Em breve, cientistas podem ser capazes de criar um metal tão forte e leve quanto as garras do super-herói Wolverine.
Um estudo da Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA) está desenvolvendo novos metais com o “adamantium” em mente.
Adamantium é uma liga metálica fictícia e indestrutível existente no universo Marvel, composta da combinação de vários materiais, como aço e vibranium (outro metal fictício).
O próprio aço é uma liga, que consiste na forma mais básica do ferro
com pequenas quantidades de carbono. No entanto, outros materiais podem
ser adicionados para alterar as propriedades do aço, tornando-o mais
forte, mais flexível ou mais resistente à corrosão.
Enquanto ninguém fora do universo Marvel criou adamantium (ainda), os
pesquisadores estão constantemente aprimorando fórmulas para a produção
de aço a fim de elaborar ligas metálicas com características mais
desejáveis.
“Nos quadrinhos, o adamantium resultou de esforços para desenvolver
novos metais para a defesa nacional. No mundo real, as novas ligas de
ferro podem ser criadas para uma ampla gama de aplicações”, explica
Suveen Mathaudhu, um dos envolvidos no estudo e membro do Escritório de
Pesquisa do Exército dos EUA.
Por exemplo, um avanço feito em 2008 por pesquisadores da
Universidade Estadual de Caroline do Norte resultou em uma liga de ferro
extremamente forte com alta estabilidade térmica (a resistência é
definida como a capacidade de um material de resistir a forças sem
deformação ou ruptura, e a estabilidade térmica é a capacidade de um
material de manter a sua força a temperaturas elevadas; até 1.300 graus
Celsius, neste exemplo).
“Essas características são importantes, porque quanto mais forte um
material é, menos dele você precisa”, diz Mathaudhu. “Assim, um material
mais forte que pode suportar altas temperaturas é uma promessa para o
uso em ambientes extremos”. Por exemplo, motores ou estruturas de apoio
em aviões ou automóveis mais leves podem significar maior eficiência de
combustível.
O desenvolvimento de novas ligas está em aceleração. Os pesquisadores
estão usando modelos computacionais para projetar ligas com
características personalizadas, ou seja, com a mistura precisa de força,
resistência e flexibilidade necessária para fazer um trabalho
específico.
Os dados desses modelos permitem que os cientistas digam quanto de
cada elemento precisa ser incorporado a uma liga de ferro, e que
procedimentos são necessários para chegar a liga metálica desejada.
Fonte: http://io9.com/
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