quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Teletransporte humano é (muito) mais difícil do que imaginávamos

Um dos grandes sonhos dos fãs de ficção científica, o teletransporte de pessoas é algo tão absurdo que, mesmo se considerarmos o potencial da ciência, apresenta uma série de obstáculos intransponíveis (pelo menos a princípio), três dos quais foram destacados por estudantes de física da Universidade de Leicester (Inglaterra): tempo, energia e largura de banda.

Se pensarmos em termos palpáveis (e não em conceitos de física teórica, como “buracos de minhoca“), o teletransporte envolve copiar as informações de um corpo, transmiti-las para outra localização, e destruir o corpo original – ou seja, você provavelmente morreria no processo, mesmo que conseguissem transmitir seus “dados”.

Bits humanos complicam o teletransporte

Deixando de lado esse contratempo, a equipe calculou a quantidade de “dados” que compõem uma pessoa – uma tarefa ingrata, já que não sabemos exatamente qual o nível final da “essência” humana (pode ser celular, molecular, atômico…). Sem se ater a questões filosóficas e metafísicas, eles se basearam na quantidade de informações contida no DNA de cada célula (cerca de 10 bilhões de bits).


Em seguida, calcularam a quantidade de informações típica de um cérebro humano. O resultado da soma foi 2,6 x 10⁴² bits (ou, para você ter uma noção melhor do tamanho, 2.600.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 bits). Para transferir esses dados com uma conexão de de 29 a 30 GHz (considerada “muito boa”), seriam necessários 4,85 x 10¹⁵ anos (350 vezes a idade atual do universo). A energia necessária nesse processo, claro, seria igualmente absurda.

No futuro, novas fontes de energia ou sistemas paralelos que dividissem a transmissão poderiam facilitar as coisas e, ao invés de destruir o corpo original, poderíamos transmitir a consciência da pessoa para um corpo robótico e… Bom, talvez “flertar” com conceitos da física teórica seja mais garantido.

Fontes:  http://io9.com/
             https://physics.le.ac.uk/

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