Segundo um novo estudo, estrelas chamadas de anãs vermelhas podem ser
muito mais comuns do que se pensava, o suficiente para triplicar o
número total de estrelas conhecidas no universo.
As anãs vermelhas são fracas, e tem apenas 10 a 20% de massa em
comparação com outras estrelas como o sol. Sendo assim, os astrônomos
não conseguiam detectá-las em outras galáxias além da Via Láctea e as
vizinhas mais próximas.
Agora, os astrônomos usaram poderosos instrumentos científicos para
detectar a assinatura das anãs vermelhas em oito enormes galáxias,
chamadas elípticas, localizadas entre cerca de 50 milhões a 300 milhões
de anos-luz de distância da Terra. Medir e quantificar a luz dessas
estrelas incrivelmente fracas em galáxias além da Via Láctea é um avanço
significativo para a astronomia.
As galáxias elípticas são algumas das maiores galáxias do universo.
Os cientistas acreditam que a maior delas armazena mais de um trilhão de
estrelas, em comparação com 400 bilhões de estrelas na Via Láctea.
Os resultados sugerem que pode haver de 5 a 10 vezes mais estrelas
dentro de galáxias elípticas do que se pensava: as melhores estimativas
são de cerca de 100 sextilhões, ou seja, um 1 com 23 zeros na frente, o
que triplicaria o número total de estrelas conhecidas no universo.
Os pesquisadores, entretanto, alertam que o número total de estrelas
do universo permanece obscuro. Inclusive, determinar a população total
de estrelas no cosmos exigiria que se soubesse o número exato de
galáxias, portanto a quantidade estimada continua sendo bastante
incerta.
Se os resultados forem confirmados, as anãs vermelhas são muito mais
comuns do que o esperado, com as galáxias elípticas possuindo, cada uma,
cerca de 20 vezes mais anãs vermelhas do que a Via Láctea. Ao todo, as
anãs vermelhas poderiam formar pelo menos 80% do número total de
estrelas, e pelo menos 60% de toda a massa encontrada nas estrelas.
Ou seja, as galáxias podem conter menos da substância misteriosa
chamada “matéria escura”, já que anãs vermelhas contribuem com mais
massa do que se imaginava. Mas para afirmar isso, é necessário rever as
atuais estimativas da massa e da atividade de formação de estrelas de
galáxias próximas e distantes.
As novas descobertas podem também aumentar o número de planetas que
poderiam abrigar vida. O aumento do número de anãs vermelhas significa
que pode ser maior o número de planetas que orbitam estrelas, que por
sua vez aumenta o número de planetas potencialmente habitáveis.
Há possivelmente trilhões de Terras orbitando essas estrelas. Além
disso, as anãs vermelhas até agora descobertas tem tipicamente mais de
10 bilhões de anos, tempo suficiente para que organismos complexos
evoluam. Essa é uma das razões pela qual os cientistas estão tão
interessados neste tipo de estrela.
Fonte: http://www.livescience.com/space/
Nenhum comentário:
Postar um comentário