quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Telescópio detecta buracos negros e galáxias que estavam 'escondidos'
Um telescópio especial detectou milhões de buracos negros supermaciços e
galáxias com temperaturas extremamente altas, que estavam "escondidos"
atrás de uma nuvem de poeira interestelar.
A expectativa dos cientistas é de que a descoberta os ajude a entender
como as galáxias e buracos negros se formam.
O telescópio ganhou a fama de "caçador de buracos negros". "Nós
encurralamos os buracos negros", diz Daniel Stern, do Laboratório de
Propulsão a Jato (JPL), um dos autores dos três estudos que foram
apresentados nesta quarta-feira (29).
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Grande massa de água profunda e fria está desaparecendo misteriosamente
A água mais fria que flui ao redor da Antártica, no Oceano Antártico,
está desaparecendo misteriosamente a um ritmo elevado ao longo das
últimas décadas.
Esta massa de água é chamada Água Antártica de Fundo, e é formada em
alguns locais distintos onde a água do mar é esfriada pelo ar e mais
salgada pela formação de gelo (que deixa o sal na água descongelada).
A água fria e salgada é mais densa que a água em torno dela,
fazendo-a descer ao fundo do mar onde se espalha para o norte, enchendo a
maior parte do oceano profundo em todo o mundo conforme lentamente se
mistura com águas mais quentes acima dela.
Correntes do oceano profundo do mundo todo desempenham um papel
fundamental no transporte de calor e carbono ao redor do planeta, o que
ajuda a regular o clima da Terra.
Estudos anteriores indicaram que esta água profunda tornou-se mais quente e menos salgada ao longo das últimas décadas.
Agora, um novo estudo revelou que significativamente menos água desse tipo se formou durante este tempo também.
Oceanógrafos analisaram dados de temperatura coletados entre 1980 e 2011 a intervalos de 10 anos por um programa internacional de pesquisas oceanográficas no Oceano Antártico.
Eles descobriram que Água Antártica de Fundo foi desaparecendo a uma
taxa média de cerca de 8 milhões de toneladas por segundo ao longo das
últimas décadas.
O que está causando a redução e o que ela significa são coisas que os
pesquisadores ainda não sabem. “Não temos certeza se a taxa de redução é
parte de uma tendência de longo prazo ou de um ciclo”, disse o coautor
do estudo, o oceanógrafo Gregory C. Johnson.
Alterações na temperatura, teor de sal, oxigênio dissolvido e dióxido
de carbono dissolvido dessa massa de água proeminente tem implicações
importantes para o clima da Terra, incluindo as contribuições para o
aumento do nível do mar e taxa de absorção de calor da Terra.
“Precisamos continuar a medir a profundidade dos oceanos, incluindo
as águas profundas do oceano, para avaliar o papel e a importância que
essas mudanças desempenham no clima da Terra”, disse Johnson.
Fonte: http://hypescience.com/
Descoberta nova pintura de Van Gogh
“Natureza morta com rosas e flores do campo”. Esse é o nome da nova
pintura de Van Gohg, que não está assinada. Após nove anos de intensa
pesquisa, os cientistas finalmente descobriram o autor do quadro, usando
raios-X fluorescentes.
É uma pintura um tanto incomum para Van Gogh. Primeiro, o tamanho é
estranho – muito grande, 100 por 80 centímetros. Suas flores nunca foram
feitas tão grandes em seu período parisiense, quando esse quadro foi
pintado. E ele é um tanto exuberante para o holandês.
A história desse quadro começou em novembro de 1885. Foi quando Van
Gogh chegou em Antuérpia, na Bélgica, para entrar na Academia local. Van
Gogh havia comentado com seu irmão Theo, através de suas famosas
cartas, que ele estava pintando algo “grande com dois torsos nus, dois
lutadores”.
Em fevereiro do outro ano ele viajou para Paris, para ficar com seu
irmão. Na época, ele estava muito mal de dinheiro, e acabou usando a
tela dos torsos para pintar algo em cima (coisa que ele sempre fazia). O
novo quadro é o resultado disso.
Essa pintura reapareceu em 1974, após passar por muitas coleções
particulares, mas sem ninguém ter certeza da sua autoria. Em 1998,
exames simples usando raios-X mostraram os torsos fantasmas, o que levou
alguns a associá-la com as cartas de Van Gogh para Theo. Como a
evidência era muito fraca, a pintura foi oficialmente classificada como
“anônima” em 2003.
Agora, nove anos depois, os pesquisadores conseguiram descobrir a
verdade. Primeiro, eles obtiveram detalhes do trabalho dos torsos, na
Academia de Antuérpia. A análise das flores levou a uma conclusão
idêntica, apesar do tamanho e da composição inusitada.
Agora, a pintura ficará permanentemente em exposição no Museu Kröller-Müller, na Holanda, entre outros trabalhos do pintor.
Fonte: http://hypescience.com/
O que é a Teoria Especial da Relatividade de Einstein?
No começo do século 20, os cientistas – incluindo Einstein – estavam
com um grande problema: explicar como as coisas podiam se mover.
Imagine a seguinte situação: você vê um gato se movendo para longe de
Einstein. Mas, se você inverter essa trajetória, vai parecer que na
verdade o cientistas está se movendo para longe do gato. Esse é o
princípio antigo da teoria da relatividade.
Antigo, pois ele contava apenas com os elementos variáveis, como a
posição e a velocidade, mas não os absolutos, como a distância entre os
dois elementos.
Aí entra a tão falada questão da velocidade da luz. Desde antes de
Einstein, já se sabia que a velocidade da luz era uma grandeza absoluta,
ou seja, independente de qualquer mudança de cenário.
Mas isso tornava impossível mostrar como as coisas se moviam, já que de uma forma ou de outra, apenas a luz se movia.
A teoria especial da relatividade de Einstein veio com a ideia de que
o tempo não é absoluto, mas relativo. Com isso, nós podemos “mover o
tempo”, sem alterar a velocidade da luz e ainda comprovar o movimento.
Esse princípio não foi descoberto por Einstein, mas por Lorentz, que
imaginou que isso era uma “pegadinha matemática”. Foi Einstein quem deu
“vida” à ideia, afirmando que sim, o tempo é relativo e situações
simultâneas são diferentes para um observador que está parado e outro
que está em movimento, por exemplo.
Veja mais em:
Fonte: http://hypescience.com/
O que realmente são experiências de quase morte?
Pacientes em estado de coma ou outras situações de proximidade com a
morte geralmente vivenciam experiências inéditas nas próprias mentes.
Por alguma razão que ainda intriga a ciência, alguns “cenários” são
recorrentes, tais como a pessoa se imaginar avançando por um longo túnel
com uma luz no final. Muita gente considera que um indivíduo neste caso
esteve, de fato, prestes a conhecer o lado dos mortos, mas cientistas
americanos sugerem que tudo não passa de um produto do próprio cérebro.
Este mecanismo cerebral é conhecido e tem nome: sonho lúcido. Ele
acontece quando alguém tem plena consciência de que está sonhando e
sobre o que é tal sonho, podendo até interferir na sua história.
Geralmente, ele pode ser forjado por qualquer pessoa: se você dormir
pensando intensamente em algo, se concentrando na vontade de sonhar com
aquilo, as chances de ter um sonho lúcido são grandes.
Uma pesquisa da Universidade do Kentucky, em Lexington (EUA) fez uma
experiência de monitoramento cerebral. Eles descobriram que as situações
de proximidade com a morte, durante um sono induzido por anestesia,
ativam os mesmos mecanismos neurológicos que entram em ação quando uma
pessoa tem sonhos lúcidos. Ambos seriam estimulados pelo córtex
dorsolateral pré-frontal, uma área que normalmente só funciona quando
estamos acordados.
Na Califórnia, existe o Centro de Pesquisas de Experiências
Fora-do-corpo (OOBE Research Center, na sigla em inglês), especializado
no assunto. Baseados no estudo de Kentucky, eles conduziram uma pesquisa
com quatro grupos de voluntários, cada grupo tendo entre 10 e 20
integrantes.
Os participantes foram colocados para dormir, com a condição de
imaginarem ao máximo a ideia de estarem entrando por um túnel com final
luminoso e tentarem sonhar com isso. Dezoito voluntários afirmaram terem
sido capazes de sonhar com isso.
Outros, embora não tenham conseguido, tiveram a experiência de “sair
do corpo”, vendo a si mesmos flutuando para o alto, eventualmente tendo a
visão de um ente querido já falecido.
Entre os que saíram do corpo, o momento da ocorrência foi mensurável:
em geral, acontecia durante a tênue linha entre estar acordado e
adormecido. Isso se observou como ponto em comum entre todos os
participantes, o que indica, segundo os condutores da pesquisa, que se
trata de um mecanismo cerebral pré-programado.
Por essa razão, os pesquisadores pedem cuidado na hora de interpretar
o que um paciente vê em estado de coma. Quando ele vê um familiar já
falecido, isso pode parecer uma prova inegável de vida após a morte, mas os estudos dão evidências de que tudo pode ser
apenas um reflexo condicionado do cérebro, que gera um sonho com extremo
realismo.
Fonte: http://www.livescience.com/
Hubble flagra quasares funcionando como lentes gravitacionais
O grande Telescópio Hubble, que está no espaço há mais de vinte anos
(foi lançado em 1990), continua fazendo descobertas impressionantes.
Recentemente, cientistas europeus puderam localizar quasares (focos de
núcleo energético, que se comportam de maneira semelhante a um buraco
negro) agindo como lentes gravitacionais em galáxias distantes – ou
seja, quem vê essas galáxias, pensa que elas estão distorcidas por causa
da imagem criada pelos quasares.
Cientistas de um instituto espacial da Suíça tomaram nota das
distâncias entre galáxias, para então corresponder estes dados com as
observações do satélite Hubble. Quando encontraram anomalias entre tais
distâncias, perceberam que se tratava de uma “imagem artificial”, criada
por um quasar que distorce a forma das galáxias atrás de seu campo de
visão.
Embora seja muito maior que as estrelas e grande o bastante para
influenciar uma galáxia, um quasar nada mais é do que um objeto no
espaço. Trata-se de um objeto muito mais luminoso do que a soma da luz
das estrelas na qual eles se encontram. Por isso, eles “escondem” a
galáxia na qual estão.
Dessa forma, o próximo desafio dos cientistas é conseguir determinar a
massa e outros dados astrofísicos sobre as galáxias que hospedam os
quasares. Esta missão é difícil justamente devido ao fato de que a
grandeza dos quasares compete com a de suas próprias galáxias.
Fonte: http://www.sciencedaily.com/
Como seria viajar por um buraco de minhoca espacial?
Seria a viagem da sua vida: passar por um buraco de minhoca espacial
para sair perto de Plutão ou em uma galáxia a milhões de anos-luz. Agora
você pode ver como seria essa jornada através do tempo e do espaço, graças a animação do astrofísico Andrew Hamilton, da Universidade do Colorado.
Primeiro, você chega perto do horizonte de um buraco negro. Quando
estiver perto, você pode ver um flash infinitamente energético que vai
conter a imagem de toda a história do universo. Em um buraco negro de
verdade, você seria vaporizado pela força gravitacional (mas digamos
que, somente nesse caso, você teria super poderes e não seria
vaporizado).
Conforme você sai do buraco negro, entra em um buraco de minhoca,
onde o fluxo espacial muda, acelerando para trás. Ele termina na entrada
de um buraco branco, que é uma versão do buraco negro com o tempo
invertido. Ao invés de entrar, o espaço sai a uma velocidade maior do
que a da luz. Logo você vai experimentar outro flash de radiação, dessa
vez contendo uma imagem de todo o futuro do universo.
Se movendo através do buraco branco, você vê um terceiro flash de
luz, conforme atinge o horizonte fora dele. Dessa vez, um novo universo
aparece, contendo a imagem de todo o seu passado. Conforme a câmera se
move, você pode ver o brilho branco de onde saiu, e uma imagem do antigo
universo. Incrível, não? Será que um dia seremos capazes disso?
Fonte: http://www.newscientist.com/
Túmulo anglo-saxão pode marcar passagem do paganismo ao cristianismo
Arqueólogos encontraram um túmulo anglo-saxão perto de Cambridge,
Inglaterra, que poderia ser um dos primeiros exemplos do cristianismo,
que aos poucos roubou a cena do paganismo.
Dentro dele, foi descoberto o esqueleto de uma adolescente, enterrado
em uma cama de madeira, com uma cruz de ouro em seu peito.
A cruz é apenas a quinta a ser descoberta no Reino Unido. Somente 12 outros enterros parecidos foram encontrados.
E, segundo os cientistas, essa combinação exata – cama onde o corpo
foi colocado em uma moldura de madeira unida por suportes de metal e
símbolo cristão (cruz) – é extremamente rara.
“Acreditamos que há apenas um outro exemplo de um enterro com cama de
madeira e cruz no peitoral, em Ixworth, Suffolk”, disse a pesquisadora
Alison Dickens.
O túmulo da adolescente, que os cientistas acreditam que tinha cerca
de 16 anos de idade, era um de quatro túmulos descobertos ao sul de
Cambridge. Os outros três foram descritos como enterros anglo-saxões
mais típicos, sem indicações do cristianismo.
O túmulo pode datar do meio do século 7 d.C., quando o cristianismo estava começando a ser introduzido aos pagãos anglo-saxões.
A cruz de 3,5 centímetros encontrada no peito da menina provavelmente
tinha sido costurada a sua roupa. Outros artefatos, como um saco de
pedras preciosas e semipreciosas, e uma pequena faca também foram
encontrados com o corpo.
Segundo os arqueólogos, o estilo da cruz era comparável ao tesouro real anglo-saxão descoberto em Sutton Hoo, em Suffolk.
O método de enterramento e qualidade das joias pode indicar que a menina era de uma família nobre ou real.
Sendo assim, a conversão cristã poderia ter começado em cima, com a
nobreza, e filtrado para baixo, até se generalizar até as camadas mais
pobres.
Apesar dessas especulações, o corpo possuir tantos bens consigo –
supostamente para uma vida após a morte – é contrário à crença cristã,
que diz que o corpo não vive após a morte.
No entanto, a fusão de possíveis dois ritos funerários – cristão e
pagão – pode colocar o túmulo à beira da mudança de religião, de pagã
para cristã.
No futuro, os cientistas querem determinar se havia alguma relação
entre a garota cristã e os três outros esqueletos, encontrados em
estreita proximidade.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/
Menino com cérebro que encolhe deixa médicos perplexos
Jason Egan tem nove anos e apenas se movimenta de cadeira de rodas e
se alimenta através de um tubo ligado ao seu estômago. Ele faz sinais
para se comunicar e já insinuou a palavra “mãe” ocasionalmente. Apesar
de não conseguir articular seus sentimentos, ele parece sentir-se bem.
Geralmente é visto sorrindo, especialmente quando seu pai o leva para
passear pelo bairro, em Victoria, na Austrália.
Até agora, ninguém entende o que acontece exatamente com Egan. Seus
médicos sabem que seu cérebro está encolhendo desde o nascimento, mas os
testes deram negativo para todas as doenças neurodegenerativas. O
menino talvez possua uma doença que é nova para a ciência.
No começo, Egan foi diagnosticado com paralisia cerebral. Crianças
com paralisia podem ter dificuldade em se manter em pé, se movimentar,
escutar, enxergar e falar. Seus músculos geralmente ficam tensos e se
recusam a alongar, e as articulações ficam travadas. Algumas sofrem de
tremores. Em muitos casos, o cérebro foi danificado durante a gravidez
ou começo da vida, geralmente de uma forma que diminuiu a quantidade de
oxigênio disponível para o cérebro. Os sintomas aparecem aos três meses,
e são enxergados aos dois anos.
Uma das características da paralisia cerebral é que ela não é
progressiva, o que significa que os sintomas ficam relativamente
constantes durante a vida da pessoa. Mas no caso de Egan, eles mudam com
o tempo. Em 2009, quando fez seis anos, ele começou a perder um pouco
da linguagem de sinais que possuía e parou de dizer “mãe”. Ele começou a
tremer e aparentemente deixou de sentir dor, mesmo quando se machucava.
Exames de imagem do cérebro mostraram que algo estava errado. Em
2010, a neurologista Victoria Rodriguez-Casero fotografou o cérebro de
Egan, e comparou a imagem com outras tiradas previamente. O cérebro
inteiro estava menor do que antes, muito menor. Quando os medicos de
Egan o diagnosticaram com paralisia cerebral, eles haviam percebido que o
cerebelo – uma parte do cérebro responsável pela coordenação motora –
era extraordinariamente pequeno. Em muitos casos de paralisia, ele pode
ser menor, mas não tanto. O fato de o encolhimento ter passado
despercebido se deve ao fato de que uma vez diagnosticado com paralisia,
não há necessidade de checar o cérebro várias vezes, porque ele não
deveria se deteriorar.
Para entender o que estava acontecendo com Egan, Rodriguez-Casero fez
testes para várias doenças neurológicas. Ela não encontrou os critérios
necessários para nenhum diagnóstico. Ela então passou para os testes de
sangue, genéticos e fisiológicos, em busca de doenças mitocondriais,
metabólicas, genéticas ou neurais, sem chegar a nenhuma conclusão.
“Não há um teste que ele não tenha feito”, comenta a médica. “Ele não
possui paralisia cerebral, porque a doença está progredindo. Eu ainda
não sei o que é, mas espero descobrir o que está acontecendo com ele”.
Cerca de dois meses atrás, Egan fez sua mais recente ressonância
magnética. O cérebro parece ter parado de encolher – está
aproximadamente do mesmo tamanho que estava há um ano. A descoberta
trouxe alívio, mas não uma explicação.
No momento, o colega de Rodriguez-Casero, Richard Leventer, e outros
neurogeneticistas estão analisando o DNA do menino para identificar
algum tipo de mutação. Ele talvez possua algum tipo que ainda não foi
colocado nos livros médicos. “Se nós identificarmos uma nova mutação,
vamos procurar no mundo alguém que esteja estudando esse gene em
particular”, afirma Rodriguez-Casero.
Por enquanto, Egan passa seu tempo em casa com a família, visitando o
hospital periodicamente para fazer ressonâncias magnéticas e testes.
“Normalmente, crianças com doenças neurodegenerativas perdem a
capacidade de interagir e demonstrar emoções”, comenta Rodriguez-Casero.
“Mas não é o caso dele. Mesmo quem não o conhece nota como ele se
sente. Você pode ver a criança por trás da doença”.
Fonte: http://www.livescience.com/
Átomo de antimatéria medido pela primeira vez
Cientistas fizeram a primeira medição de um átomo de antimatéria.
Apesar de não ser muito precisa, essa medição representa o primeiro
passo para estudar esse tipo de átomo em detalhes, o que é necessário
para entender porque o universo é feito de opostos, matéria e
antimatéria.
Pensa-se que todas as partículas de matéria têm parceiras de
antimatéria, com a mesma massa, mas carga oposta. Quando os pares se
encontram, eles se aniquilam e viram energia pura.
Os cientistas pensam que o universo era composto por partes iguais de
matéria e antimatéria quando ocorreu o Big Bang, há aproximadamente
13,7 bilhões de anos. Mas conforme o tempo passou, a maior parte dessas
partículas se aniquilou, deixando para trás uma base de matéria que
virou as estrelas e as galáxias de hoje. Mas porque a matéria venceu
esse duelo cósmico ainda é um mistério.
Em um estudo anterior, físicos do laboratório CERN conseguiram prender
átomos de anti-hidrogênio por vários minutos, usando campos magnéticos
para mantê-los suspensos.
Um átomo de anti-hidrogênio é análogo ao hidrogênio, o mais simples
entre os elementos. Assim como o hidrogênio é composto de um próton e um
elétron, o anti é composto de um antipróton e um pósitron (o parceiro
de antimatéria do elétron).
Na nova pesquisa, os físicos descobriram que podiam aplicar raios de
luzes microondas em uma frequência específica nos átomos de
anti-hidrogênio, modificando seu spin (seu giro). Isso faz com que a
orientação magnética da partícula mude, e sua “prisão magnética” dela
deixa de existir.
Ou seja, o anti-átomo fica livre para voar e acertar as paredes da
armadilha, que é feita de matéria. Quando ele colide com um átomo, é
aniquilado, criando um evento que os cientistas conseguem detectar.
“Nós fizemos uma medição”, comenta Jeffrey Hangst, cientista do
experimento. “Em matéria de precisão, não é tão perfeita, mas é única já
feita com a antimatéria”.
O experimento prova que é possível mudar as propriedades internas do
anti-átomo ao aplicar luz nele. Esse é o primeiro passo para aplicar um
método de medição chamado espectroscopia, que envolve canalizar a luz em
uma frequência muito específica para que ela excite os pósitrons do
anti-átomo até um nível maior de energia.
Após essa passagem, o pósitron vai voltar à sua posição e emitir a energia extra, permitindo aos cientistas fazer a medição.
A teoria mais aceita sobre as partículas é o Modelo Padrão. “Nós
sabemos que algo está faltando. Nós sabemos que não entendemos tudo
sobre a antimatéria porque não podemos explicar o que aconteceu com ela
depois do Big Bang”, explica Hangst.
A melhor hipótese dos cientistas é de que as duas partículas se
comportam de maneira diferente, por exemplo, decaindo em níveis
diferentes. A medição pode ajudar nisso.
Fonte: http://www.msnbc.msn.com/id/46657105/ns/technology_and_science-science
Conheça nosso pequeno ancestral de 505 milhões de anos atrás
Pode parecer um começo sem glória, mas alguns cientistas estão
convencidos de que a origem da humanidade por ser traçada até uma
minhoca, parecida com um peixe.
Uma equipe de pesquisadores analisou o fóssil da Pikaia gracilens,
de 505 milhões de anos, e encontrou evidências que podem resolver um
debate antigo sobre as espécies primitivas. Eles descobriram as sementes
que formariam a primeira coluna.
“Nós pudemos discernir e localizar a notocorda e os nervos. Isso não
era claramente óbvio, são necessárias técnicas para se observar isso”,
comenta Jean-Bernard Caron, curador de paleontologia invertebrada.
Caron é coautor do estudo, que ainda vai ser publicado. O autor
principal é o paleontologista Simon Conway Morris. As primeiras espécies
da Pikaia foram coletadas em 1911. Mas a criatura foi considerada um ancestral da minhoca terrestre.
Foi só na década de 70 que Morris sugeriu pela primeira vez que a espécie poderia ser um dos primeiros membros do filo Cordata
– a classe que abriga animais com espinha dorsal. Ele percebeu o que
parecia uma notocorda, uma espinha primitiva que se forma no embrião de
todos os animais vertebrados, incluindo os humanos.
Mas ele não conseguiu provar a ligação, e a classificação continuou sendo disputada.
Na década de 90, Caron afirmou que mais espécies de Pikaia
foram coletadas e, mais recentemente, foram submetidas ao olho de um
microscópio eletrônico. Usando a melhor tecnologia, os pesquisadores
conseguiram identificar miômeros, que são conjuntos de músculos
precursores das espinhas ósseas. Eles também encontraram vasos
sanguíneos e um sistema vascular.
Isso coloca a Pikaia na árvore da humanidade, junto com
outros animais com coluna vertebral. “Está nos dando uma ideia muita
clara sobre a origem do nosso grupo, como ele era”, comenta Caron.
A Pikaia seria um dos cordados mais antigos, apesar de outros terem existido nessa época. Em média, a Pikaia tinha o tamanho do dedão humano. Era uma criatura plana, com a cabeça do tamanho de um ponto. Dois tentáculos saiam da frente.
“Esses tentáculos são enigmáticos”, comenta Caron. “Talvez fossem
usados para alimentação, mas seu papel ainda é incerto. Além disso, o
corpo possuía uma espinha discreta e talvez uma barbata dorsal”.
Fonte: http://hypescience.com/
Matéria escura no espaço confunde cientistas
Uma massa de matéria escura foi localizada há 2,4 bilhões de anos-luz
da Terra, e intriga cientistas por não seguir os padrões conhecidos.
Segundo teorias básicas da astronomia, a matéria escura é pouco
conhecida e misteriosa, mas segue um comportamento esperado. Acredita-se
que a maioria das galáxias está localizada dentro de massas maiores de
matéria escura, conectadas com massas menores, mesmo se passarem por
colisões cósmicas.
Já a massa de matéria escura em questão parece ter se separado de sua
massa maior e sido deixada para trás no espaço, após uma colisão. “Esse
resultado é um quebra-cabeças. A matéria escura não está se comportando
como previsto, então não está claro o que está acontecendo. Teorias da
formação de galáxias e de matéria escura devem explicar o que estamos
vendo”, afirma James Lee, astrônomo da Universidade da Califórnia.
A matéria solitária foi identificada pela primeira vez em 2007, pelo
telescópio do Canadá, França e Havaí (CFHT), que fica no Havaí, em um
projeto canadense de comparação de aglomerados. Como os resultados do
projeto não foram conclusivos, alguns cientistas duvidaram da estranha
descoberta. O cientista candense Arif Babul, da Universidade de Vitória,
liderou o projeto e explica que as observações foram confirmadas pelo
telescópio Subaru, localizado no Japão. “Os resultados foram intrigantes
e empolgantes, mas gerou dúvidas, com a maior crítica relacionada à
observação feita a partir da Terra”.
O telescópio Hubble também confirmou a existência da matéria
abandonada pelas galáxias, e detectou que ela pertence a uma galáxia em
formação chamada Abell 520.
A matéria escura não pode ser detectada diretamente, uma vez que é
incapaz de refletir a luz e não interage com a matéria normal, a não ser
pela gravidade. Para localizar uma dessas matérias no espaço, é usada
uma técnica chamada lentes gravitacionais, que calcula a quantidade de
luz vinda de outras galáxias atraída pela matéria escura, no caminho
para a Terra. Esse fenômeno está previsto na Teoria da Relatividade de
Einstein, que descreve de que maneira uma massa – escura ou normal –
desvia o espaço e o tempo ao redor dela. Isso significa que quando a luz
passar pela massa, irá viajar por uma trajetória curva, ao redor do
objeto.
Cientistas acreditam que a matéria escura domina o universo, compondo
98% de todas as matérias no cosmos. As observações indicam que a
matéria escura e suas interações com matéria normal são muito mais
complicadas que os cientistas supunham. “Observações como essa da Abell
520 nos dão um senso modesto de que apesar de toda a evolução de nosso
conhecimento, de vez em quando ainda somos surpreendidos”.
Fonte: http://www.livescience.com/
Causa de explosão estelar é desvendada
A origem de um importante tipo de explosão estelar – a supernova Ia –
foi descoberta, por um equipe da Universidade de Pittsburgh. O estudo
desse tipo de supernova ajuda os pesquisadores a quantificar dados sobre
as galáxias e outras descobertas astronômicas.
O investigador líder do estudo, Carlos Badenes, detalhou as formas
com que imagens multicoloridas foram usadas para determinar que tipos de
estrelas produzem o tipo Ia de supernovas.
“Nós sabíamos que duas estrelas precisam estar envolvidas nesse tipo
de explosão, e que uma precisava ser uma anã branca”, afirma Dan Maoz,
coautor do estudo. “Mas existiam duas possibilidades para a identidade
da outra estrela, e é isso que nós procurávamos”.
De acordo com Badenes, a segunda poderia se uma “estrela normal”,
como o sol, ou outra anã branca, que é menor, porém mais densa e
composta de matéria de elétrons degenerados. A equipe suspeitava que a
segunda opção, com duas anãs brancas no mesmo sistema solar, orbitando
uma à outra a mais de 750 mil quilômetros por hora, seria a hipótese
mais plausível. Conforme elas ficassem mais rápidas e fossem chegado
mais perto, um dia iriam se fundir.
“Existiam razões óbvias para suspeitar que a supernova Ia viria de
uma dupla de estrelas anãs”, afirma Maoz. “Mas nossa maior questão era
se existiam anãs brancas o suficiente para produzir o número de
supernovas que vemos”.
Como as anãs brancas são extremamente pequenas e fracas, não existe
esperança de avistá-las em galáxias distantes. Por isso, Badenes e Maoz
se viraram para o único local onde poderiam ver isso: a parte da Via
Láctea a cerca de mil anos-luz do sol.
Apesar do processo de arquivamento de dados ser desafiador, a equipe
conseguiu compilar uma lista com mais de quatro mil anãs brancas em
apenas um ano.
“Nós encontramos 15 duplas de estrelas anãs brancas na vizinhança
local, e então usamos simulações de computador para calcular a média com
que elas se fundiam”, afirma Badenes. “Nós então comparamos o número de
duplas se fundindo aqui com o número de supernovas Ia avistadas em
galáxias distantes que lembram a Via Láctea”.
O resultado foi que, em média, uma fusão de anãs brancas acontece na Via Láctea a cada século.
“O número é incrivelmente próximo da média de supernovas tipo Ia que
observamos em galáxias parecidas com a nossa”, afirma Badenes. “Isso
sugere que as estrelas anãs são uma explicação plausível para esse tipo
de supernova”.
Fonte: http://www.sciencedaily.com/
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