sábado, 12 de dezembro de 2009

UE promete 7,2 bi de euros até 2012 a países em desenvolvimento

A União Europeia oferecerá uma ajuda de 7,2 bilhões de euros durante os próximos três anos aos países em desenvolvimento para a adoção de medidas urgentes de adaptação e combate às mudanças climáticas.

A contribuição da UE, de 2,4 bilhões de euros por ano, deverá fazer parte de um "fundo público internacional de urgência".

Esse fundo internacional, de acordo com a ideia europeia, destinaria cerca de US$ 30 bilhões até 2012 (US$ 10 bilhões por ano) para financiar as primeiras medidas de adaptação a secas e ao aumento do nível do mar, de promoção de energias renováveis e de combate ao desmatamento nos países pobres.

"Essa cifra é importante para um acordo (na conferência sobre o clima) em Copenhague e pedimos aos outros países desenvolvidos que também contribuam", disse em conferência de imprensa o primeiro-ministro sueco e presidente de turno da UE, Fredrik Reinfeldt.

O valor foi decidido nesta sexta-feira, ao final de uma reunião de governantes do bloco em Bruxelas, depois de dois dias de intensas negociações.


Para contentar os membros do Leste, que se negam a financiar outros países quando consideram que eles próprios ainda precisam de ajuda para reduzir suas emissões, a UE decidiu que a contribuição de cada país ao fundo seria "voluntária".

Ainda assim, Reinfeldt conseguiu convencer todos os membros do bloco a participar e superou os 6 bilhões de euros que pretendia arrecadar ao início da reunião.

Grã-Bretanha e França serão os maiores doadores do fundo, cada um com um total de 1,7 bilhão de euros nos próximos três anos, segundo informou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

O mesmo valor foi anunciado pela chanceler alemã, Angela Merkel, enquanto Suécia se comprometeu com um total de 750 milhões de euros, e a Espanha, com 300 milhões.

Segundo Brown, 20% do total desse fundo deverá ser destinado a medidas de combate ao desmatamento nos países em desenvolvimento.


Os governantes europeus também reiteraram nesta cúpula sua oferta de aumentar de 20% para 30% sua meta de redução de emissões, com a condição de que outros países desenvolvidos e emergentes façam "um esforço similar".

De acordo com o presidente de turno europeu, as reuniões em Copenhague até o momento não indicam o cumprimento dessa condição.

"A UE é responsável por apenas 13% das emissões globais, por isso não pode ser a única a se comprometer a cortes. Temos um problema global e precisamos de uma resposta global", justificou Reinfeldt.

Ainda assim, Grã-Bretanha e França anunciaram que reduzirão suas emissões em 30%, independentemente do resto do mundo. 

Fonte: http://noticias.terra.com.br/

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