sábado, 6 de outubro de 2012

Falar outra língua afia o ouvido e aguça a atenção


Segundo uma pesquisa da empresa de contratações e vagas Catho Online, feita em 2009 com mais de 16.000 entrevistados, a grande maioria dos brasileiros ainda não domina o inglês, uma língua muito falada no mundo todo que virou praticamente pré-requisito para conseguir um bom emprego.

Os dados mostram que somente 24,5% dos brasileiros falam fluentemente, ou pelo menos num nível considero “bom”, o inglês.

Mas está na hora desses números mudarem. E não só porque pode ajudar os brasileiros a conquistarem melhores posições no mercado de trabalho, mas porque falar uma segunda língua, seja ela qual for, pode melhorar o sistema nervoso auditivo e, consequentemente, a atenção e a memória das pessoas.

A especialista em bilinguismo Viorica Marian e a neurocientista auditiva Nina Kraus, em um estudo da Universidade Northwestern, EUA, pesquisaram como falar duas línguas influenciava o cérebro das pessoas.

Elas analisaram 23 adolescentes que falavam inglês e espanhol e 25 adolescentes que falavam apenas inglês, e descobriram que o bilinguismo pode promover alterações benéficas na codificação fundamental do som no tronco cerebral.

Em um ambiente quieto, sem muitas interferências sonoras, os dois grupos tinham basicamente o mesmo desempenho. Já com barulho de fundo, os cérebros dos bilíngues foram bem melhores em codificar frequências fundamentais dos sons da fala, o que foi associado com vantagens em atenção auditiva.

“Bilíngues são malabaristas naturais, que automaticamente prestam maior atenção aos sons relevantes contra os irrelevantes. Ao invés de promover confusão linguística, o bilinguismo promove melhor ‘controle inibitório’, ou a capacidade de escolher os sons da fala relevantes e ignorar os outros”, explica Marian.

“O bilinguismo serve como enriquecimento para o cérebro, e tem consequências reais quando se trata de função executiva, especificamente atenção e memória de trabalho”, disse Kraus.

Além desses benefícios, outros estudos mostram uma segunda vantagem do bilinguismo: cérebros bilíngues são mais protegidos contra o mal de Alzheimer. Bilíngues com os mesmos danos que outros pacientes chegam a ser diagnosticados com a doença atéquatro anos mais tarde.

Parece que exercitar o cérebro com uma língua diferente da sua nativa tem muitos benefícios de saúde, não? Então, que tal aprender uma nova língua? Apesar de existirem estudos que afirmam que alguns são melhores do que outros para aprender novas linguagens, muitas pesquisas deixam claro que idade não é desculpa para deixar de aprender uma segunda língua. Let’s go!

Fonte: http://hypescience.com/

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