata para apresentar um tipo
de comportamento diferente relativamente próxima a nós. O nome dela é
Eta-Carinae e está há apenas 7500 anos luz de distância, dentro da Via
Láctea.
O comportamento das LVBs continuam um mistério para Mario Livio, do
Instituto de Baltimore, “devemos manter um olho na Eta-Carinae, podemos
nos surpreender mais uma vez” explica.
De acordo com Gal-Yam, apenas uma pequena parte da massa da estrela
continua vagando pelo universo. Aparentemente, a maior parte de seu
corpo foi arrastada para um buraco negro, formado por causa da explosão,
no centro da supernova.
Fonte: http://www.livescience.com/
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