segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O casal que nem a morte conseguiu separar

James e Lollie Brackin se conheceram quando ela tinha 16 anos e ele, 19, num rinque de patinação. No mesmo ano, eles perceberam que não poderiam viver separados e juntaram todas as suas coisas no mesmo caminhão de mudanças.

Eles viviam em DeFuniak Springs, na Flórida (EUA), com todas as suas diferenças a favor deles. Ela era mais expansiva e gostava de cultivar flores em seus vasinhos. Já ele, mais reservado, gostava de caçar. Os dois faziam tudo juntos, andavam de mãos dadas o tempo todo e se tratavam com um carinhoso “honey” com tanta frequência que um de seus netos achou que esse fosse o nome – de ambos.

James passou 25 anos de sua vida no exército e foi para a guerra da Coréia e do Vietnã. Neste tempo, Lollie assumiu todas as tarefas dele na casa, até ele voltar. Os dois passaram perrengue atrás de perrengue no tempo em que estiveram casados, mas nunca discutiram na frente dos filhos.

Eles tiveram quatro filhas. A última delas nasceu 20 anos depois da primeira. Para a mais velha, Carol Gruver, James teria confidenciado, dez anos atrás, que estava preocupado. Não queria morrer antes de Lollie, porque achava que ela ia ficar triste demais sem ele.

- Eles completavam um ao outro. Lembro que, quando eu era adolescente, meus pais tinham uma perua Mercury grandona. Minha mãe sempre se sentava perto dele.

"Onde quer que eles fossem, estavam sempre de mãos dadas", disse Cindy Spence, a terceira filha do casal.

Quando os dois morreram, ele estava com 79 anos e ela com 76. Os dois já estavam com a saúde bem debilitada. Ambos tinham a memória prejudicada. Ele estava praticamente cego e tinha sofrido mais de um derrame. Ela estava em uma casa de repouso, enquanto ele cuidava da casa e da filha mais nova.

Uma semana antes da morte de ambos, era evidente que ele não tinha mais saúde para ficar em casa e, então, foi providenciado para que os dois dividissem o mesmo quarto na casa de repouso.

James e Lollie passaram uma última noite juntos, de sexta (11) para sábado (12). Eles acordaram, tomaram café juntos e assistiram ao Animal Planet na TV, coisa que adoravam fazer. Foi quando uma enfermeira foi ver como eles estavam e Lollie disse a ela que ia morrer naquele dia. A enfermeira perguntou se ela estava se sentindo mal e ela só disse que se sentia “diferente”.

Pouco tempo depois, a mesma enfermeira voltou para ver como ela estava e Lollie já não respirava mais. Quando ela foi ver porque James tinha ficado quieto, descobriu que ele também havia morrido.

O médico da casa de repouso acha que James ouviu a enfermeira dizer que sua esposa havia morrido e, com o choque, morreu também.
Os dois nunca foram casados na igreja, mas foram juntos, na mesma cerimônia. A filha mais velha, Carol Gruver, disse que foi bom ter sido assim:

- Nós vamos sentir uma falta terrível deles, mas foi bom que tenha acontecido do jeito que aconteceu. Ele estava esperando que fosse assim. Foi bom que ele estivesse presente quando ela se foi.

A filha caçula, Dana Troublefield, tem uma teoria para o caso:

- Dizem que, assim que você morre, você é levado, imediatamente, à presença de Jesus. Eu acho que, quando ela chegou lá, ela abriu os olhos e perguntou: “Onde está meu marido?”. Daí, Jesus disse: “Espera um minuto. Eu estou dando um jeito nisso”.

Fonte: http://noticias.r7.com/esquisitices/

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