O maior dinossauro carnívoro de todos os dinossauros carnívoros com
certeza foi o espinossauro. Tendo vivido durante o meio do Período
Cretáceo, entre 112 e 97 milhões de anos atrás, nos pântanos da África
do Norte, ele era maior que o tiranossauro e o giganotossauro.
Até hoje, duas espécies de espinossauros foram encontradas, e receberam o nome da região que foram descobertas: o Spinosaurus aegyptiacus (lagarto espinha egípcio) e o Spinosaurus maroccanus (lagarto espinha marroquino).
O nome espinossauro significa “lagarto espinha”, um nome bastante
apropriado para este lagarto que tinha espinhas compridas crescendo nas
suas costas, formando uma estrutura que às vezes é chamada de “vela”. As
espinhas tinham mais de 10 vezes o diâmetro das estruturas vertebrais
das quais se projetavam, e eram um pouco mais compridas na base que no
topo.
As espinhas tinham cerca de 1,65 metros de comprimento e
provavelmente eram conectadas por uma pele, em uma estrutura que estava
provavelmente mais para uma protuberância que para uma vela.
O espinossauro tinha um peso estimado entre 6,35 a 20,87 toneladas,
450 kg mais pesado que o giganotossauro, e 900 kg mais que o
tiranossauro. Seu tamanho variava de 12,6 a 18 metros.
Acredita-se que ele caminhava usando suas pernas musculosas a maior
parte do tempo, embora talvez pudesse andar de quatro, por causa do
comprimento de seus braços, e de sugestões a partir de trilhas fósseis
encontradas. Ele era relativamente rápido para seu tamanho, alcançando
entre 19 km/h e 24 km/h.
O focinho dele era grande e estreito, com seis a sete dentes finos de
cada lado na frente do focinho, seguidos de mais uns vinte dentes após
estes.
Sua mandíbula era poderosa. Já que nenhum de seus dentes era
serrilhado, ele provavelmente vivia de peixes e carcaças, embora a única
prova de sua dieta seja alguns achados no estômago de um espécime
jovem, com escamas e ossos de peixes.
Acredita-se que existam muitos fósseis de espinossauro no Saara, mas o
ambiente torna difícil de desenterrar os mesmos. Desde a descoberta do
primeiro deles em 1912, por Richard Markgraf, na Formação Bahariya, no
oeste do Egito, não foi encontrado nenhum fóssil completo.
Os fósseis originais foram destruídos durante o bombardeio de
Munique, Alemanha, na Segunda Guerra Mundial, e os conhecimentos obtidos
com as amostras foram preservados em notas meticulosas, inclusive com
desenhos, de Ernst Stromer, que em 1915 havia descrito e batizado os
fósseis.
A descoberta em 2011 de uma vértebra do pescoço de um dinossauro com
um focinho parecendo com o de um crocodilo na Austrália mostrou que o
espinossauro vivia em uma região muito maior que os cientistas
acreditavam possível.
Fonte: http://www.livescience.com/
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