terça-feira, 10 de maio de 2011

Kan renuncia de seu salário até o controle da crise nuclear no Japão

O primeiro-ministro do país também considerou necessário revisar a política energética japonesa

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, anunciou nesta terça-feira que renuncia a seu salário até que esteja sob controle a crise na usina nuclear de Fukushima, previsivelmente não antes do fim de ano, e considerou necessário revisar a política energética do país.

Após o devastador terremoto e tsunami de 11 de março, Kan falou sobre a necessidade de revisar a política energética do Japão, um país que faz pouco uso de energias renováveis e depende muito da energia nuclear.

"Com relação à energia eólica e solar nosso país está atrasado, portanto vamos abrir caminho neste sentido como estão fazendo outros países ocidentais", disse Kan.

"No que se referente à energia nuclear, vamos estudar maneiras de conseguir um sistema ainda mais seguro", comprometeu-se o premiê, em referência à crise ainda aberta na planta de Fukushima em consequência do desastre.

Kan falou em reforçar o sistema que favoreça a economia energética, além de anunciar a devolução de seu salário como primeiro-ministro até que esteja solucionada a crise nuclear.

Na segunda-feira, a elétrica Chubu Electric Power aceitou paralisar a usina nuclear de Hamaoka por segurança, o que pode complicar o abastecimento energético em todo o Japão.

Kan reiterou que a responsabilidade do acidente recai sobre a operadora da planta de Fukushima, Tokyo Power Electric (TEPCO), e disse que avalia a criação de uma comissão de investigação independente para analisar as causas do acidente.

"Levarei os dados deste acidente à comunidade internacional com o objetivo de contribuir para conseguir uma oferta de energia nuclear mais segura de agora em adiante", explicou Kan.

Ele admitiu na semana passada que a resposta de seu Governo ao terremoto de 11 de março foi "inadequada em vários aspectos" e pediu a seus ministros que compartilhem mais informações para superar a crise.

Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/mundo/

Nenhum comentário:

Postar um comentário