Um dos grandes sonhos dos fãs de ficção científica, o teletransporte
de pessoas é algo tão absurdo que, mesmo se considerarmos o potencial da
ciência, apresenta uma série de obstáculos intransponíveis
(pelo menos a princípio), três dos quais foram destacados por
estudantes de física da Universidade de Leicester (Inglaterra): tempo,
energia e largura de banda.
Se pensarmos em termos palpáveis (e não em conceitos de física teórica, como “buracos de minhoca“),
o teletransporte envolve copiar as informações de um corpo,
transmiti-las para outra localização, e destruir o corpo original – ou
seja, você provavelmente morreria no processo, mesmo que conseguissem
transmitir seus “dados”.
Bits humanos complicam o teletransporte
Deixando de lado esse contratempo, a equipe calculou a quantidade de
“dados” que compõem uma pessoa – uma tarefa ingrata, já que não sabemos
exatamente qual o nível final da “essência” humana (pode ser celular,
molecular, atômico…). Sem se ater a questões filosóficas e metafísicas,
eles se basearam na quantidade de informações contida no DNA de cada
célula (cerca de 10 bilhões de bits).
Em seguida, calcularam a quantidade de informações típica de um
cérebro humano. O resultado da soma foi 2,6 x 10⁴² bits (ou, para você
ter uma noção melhor do tamanho,
2.600.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 bits). Para
transferir esses dados com uma conexão de de 29 a 30 GHz (considerada
“muito boa”), seriam necessários 4,85 x 10¹⁵ anos (350 vezes a idade
atual do universo). A energia necessária nesse processo, claro, seria
igualmente absurda.
No futuro, novas fontes de energia ou sistemas paralelos que
dividissem a transmissão poderiam facilitar as coisas e, ao invés de
destruir o corpo original, poderíamos transmitir a consciência da pessoa
para um corpo robótico e… Bom, talvez “flertar” com conceitos da física
teórica seja mais garantido.
Fontes: http://io9.com/
https://physics.le.ac.uk/
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