Na astronomia, existe um grupo de cometas suicidas que mergulham em
direção ao sol: são os chamados “Kreutz sungrazer” (literalmente,
arranha-sol de Kreutz). Em dezembro, foi registrado pela primeira vez que um desses cometas passou pela coroa solar e sobreviveu para contar a história.
Agora, câmeras da NASA captaram um desses corpos celestes sendo destruído, passo a passo, devido à proximidade do sol.
Eles recebem esse nome em homenagem a um astrônomo alemão do século
XIX, Heinrich Kreutz, que verificou que a órbita de tais cometas os
levava a ingressar na coroa solar, que seria uma espécie de atmosfera do
nosso astro.
O cometa protagonista da vez chama-se “Cometa Kreutz C/2011 N3”. Na
verdade, ele foi observado no dia 4 de julho do ano passado e
despedaçado pela proximidade com a nossa estrela apenas dois dias
depois, mas só nesta quinta-feira os cientistas da NASA anunciaram sua
observação e relataram os resultados.
Quando o cometa foi localizado a caminho do sol, media cerca de 50
metros de comprimento e pesava cerca de 60 mil toneladas métricas. Sua
cauda luminosa, que se estendia por 10 mil quilômetros, explica como os
astrônomos conseguiram encontrar um corpo relativamente pequeno diante
da imensidão do sol. O cometa viajava a 2,1 milhões de quilômetros por
hora.
Todo o trajeto fatal foi acompanhado durante os dois dias, até dez
minutos antes de sua desintegração. Nesse ponto, os astrônomos viram que
o cometa perdeu rapidamente algo entre 700 mil e 70 milhões de quilos, e
acabaria se desfazendo em pedaços que vaporizaram. O Kreutz C/2011 N3
morreu completamente quando estava a cerca de 100 mil quilômetros da
superfície do sol – o que é relativamente perto, segundo os cientistas.
A principal importância de estudar a fragmentação dos cometas,
conforme explica a NASA, é descobrir mais sobre a composição material
destes corpos celestes. Nos últimos 15 anos, calcula-se que cerca de
1.400 cometas mergulharam em direção ao sol, mas ainda não havia
recursos suficientes para analisá-los.
Agora, um estudo mais avançado pode revelar respostas não apenas
sobre os cometas, mas também sobre como se comporta a superfície solar e
se há algo nesse quesito que possa influenciar a Terra.
Fonte: http://hypescience.com/
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