A origem de um importante tipo de explosão estelar – a supernova Ia –
foi descoberta, por um equipe da Universidade de Pittsburgh. O estudo
desse tipo de supernova ajuda os pesquisadores a quantificar dados sobre
as galáxias e outras descobertas astronômicas.
O investigador líder do estudo, Carlos Badenes, detalhou as formas
com que imagens multicoloridas foram usadas para determinar que tipos de
estrelas produzem o tipo Ia de supernovas.
“Nós sabíamos que duas estrelas precisam estar envolvidas nesse tipo
de explosão, e que uma precisava ser uma anã branca”, afirma Dan Maoz,
coautor do estudo. “Mas existiam duas possibilidades para a identidade
da outra estrela, e é isso que nós procurávamos”.
De acordo com Badenes, a segunda poderia se uma “estrela normal”,
como o sol, ou outra anã branca, que é menor, porém mais densa e
composta de matéria de elétrons degenerados. A equipe suspeitava que a
segunda opção, com duas anãs brancas no mesmo sistema solar, orbitando
uma à outra a mais de 750 mil quilômetros por hora, seria a hipótese
mais plausível. Conforme elas ficassem mais rápidas e fossem chegado
mais perto, um dia iriam se fundir.
“Existiam razões óbvias para suspeitar que a supernova Ia viria de
uma dupla de estrelas anãs”, afirma Maoz. “Mas nossa maior questão era
se existiam anãs brancas o suficiente para produzir o número de
supernovas que vemos”.
Como as anãs brancas são extremamente pequenas e fracas, não existe
esperança de avistá-las em galáxias distantes. Por isso, Badenes e Maoz
se viraram para o único local onde poderiam ver isso: a parte da Via
Láctea a cerca de mil anos-luz do sol.
Apesar do processo de arquivamento de dados ser desafiador, a equipe
conseguiu compilar uma lista com mais de quatro mil anãs brancas em
apenas um ano.
“Nós encontramos 15 duplas de estrelas anãs brancas na vizinhança
local, e então usamos simulações de computador para calcular a média com
que elas se fundiam”, afirma Badenes. “Nós então comparamos o número de
duplas se fundindo aqui com o número de supernovas Ia avistadas em
galáxias distantes que lembram a Via Láctea”.
O resultado foi que, em média, uma fusão de anãs brancas acontece na Via Láctea a cada século.
“O número é incrivelmente próximo da média de supernovas tipo Ia que
observamos em galáxias parecidas com a nossa”, afirma Badenes. “Isso
sugere que as estrelas anãs são uma explicação plausível para esse tipo
de supernova”.
Fonte: http://www.sciencedaily.com/
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