Embora sua existência tenha sido proposta há pelo menos 80 anos, a chamada “matéria escura” ainda é pouco compreendida e mesmo equipamentos sofisticados não puderam comprovar que ela, de fato, existe.
Para jogar uma luz sobre o estranho fenômeno,
os físicos teóricos Robert Scherrer e Chiu Man Ho, da Universidade
Vanderbilt (EUA), propuseram um modelo relativamente simples: as
partículas de matéria escura possuem um campo magnético pouco comum, em
formato de toroide (uma “rosquinha”, para facilitar), denominado anapole (termo em inglês), que explicaria suas propriedades.
“A maioria dos modelos para matéria escura propõe que ela interage
por meio de forças exóticas que não encontramos no dia-a-dia”, explica
Scherrer. “A matéria escura com anapole usa eletromagnetismo
comum, sobre o qual você aprende na escola. Além disso, o modelo faz
previsões bastante específicas sobre o nível de matéria escura que
deverá aparecer em detectores espalhados pelo mundo” – o que não deve
demorar muito, segundo os autores.
Na década de 1930, a matéria escura foi proposta como uma possível
explicação para inconsistências na velocidade de rotação de estrelas em
certas galáxias. O problema é que, apesar da sua influência perceptível,
esse tipo de matéria não interage com a luz visível da mesma forma que a
convencional, o que a torna praticamente indetectável.
De acordo com os cálculos de Scherrer e Ho, o tipo de campo magnético
da matéria escura permitiria interações com outros campos apenas quando
elas estivessem em movimento, algo que ocorria mais no início do
universo, mas que começou a se tornar menos comum conforme ele se
expandiu e esfriou (o que explicaria a “invisibilidade” da matéria
escura).
Fontes: http://phys.org/news/
http://adsabs.harvard.edu/abs/
Nenhum comentário:
Postar um comentário