Será que é possível simular como a sociedade viveria livre de regras, mas sem precisar testar isso na prática? Pesquisadores americanos, que publicaram seus resultados na
revista especializada PLos One, tentaram fazer isso. Através de um
“jogo” no qual os participantes poderiam assumir o personagem que
quisessem, os pesquisadores analisaram como seria uma sociedade nessas
condições. E o resultado, ao contrário do que se poderia imaginar, não
foi uma completa anarquia.
Todas as interações sociais entre os participantes – tais como
relacionamentos, amizades, comunicação e relações de troca -, que
compunham o ponto chave da pesquisa, foram “codificadas”. Com isso, os
pesquisadores fizeram um mapeamento de como as boas e as más ações são
refletidas em um grupo.
Dessa maneira, os cientistas puderam medir, em menor ou maior escala,
como cada comportamento humano apresenta suas consequências. Os níveis
de violência e agressão dentro do grupamento, conforme eles apuraram,
também podem ser definidos previamente a partir destas interações
sociais. E o resultado foi que as pessoas tendem naturalmente a se
organizar no coletivo, com cada pessoa assumindo sua função, mesmo que
não estivessem predispostos a agir assim.
Transportando estas noções para a realidade, os pesquisadores deram o
exemplo da Primavera Árabe, a onda de revoluções que derrubou antigas
ditaduras em vários países. Era um ambiente onde havia regras e não
havia concordância por parte de quem deveria, em tese, obedecê-las. Essa
radicalização (ou seja, a revolução explodindo de forma violenta),
conforme eles explicam, é sempre uma tendência quando há discordância
entre os criadores das regras e os que são forçados a acatá-las.
Fonte: http://hypescience.com/
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