O telescópio espacial Hubble da NASA localizou a supernova mais distante já registrada.
Nomeada UDS10Wil, ou SN Wilson, a supernova está em uma classe especial de estrelas explosivas conhecidas como tipo Ia.
Essa subcategoria de estrela é o resultado de uma violenta explosão de
uma anã branca (o resíduo de uma estrela que completou o seu ciclo de
vida normal e cessou sua fusão nuclear).
A recém-descoberta supernova explodiu mais de 10 bilhões de anos
atrás, e possui um nível consistente de brilho que pode ser usado para
medir a expansão do espaço. Também poderia ajudar a revelar pistas sobre
a natureza da energia escura, que é a força misteriosa que acelera a taxa de expansão do universo.
Os pesquisadores descobriram a supernova como parte de um programa
espacial que começou em 2010. O objetivo era estudar supernovas do tipo
Ia e determinar se elas mudaram durante os 13,8 bilhões de anos desde o
nascimento do universo.
Em particular, os pesquisadores aproveitaram luz infravermelha para
procurar supernovas e verificar suas distâncias com espectroscopia.
SN Wilson é cerca de 350 milhões de anos mais velha que a antiga
detentora do recorde, permitindo aos pesquisadores distinguir melhor
entre dois modelos concorrentes de explosão de supernovas do tipo Ia.
O primeiro desses modelos exige que a explosão seja
causada por uma fusão entre duas anãs brancas. O outro modelo, ao
contrário, diz que uma anã branca se alimenta de sua estrela parceira
normal, e, eventualmente, explode quando reúne massa demais.
Os pesquisadores encontraram evidências de um declínio acentuado na
taxa de explosões de supernovas tipo Ia entre 7,5 e 10 bilhões de anos
atrás. Esta evidência parece apontar para o fato de que a fusão entre
duas anãs brancas é a teoria mais provável, já que prevê que a maioria
das estrelas no universo é muito jovem para se tornar supernovas do tipo
Ia.
E como isso é relevante para futuros estudos? Conhecer o gatilho para
supernovas do tipo Ia vai ajudar a mostrar o quão rápido o universo se
enriqueceu com elementos mais pesados, como o ferro. Isso, por sua vez,
permitirá aos cientistas compreender quão rapidamente os planetas se formam, já que utilizam estas matérias-primas.
Fonte: http://www.scienceworldreport.com/
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