A vizinhança da Via Láctea
pode ser mais agitada do que se imaginava: cientistas descobriram que
uma nuvem de massa estimada em quase 1 milhão de sóis pode ser, na
realidade, uma galáxia escura. Além disso, a formação, chamada de Nuvem
de Smith, está vindo em direção à Via Láctea, e pode colidir com a nossa
galáxia.
Em 2008, cientistas estadunidenses descobriram que a nuvem está a
aproximadamente 8 mil anos-luz de distância da Via Láctea, e está se
aproximando a uma velocidade de 240 quilômetros por segundo. Entretanto,
os cientistas não têm certeza de quando o impacto irá ocorrer, pois
astrônomos não conseguiram medir com precisão quando os gases da nossa
galáxia irão diminuir a velocidade da Nuvem. Segundo especialistas, sua
trajetória sugere que ela já teria passado pela nossa galáxia há mais de
70 milhões de anos.
A Nuvem de Smith
é formada principalmente por hidrogênio, tem 11 mil anos-luz de
comprimento e 2.500 anos-luz de largura, o tamanho de uma galáxia-anã.
Ela foi descoberta em 1963, mas só recentemente seu movimento em direção
à nossa galáxia foi detectado. A Nuvem de Smith não se desintegrou
durante seu movimento em direção à Via Láctea, que é muito maior.
Para ter sobrevivido durante este movimento, cientistas acreditam que
ela tem uma massa muito grande, para ter gravidade suficiente para se
manter unida. Cálculos de especialistas da Universidade de Sidney, da
Austrália, indicam que ela pode ter até cem vezes mais massa do que era
estimado.
As galáxias escuras são formações de nuvens sem estrelas,
constituídas principalmente por hidrogênio e outras partículas. De
acordo com Leo Blitz, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos,
simulações da formação de galáxias sugerem uma galáxia do tamanho da
Via Láctea devem apresentar cerca de mil galáxias anãs. Segundo o
especialista, algumas destas anãs podem não ter sido encontradas porque
são galáxias escuras, mais difíceis de serem encontradas.
Fonte: http://www.newscientist.com/
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