O Universo é cheio de mistérios, e um deles pode estar prestes a ser revelado.
Quando você olha para o céu, à noite, o fundo do céu parece ser
escuro. Mas se você olhar para o mesmo céu com um telescópio capaz de
enxergar a radiação infravermelha, vai descobrir que todo o cosmos
apresenta um brilho de luz infravermelha – e não estamos falando da
radiação cósmica de fundo.
Primeiro, os cientistas tentaram explicar esta luz infravermelha
usando as galáxias. No entanto, a quantidade de estrelas e de galáxias é
insuficiente para explicar tal luz.
As duas outras melhores hipóteses para explicar o que o professor de física e astronomia Edward L. (Ned) Wright
chama de “flutuações” eram as galáxias não tão distantes e fracas, ou
então galáxias distantes. Porém, como o próprio Ned explica, a primeira
hipótese está errada por um fator de 10, e a segunda por um fator de
1.000.
Agora, uma nova hipótese apresentada na revista Nature, elaborada por
Asantha Cooray, um professor de física e astronomia da Universidade da
Califórnia, Irvine (EUA), parece ser a chave para solucionar este
mistério.
Segundo o professor Asantha e sua equipe, o halo de matéria escura
que cerca as galáxias poderia abrigar estrelas órfãs ou estrelas
roubadas da galáxia que está no meio do halo.
Durante eventos de colisões ou fusões de galáxias, um pequeno número
de estrelas pode ser expulso para a borda das galáxias, dentro do halo, e
se tornar a origem deste brilho misterioso em infravermelho. Bastaria
que algo como 0,1% das estrelas da galáxia fossem expulsas para o halo
para explicar tal brilho de infravermelho.
Os pesquisadores usaram imagens de 250 horas de observação do
telescópio Spitzer na constelação Boötes ou Boieiro para testar sua
hipótese, mas esperam mais observações para confirmá-la. Da próxima vez,
eles querem usar o James Webb Space Telescope (JWST) para isto.
Programado para ser lançado em 2018, com um espelho de 6,5 metros e
um escudo protetor do tamanho de uma quadra de tênis, o JWST vai
substituir o Hubble para observar o universo na faixa do infravermelho,
capturando imagens das mais distantes galáxias e estrelas que se
formaram logo após o Big Bang. O telescópio é promessa para finalmente
expor o mistério dos objetos que criam a luz infravermelha de fundo.
Fonte: http://hypescience.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário