O corpo humano é um complexo sistema de troca de energias. Mas o que
acontece quando a saúde de alguém se deteriora e a pessoa fica cara a
cara com a morte?
Para entender como o corpo funciona, precisamos entender como ele não
funciona. O que acontece com as células quando elas não têm mais ATP
(energia) disponível? Nesses momentos, próximos do fim, o corpo funciona
de maneira anormal.
Essa lista traz para você, sem ordem estrita, 10 mudanças significativas que ocorrem durante e depois da morte.
10. Chocalho da morte
Esse é um termo comum usado nos hospitais para descrever o som feito
por um indivíduo muito próximo de morrer. Isso ocorre após a perda do
reflexo da tosse e da habilidade de engolir – o que causa uma acumulação
de saliva na garganta e nos pulmões. Apesar de raramente causar dor ao
paciente, o som é um pouco assustador. Alguns medicamentos são
administrados para aliviar o desconforto da pessoa.
9. Respiração de Cheynes-Stokes
Esse é um padrão de respiração muito anormal, caracterizado por ser
muito rápido e ter períodos sem respirar (apneia). Nessas situações o
coração está fraco e já trabalhou demais, o que exige que o corpo
hiperventile (respire muito rápido) e depois, quando acaba a energia,
pare de respirar.
Isso significa que os órgãos estão recebendo menos sangue, e
consequentemente menos oxigênio. Sem ele, as células começam a morrer, e
depois, a própria pessoa. Apesar de ocorrer em pessoas com problemas
cardíacos e respiratórios, é muito comum em momentos de morte iminente.
8. Defecação
Perto da morte, cada músculo do corpo humano deixa de receber energia
(ATP). Como resultado, os intestinos relaxam. Isso é ainda mais comum
naqueles que comeram uma refeição pouco antes do período da morte. Outro
fator que pode contribuir para essa situação é a rapidez da digestão da
pessoa. Esse caso é mais esperado nas pessoas saudáveis, que se
alimentam continuamente e acabam tendo uma morte inesperada.
7. Rigor mortis
Todos já ouviram falar de rigor mortis, ou até já encontraram um
animal nessa situação. Esse é a ocorrência da morte mais famosa. Após
morrer, o corpo não consegue reverter o processo de contração – ficando
em um estado de rigidez. Na maioria dos casos, o processo começa entre
uma e três horas após a morte, e começa a passa após 24 horas. Até as
pálpebras passam por isso.
Já que afeta todos os músculos do corpo, por fazer o coração ficar
maior, sêmen ser liberado e dar a aparência de susto ao cadáver.
6. Livor Mortis
O livor mortis é a coloração roxo-avermelhada que aparece quando o
sangue vaza para as partes dependentes do corpo. Isso não acontece nas
áreas em que o corpo está encostado no chão ou recebendo pressão, porque
os capilares estão comprimidos.
Isso ajuda a determinar a posição da morte e a presença ou ausência
desses sintomas podem também ajudar a estipular a hora da morte. O
processo começa geralmente uma a duas horas após a morte, e se torna
permanente ou fixo entre seis e doze.
5. Algor Mortis
O “sopro gelado” da morte: é a redução da temperatura corporal que
ocorre após a morte. Isso acontece apenas se a temperatura ambiente for
menor do que a temperatura do corpo no momento da morte.
O nível de resfriamento tem algumas variantes: localização do corpo
(sombra ou sol), roupas e temperatura ambiente. Pessoas obesas tendem a
esfria mais devagar do que crianças, que gelam rapidamente. Geralmente,
demora 24 horas para o corpo ficar na mesma temperatura do ambiente.
4. Tache Noire
Tache noire significa, literalmente, “ponto escuro”. É uma linha
vermelho-escuro que se forma horizontalmente no globo ocular. Durante a
vida, o olho é protegido pelas piscadas, mas após a morte ele perde essa
proteção. Portanto, esse processo acontece naqueles que não têm as
pálpebras fechadas no post mortem.
Similarmente, outras membranas mucosas como a língua acabam
escurecendo, após uma exposição prolongada ao ar. Se o indivíduo se
afogou, ou foi encontrado na água, o tache noire não estará presente.
3. Remoção de fluídos
É um líquido vermelho e marrom, com cheiro muito ruim, que pode
emergir da boca e do nariz. Geralmente é confundindo com dano cerebral
ou sangue. Ele emerge como resultado de gases que se formam pelo corpo.
Quando um gás é formado no estômago e intestinos, o abdome pode ficar
tenso e distender.
Consequentemente, esse processo pode fazer com que um
fluído saia pela boca, vagina e nariz. Uma mistura similar com fezes
pode sair do reto. Esse processo é importante para determinar a hora da
morte, e em locais com clima muito quente, ele pode acontecer em menos
de 24 horas.
2. Perda de pele
Esse processo acontece principalmente com os dedos e unhas, formando
aglomerados de pele. Isso ocorre como resultado de acúmulo de gases no
pescoço, tronco e membros, podendo parecer que estão “obesos”. Quando
esses gases ficam sob muita pressão, os tecidos finos começam a se
desintegrar. Como a maioria dos outros processos, esse também pode
ajudar a identificar a hora da morte.
1. Maceração
Macerar é amolecer algo encharcando. Isso se refere aos fetos que
morrem no útero, entre o sexto e o novo mês de gravidez. A decomposição
nesse caso acontece de maneira diferente, decorrente da exposição
prolongada ao fluído amniótico. O feto lembra um corpo encharcado de
água. A pele parece queimada, quase saindo do corpo, e os ossos ficam
moles e flexíveis. Se ficar tempo demais no útero, o crânio se parte e o
cérebro fica liquefeito. No caso do feto ser retirado do útero, até 24
após a morte, entrando em contato com o ar, o processo passa a ser o
comum, de putrefação.
Fonte: http://hypescience.com/
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